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ELEIÇÕES ADUSC: COMISSÃO ELEITORAL HOMOLOGA INSCRIÇÃO DA CHAPA “NENHUM DIREITO A MENOS”

Eleição acontece entre os dias 10 e 11 de Janeiro, na sede da ADUSC

Encerrado o prazo para inscrições de chapas para concorrer a gestão da ADUSC, Biênio 2018-2020, a comissão eleitoral divulgou homologação da chapa “NENHUM DIREITO A MENOS”, única inscrita. Compõem a chapa: José Luiz de França – DFCH (presidente), Arturo Samana – DCET (vice-presidente), Gisleide Silva – DCSAU (Secretário Geral), Alba Chaves – DCB (1º Secretario), Carlos Vitório de Oliveira – DCSAU (Tesoureiro), Vitória Solange – DCSAU (1º Tesoureira), Socrates Moquete – DCEC (1º Suplente) e Maria Aparecida Aguiar – DCIE (2º Suplente).

Veja aqui documento de homologação e aqui ficha de inscrição da chapa

Eleições

As eleições acontecerão por votação direta e secreta, nos dias 10 e 11 de Janeiro de 2018, na sede da ADUSC, das 09:00 às 20:30 horas. Podem participar do processo docentes associados, apresentando, no ato da votação, documento com foto.

Votação da contrarreforma da Previdência é adiada após pressão dos trabalhadores

imp-pop-277750631A leitura do relatório e votação da PEC 287 ocorrem em fevereiro. O ANDES-SN lutou durante todo o ano – em unidade com movimentos, entidades e centrais -, contra a medida.

Após grande pressão popular, a contrarreforma da Previdência – Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287/16) -, foi finalmente adiada. Em anúncio oficial, realizado na última quinta-feira (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou que a votação da PEC está prevista para fevereiro de 2018. A leitura do relatório que ocorreria no mesmo dia, também, foi postergada.

Segundo Rodrigo Maia, as discussões da PEC 287 iniciam-se no dia 5 de fevereiro e a votação no dia 19 do mesmo mês. Na ocasião, o presidente da Casa admitiu negociar apenas um ponto da contrarreforma da Previdência, que diz respeito a regra de transição para quem ingressou no serviço público antes de 2003. A mudança, conforme Maia, não iria gerar um grande impacto na economia pretendida pelo governo federal.

Para Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, o adiamento da apreciação da contrarreforma da Previdência, este ano, é resultado do trabalho em unidade do Sindicato Nacional com as Centrais e sindicatos combativos, movimentos sociais e populares, estudantes, partidos políticos e da população brasileira que se opôs a PEC 287/16 saindo às ruas, enfrentando a repressão, com paralisações e greves para dizer não a proposta.

“Nós realizamos um conjunto de ações durante o ano, com fortes mobilizações, exposição dos parlamentares que se manifestavam a favor da PEC 287, com atos na porta das casas dos deputados e nos seus escritórios estaduais e, ainda, nos aeroportos recepcionando-os. Elaboramos e distribuímos panfletos explicativos sobre essa contrarreforma, dialogando com a sociedade e desmentindo o governo federal de que a Previdência Social seria deficitária. Sabemos que essa reforma tem, exclusivamente, o objetivo de privilegiar o Capital financeiro retirando os direitos dos trabalhadores”, avaliou Eblin.

Tramitação

Para a PEC 287/16 ser aprovada, é preciso passar por uma votação de dois turnos no plenário da Câmara dos Deputados, com intervalo de cinco sessões entre cada votação, e no mínimo 308 votos favoráveis em cada uma das sessões. Admitida na Câmara, a PEC segue ao Senado Federal onde será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois vai a plenário onde precisa ser apreciada novamente em dois turnos. Caso a proposta seja aprovada, sem nenhuma alteração no texto, é promulgada em sessão no Congresso pelo presidente da República e entra, então, em vigor.

Um ano de lutas contra a PEC

O ANDES-SN desde o ano passado vem empreendendo forte resistência a PEC 287/16. Este ano, não foi diferente. O Sindicato Nacional organizou e participou de atosmobilizaçõesGreves Gerais, do Ocupe Brasília e, também, realizou uma série de encontros nacionais e regionais sobre a temática, com o objetivo de organizar a luta e resistência contra os ataques à Previdência Social e aos direitos dos trabalhadores.

“Nós ganhamos uma batalha, mas não a guerra. É necessário que a gente inicie 2018 mobilizados. No caso dos docentes, a realização do 37º Congresso do ANDES-SN, em janeiro, traçará linhas bem explícitas de como será a luta no próximo ano e, também, esperamos que as centrais sindicais convoquem Greve Geral e cumpram o seu papel de organização da classe trabalhadora para que possamos enterrar de vez essa ameaça que é a contrarreforma da Previdência”, ressaltou a presidente do Sindicato Nacional.

 

 

Fonte: ANDES-SN

MOVIMENTO DOCENTE PROTOCOLA PAUTA DE REIVINDICAÇÕES 2018

Fórum das ADs protocola na Saeb, SEC e Governadoria a pauta 2018. Foto: Ascom Fórum das ADs
Fórum das ADs protocola na Saeb, SEC e Governadoria a pauta 2018. Foto: Ascom Fórum das ADs

Salvador, 19 de dezembro de 2017

Nesta segunda-feira (18) o Fórum das ADs protocolou a pauta de reivindicações da categoria junto à Governadoria e secretarias estaduais da Educação (SEC), da Administração (Saeb) e das Relações Institucionais (Serin). A pauta para 2018 foi indicada pelo Fórum das ADs, apreciada pelas diretorias das ADs (Adufs, Aduneb, Adusb e Adusc) e, após debates, aprovada pelos (as) docentes em assembleias. No documento, a categoria reivindica a abertura da mesa de negociação de maneira imediata reforçando o cenário de indicativo de greve aprovado pelos (as) docentes das quatro universidades estaduais.

Pauta 2018

A pauta protocolada reforça e atualiza os eixos de reivindicações da categoria do último ano. Há três anos é negado aos docentes, e aos(às) servidores(as) públicos(as) da Bahia de modo geral, a recomposição das perdas inflacionárias. As perdas decorrentes deste arrocho salarial já ultrapassam 20,8%, o que, nestes três anos, representa uma perda de quase três meses de salário.

Para 2018, como forma de garantir uma política de recuperação salarial, os professores reivindicam um índice de 5,5% ao ano, considerando o período entre 2015 e 2017. Além dessa política de recuperação salarial, os docentes também exigem reposição integral da inflação referente aos anos 2015-2017.

Constam também na pauta outras bandeiras de luta: destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado para o orçamento anual das universidades, com revisão do percentual a cada dois anos; cumprimento dos direitos trabalhistas dos docentes, a exemplo das promoções na carreira, progressões, adicional de insalubridade, mudança de regime de trabalho e reimplantação da licença sabática; respeito ao Estatuto do Magistério Superior Público das Universidades do Estado da Bahia – Lei 8.352/2002; mais a ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de provimento permanente do Magistério Público.

Confira o documento na íntegra aqui

Durante o ano de 2017 foram feitas várias mobilizações locais, atos em Salvador e reuniões com o superintendente da Saeb, Adriano Tambone, secretário de educação, Walter Pinheiro, e outras representações da pasta. No entanto, não houve avanço nas negociações. O governo só recebeu o Movimento Docente a partir da pressão da luta e dos atos públicos ocorridos, mesmo assim se mostrou inflexível e incapaz de negociar.

Apesar do governo se negar a discutir efetivamente a pauta dos professores, houve, ao longo do ano, avanços parciais impostos pela luta. São exemplos disso questões como, a regularização, no mês de maio, dos repasses orçamentários mensais, as publicações parciais de promoções e progressões e, agora, o anúncio de concurso público para docentes em algumas universidades. Importante destacar que, ao não reunir-se com o movimento docente, o governo tenta invisibilizar este protagonismo do movimento. Por isso, para avançar na pauta, é necessário intensificar a luta.

Mudança de Coordenação do Fórum das ADs

Ocorreu reunião do Fórum das ADs no mesmo dia em que a pauta foi protocolada nas instâncias governamentais. Na oportunidade, além de apontar ações e tarefas para o ano de 2018, as Associações Docentes saudaram a mudança de coordenação do Fórum das ADs. O professor Milton Pinheiro, que havia assumido a coordenação pela Aduneb em 2017, repassou a atual gestão do Fórum para o professor Sérgio Barroso, da Adusb. A coordenação do Fórum das ADs se renova a cada um ano entre as seções sindicais.

Mudança da coordenação do Fórum das ADs para 2018. Foto: Ascom Fórum das ADs
Mudança da coordenação do Fórum das ADs para 2018. Foto: Ascom Fórum das ADs

BNCC é aprovada: sem gênero e com religião

imp-ult-429475294O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou hoje (15) o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que irá orientar os currículos da educação básica e estabelecerá conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da educação infantil e do ensino fundamental. Foram retiradas quaisquer menções a “orientação sexual” e “gênero”, e o ensino religioso passa a ser de oferta obrigatória nas escolas brasileiras.

O texto foi aprovado por 20 votos favoráveis e três contrários. A BNCC estava em discussão no CNE desde abril, quando foi enviada pelo Ministério da Educação, e passou por diversas modificações desde então, após o recebimento de propostas e a realização de audiências públicas. O MEC deve homologar a BNCC na quarta-feira (20).

Religião

O texto aprovado pelo CNE incluiu novamente orientações sobre o ensino religioso nas escolas. O assunto estava nas versões anteriores da base, mas tinha sido excluído da terceira verão enviada pelo MEC em abril, e foi recolocado antes da votação.

Segundo o texto previsto na base nacional, o ensino religioso deve ser oferecido nas instituições públicas e privadas, mas como já ocorre e está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a matrícula poderá ser optativa aos alunos do ensino fundamental. Entre as competências para esse ensino estão a convivência com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver. O CNE ainda deverá decidir se o ensino religioso terá tratamento como área do conhecimento ou como componente curricular da área de Ciências Humanas, no Ensino Fundamental.

Gênero

O CNE decidiu avaliar posteriormente a temática gênero, que foi objeto de muita polêmica durante as audiências públicas realizada para debater a BNCC. “O CNE deve, em resposta às demandas sociais, aprofundar os debates sobre esta temática, podendo emitir, posteriormente, orientações para o tratamento da questão, considerando as diretrizes curriculares nacionais vigentes”, diz a minuta de resolução divulgada pelo conselho.

Na versão encaminhada pelo MEC em abril, uma das competências gerais da BNCC era o exercício da empatia e o respeito aos indivíduos, “sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza”. Esse trecho foi modificado, e o texto aprovado hoje fala apenas “sem preconceitos de qualquer natureza”.

Com edição e inclusão de informações de ANDES-SN. Imagem de EBC.

 

Fonte: ANDES-SN

Mobilização consegue que Projeto de Lei da Escola sem Partido seja arquivado no Senado

Na Câmara, seis projetos de lei tramitam anexados ao PL 7180/14 da “Escola sem Partido”

imp-ult-531330338A pedido do autor, o senador Magno Malta (PR-ES), o Projeto de Lei do Senado 193/2016, que pretendia incluir o programa “Escola sem Partido” na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), foi retirado de pauta, em definitivo, no dia 21 de novembro e arquivado no último dia 30. O relator da proposta, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), havia votado pela rejeição do projeto. O PLS tinha como um de seus principais apoiadores o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e grupos conservadores e reacionários como o Movimento Brasil Livre (MBL).

Se no Senado Federal, o PLS 193 foi arquivado, na Câmara dos Deputados, seis projetos de lei tramitam anexados ao PL 7180/14, do deputado Erivelton Santana (PEN-BA). São eles: 867/15, 7181/14, 6005/16, 1859/15, 5487/16. E o mais recente: PL 8933/2017. O PL 7180 também pretende incluir entre os princípios do ensino “o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa”.

Para Jacob Paiva, 2º secretário do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do Sindicato Nacional, o arquivamento do projeto é apenas uma conquista no processo em uma batalha que ainda não foi vencida.

“Provavelmente, os senadores apoiadores da proposta perceberam que no Senado não havia uma correlação de forças favorável, considerando inclusive as decisões do STF e ações do MPF e ainda as manifestações da sociedade em geral contra o projeto. As ações dos comitês e fóruns estaduais e municipais, e da Frente Nacional Escola Sem Mordaçativeram o seu peso nas manifestações contrárias ao projeto e nós do ANDES-SN vamos continuar acompanhando a tramitação desses projetos. Agora, temos que estar atentos, pois as manobras sempre podem acontecer e na Câmara, os deputados têm mais forças para fazer isso”, alertou o diretor do Sindicato Nacional.

A “Escola Sem Partido” é uma associação de perfil conservador que tenta coibir a atuação de professores em sala de aula e limitar a liberdade de expressão e pensamento nas escolas. Quase todos os projetos reproduzem o texto do programa Escola Sem Partido, idealizado pelo advogado Miguel Nagib. Os projetos dizem defender a “neutralidade do ensino”, por meio da proibição da “doutrinação ideológica” nas escolas. Mas as entidades e educadores que o contestam alertam que por trás dessa neutralidade está a tentativa de cercear a atividade pedagógica e impor a mordaça ao ato de lecionar.

“Mesmo sem o projeto da Escola sem Partido ter sido aprovado, acompanhamos situações de perseguições a docentes e núcleos de estudo nas IES e do Ensino Básico, quando se trata de discussão de gênero ou quando o debate é uma análise crítica de questões sociais do país”, afirmou o coordenador do GTPE. “Se nacionalmente ainda não temos uma definição, nos estados e municípios, os parlamentares continuam apresentando os projetos”, completou Jacob referindo-se também ao parecer favorável que o projeto de Lei Escola Sem Partido (PL 325/2014) recebeu da Comissão de Finanças da Câmara Municipal de São Paulo na segunda-feira (11). O texto está pronto para ser votado em plenário.

Por uma escola sem mordaça

O ANDES-SN integra, desde o ano passado, a Frente Nacional Escola Sem Mordaça, que tem por objetivo combater projetos de lei, em especial os baseados no programa “Escola sem Partido”, e demais medidas que visem cercear o direito de livre pensamento nas escolas brasileiras. O Sindicato Nacional é crítico a qualquer lei que queira impedir o debate de temas importantes na educação, e também é contrário a qualquer tentativa de amordaçar docentes e ferir a autonomia acadêmica. Diante das censuras e perseguições que se intensificaram nos últimos tempos, o ANDES-SN criará uma comissão para acompanhar esses casos.

“O jurídico indicou a constituição de uma comissão para acolher as situações de perseguição político-ideológica dentro das instituições de ensino superior [IES]. A ideia é que cada seção sindical recepcione esses casos, e direcione para essa comissão, formada por integrantes do GTPE do ANDES-SN, para termos uma visão mais ampla desses processos e pensar em ações no âmbito político e jurídico e aprofundar o debate”, disse Jacob.

Censura, intimidação e perseguição

Casos de perseguição judicial e policial vêm acontecendo contra outros docentes, técnico-administrativos e estudantes em razão da militância política e social em defesa da universidade pública e do direito de organização desses segmentos que compõem a comunidade universitária.

Recentemente, em Minas Gerais, oito dirigentes e servidores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) foram levados para prestar depoimento de forma coercitiva na sede da Polícia Federal (PF), em Belo Horizonte, por suspeita de desvio de verbas públicas.

Em outubro, a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) foi notificada pela Polícia Federal sobre a abertura de um inquérito policial federal contra os docentes André Luiz Mayer e o ex-reitor da Ufop, Marcone J. Sousa. Eles estão sendo investigados por “desobedecer” uma decisão judicial de 2013 suspendendo as atividades do programa de extensão Centro de Difusão do Comunismo (CDC-Ufop) – que contava com dois projetos e dois cursos de estudo, debate e crítica à ordem do Capital. No mesmo mês, quatro professores e um técnico-administrativo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram criminalizados por se apresentaram como mediadores e defensores do espaço público da Universidade e dos seus estudantes, durante uma operação policial no campus da UFSC, em 25 de março de 2014.

No mês de setembro, os docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foram vítimas de processos administrativos que investigam a “conduta” deles durante a ocupação estudantil no prédio da UTFPR em 2016, contra o desmonte das políticas públicas educacionais, entre elas, a contrarreforma do Ensino Médio e, na época, a “PEC do Teto dos Gastos” – Emenda Constitucional 95/16.

Nos Institutos Federais de Alagoas (Ifal), da Bahia (IFBA) e Baiano (IF Baiano) também ocorreram casos de perseguição, como também em colégios como o Pedro II (CPII), no Rio de Janeiro, e na Escola Estadual Presidente Costa e Silva, no Rio Grande do Sul. No Rio, três professores de história e dois servidores do colégio foram interpelados pelo Ministério Público Federal (MPF-RJ), que abriu um processo por improbidade administrativa. No Sul, o professor José Luis Morais, da rede pública estadual do Rio Grande do Sul, foi afastado do seu cargo, em março, em função do conteúdo de sua atividade docente, que criticava a ditadura empresarial-militar coordenado por ele: De Costa para a Ditadura.

Leia também sobre outros casos:

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Docentes sofrem processo administrativo devido a performance na UFF

 

 

Fonte: ANDES-SN

 

Congresso Nacional aprova Orçamento 2018 sob vigência da EC 95

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O Congresso Nacional aprovou na noite de quarta-feira (13) o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2018, PLN 20/2017, com valor total de R$ 3,57 trilhões. A LOA contempla os orçamentos fiscais, da Seguridade Social e de investimentos das estatais. Este é o primeiro Orçamento aprovado após a vigência da Emenda Constitucional (EC) 95/16, do Teto de Gastos, que limita as despesas públicas à inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos. A matéria segue para sanção presidencial.

Do montante aprovado, quase um terço (R$1,16 trilhão) será destinado ao refinanciamento da dívida pública e R$ 316 bilhões para o pagamento de juros da dívida pública. Apenas R$ 89 bilhões serão destinados à área da Educação e R$ 119,2 bilhões à Saúde. Para a área de Ciência e Tecnologia, após intensas manifestações das entidades científicas, sociais e sindicais junto ao poder Executivo e aos congressistas, o orçamento de livre movimentação subiu de R$ 2,7 bilhões, proposta inicial, para R$ 4,8 bilhões. No entanto o valor ainda é inferior aos recursos executados em 2017.

O projeto orçamentário recebeu duras críticas da oposição. Uma delas diz respeito às isenções fiscais para grandes empresas, que somam mais de R$ 200 bilhões em 2018. A LOA ainda prevê um déficit primário de R$ 157 bilhões para 2018, diferentemente da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada anteriormente, que previa uma meta fiscal deficitária no valor de R$ 159 bilhões.

A proposta também prevê crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o próximo ano. E o salário mínimo, segundo o texto, está fixado em R$ 965, R$ 28 superior ao valor atual de R$ 937. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário, em novembro, deveria ser de R$ 3.731,39, levando em conta os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O PLN 20/17, de autoria do Executivo, ainda destinará R$ 1,716 bilhão ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), criado na minirreforma eleitoral aprovada este ano pelo Congresso. Esses recursos se destinam ao custeio de parte das campanhas para as eleições gerais de 2018.

Mantido veto à auditoria da dívida

O Congresso Nacional manteve os vetos feitos à LDO de 2018, entre eles o que previa uma auditoria da dívida pública, com a participação de entidades da sociedade civil (Veto 25/2017).

O presidente Michel Temer vetou, no mês de agosto, uma emenda da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018 que previa a realização de uma auditoria da dívida pública brasileira – que consome quase metade do orçamento do país. No ano passado, Temer já havia vetado a possibilidade de auditoria na LDO 2017 e, antes, em 2016, a então presidente Dilma Rousseff também barrou emenda semelhante, na Lei Plurianual 2016/2019.

Com informações da Agência Senado e Jornal da Ciência. Imagem de EBC.

 

Fonte: ANDES-SN

37º CONGRESSO DO ANDES-SN| MATERIAL GRÁFICO HOMENAGEIA A LUTA E RESISTÊNCIA DO POVO NEGRO

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Uma homenagem à luta e força do povo negro, que resiste há séculos de opressões. A mesma bravura que pode servir de exemplo aos lutadores e lutadoras pela educação pública, gratuita e pela emancipação da classe trabalhadora. Essa é a mensagem passada pela gravura que representa do 37º Congresso Nacional do ANDES-SN. O material gráfico, elaborado pela comissão organizadora e pela diretoria do ANDES-SN, começou a ser divulgado nacionalmente a partir desta semana.

Conhecido como espaço máximo de organização nacional da luta da categoria docente do ensino superior, o 37º Congresso do ANDES-SN, a ser realizado de 22 a 27 de janeiro de 2017, tem como organizadora a ADUNEB. As atividades acontecerão no Campus I da Uneb, no bairro Cabula, em Salvador. O tema central será “Em defesa da educação pública e dos direitos da classe trabalhadora. 100 anos da reforma universitária de Córdoba”. O Caderno de Textos está disponível aqui.

De acordo com a comissão organizadora, faltando pouco mais de um mês para o Congresso, os preparativos para o evento entraram na reta final. Tudo é pensado para trazer praticidade e segurança aos docentes de todo o país, que por seis dias, trabalharão duro na organização das lutas do próximo ano. Além das plenárias no amplo teatro Caetano Veloso, 13 salas do Departamento de Ciências da Vida estarão disponíveis para as reuniões dos diversos grupos mistos de discussões. A expectativa é a participação de mais de 500 professoras e professores.

Teatro Caetano Veloso.

Ato público

Durante o Congresso também acontecerá um ato em defesa da educação pública superior, gratuita, laica e de qualidade. A intenção é que a manifestação sirva para dialogar com a sociedade e denunciar a política se sucateamento do ensino público e privatização da educação, imposta pela governo Temer.

O ato público também será contra o genocídio do povo negro que ocorre, sobretudo, nas periferias das grandes cidades do país. O Campus de Salvador da Uneb está localizado no bairro Cabula, local que em fevereiro de 2015, ficou nacionalmente conhecido pela “Chacina do Cabula”. Na ocasião, 12 jovens de 16 a 27 anos, receberam 88 tiros à queima roupa, disparados pela Polícia Militar da Bahia. Apenas um dos rapazes tinha passagem pela polícia por porte de maconha. O laudo da perícia, divulgado pelo Ministério Público, constatou evidências de execução sumária.

100 anos da reforma universitária de Córdoba

A chamada Reforma de Córdoba é analisada por historiadores e educadores como um marco na história das universidades latino-americanas. O episódio quebrou paradigmas e iniciou um novo modelo de pensamento, nas instituições de ensino superior, a partir dos desafios e realidades da América Latina. O movimento surgiu a partir de organizações estudantis argentinas, da cidade de Córdoba, por meio do Manifesto de 21 de junho de 1918 (leia mais).

Fonte: Ascom ADUNEB

Inauguração do Hospital Regional da Costa do Cacau foi marcada por protestos dos professores da UESC

Com indicativo de greve aprovado, professores tentaram diálogo com o governador e denunciaram descaso com as Universidades Estaduais Baianas (UEBA)

Professores da UESC e Policiais Civis protestam na entrada do Hospital Regional Costa do Cacau.
Professores da UESC e Policiais Civis protestam na entrada do Hospital Regional Costa do Cacau.

Munidos de faixas e panfletos, os professores da UESC realizaram manifestação durante a inauguração do Hospital Regional da Costa do Cacau para denunciar a crise orçamentária, o desrespeito aos direitos trabalhistas e a corrosão salarial imposta pelo governo Rui Costa.  Policiais Civis também apresentaram suas reivindicações durante a cerimônia.

Apesar do crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) baiano ser dez vezes maior que o nacional, os cortes no orçamento para manutenção, custeio e investimento das UEBA, entre 2013 e 2016, já chegam à R$ 213 milhões.  Há dois anos sem a reposição inflacionária, os docentes já acumulam uma perda de 20% nos salários, e os direitos trabalhistas são constantemente desrespeitados.

Com a pauta protocolada desde dezembro de 2016, os professores enfrentam o silêncio e o descaso do governo que se nega a receber a categoria para dialogar. Ao tentar acompanhar a inaugurarão do hospital, juntamente com os policiais civis, foram impedidos de entrar, mesmo assim, mantiveram a manifestação e estabeleceram o diálogo com a população que chegava para participar da cerimônia.

WhatsApp Image 2017-12-15 at 19.29.43Segundo o presidente da ADUSC, José Luiz de França, a manifestação foi importante, porque demonstrou à sociedade a disposição da categoria para dialogar com o governo e, mais uma vez, denunciou o que está acontecendo com as universidades. “A situação imposta às universidades é grave e estamos sensibilizando a sociedade para fazer parte desta luta, enquanto tentamos o diálogo com o governo, mas o descaso está chegando ao limite, e não hesitaremos em radicalizar a luta se necessário”, afirma França.