Cerca de 2 mil pessoas lotaram a Praça da Sé em São Paulo em um Ato Unitário pelo 1º de Maio. Ao contrário dos shows com artistas famosos, promovidos pelas Centrais Sindicais governistas, artistas populares, das periferias e alternativos apresentaram peças teatrais e musicais que criticavam e faziam refletir sobre o papel do governo e das classes dominantes, que exploram e oprimem a classe trabalhadora.
O Ato contou com a presença de diversos movimentos populares, entre os quais Resistência Urbana, MTS, Terra Livre, Luta Popular e MTST. Os trabalhadores da Assibge, bem como os trabalhadores em educação da rede estadual de São Paulo em greve, metroviários de SP e servidores públicos federais também compareceram. Estiveram presentes a CSP-Conlutas, Unidos Para Lutar e a Intersindical, além dos partidos políticos POR, PCR, Arma Critica, PCB, PSTU e PSOL.
Reunião prepara mobilização durante a Copa
Aconteceu em Belo Horizonte, na última sexta-feira (2), uma reunião da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop) das 12 cidades-sede com vários movimentos sociais e entidades sindicais que participaram do Encontro dos Atingidos – Quem Perde com os Megaeventos e Megaempreendimentos, com o objetivo de planejar os protestos e mobilizações durante o Mundial. “Nós queremos juntar as diversas articulações de movimentos sociais, populares, sindicatos e todos os setores que neste momento estão comprometidos em levar uma mensagem de luta para o povo brasileiro para que a gente organize uma jornada unitária”, disse o integrante da direção nacional da Central Sindical e Popular-Conlutas, Sebastião Carlos.
O integrante do Movimento Passe Livre de São Paulo, uma das organizações que convocaram os atos que ocorreram durante a Copa das Confederações, Eudes Oliveira, acredita que temas como mobilidade urbana devem incentivar a participação popular. “As obras de infraestrutura não foram feitas. Pelo contrário, o transporte não melhorou, as pessoas estão todos os dias sofrendo com transporte ruim, lotado”, avaliou.
Marcelo Edmundo, da Central dos Movimentos Populares (CMP), destacou que a discussão sobre novas leis que possam vir a coibir manifestações também deve ser rechaçada nos atos, como o Projeto de Lei 499/2013, que define como terrorismo o ato de provocar ou infundir terror ou pânico generalizado. “Nós estamos diante da maior ameaça contra os movimentos populares”, disse Edmundo.
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Fonte: ADUFS-BA