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3° Congresso da CSP-Conlutas define calendário de lutas

imp-ult-2012396625Na ocasião, foi reafirmado o dia 19 de outubro como o “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública”, com um ato a ser realizado no centro do Rio de Janeiro. Nesta data, será lançada também a “Frente em Defesa das Instituições de Ensino Superior Públicas”, que reunirá docentes, técnico-administrativos em educação, terceirizados, estudantes, entidades da educação e científicas, movimentos sociais, sindicais e populares, entre outros para intensificar a luta em defesa das universidades municipais, estaduais e federais, Institutos Federais e Cefets. A atividade acontecerá na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

“Foi muito importante à incorporação desta data no calendário de lutas da Central, com o lançamento da Frente e o ato no Rio, porque mostra, primeiro, a disposição de luta da classe e, em segundo, como o setor da Educação mais uma vez movimenta a categoria e coloca a importância da educação para a classe toda. Também foi importante a escolha da Uerj para o lançamento da Frente, por ser um lugar de resistência aos ataques do governo estadual nos últimos dois anos”, disse Cláudio Ribeiro, 2° vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN.

Outra data aprovada na plenária foi o 10 de novembro, que será um Dia Nacional de Lutas, Mobilizações e Paralisações, com ato no Rio de Janeiro, realizado na véspera da entrada em vigor da Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), sancionada pelo presidente Michel Temer no mês de julho.

imp-ult-1939483580A data foi apontada pelos metalúrgicos, que integram a Campanha Brasil Metalúrgico, movimento que deu início à luta unificada para impedir a aplicação da contrarreforma Trabalhista e a retirada de direitos nas campanhas salariais do setor metalúrgico neste ano. A manifestação também tem como intuito a revogação da Lei das Terceirizações ilimitadas, assim como barrar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da contrarreforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional.

O ANDES-SN realizará no dia 9 de novembro um seminário nacional de reorganização da classe em comemoração aos 100 anos da Revolução Russa, e, no dia 11, ocorrerá a reunião com entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis também com a perspectiva da reorganização da classe trabalhadora.

“Para quem achava que o ano de lutas tinha terminado no primeiro semestre, isso não acontece, pois a CSP-Conlutas demonstrou a sua força de reorganização, de retomada de luta e incorporou o dia 10 de novembro no seu calendário, trazendo de novo à tona a pauta da Greve Geral”, disse Cláudio, que completou:  “O Plano de Ação aprovado mostra a importante resistência no ano de 2017 e que ainda vai ter muita luta. O dia 19 de outubro é o início de um processo de retomada de lutas muito forte que culminará no dia 10 de novembro”.

Luta das Estaduais no Rio

Os docentes da Uerj estão em greve desde o dia 3 de outubro em decorrência, mais uma vez, de salários atrasados e falta de repasses à universidade. Além da Uerj, os docentes da Universidade Estadual da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Uezo), do Norte Fluminense (Uenf) e da Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec) também estão em greve e na luta contra o desmonte das instituições e pelo pagamento em dia dos salários e bolsas estudantis e repasse para custeio e investimento nas instituições.

Reunião dos setores

A próxima reunião conjunta dos setores da Ifes e das Iees/Imes do ANDES-SN está marcada para o dia 19 de outubro, às 9h, na Uerj, tendo como pauta a definição de novas ações em defesa das IES públicas. A reunião antecederá o ato do “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública”, que ocorrerá a tarde. No dia seguinte, serão realizadas as reuniões separadas do setor das Federais (20 e 21) e do setor das Estaduais e Municipais (20), para tratar das pautas específicas.

Fotos: CSP-Conlutas e ANDES-SN

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Fonte: ANDES-SN

MESMO COM DINHEIRO EM CAIXA, GOVERNO SE RECUSA A NEGOCIAR PAUTA SALARIAL

Sefaz/Bahia
Sefaz/Bahia

A justificativa do governo Rui Costa de que não pode atender às reivindicações da categoria por conta da crise econômica não encontra respaldo nem mesmo nas informações oficiais divulgados pelos próprios gestores públicos. Desta vez, a contradição no discurso está constatada no Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão Fiscaldivulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Segundo os dados do governo, entre janeiro e agosto deste ano, o percentual das despesas com pessoal do executivo diante de Receita Corrente Liquida (RCL) caiu para 41,79%. O índice é bem abaixo dos limites prudencial e máximo estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que são de 46,17% e 48,60%, respectivamente. De 2010 até então, este é o segundo menor valor – entre janeiro e agosto de 2014, o percentual da RCL atingiu 38,64%. Veja na tabela abaixo.

Poder Executivo gasto com pessoal. Fonte: http://www.sefaz.ba.gov.br/pdf/lrf/quadrimestrais/limites/limites_ago_17.pdf (Elaboração – diretoria da Adufs)
Poder Executivo gasto com pessoal. Fonte: http://www.sefaz.ba.gov.br/pdf/lrf/quadrimestrais/limites/limites_ago_17.pdf
(Elaboração – diretoria da Adufs)

 

“Inexistem elementos que justifiquem a política do governo para com as Ueba. Não tem desculpas para se negar a recompor nossos salários em 30,5%, garantir concurso público e respeitar nossos direitos trabalhistas”, denunciou Gean Santana, diretor da Adufs.

Lei de Responsabilidade Fiscal ou de Irresponsabilidade social?
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foi sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em maio de 2000 sob a alegação do governo de controlar os gastos da União, estados e municípios, além do Distrito Federal.

No entanto, segundo a Auditoria Cidadã da Dívida, que tem amplo estudo e pesquisa sobre os dados econômico-financeiros do país, a LRF, que já engessa a administração pública, é rígida em relação aos direitos dos servidores e às políticas sociais. Entretanto, tal rigidez não se aplica à Dívida Pública, e funciona, na prática, como Lei de Irresponsabilidade Social, impedindo a concretização dos direitos dos trabalhadores e da população em geral. “ A Lei prevê que estados e municípios deixem de pagar os servidores para atender a sanha do mercado financeiro”, condenou Gean Santana, diretor da Adufs.

Mobilização
Como sempre, o Movimento Docente (MD) tem dado sinais de que deseja negociar a pauta com o governo Rui Costa antes de endurecer as ações. No entanto, diante da intransigência deste em negociar a pauta, o Fórum das ADs aponta para a radicalização da luta.

É importante que a categoria siga empenhada em construir a mobilização em defesa do orçamento das universidades e dos direitos trabalhistas, pois somente fortalecida conseguirá arrancar do governo respostas à pauta protocolada há quase dez meses.

Fonte: Ascom Adufs, com edição

FÓRUM DAS ADS INDICA CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES DE OUTUBRO

Reunião 02 de Outubro de 2017. Foto: Ascom Fórum das ADs
Reunião 02 de Outubro de 2017. Foto: Ascom Fórum das ADs

Universidades Estaduais da Bahia avançam no Indicativo de Greve e Fórum encaminha calendário de mobilizações com previsão de paralisação estadual 

Na última segunda-feira (2) o Fórum das ADs realizou uma reunião ordinária na Uefs, para discutir os próximos passos da luta. Os docentes fizeram uma avaliação dura sobre a recepção desrespeitosa do governo no último protesto ocorrido na Secretaria de Educação (leia mais) apontando ações de mobilização e o indicativo de uma paralisação estadual, com atos locais, para o dia 28 de novembro. A proposta deverá ser discutida em assembleias e diretorias das Associações Docentes (ADs).

O indicativo de greve já foi aprovado em assembleias da Uesb, Uesc e Uefs. Na Uneb, a pauta está em discussão, com assembleia prevista para o dia 9 de outubro. Na agenda desse mês, foram indicadas iniciativas como Ciclos de Seminários Temáticos das Universidades Estaduais da Bahia, lançamento do jingle em carros de som e rádios de toda Bahia, continuidade da campanha de mídia, além de atividades relativas ao dia do professor em cada seção sindical.

A orientação política do Fórum é de fortalecer a pauta estadual e avançar no indicativo de greve. Dessa forma, as ações apontadas vão no sentido de refletir sobre a realidade da Bahia, tratando de questões específicas sobre a realidade política do Estado. Além da pauta estadual, está também na agenda a participação no 3º Congresso Nacional da CSP Conlutas, entre os dias 12 e 15 de Outubro. Leia mais

Ciclos de Seminários Temáticos das Ueba 

Com o objetivo de debater sobre a realidade estadual, foi indicado a realização de um ciclo de debates temáticos das Universidades Estaduais da Bahia com a participação de todas as Associações Docentes. A proposta é que sejam debatidos temas como arrocho salarial, orçamento de 2018 do Estado Bahia, carreira docente, Prevbahia, Planserv, permanência estudantil e os cenários da pesquisa, ensino e extensão nas universidades. Os debates acontecerão com a participação de representantes docentes, estudantis e de servidores técnico-administrativos. O primeiro debate acontecerá no dia 19 de outubro, na Uneb, às 17h; o segundo acontecerá na Uesb, no dia 23 de outubro, às 18h. Na Uesc e Uefs a perspectiva é que o ciclo ocorra durante o mês de novembro.

Só a luta garante respostas!

A pauta de reivindicações do Movimento Docente foi protocolada nas instâncias governamentais desde o dia 19 de dezembro de 2017. Saiba mais sobre o histórico. Há mais de oito meses o governo não apresenta nenhuma resposta efetiva que resolva, de fato, os problemas das Universidades Estaduais.

Mesmo diante da falta de compromisso dos gestores públicos, a categoria segue firme e disposta à luta. O professor Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, destaca que o Fórum seguirá no indicativo de greve e que é possível arrancar respostas através da radicalização das lutas. “Os números mostram que a Bahia é o quinto estado mais rico do país. Com recursos dos cofres públicos o governo faz, inclusive, superávit primário. Orçamento existe, a questão é que o Estado tem como prioridade o repasse de recursos financeiros a banqueiros e empresários. Portanto, somente por meio da radicalização é que efetivamente poderemos fazer o governo negociar”, afirmou Milton.

Confira o calendário do mês de outubro

SEM DIREITOS TRABALHISTAS GARANTIDOS: DOCENTES DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS DA BAHIA DESABAFAM DIANTE DA CRISE

Emerson Lucena, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz. Foto: Editora Editus
As condições de trabalho que o governo impõe aos servidores públicos aprofunda o cenário de precarização dos direitos. Ano após ano as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) sofrem com o reflexo da derrocada do serviço público no estado e o sucateamento da educação.

Há dois anos o governo Rui Costa não faz o pagamento de reajuste salarial aos servidores públicos. As perdas salariais acumuladas no salário mensal chegam a quase 20%. Além disso, 303 professores não tiveram seus processos de promoção atendidos e 140 ainda estão na fila de mudança de regime de trabalho. Esses são os números atualizados com a soma dos processos das quatro universidades e após a portaria divulgada depois de Julho 2017. A perspectiva é que eles ainda cresçam até o final do ano em função da dinâmica e do fluxo da demanda.

O Fórum das ADs conversou com quatro docentes das universidades para saber de cada um qual é o sentimento diante dessas questões — seja pelos processos não atendidos ou pela ausência de recomposição salarial. Os docentes desabafaram sobre problemas estruturais das universidades, o futuro nada promissor e emitiram suas opiniões sobre o descaso do governo estadual.

Professor de Química do Campus Salvador, Abrãao Felix tem 13 anos dedicados à Uneb (Universidade do Estado da Bahia). Após fazer doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências, espera ansiosamente há mais de um ano a sua promoção para professor adjunto. Abrãao está na 54ª posição da Uneb e teme que seu processo se arraste por anos na fila.

Abrãao Felix, professor da Uneb. Foto: Ascom Fórum das ADs.

“Dei entrada no meu processo no dia 22 de julho de 2016. A situação hoje, conforme uma lista que foi divulgada na página da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas da Uneb, é que existem 81 professores da universidade no aguardo do mesmo pleito que o meu. Sinto que essa é uma situação aviltante para mim e todos que estão nas filas, pois é um direito que está sendo negado. Até hoje aguardo a minha efetiva promoção e estou tendo prejuízo financeiro”, lamentou o professor.

Nas demais universidades a situação se repete. Docente do Departamento de Ciências Biológicas da Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana), Marilene Rocha tem 20 anos de carreira universitária, sendo 17 dedicados à Uefs, e traduz o sentimento de outros docentes.

Marilene Rocha, docente da Uefs. Foto: Ascom ADUFS

“Sinto revolta. O governador Rui Costa limita os direitos que temos. Nós lutamos muito pela carreira docente e o Estatuto do Magistério Superior. Trabalhamos muito para constituirmos nossa a carreira. Uma formação que não é fácil, é longa e dispendiosa. Estou na espera de minha promoção de adjunto para titular e a única resposta que tenho é a incerteza”, desabafou.

O Estatuto do Magistério Superior é uma conquista histórica do Movimento Docente da Bahia. O documento regulamenta a carreira docente estabelecendo, por exemplo, questões relativas aos níveis e ascensão salarial. Segundo o Fórum, o que se identifica é que o governo afronta os docentes e a própria legislação. Pelo estatuto, a progressão seria quase automática, necessitando apenas se qualificar. Mas não é isso que a realidade mostra. O governo interfere e trava os processos que são direitos dos docentes, interferindo, inclusive, na autonomia universitária.

Para o professor do Campus de Jequié da Uesb, Namésio Matos de Oliveira, de 38 anos, esse é o momento de construir um movimento paredista em defesa dos direitos.

“Estou na fila desde o dia 5 de maio de 2016. Sei que assim como eu, há tantos outros professores na mesma ou em situação similar. Temos que nos unir e exigir respeito. O meu processo não anda porque o governo trava com a justificativa do limite prudencial. Ao mesmo tempo coisas estranhas acontecem. O governo abre concurso para outras categorias. Ou seja, há dinheiro para investir em outras coisas, mas não tem para garantir os direitos dos professores. Isso além de desrespeitoso é inconstitucional. Estou ao pronto de abrir um processo jurídico contra o governo caso minha demanda não seja atendida”, denuncia o professor.

Nemésio Matos de Oliveira, professor da Uesb. Foto: Redes Sociais.

O último relatório fiscal divulgado pelo governo demonstrou uma alteração nos números do limite prudencial das contas do Estado, o que dá uma margem na Lei de Responsabilidade Fiscal ainda maior a que estava posta antes, que era de cerca de 2%. (Acesse o relatório atualizado aqui). Para resolver a questão das promoções e mudança de regime de trabalho, serão necessárias alteração e a ampliação do quadro de vagas das Ueba.

Emerson Lucena, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Uesc também está no aguardo do seu processo de promoção na carreira, que está parado por falta de vagas. O docente declarou que esse é o momento de todos se unirem para defender os seus direitos trabalhistas e as universidades. Emerson desabafou sobre o que é a vida dos professores que vivem com a realidade de direitos trabalhistas não garantidos.

“Todos esses problemas impactam para além da questão financeira e econômica. Tem o problema da autoestima. Vamos trabalhar, muitas vezes, insatisfeitos por saber que deveríamos estar recebendo algo que é nosso direito e o governador cria barreiras para garantir isso”, refletiu e concluiu o professor.

A reivindicação do Fórum das ADs é de recomposição salarial de 30,5% e que todas as demandas de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho dos docentes sejam atendidas. Desde dezembro o Fórum tenta negociar com o Governo do Estado a pauta do Movimento Docente. Até então a resposta governista é o descaso.

Atualmente os docentes já aprovaram indicativo de greve nas assembleias da Uefs, Uesc e Uesb. Na Uneb a pauta está em discussão. No dia 27 de Setembro ocorreu um grande ato das Universidades Estaduais Baianas no Centro Administrativo da Bahia. O Fórum afirma que, caso o governo não resolva a situação, o movimento avançará na construção do indicativo de greve docente.

Fonte: Fórum das Ads

ADUSC promove conversa com aposentados e debate sobre reforma da previdência

A ADUSC realizará uma roda de conversa com os (as) docentes aposentados (as), no dia 19 de Outubro, próximo. A conversa ocorrerá na sala de reuniões do DCJUR (Pavilhão Juizado Modelo, 2º andar), a partir das 10 horas. Na mesma data, acontecerá um debate sobre “A contrarreforma da Previdência”, a partir das 14 horas, no CEU (térreo do Pavilhão Adonias Filho). Ambas as atividades contarão com a participação do Dr. Vinícius Correia, do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA), da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB).

Confira abaixo, Nota da ADUSC que contesta discurso de Deficit, utilizado pelo ilegítimo governo de Michel Temer, para justificar a contrarreforma:

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Nota de pesar pelo trágico falecimento do professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo

imp-ult-1249318685A diretoria do ANDES-SN manifesta seu pesar pelo trágico falecimento do professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, afastado da função por decisão judicial durante investigação da Polícia Federal intitulada Operação Ouvidos Moucos. Ao mesmo tempo, solidariza-se com seus familiares e amigos pelo sofrimento em face da perda irreparável.

A educação como um todo, e a universidade brasileira em particular, tem sofrido um conjunto de ataques nos últimos anos que lhe dispensam um tratamento mercantil. Esta conjuntura tem como um dos seus resultados a violação da autonomia universitária, inclusive, com forte interferência no funcionamento democrático das suas instâncias colegiadas. É necessário defender estes espaços que, apesar de todas as dificuldades, permitem exercícios democráticos que caminham na direção de garantir melhores experiências e a possibilidade de uma esfera pública na qual a justiça social e a conquista de direitos são pedagogicamente construídas.

As instituições de ensino superior públicas não servirão de palco para ações de qualquer esfera de poder, especialmente quando violam direitos fundamentais em nome da espetacularização da punição e da vigilância. O poder judiciário e a Polícia Federal não podem continuar se apoiando em estratégias midiáticas de condução de seu trabalho, eliminando assim ritos processuais democráticos que têm como fundamento a garantia de direitos humanos.

Ao solidarizar-se com os familiares do professor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, o ANDES-SN reafirma seu histórico compromisso com a construção de uma esfera pública democrática na universidade e na sociedade brasileira.

Brasília, 3 de outubro de 2017

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

*foto: Divulgação/Ufsc

 

Fonte: ANDES-SN

Em parceria com UFSB,  UESC sedia I Colóquio – o homem e seu entorno: Marx no Século XXI

O “I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI” ocorrerá nos dias 04, 05 e 06 de Outubro de 2017, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilheus-BA. A programação conta com a participação de grandes estudiosos do Marxismo no Brasil, como Ademar Bogo (Blog Marxismo21 e setor nacional de formação do MST) e Roberto Leher (Reitor da UFRJ).  As inscrições podem ser realizadas através do site (https://coloquiomarxsec21.wixsite.com/marxsec21/incricoes) e durante todo evento.
O Colóquio é uma realização do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da UESC e do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Jorge Amado.  O público alvo do evento é composto por estudantes e professores universitários de todo o país, e, em específico, professores e estudantes da rede pública e privada do Estado da Bahia.
Saiba mais marxsec21
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Docentes debatem Lgbtfobia no ambiente acadêmico e sindical em curso de formação

imp-ult-2030128855Docentes de diversas regiões do país participaram nesse final de semana, 30 de setembro e 1 de outubro, da terceira etapa do Curso Nacional de Formação Política e Sindical do ANDES-SN 2017, que teve como temática “LGBTfobia, luta de classe e revolução”. A atividade ocorreu em Belo Horizonte (MG).

Organizado pelo Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical (GTPFS) do Sindicato Nacional, o Curso deste ano tem como tema central “Movimentos Sociais: exploração, opressão e revolução” e é uma deliberação do 36° Congresso do ANDES-SN, realizado em janeiro, em Cuiabá (MT).

Segundo Cláudio Ribeiro, 2º vice-presidente da Regional Rio de Janeiro e da coordenação do Grupo de Trabalho de Política de Formação Sindical do ANDES-SN, a avaliação dos participantes em relação à terceira etapa foi muito positiva. O curso contou com debates como “Gênero e Sexualidade: dois conceitos, diversas lutas”, “Diferentes identidades vinculadas ao movimento LGBT”, “História dos movimentos no Brasil”, “A discussão de Gênero e Sexualidades no ANDES-SN: GTPCEGDS e demais GTs”, “Luta de classes, trabalho e cidadania” e “Enfrentamento às violências e a Luta Sindical: De que Revolução Estamos Falando?” e ainda a performance da drag queen Nadja Kai Kai.

“O debate foi sobre como se pensa essas pautas de forma articulada. Foi um curso de formação e ao mesmo tempo de muita reflexão e que trouxe também uma interação muito forte com o tema. A discussão passou desde um entendimento mais intenso sobre a organização dessa pauta, ou seja, a questão de identidade, expressão de gênero, e como a temos lidado com isso, e ainda como isso tem afetado não só a vida docente, mas acadêmica como um todo”, contou Cláudio.

Segundo o diretor do ANDES-SN, a apresentação Nadja Kai Kai, que foi preparada especificamente para o curso, contribui também aprofundar a reflexão, em especial sobre a questão da violência em relação ás pessoas trans.

“No domingo, fechamos o debate constituindo um pouco a questão do ‘escola sem partido’, essa relação de gênero e também a presença dos corpos na universidade. Como que essa negação de uma pluralidade de corpos também está se encaminhando para uma negação total da existência das relações universitárias, através do ensino a distância, do ‘escola sem partido’, passando também pela questão do financiamento e a relação com a pauta lgbt, mostrando como que temos que pensar de uma forma articulada, não só a questão da própria expressão de gênero como também usar essa metodologia para pensar as pautas sindicais”, explicou.

Ainda de acordo com Ribeiro, a próxima e última etapa do Curso Nacional de Formação Política e Sindical do ANDES-SN 2017 abordará a questão quilombola e deve acontecer até dezembro.

A primeira etapa do Curso Nacional de Formação Política e Sindical ocorreu em março na cidade de Fortaleza (CE) e teve como tema “Mulheres, opressão pelo viés de classe na perspectiva revolucionária”. Já a segunda etapa aconteceu em Dourados (MS), no mês de agosto, com a temática “Indígenas, opressão pelo viés de classe na perspectiva revolucionária”.

Fonte: ANDES-SN

 

PROTESTO NA SEC: GOVERNO RECEBE UNIVERSIDADES ESTADUAIS COM TRUCULÊNCIA E DESRESPEITO

Paralisação estadual e manifestação na Secretaria de Educação. Foto: Ascom Aduneb
Paralisação estadual e manifestação na Secretaria de Educação. Foto: Ascom Aduneb

Professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) paralisaram suas atividades acadêmico-administrativas por 24h e realizaram um ato público em frente à Secretaria de Educação na última quarta-feira (27). As comunidades acadêmicas da Uneb, Uefs, Uesc e Uesb protestaram contra os ataques do governo Rui Costa (PT) aos direitos trabalhistas e ao orçamento das Ueba. Contudo, apesar de ter conhecimento da pauta de reivindicações há mais de oito meses, a recepção do governo foi desrespeitosa e resultou em uma reunião ineficaz.

Diante da pressão realizada pelo movimento, o Fórum das ADs e coletivos estudantis foram recebidos por Isabela Paim, Chefe de Gabinete, e o Diretor Administrativo, Leandro Teve, sob a justificativa de que o Secretário e Subsecretário de Educação estariam em viagem. As representações do governo, além de não apresentarem nenhuma resposta, alegaram não ter autorização para falar nada. Na oportunidade, o Fórum das ADs reivindicou uma reunião com Walter Pinheiro, secretário de educação, para tratar dos problemas e urgências das Ueba.

Reunião ineficaz na Secretaria de Educação. Foto: Ascom Fórum das ADs
Reunião ineficaz na Secretaria de Educação. Foto: Ascom Fórum das ADs

“Foi uma reunião pró-forma, com total desrespeito. As representações do governo disseram que não tinham autorização para falar nada e que estavam nos recebendo por receber. Estamos tentando diálogo e o governo não apresenta nenhuma resposta efetiva. Seguiremos avançando no indicativo de greve e radicalização do movimento”, destacou o professor Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs.

Além da ausência de respostas, a manifestação foi recebida por policiais militares e grades de proteção para que ninguém tivesse acesso, nem mesmo à entrada do prédio da SEC. Todos foram impedidos até de beber água e utilizar os sanitários do local.

Indicativo de greve

Mesmo diante da falta de compromisso dos gestores públicos, a categoria segue firme e disposta para luta. A indignação fez com que docentes na Uesb, Uesc e Uefs aprovassem em assembleia o indicativo de greve. Na Uneb a pauta está em discussão com assembleia prevista para a primeira quinzena de outubro. A pauta de reivindicações do Movimento Docente foi protocolada nas instâncias governamentais no dia 19 de dezembro de 2017.

Apesar dos números mostrarem a Bahia como o quinto estado mais rico do país e dos números oficiais indicarem folga em relação ao limite prudencial da LRF, o governo se recusa a abrir uma agenda de reuniões. Durante o ato, como forma de protesto, os estudantes e professores queimaram um boneco que representava o secretário Walter Pinheiro e o subsecretário Nildon Pitombo. 

Queima do boneco representando Walter Pinheiro. Foto: Ascom Fórum das ADs
Queima do boneco representando Walter Pinheiro. Foto: Ascom Fórum das ADs

Só a luta garante

O MD luta em defesa dos direitos trabalhistas negados e contra o sucateamento das Universidades Estaduais. Há mais de dois anos os docentes das universidades não têm reajuste salarial. Diante disso, reivindicação do Fórum das ADs é de recomposição salarial de 30,5%. Os docentes também sofrem sem garantia de atendimento pleno às suas promoções/progressões e mudanças de regime de trabalho e demais direitos. Somando a situação das quatro universidades estaduais, 303 professores ainda não tiveram seus processos de promoção atendidos e 140 ainda estão na fila de mudança de regime de trabalho. (Leia a pauta completa aqui)

O encaminhamento do Fórum das ADs é de avançar no indicativo de greve e construção de um movimento paredista forte através da luta e mobilização de toda a comunidade acadêmica. A próxima reunião do Fórum será na segunda-feira às 9h, dia 2 de outubro, na Uefs. Estão previstos para discussão da pauta questões como o calendário de mobilizações do mês de outubro, a situação de ataques ao Planserv e a Lei Orçamentária Anual de 2018.

Fonte: Fórum das ADs