Na ocasião, foi reafirmado o dia 19 de outubro como o “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública”, com um ato a ser realizado no centro do Rio de Janeiro. Nesta data, será lançada também a “Frente em Defesa das Instituições de Ensino Superior Públicas”, que reunirá docentes, técnico-administrativos em educação, terceirizados, estudantes, entidades da educação e científicas, movimentos sociais, sindicais e populares, entre outros para intensificar a luta em defesa das universidades municipais, estaduais e federais, Institutos Federais e Cefets. A atividade acontecerá na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
“Foi muito importante à incorporação desta data no calendário de lutas da Central, com o lançamento da Frente e o ato no Rio, porque mostra, primeiro, a disposição de luta da classe e, em segundo, como o setor da Educação mais uma vez movimenta a categoria e coloca a importância da educação para a classe toda. Também foi importante a escolha da Uerj para o lançamento da Frente, por ser um lugar de resistência aos ataques do governo estadual nos últimos dois anos”, disse Cláudio Ribeiro, 2° vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN.
Outra data aprovada na plenária foi o 10 de novembro, que será um Dia Nacional de Lutas, Mobilizações e Paralisações, com ato no Rio de Janeiro, realizado na véspera da entrada em vigor da Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), sancionada pelo presidente Michel Temer no mês de julho.
A data foi apontada pelos metalúrgicos, que integram a Campanha Brasil Metalúrgico, movimento que deu início à luta unificada para impedir a aplicação da contrarreforma Trabalhista e a retirada de direitos nas campanhas salariais do setor metalúrgico neste ano. A manifestação também tem como intuito a revogação da Lei das Terceirizações ilimitadas, assim como barrar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da contrarreforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional.
O ANDES-SN realizará no dia 9 de novembro um seminário nacional de reorganização da classe em comemoração aos 100 anos da Revolução Russa, e, no dia 11, ocorrerá a reunião com entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis também com a perspectiva da reorganização da classe trabalhadora.
“Para quem achava que o ano de lutas tinha terminado no primeiro semestre, isso não acontece, pois a CSP-Conlutas demonstrou a sua força de reorganização, de retomada de luta e incorporou o dia 10 de novembro no seu calendário, trazendo de novo à tona a pauta da Greve Geral”, disse Cláudio, que completou: “O Plano de Ação aprovado mostra a importante resistência no ano de 2017 e que ainda vai ter muita luta. O dia 19 de outubro é o início de um processo de retomada de lutas muito forte que culminará no dia 10 de novembro”.
Luta das Estaduais no Rio
Os docentes da Uerj estão em greve desde o dia 3 de outubro em decorrência, mais uma vez, de salários atrasados e falta de repasses à universidade. Além da Uerj, os docentes da Universidade Estadual da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Uezo), do Norte Fluminense (Uenf) e da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec) também estão em greve e na luta contra o desmonte das instituições e pelo pagamento em dia dos salários e bolsas estudantis e repasse para custeio e investimento nas instituições.
Reunião dos setores
A próxima reunião conjunta dos setores da Ifes e das Iees/Imes do ANDES-SN está marcada para o dia 19 de outubro, às 9h, na Uerj, tendo como pauta a definição de novas ações em defesa das IES públicas. A reunião antecederá o ato do “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública”, que ocorrerá a tarde. No dia seguinte, serão realizadas as reuniões separadas do setor das Federais (20 e 21) e do setor das Estaduais e Municipais (20), para tratar das pautas específicas.
Fotos: CSP-Conlutas e ANDES-SN
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Fonte: ANDES-SN