MOÇÃO DE REPÚDIO
Proponente: Associação de Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (ADUSC)
Fator motivador: Os professores da Universidade Estadual de Santa Cruz, reunidos em assembleia, manifestamos nosso apoio e solidariedade à Ocupação Zumbi dos Palmares, organizada por um dos movimentos sociais mais atuantes na questão urbana brasileira, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A ocupação, iniciada na noite de dia 31 de outubro de 2014, em São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro), conta com cerca de 200 pessoas, e foi realizada na região de Santa Luzia/Jardim Catarina, uma das que possui o maior déficit habitacional da região. São Gonçalo é o segundo município mais populoso do Rio de Janeiro. O programa Minha Casa Minha Vida do governo federal chegou a prever a construção de 2.800 unidades habitacionais, porém até o momento, apenas 720 foram entregues. O movimento reivindica, além do direito a condições dignas de moradia, o direito pleno a outros serviços essenciais negados historicamente à população pobre do Brasil: o direito à saúde de qualidade, educação em todos os níveis, transporte e mobilidade urbana, emprego e cultura para os trabalhadores. Sua atuação recente tem se pautado pela denúncia dos processos de valorização dos terrenos para fins especulativos, que permitem que milhares de imóveis permaneçam improdutivos enquanto a população pobre segue sem ter onde morar. Na madrugada do dia 2 de novembro, ocupação recentemente batizada com o nome do herói brasileiro Zumbi dos Palmares sofreu uma tentativa de incêndio criminoso. O movimento resistiu pacificamente e conseguiu controlar o fogo, que acendeu ainda mais a chama da indignação. No bojo dessa resistência, lançou a campanha “Menos Ódio, Mais Moradia”, convidando a todos aqueles que compartilham desta indignação a se manifestar por meio do envio de apoios, fotos e declarações de adesão.
Diante desse quadro, nós abaixo-assinados, ecoamos as reivindicações aos governos para atender as demandas destes trabalhadores: que sejam sensibilizados com as reivindicações destas famílias e que as negociações possam ocorrer pautadas pelo diálogo e sem o uso de qualquer tipo de violência. Quando morar é privilégio, ocupar é um direito. Mais moradia, menos ódio.
Ilhéus, 4 de novembro de 2014.
Esta Moção dirige-se ao:
Ao exmo. Sr. Luiz Fernando Pezão (Governador do Estado do Rio de Janeiro)
Ao exmo. Sr. Neilton Mulin (Prefeito de São Gonçalo)
Ao exmo. Sr. Jorge Picciani (Presidente da ALERJ)
NOTA DE APOIO A OCUPAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO EM SÃO GONÇALO – RJ
Proponente: Associação de Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (ADUSC)
Nós, abaixo – assinados, manifestamos nosso apoio e solidariedade à Ocupação Zumbi dos Palmares, organizada por um dos movimentos sociais mais atuantes na questão urbana brasileira, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). A ocupação, iniciada na noite de dia 31 de outubro de 2014, em São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro), conta com cerca de 200 pessoas, e foi realizada na região de Santa Luzia/Jardim Catarina, uma das que possui o maior déficit habitacional da região. São Gonçalo é o segundo município mais populoso do Rio de Janeiro. O programa Minha Casa Minha Vida do governo federal chegou a prever a construção de 2800 unidades habitacionais, porém até o momento, apenas 720 foram entregues. O movimento reivindica, além do direito a condições dignas de moradia, o direito pleno a outros serviços essenciais negados historicamente à população pobre do Brasil: o direito à saúde de qualidade, educação em todos os níveis, transporte e mobilidade urbana, emprego e cultura para os trabalhadores. Sua atuação recente tem se pautado pela denúncia dos processos de valorização dos terrenos para fins especulativos, cruciais às dinâmicas excludentes do capitalismo, que permitem que milhares de imóveis permaneçam improdutivos enquanto a população pobre segue sem ter onde morar. Na madrugada do dia 2 de novembro, a ocupação recentemente batizada com o nome do herói brasileiro Zumbi dos Palmares sofreu uma tentativa de incêndio criminoso. O movimento resistiu pacificamente e conseguiu controlar o fogo, que acendeu ainda mais a chama da indignação. No bojo dessa resistência, lançou a campanha “Menos Ódio, Mais Moradia”, convidando a todos aqueles que compartilham desta indignação a se manifestar por meio do envio de apoios, fotos e declarações de adesão.
Diante desse quadro, nós abaixo-assinados, ecoamos as reivindicações aos governos para atender as demandas destes trabalhadores: que sejam sensibilizados com as reivindicações destas famílias e que as negociações possam ocorrer pautadas pelo diálogo e sem o uso de qualquer tipo de violência. “Quando morar é privilégio, ocupar é um direito”. Mais moradia, menos ódio.
Ilhéus, 4 de novembro de 2014.
Esta Moção dirige-se ao:
Ao exmo. Sr. Luiz Fernando Pezão (Governador do Estado do Rio de Janeiro)
Ao exmo. Sr. Neilton Mulin (Prefeito de São Gonçalo)
Ao exmo. Sr. Jorge Picciani (Presidente da ALERJ)