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Professores, funcionários técnicos e estudantes preparam ato conjunto para marcar início do semestre letivo

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O primeiro semestre letivo de 2018 na UESC começa na próxima segunda-feira (5), e será marcado por um café da unidade na luta. A iniciativa tem como objetivo dar visibilidade à luta interna dos professores, funcionários técnicos e estudantes. Restaurante Universitário (RU) de qualidade, creche, residência e uma Estatuinte transparente e democrática, são algumas das pautas defendidas pelas categorias.

A ação é uma iniciativa da Associação de Docentes da UESC (ADUSC), Associação dos Funcionários da UESC (AFUSC), Coletivo Ponta de Lança e Comissão Provisória do Diretório Central dos Estudantes.

A nossa luta é todo dia

As reivindicações por creche, RU e residência, são pautas históricas da luta em defesa de condições de trabalho dos e das servidoras (professores e funcionários) e também da permanência estudantil. Atualmente, o Restaurante Universitário é a única das pauta parcialmente atendida na UESC. Entretanto, a estrutura não acompanhou o crescimento da universidade decorrente da criação de novos cursos de graduação e pós. As filas são enormes, as fichas subsidiadas são insuficientes, e a qualidade da alimentação questionável.

Já a creche, uma ferramenta essencial para garantir, principalmente as mulheres mães estudantes e trabalhadoras, a permanência na universidade segue sendo uma pauta desprezada pela gestão universitária. Mesmo com cursos de graduação, pós e extensão de excelência voltados para o tema da educação infantil, e várias situações de constrangimento com àquelas que levam seus filhos à universidade por necessidade. Já a residência, pauta já garantida por estudantes das demais Universidades Estaduais da Bahia (UEBAs), também não aparece no horizonte a partir dos diálogos com a gestão.

Estatuinte

O processo Estatuinte (reformulação do Estatuto) é de grande relevância para democracia e autonomia da universidade, pois é no Estatuto que estão condensadas as principais características da instituição. Sua finalidade, princípios e objetivos, a definição de sua estrutura administrativa e acadêmica desde sua base até o topo. Os direitos e deveres de seus segmentos (estudantes, técnicos e professores), e a relação com o Estado e com a sociedade de que é parte.

Diante deste cenário, professores, servidores técnicos e estudantes pretendem dar visibilidade a essas pautas, com café da manhã no pórtico da universidade. Panfletos, palavras de ordem e música, além do bate papo com as pessoas será a estratégia para fortalecer a luta e a unidade das categorias em defesa da condição de trabalho, permanência e uma universidade transparente e democrática. Participe desta luta!

Aberto prazo para envio de artigos para as edições da Universidade e Sociedade

Pela primeira vez, a revista Universidade e Sociedade do ANDES-SN terá número Especial

imp-ult-361804012A diretoria do ANDES-SN divulgou, na quarta-feira (21), o prazo para envio de artigos para as edições de nº 62 e a Especial da Revista Universidade e Sociedade (U&S). Os interessados têm até 19 de março de 2018 para encaminhar os textos para as publicações que têm como motes “A Barricada fecha a rua, mas abre o caminho: 50 anos do Maio de 68 e atualidade das lutas sociais” e “130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil: Resistência do Povo Negro e a Luta por Reparações”, respectivamente. As edições serão lançadas durante o 63º Conad do Sindicato Nacional, em junho de 2018.

Além dos artigos temáticos, também serão aceitos artigos sobre questões da educação superior brasileira tais como: estrutura das universidades, sistemas de ensino, relação entre universidade e sociedade, política universitária, política educacional, condições de trabalho, questões de cultura, artes, ciência e tecnologia, apresentação de experiências de organização sindical de outros países, além de resenhas críticas de livros.

Erlando da Silva Rêses, 2º vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN e da comissão editorial da revista, explica que o tema escolhido para a 62º edição “A Barricada fecha a rua, mas abre o caminho: 50 anos do Maio de 68 e atualidade das lutas sociais” é pertinente à situação atual do país, com ataques às políticas sociais essenciais a população, como a Educação e Saúde, e aos direitos dos trabalhadores, além do recrudescimento do conservadorismo.

“Maio de 68 foi um período de grandes manifestações, greves, ocupações de fábricas e universidades e ganhou proporções significativas no campo revolucionário. Aqui no Brasil, esse período teve um significado político muito importante, também, pois vivíamos um período de ditadura empresarial-militar. 50 anos depois, vivemos uma situação de ataques similares e precisamos reagir com Greve Geral, ocupações, manifestações, o que o ANDES-SN tem pautado na sua unidade de ação, e se articulando com outras entidades sindicais, políticas para, de fato, combater esses ataques”, disse.

Já a escolha da temática “130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil: Resistência do Povo Negro e a Luta por Reparações” para a edição especial da Revista U&S teve como objetivo dar visibilidade as reais condições que vivem a população negra no país, ainda mais, com a política de retirada de direitos.

“Nessa conjuntura de acirramento, a população negra tem sido mais atacada e violentada nas zonas periféricas da cidade, nos centros urbanos, e nas áreas rurais com os direitos dos quilombolas sendo atacados, por exemplo. A abolição da escravidão se constrói todos os dias. Por isso, pautamos o tema, pois é necessária a luta do Sindicato Nacional em defesa dessa parcela da população que não têm direitos. Inclusive, as cotas – que foi uma demanda antiga do povo negro -, estão ameaçadas”, ressaltou Lila Luz, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste I do ANDES-SN e também da comissão editorial da revista.

Envio de textos
Os artigos deverão ser encaminhados para o endereço eletrônico andesregsp@uol.com.br, até o dia 19 de março de 2018, obedecendo à normatização determinada pelo conselho editorial (Circular nº 34/18). A Universidade e Sociedade é uma publicação semestral, editada pelo ANDES-SN, cujo intuito é fomentar as pesquisas, debates e experiências no âmbito da pesquisa acadêmica bem como oriundas das experiências sindicais e sociais acerca de temas de relevância para as lutas empreendidas pelos docentes em busca de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, em âmbito nacional.

10 de maio de 1968
O 10 de maio de 1968 foi antecedido por uma série de greves estudantis em universidades e escolas de ensino secundário em Paris, na França. Os estudantes exigiam reformas no setor educacional. No dia 10 de maio, ocorreu a Noite das Barricadas, em que 20 mil estudantes enfrentaram a polícia nas universidades e ruas da cidade parisiense. Dias depois, a mobilização estudantil atinge o seu auge se unindo aos operários e promovendo uma das maiores Greve Gerais de trabalhadores da Europa. No Brasil, além da ascensão dos movimentos de massa, com destaque para a passeata dos 100 mil, contra a ditadura empresarial-militar e o imperialismo, houve também a edição do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), considerado o um golpe dentro do golpe, e o Decreto 477 – o qual punia professores, estudantes e funcionários de universidades com a acusação de subversão ao regime – para conter as lutas da comunidade acadêmica e de toda a classe trabalhadora brasileira. Também foi aprovada uma reforma universitária pautada pelos interesses dos EUA, via convênio MEC/USAID, altamente danosa para a o desenvolvimento de uma verdadeira vida acadêmica livre.

130 anos de abolição
No dia 13 de maio de 1888, a escravidão foi abolida legalmente no Brasil com a assinatura da Lei Áurea. Uma conquista do movimento negro, que lutou contra o sistema escravagista e fez parte da resistência, a exemplo dos quilombos. Apesar do marco histórico, 130 anos depois, a população negra até hoje enfrenta, cotidianamente, as consequências dos quatro séculos de escravidão, com desigualdade social, a exploração, criminalização e o racismo.

Confira aqui a edição 61 da Revista Universidade e Sociedade

Imagem de Goksin Sipahioglu (Maio de 68)

 

Fonte: ANDES-SN

Fórum das ADs publica nota sobre veto do reitor da Uesb à decisão do Consu

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O Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Fórum das ADs), vem a público repudiar o ato do reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Prof. Paulo Roberto Pinto Santos, de vetar decisão do Conselho Superior da Universidade (Consu), veto este publicado no Diário Oficial da Bahia no dia 22 de fevereiro de 2018, por meio da Portaria 0258/2018. Com o veto, o reitor anula decisão democrática do Consu que, reunido em 21 de fevereiro de 2018, decidiu suspender o processo seletivo REDA do Edital UESB 1/2018. O Consu entendeu que, pelos princípios da legalidade e da moralidade, a seleção não poderia prosseguir sem aplicação de provas. É fato que as normas legais brasileiras preservam entulhos autoritários, remanescentes de uma época, que acreditávamos superada, em que os princípios democráticos eram desconsiderados. Assim, ainda que o Estatuto da UESB, elaborado enquanto vigorava a Lei 7.176/1997, revogada pela força do movimento paredista de 2015, preserve o dispositivo antidemocrático do veto, entendemos e defendemos que a democracia só se consolida a partir da sua defesa nos diversos espaços sociais. Desta forma, o Fórum das ADs solidariza-se com a comunidade universitária da UESB ao tempo que reafirma a defesa intransigente da autonomia universitária e da democracia interna nas IES. Este veto a uma decisão do Conselho Superior, fato inédito em uma Universidade Estadual Baiana, constitui um grave ataque à tais princípios. Seguiremos na luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada! Por uma Universidade plenamente democrática, sempre!

Bahia, 26 de fevereiro de 2018

Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia

Plenária discute transporte público de Itabuna, nesta terça-feira (27)

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A Frente de Luta Contra o Aumento da Tarifa – Itabuna realizará, na próxima terça-feira (27), uma plenária aberta na Praça Camacã. A plenária está marcada para acontecer às 16 horas e vai discutir os próximos passos do movimento contra o aumento da passagem de ônibus na cidade. Até o momento as mobilizações impulsionadas pela Frente garantiram o recuo da prefeitura, que havia autorizado o aumento de R$2,85 para R$3,30.

Segundo informações da Frente, a decisão sobre o aumento da passagem está sob responsabilidade da justiça, mas os vereadores já indicaram um horizonte de aumento para R$3,00. Para a Frente qualquer possibilidade de aumento é absurda e inaceitável, uma vez que as empresas descumprem o contrato de concessão em vários aspectos. Duas Estações de transbordo e a renovação da frota são alguns dos requisitos não cumpridos.

Para dar visibilidade as vitórias garantidas pela mobilização popular, a Frente realizou na última quinta-feira (23) um sarau temático, reunindo arte e política na Praça Olinto Leone. A ação contou com ampla participação da população, e que deve ser ainda maior na plenária que acontecerá nesta terça-feira (27), às 16 horas, na Praça Camacã.

Nota de Pesar

ADUSC lamenta o falecimento da sr. Jeander Batista,  pai do professor Emerson Lucena, ex-presidente da ADUSC e membro do Departamento de Ciências Biológicas da UESC. Senhor Jeander faleceu na noite deste sábado (17), e o sepultamento será às 10 horas deste domingo no Cemitério Santa Catarina, em João Pessoa, na Paraíba.

Manifestamos nossos sentimentos, e nos solidarizamos com a família neste momento de profunda tristeza. Desejamos força!

Delegação da ADUSC faz balanço positivo do 37º Congresso do ANDES-SN

Representaram a ADUSC no 37º Congresso do Andes -SN (esquerda para direita): Kátia Guerreiro. Carlos Vitório, Salvador Trevisan, Arturo Samana e Luiz Blume. Foto: Ascom ADUSC
Representaram a ADUSC no 37º Congresso do Andes -SN (esquerda para direita): Kátia Guerreiro. Carlos Vitório, Salvador Trevisan, Arturo Samana e Luiz Blume. Foto: Ascom ADUSC

Realizado entre os dias 22 e 27 de Janeiro, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, o 37º Congresso do ANDES-SN foi o maior da história do Sindicato Nacional. Participaram do evento 413 delegados, 122 observadores de 82 seções sindicais, 10 convidados e 36 diretores. Após intensos debates, o Congresso definiu as orientações para as lutas dos docentes do ensino superior no próximo período.

Representaram a ADUSC, no evento, os docentes Arturo Samana, Vitório de Oliveira, Kátia Guerreiro, Salvador Trevisan e Luiz Blume.

Conjuntura e Centralidade da Luta

Após apresentação da banda jovem, da Escola de Tambores Olodum, e a plenária de abertura, teve início o debate do Tema I: Conjuntura e Centralidade da luta (Saiba mais). Temas como as contrarreformas do governo Temer, as retiradas de direito impostas desde os governos anteriores e seus impactos na educação, foram enfocados a partir de diferentes análises. O papel do Sindicato Nacional nas lutas mais amplas da classe trabalhadora brasileira e internacional, também esteve em pauta.

Após mais de 50 intervenções, aprovou-se, como centralidade da luta para 2018, “Fortalecer a unidade de ação com os setores dispostos a barrar e revogar as contrarreformas. Construir as lutas e a greve do funcionalismo público federal, estadual e municipal em defesa da educação e dos serviços públicos e da garantia de direitos, rumo a uma nova Greve Geral. Fora Temer. Nenhum direito a menos”.

arturoPara Arturo Samana, vice-presidente da ADUSC, “o ANDES possui várias frentes de luta que se articulam com a luta docente”. Nesse sentido, o docente destaca o empenho na construção de atos e mobilização para barrar o governo golpista de Temer, e uma ampla participação no Fórum Social Mundial 2018, que ocorrerá entre os dias 13 e 18 de março, em Salvador.

Seletividade Jurídica e perseguição a docentes

Ainda na plenária de conjuntura, foram apresentadas 3 moções relativas ao julgamento, em 2ª instância, de Luís Inácio Lula da Silva, ocorrido na quarta-feira (24). O documento aprovado destaca que “A condenação de Lula, seletiva e com fins eleitorais, se confirmada em segunda instância, é mais um ataque às poucas liberdades democráticas conquistadas e pode servir para o aprofundamento da criminalização das lutas sociais”.

Sobre as ameaças democráticas, decorrente da conjuntura política vivida no Brasil, foi criada uma comissão do ANDES-SN que acompanhará as denúncias dos casos de perseguições, cerceamento da liberdade acadêmica e criminalizações de caráter político (Saiba mais). Para Vitório de Oliveira, tesoureiro da ADUSC, “O sindicato acerta em se posicionar contra o julgamento de Lula, sem que isso signifique a defesa de partido algum, mas a denúncia do caráter político que alinha os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e a grande mídia a serviço do Capital e contra a classe trabalhadora”.

Previdência Social

Para barrar a Contrarreforma da Previdência, proposta na Emenda Constitucional (PEC) 287/16, os docentes deliberaram pela construção de uma nova Greve Geral, tendo em vista a votação da PEC no Congresso. A proposta foram defendidas durante as reuniões do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e no Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), realizados no dias 03 e 04 de Fevereiro, em Brasília (DF).

vitorio salvadorO ANDES-SN também irá editar um Caderno com os resultados da pesquisa realizada sobre a situação dos regimes próprios de Previdência Social e Previdência Complementar, nos Estados. Medidas jurídicas contra a propaganda enganosa do déficit da previdência, e sobre o fornecimento de dados pessoais dos servidores ao sistema financeiro, pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), serão providenciadas. (Saiba mais)

Para Salvador Trevizan, que também representou a ADUSC no Congresso, as questões tratadas e as deliberações tomadas no referido evento nacional do ANDES-SN, deixam evidente que a luta dos trabalhadores docentes é uma luta por melhores condições de vida e de educação. “Nesta luta estão igualmente inseridos tanto os que estão na ativa como os que já se aposentaram”, afirma.

Políticas Educacional

No campo das políticas educacionais, o congresso deliberou sobre temas como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Educação à Distância (EaD), Contrarreforma do Ensino Médio, Pedagogia da Alternância, além dos direitos e precarização do trabalho docente. O empenho pela articulação com outras entidades do setor, através da participação no CONEDEP (Coordenação Nacional das Entidades em Defesa da Educação Pública e Gratuita) e no CONAPE (Conferência Nacional Popular de Educação), assim como a construção do III Encontro Nacional da Educação, também foram aprovadas.

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No campo da Ciência, Tecnologia e Inovação (C&TI), além da luta por investimento adequado e fim da precarização, com ênfase na defesa do regime de Dedicação Exclusiva (DE), foi lançado o Caderno 28 do ANDES-SN, com o tema “Neoliberalismo e Política de Ciência e Tecnologia no Brasil – um balanço crítico (1995-2016)” (Acesse aqui). O Caderno traz um denso material para compreensão técnica e ideológica sobre as políticas de C&TI aplicadas no Brasil e seus impactos na qualidade e condição do trabalho docente.

Foto: Ascom ANDES-SN

Para a docente Katia Guerreiro, “as discussões foram importantes para ampliar as ações de enfrentamento ao desmonte da educação pública e da carreira docente, instrumentalizando as seções sindicais”.

Plano de Lutas das IEES/IMES

Foto: Ascom ADUNEB
Foto: Ascom ADUNEB

No que diz respeito à luta docente nas Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (IEES/IMES), os congressistas atestaram as ações semelhantes de governadores e prefeitos no que tange ao financiamento das Universidades e ao cumprimento dos direitos. Nesse sentido, a construção de um dossiê, a realização de uma semana nacional de lutas, em maio, e o 16º Encontro Nacional do Setor, foram os principais encaminhamentos.

Segundo Luiz Blume, “a participação de docentes das universidades estaduais e municipais, nos espaços deliberativos e também na diretoria do ANDES-SN tem crescido bastante, e os espaços de reunião do setor são estratégicos, nesse sentido”. Luiz Blume também concorre ao cargo de 1º Vice-presidente da Regional Nordeste III, pela chapa “ANDES Autônomo e de Luta”, para gestão do sindicato, biênio 2018/2020. Também concorre à mesma gestão do ANDES-SN a Chapa “Renova ANDES”.

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ARROCHO TAMANHO G: COM INFLAÇÃO DE 2017 PERDAS SALARIAIS CHEGAM EM 21,1%

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do ano de 2017. De acordo com o instituto, o IPCA de dezembro fechou em 0,44%, um valor superior aos índices de novembro (0,28%). O aumento do índice significa, na prática, aumento da inflação, dos valores de produtos e serviços que tiveram reajustes de preço para cima, ou seja, ficaram mais caros. Isso, somado ao cenário de defasagem salarial dos servidores públicos da Bahia, impacta em grandes proporções a realidade desses trabalhadores.

Servidores públicos à mingua

Com base nos cálculos do Fórum das ADs, a variação do IPCA de dezembro está acima da média de 2017, que é de 0,24%. Isso, combinado com a política de arrocho salarial do governo Rui Costa, reflete em grandes perdas no poder de compra dos servidores. O Fórum calculou que a não reposição da inflação nos últimos três anos (2015, 2016 e 2017) implica numa perda salarial de pelo menos 21,1%. Pensando em termos de renda anual (a usada como base para cálculo do imposto de renda anual), isso equivale a uma perda acumulada de pelo menos três meses de salário desde 2015, para a categoria docente.

No total, são atingidos pelas perdas quase 300 mil servidores públicos ativos. O arrocho salarial tem reflexos mesmo nas categorias que tiveram alterações nas suas remunerações em 2017, os professores do ensino básico, policiais militares e civis. Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, explica que alguns desses reajustes divulgados pelo Governo do Estado no último ano não podem ser considerados aumento salarial e todos estão abaixo das perdas inflacionárias (21,1%).

“Aumento salarial é aquilo que incide no salário base, beneficiando assim toda a categoria, incluindo aposentados. No caso do magistério da educação básica, o governo não aumentou o salário base. Fez umas mudanças no plano de carreira que, na prática, aumentam a remuneração total da pessoa que tiver alguma promoção na carreira, mas não aumentou o salário base. Assim, quem não tem promoção, não tem aumento. Nessas condições, os aposentados também ficam sem aumento”, explica Barroso. No caso dos policiais militares e civis, houve aumento no salário base, porém ainda insuficiente para repor integralmente as perdas de 21,1%.

Tem dinheiro, mas falta prioridade

As contas do Estado operam de forma equilibrada. A Bahia cresce quase dez vezes mais que o Brasil, segundo o próprio governo. A análise do PIB do segundo trimestre de 2017 comprova que a elevação foi de 1,9%, enquanto no mesmo período o país teve um aumento de apenas 0,2%.

Ainda segundo informações do próprio governo, em relação aos gastos com pessoal, foram destinados 41,79% da Receita Corrente Líquida no segundo quadrimestre de 2017 (veja aqui). O valor está muito abaixo dos 46,17% do limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mesmo com essa margem orçamentária, o governo se nega a abrir negociação e dialogar com as Associações Docentes e o funcionalismo público baiano.

Atualmente, docentes das quatro universidades estaduais estão com indicativo de greve aprovado. A pauta de reivindicações 2018 tem como uma das suas principais bandeiras de luta a exigência pelo reajuste salarial, defesa dos direitos trabalhistas e das universidades estaduais. Para o Fórum das ADs, é possível conquistar o reajuste salarial, portanto o movimento seguirá pressionando o governo até abertura de negociações e respostas efetivas para os direitos trabalhistas e a defesa da educação pública.
Leia a pauta das reivindicações 2018 na íntegra.

Fonte: IBGE, Portal do Servidor, Transparência Bahia e Varela Notícias.

29 de janeiro é Dia da Visibilidade Trans

imp-ult-411372545Esta segunda-feira, 29 de janeiro, é marcada pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data simbólica foi criada em 2004 e é destinada a lembrar a luta de pessoas travestis e transexuais pelo respeito à identidade gênero, orientação sexual, e direitos básicos que são diariamente negados dentro da sociedade.

Durante o 37º Congresso do ANDES-SN, realizado em Salvador (BA) entre os dias 22 e 27 de janeiro, os docentes aprofundaram o debate sobre os temas relacionados à identidade de gênero e ao direito ao nome social para pessoas trans. Os delegados aprovaram a incorporação da luta pela tramitação e implementação do Projeto de Lei (PL) 5002/13 (Lei João Nery) às pautas do Sindicato Nacional.

O PL garante o direito do reconhecimento à identidade de gênero de todas as pessoas trans no Brasil, sem necessidade de autorização judicial, laudos médicos nem psicológicos, cirurgias ou hormonioterapias. Assegura o acesso à saúde no processo de transexualização, despatologiza as transindentidades para a assistência à saúde e preserva o direito à família frente às mudanças registrais.

Violência

Os números relacionados à violência contra pessoas trans ainda são alarmantes. Quando se trata do Brasil, a coisa piora: ocupamos a triste posição de país que mais mata pessoas transexuais e transgêneros, no mundo.

O ranking foi elaborado por uma organização civil europeia, chamada Transgender Europe. Segundo o relatório da ONG, em números absolutos, foram assassinados no Brasil, entre 2008 e 2016, 868 pessoas trans, aquelas que não identificam o próprio gênero com o sexo biológico. O número é o triplo que o do México e quase seis vezes maior que o apresentado pelos Estados Unidos.

A entidade registrou, somente no ano passado, quase 180 pessoas assassinadas por serem transexuais. Segundo a presidente da Rede Trans, Tatiane Araújo, o que sustenta a violência e o ódio contra essas pessoas é uma série de fatores que envolvem a exclusão social em vários âmbitos, inclusive no familiar.

Somado aos números de violência, as pessoas trans ainda ocupam, majoritariamente, espaços marginalizados na sociedade, sobretudo no mercado de trabalho. Com isso, tendem a se manter em profissões sem regulamentação, sem segurança e vulnerabilizadas, como a prostituição. Tatiane Araújo conta que cerca de 90% das pessoas trans brasileiras atuam como profissionais do sexo, porque muitas vezes não conseguem oportunidade em outro tipo de trabalho.

Forte motivo para a pouca participação de pessoas trans em funções de visibilidade é a evasão escolar. A menos 82% dos estudantes trans, principalmente adolescentes, abandonam os estudos, por preconceito no ambiente escolar e também familiar, segundo a Rede Trans. Este dado pode explicar o caminho difícil e curto dessas pessoas, que têm expectativa de vida de apenas 35 anos, abaixo da expectativa geral de todos os países, segundo dados da Agência Americana de Inteligência (CIA) e metade da expectativa de vida do Brasil, que é 75 anos.

Com informações de Agência Brasil.

 

Fonte: ANDES-SN

37° Congresso do ANDES-SN expressa mobilização docente e aponta desafios para 2018

imp-ult-1485843911Após seis dias de intensos debates, que resultaram nas deliberações que irão orientar as lutas da categoria docente no próximo período, a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, declarou encerrado o 37° Congresso do Sindicato Nacional.

A Plenária de encerramento aconteceu já na madrugada de domingo (28), com a aprovação mais de 30 moções e a leitura da Carta de Salvador.

O evento foi realizado de 22 a 27 de janeiro, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador. Considerado o maior da história do Sindicato Nacional, contou com a presença de 581 participantes, sendo 413 delegados, 122 observadores, de 82 seções sindicais, 10 convidados e 36 diretores.

Em sua fala de encerramento, Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, ressaltou que 2017 foi um ano com muitas lutas, tanto no conjunto da classe trabalhadora, quanto internas no sindicato. “Esse Congresso, na nossa avaliação, é fruto de um ano intenso de mobilização. Há muito esse sindicato não tinha a presença de mais de 80 seções sindicais em um congresso nacional. Isso, certamente, é expressão da mobilização, do trabalho que esse sindicato desenvolveu em 2017”, afirmou.

Eblin ressaltou que a grande tarefa para 2018 é retomar o patamar de mobilização do primeiro semestre de 2017, articulando, a partir das bases, pressionando as centrais sindicais, com o desafio de construir uma verdadeira unidade de ação nas ruas, para combater as contrarreformas. “Temos o desafio, já para fevereiro, de barrar a contrarreforma da Previdência e, para isso, é necessário que construamos, nas nossas bases, a greve geral, a mobilização da nossa categoria. Que as nossas universidades parem para dizer não à contrarreforma da Previdência”, conclamou.

“Certamente, esse é um ano em que o ANDES-SN vai ser desafiado a dizer qual projeto de educação ele quer continuar a construir. Por isso, todos os nossos docentes estão convocados a reafirmar um sindicato que é classista, que é de luta, e que é autônomo. Que tenhamos um ótimo 2018, com muitas lutas”, completou, declarando encerrado o 37º Congresso do ANDES-SN.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Eleição do ANDES-SN para o próximo biênio terá duas chapas

imp-ult-2053374997A inscrição de duas chapas para participar do processo eleitoral da nova diretoria do ANDES-SN, para gestão do biênio 2018/2020, foi confirmada no início da noite de sábado (27), no 37º Congresso do Sindicato Nacional. Após as inscrições feitas, as chapas foram apresentadas na plenária do tema 4, sobre questões organizativas e financeiras e defenderam as suas posições.

A chapa 1 “ANDES Autônomo e de Luta”, a primeira a se inscrever na Secretaria do Congresso, tem como candidatos a presidente, Antônio Gonçalves Filho, Apruma Seção Sindical; a secretária-geral, Eblin Farage, Aduff SSind. e atual presidente do ANDES-SN; e a tesoureira, Raquel Dias Araújo, Sinduece SSind. “Este momento é bastante significativo para o nosso sindicato, porque fortalece a nossa democracia interna e a nossa chapa vem dentro de um contexto de muitas lutas e a forma que nos organizamos pela base e com autonomia caracterizam a nossa chapa”, disse Antônio.

imp-ult-1400349684Logo depois, a chapa 2 “Renova ANDES” apresentou inscrição. Celi Taffarel, da Ufba; Maria de Lourdes Nunes, Adufpi SSind.; e Everaldo Andrade, Adusp SSind., são os candidatos aos cargos de presidente, secretária-geral e tesoureiro, respectivamente. Por motivos problemas de saúde na família, Celi teve que se ausentar do Congresso e não pode participar, presencialmente, da inscrição. “A nossa chapa representa uma trajetória de construção da unidade de vários grupos e de docentes de várias universidades, que vem desenvolvendo um esforço para recuperar uma série de bandeiras que estava sendo esquecida pelas últimas gestões do ANDES-SN”, afirmou Everaldo Andraimp-ult-850892039de.

As chapas terão até o dia 27 de fevereiro para apresentar os demais nomes que compõem a candidatura. A comissão eleitoral terá 7 dias corridos para homologar as inscrições.  As eleições devem ocorrer, por votação direta e secreta em todo o Brasil, nos dias 9 e 10 de maio de 2018.

Comissão Eleitoral
Durante a plenária do Tema 4, foi constituída também a comissão eleitoral que organizará o processo de escolha da próxima diretoria do Sindicato Nacional. Pela atual diretoria, foram indicados o secretário-geral, Alexandre Galvão (titular), Olgaíses Maués e Luis Acosta (suplentes). A plenária elegeu os demais membros: Paulo Rizzo (UFSC), Luciano Coutinho (UFRJ), Rubens Rodrigues (UFJF), José Carneiro (UFPA), Glaucia Russo (UERN) e Américo Kerr (USP).