Em reunião com a reitoria da UESC, na ultima quinta-feira (11), o comando de greve e a diretoria da ADUSC aprofundaram a discussão dos dados referente a orçamento e carreira docente. Respondendo a acusação de que a crise orçamentária é consequência de má gestão, a reitoria informou que o governo não disponibiliza a disposição orçamentária detalhadamente e se nega a fazer planejamento a longo prazo. Os docentes reiteraram o convite para participação dos reitores na negociação a fim de que os impasses se resolvam com maior celeridade. Participaram da reunião o reitor em exercício, Evandro Freire, o Pró-Reitor de Extensão, Alessandro Santana e o Gerente de Recursos Humanos, Expedito Santana.
Ao tratar do andamento das negociações, o Gerente de Recursos Humanos, Expedito Santana, demonstrou como a rejeição ao quantitativo de 20 vagas foi uma posição acertada das assembleias. Santana afirmou que a proposta do governo não atenderia nem mesmo a projeção até Dezembro. Frente a atual demanda e o planejamento da universidade, a desvinculação das vagas do quadro atual garante, com o cumprimento da suplementação, as promoções de 2015 – 2016.
Quanto às progressões e mudança de regime, se mantém uma incógnita, uma vez que o governo não disponibiliza o detalhamento orçamentário. Segundo Expedito, a universidade encaminha os pedidos e a Diretoria de Planejamento da SAEB responde se sim ou se não. A irresponsabilidade do governo é tamanha a ponto de sugerir que havendo suplementação orçamentaria para atender as atuais demandas de promoção, “haveria folga” para as universidades atenderem as solicitações de progressão e mudança de regime de trabalho (Dedicação Exclusiva).
Ainda sobre o quadro de vagas, apesar do governo insistir na não ampliação, existem ainda problemas que as alterações no quadro atual não resolvem. Um deles é a falta de vagas no quadro temporário para coordenação dos cursos de graduação e pós-graduação e direção de departamento. Atualmente diversos docentes ocupam cargos de gestão sem receber a gratificação. A reitoria também chamou atenção para os cursos em processo de implantação, cujos concursos estão em andamento, como no caso das Engenharias. Há também três novos cursos – Engenharia Florestal, Zootecnia e Psicologia -, que já foram aprovados nas plenárias departamentais mas, diante da crise enfrentada pela universidade ainda não foram levados para discussão nos Conselhos Superiores.
Ao final da reunião a reitoria se comprometeu em disponibilizar os dados para a ADUSC com maior celeridade e propôs ao Comando de Greve que indicasse um nome para acompanhamento direto junto a GERHU. Os representantes docentes reiteraram a necessidade de que Fórum de Reitores se faça presente nas rodadas de negociação para que a resolução das pautas não esbarre em desculpas esfarrapadas. A reunião foi avaliada como positiva pela diretoria da ADUSC que se reúne hoje com o governo para apresentar a Contraproposta ao PL substitutivo a Lei 7176/97.