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ANDES-SN participa do lançamento de campanha pela Redução da Desigualdade Social

imp-pop-540786809Com o objetivo de combater a desigualdade social no país, foi lançada na manhã dessa quinta-feira (11), a Campanha pela Redução da Desigualdade Social no Brasil “Desigualdade: Isso é da sua conta!”. O evento aconteceu no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), e contou com a participação de centenas de representantes de diversas entidades sindicais e de movimentos sociais, entre eles da diretoria nacional do ANDES-SN, da Comissão Nacional de Mobilização do Sindicato Nacional e da CSP-Conlutas.

A campanha é uma iniciativa do Fórum Nacional Pela Redução da Desigualdade Social, composto por várias entidades, e está estruturada em seis eixos: mudar o modelo tributário, preservar e ampliar os direitos sociais, preservar e ampliar políticas públicas de valorização do trabalho, aumentar investimentos públicos em educação, reforçar a função social do Estado e ampliar a democracia e a participação social.

Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, ressaltou a importância da iniciativa, frente ao recrudescimento dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, que irão contribuir para aprofundar a desigualdade social no país.

“Quando tratamos da desigualdade, inevitavelmente iremos chegar no problema estrutural do país, que é o sistema capitalista. Em todos os outros espaços que nós trabalhamos, nós atuamos combatendo as consequências desse sistema, mas quando falamos de desigualdade, a gente vai na estrutura do sistema capitalista, ao qual a desigualdade é inerente, gerada pela base econômica, e que vai reverberar em todas as outras dimensões da vida social. Nesse sentido, acho que é uma inciativa que vai na contramão desse processo que estamos vivendo no país, de agravamento das desigualdades, através de todas essas ações de contrarreforma e retirada de direitos”, comentou Eblin.

De acordo com a presidente do ANDES-SN, a proposta é que o Sindicato Nacional entre no Fórum, e adira, junto com as suas seções sindicais, à campanha lançada nessa quinta. “Iremos levar esse debate para o 62º Conad, que acontece em julho, e para as seções sindicais. Mas a ideia é que já acompanhemos o debate, porque todos os eixos que compõem a campanha são questões que o ANDES-SN já tem deliberação a respeito”, explicou.

Eblin lembrou ainda que a luta contra a desigualdade social está diretamente ligada à luta pelo projeto de universidade do Sindicato Nacional. “O projeto de Universidade e de Educação que o ANDES-SN defende é um projeto de universidade pública e gratuita, que seja para todos e todas, para negros e negras, para os filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras da periferia e do campo, para indígenas, quilombolas, e esse projeto só existe se diminuirmos a desigualdade social em nosso país. Temos que diminuir a desigualdade para ampliar o acesso e a permanência na universidade pública”, completou.

*imagem Agência Câmara

Fonte: ANDES-SN

Em unidade Fórum das 12 aponta ações conjuntas em defesa dos direitos e da educação pública

Representantes do Fórum das 12 / Foto: Ascom Fórum das ADs
Representantes do Fórum das 12 / Foto: Ascom Fórum das ADs

Em reunião realizada em Salvador, na última sexta-feira (12), o Fórum das 12, espaço que reúne representantes dos movimentos docente, estudantil e dos servidores técnicos, da Uneb, Uefs, Uesb e Uesc discutiu a necessidade da unificação da comunidade acadêmica das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) diante da conjuntura nacional e estadual.

Entre os principais encaminhamentos, a reunião apontou um calendário unificado de lutas alinhado à Semana de Mobilização das Estaduais com um dia de paralisação durante essa semana a ser definido em assembleia. A data da paralisação será apreciada nos fóruns deliberativos das três categorias, assim como também a Semana de Lutas, que foi sugerida, a princípio, entre os dias 29 de maio e 02 de junho.

Ampliar a luta em defesa das UEBA

De acordo com as análises dos representantes das categorias presentes na reunião, é uma realidade a precarização das condições de estudo e trabalho dos amplos setores da comunidade acadêmica, sejam eles técnicos, professores, estudantes e terceirizados. O sucateamento das universidades estaduais atinge hoje a totalidade dos campi das universidades. Segundo os representantes, lutar por melhores condições de estudo e trabalho perpassa por defender a sobrevivência das UEBA.

Nesse sentido, o Fórum das 12 tirou para o próximo período uma sequência de inciativas unitárias entre os setores tal como, realização de reuniões ampliadas entre as categorias, assembleias estudantis, reativação do Fórum Permanente Estudantil das UEBA, participação alinhada nos conselhos universitários, seminários e intensificação da campanha com as pautas estaduais unificadas diante do descaso do governo Rui Costa.

Mobilização e Ocupa Brasília

A discussão nacional também foi parte do debate. Segundo os representantes, a luta em defesa das universidades estaduais deve estar perpassada também pelo combate às medidas do governo Temer e o seu projeto neoliberal de educação e Brasil.

Diante disso, o Fórum discutiu a construção do dia 24 de maio, deliberado pelas centrais sindicais como dia nacional de luta, com caravana de todo país à Brasília, para um ato nacional contra a reforma trabalhista, da previdência e a Lei da Terceirização. O espaço apontou ainda uma paralisação para o dia 24 de maio, com flexibilização de datas para garantir o deslocamento para o “Ocupa Brasília”, além de atividades locais unificadas.

O Brasil e Ilhéus pararam com a GREVE GERAL. Agora é ocupar Brasília!

A Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, centrais sindicais, entidades e sindicatos de trabalhadores, juventudes organizadas e demais segmentos engajados na mobilização da Greve Geral do dia 28 de Abril, manifestam por essa nota sua postura firme na defesa do direito legítimo de greve dos/das trabalhadores e trabalhadoras.

Cerca de 35 milhões de trabalhadores entraram em greve, com paralisações nos principais centros industriais e em cidades de pequeno e médio porte, como Ilhéus, Itabuna e várias outras de nossa região. As manifestações foram apoiadas por igrejas cristãs, com a participação da Confederação Nacional dos Bispos (CNBB) no debate de 19 de abril, afirmando sua posição de apoio ao enfrentamento do desmonte de direitos trabalhistas e fim da previdência. OAB, TRTs, MPT também aderiram e apoiaram a Greve Geral, além de inúmeras instituições de ensino por todo país, inclusive da rede privada.

Em ilhéus a GREVE GERAL também foi bastante abrangente, paralisando servidores públicos de todas as esferas, rodoviários, portuários, bancários, professores de escolas públicas e privadas, trabalhadores de hotéis, comerciários, feirantes, operários fabris e da construção.

Aproximadamente 2 milhões de pessoas participaram de manifestações em todo o país, sendo 80 mil em Salvador. Ocorreu repressão brutal contra manifestação pacífica no centro do Rio de Janeiro. Em Ilhéus, nas primeiras horas da manhã, um jovem trabalhador foi baleado por um policial militar na entrada do bairro Teotônio Vilela, durante a paralisação da via, sofrendo assédio do seu agressor até mesmo no hospital, sendo conduzido preso à delegacia. Numa tentativa de inversão dos fatos, foi lavrada ocorrência com o mesmo sendo acusado de desobedecer a ordem legal de funcionário público (!).

Situações de abuso e uso de força por membros de forças policiais também foram registradas ao longo do dia, culminando com um delegado da polícia civil  que avançou contra os manifestantes na contramão da via em alta velocidade dirigindo a própria viatura, postou-se na frente das lojas do comércio, empunhando uma escopeta contra trabalhadores, professores e jovens para impedir o protesto contra o fechamento dos estabelecimentos comerciais. Também no Vilela, houve o guinchamento do carro-de-som do diretor do SINPOJUD (Sindicatos dos Servidores do Poder Judiciário) e vereador Makrisi (PT), que participava da greve.

A greve geral foi realizada num momento de desemprego recorde, com números oficiais divulgados em 14 milhões. O desemprego foi a principal ameaça usada pelos patrões para tentar dissuadir os trabalhadores de participar das mobilizações.

No Centro da cidade foi notória a pressão de lojistas e comerciantes para que os trabalhadores desses setores não aderissem à GREVE GERAL. Nota pública de entidades patronais, como CDL, Sindicom e Associação Comercial foi divulgada à imprensa e em carro-de-som anunciando que não haveria greve, como se fosse prerrogativa dos patrões decidirem sobre a greve dos trabalhadores. Importante frisar que a atuação dos manifestantes era principalmente de se postar em grandes grupos em frente às lojas, gritando palavras-de-ordem, principalmente de boicote, ao tempo em que dirigentes do Sindicato dos Comerciários e demais militantes buscavam sensibilizar os lojistas dialogando sobre a necessidade de se garantir o exercício do direito de greve por parte dos trabalhadores. Apesar das manifestações pacíficas dos manifestantes, alguns comerciantes e seguranças privados sacaram armas de fogo em direção aos manifestantes.

Repudiamos os atos de violência, principalmente os praticados pelo grupo da PM da 70.a Cia – PETO e o delegado da polícia civil, pela ação inadequada enquanto agentes de segurança pública.

Temos certeza de que nosso movimento foi vitorioso, aqui em Ilhéus e no Brasil. Pesquisas sobre o impacto nas redes sociais e na opinião pública apontam para um amplo apoio popular à greve e rejeição à destruição de direitos, principalmente por ser direcionada por um governo sem legitimidade e repleto de elementos investigados por corrupção. A luta pela resistência dos direitos sociais, de trabalho, sobre a terra e pelos povos indígenas contra o governo ilegítimo que nasceu do golpe de 2016 alcançou novo patamar, e a força desta tomada de consciência tende a crescer.

Continuaremos mobilizados e unidos na defesa da previdência social e nos direitos dos trabalhadores. Estaremos em sintonia com as centrais sindicais que convocaram uma marcha à Brasília no dia 24 de maio.

Seguimos na luta.

#LUTARNÃOÉCRIME! #NENHUMDIREITOAMENOS! #FORATEMER

Assinam esta nota:

Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo,

CTB,

Sindicato dos Bancários de Ilhéus, Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Sindicato dos Comerciários de Ilhéus, APPI, ADUSC/SS-ANDES, DCE-UESC, SINDICACAU,

PSOL/RAIZ, MLT, JPT, Mandato do Vereador Makrisi (PT), Coletivo Quilombo PCdoB, UJS,

G.E. Mulheres, Trabalho e Reprodução, JSB, ENECOS, UJC, ASMS-BA, Sindiacs, Sindiborracha e Sindicato dos Metalúrgicos.

Fórum das ADs realiza XIII Encontro dos Docentes das UEBA de 26 a 28 de maio

XIII-ENCONTRO-JPEGDe 26 a 28 de maio acontecerá o XIII Encontro dos Docentes das UEBA na cidade de Ilhéus. O tema dessa edição é “Em defesa dos serviços públicos, da universidade e contra a onda conservadora”. Realizado a cada dois anos pelo Fórum das ADs, o encontro é um espaço que visa discutir e ampliar a discussão dos problemas enfrentados pela categoria e, ao mesmo tempo, apontar os rumos para o Movimento Docente.

Além da pauta da educação, o encontro abordará também o atual cenário político diante dos desafios impostos pela política neoliberal dos governos federal, estadual e a disputa dos movimentos sociais com a ofensivaideológicado conservadorismo. A participação dos (as) professores (as) é fundamental. Embora o encontro não tenha caráter deliberativo, é um espaçonecessário para a ampliação do debate. O caráter do encontro é aberto e as inscrições serão feitas presencialmente junto com o credenciamento no primeiro dia de atividade (26).

A programação do XIII Encontro dos Docentes das UEBA prevê uma palestra sobre Conjuntura que contará também com a presença da presidente nacional do ANDES-SN no dia 26 de maio, às 18h, no espaço do CEU da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Nos dias 27 e 28, acontecem as discussões nos grupos de trabalho e plenárias sobre os outros temas no Hotel Praia Sol.

Programação completa

Dia 26 de maio – Sexta-feira

18h – Mesade Abertura

18h30 – MesaTemática 1 “Em defesa do serviço público e da universidade: contra a ofensiva conservadora”. Palestrantes: EblinFarage,Sara Granemann, e ZilmarAlverita.

21:00 – Cultural

Local: UESC

Dia 27 de maio – Sábado

09h às 12h – GT1“Ajuste fiscal, previdência e financiamento das UEBA”

14h às 16:30h – GT2 “Opressões, assédio moral e adoecimento docente”

17h às 19:30 – GT3 “Ofensiva conservadora e a carreira docente”

Dia 28 de maio – Domingo

09h às 13h – PlenáriaFinal

Maiores informações:ADUSC – (73) 3680-5085

Fonte: Fórum das ADs

Fórum das ADs decide intensificar e endurecer as mobilizações no mês de maio

Em reunião o Fórum tirou uma “Semana em Defesa das Estaduais”, rodadas de assembleias e o indicativo para um dia de paralisação

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Diante da conjuntura nacional, estadual e o descaso do governo Rui Costa frente à pauta de reivindicação 2017, o Fórum das ADs (FAD) encaminhou, em reunião realizada na última quinta (4), a ampliação da mobilização durante o mês de maio.Entre as principais iniciativas,foi apontada uma Semana em Defesa das Universidades Estaduais, de 22 a 26 de maio, com um dia de paralisação das atividades acadêmicas nas quatro instituições, que será remetido e definidonas assembleias junto às demais atividades.

O espaço fez uma avaliação da recepção negativa e negligente dos representantes do governo com a comunidade acadêmica no último dia de paralisação estadual e apontou a intensificação da luta como saída. Nesse sentido, o Fórum definiu também a construção de uma carta aberta à comunidade acadêmica alertando professores, estudantes e técnicos sobre os graves problemas que comprometem as condições de trabalho e estudo nas universidades e convocando-os à luta em defesa dos direitos e da educação pública.

“Consideramos que foi muito pífia a última reunião com o governo em virtude de duas questões: primeiro a forma irresponsável do governo a não responder a nenhum dos nossos pontos e segundo a atitude extemporânea das representações governista de encerrar a reunião e se retirar bruscamente da negociação. Nesse sentido, é importante termos uma jornada de lutas das estaduais da Bahia frente aosataques que o governo Rui Costa tem implementado contra as nossas universidades e os professores.”, disse Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs.

O professor ainda chamou a atenção para a possibilidade de mais àfrente, a partir do calendário de mobilizações das centrais em relação à reforma da previdência, é possível que ocorraalguma alteração no calendário do FAD em função da pauta nacional. A proposta do Fórum das ADs é que, nas assembleias, sejam construídos comitês de Greve.

Outro ponto da pauta das assembleias a serem realizadas neste mês é o XIII Encontro dos Docentes das Ueba, que ocorrerá de 26 a 28 deste mês, em Ilhéus. No espaço, será discutido e construído um plano de lutas da categoria para os próximos dois anos.

Além disso, conforme sugerido pelas diretorias das associações docentes, o Fórum das 12 – instância que reúne representações de estudantes, professores e técnicos – sereunirá na próxima sexta-feira (12), às 10h30, na sede da Aduneb, em Salvador para discutir a unidade da luta e os próximos passos. A próxima reunião do Fórum das ADs ficou definida para o dia 6 de junho, na sede da Adufs, em Feira de Santana.

Fonte: Fórm das ADs

V Seminário Estado e Educação discute a educação como direito e prática da liberdade

Cerca de 200 pessoas participaram do V Seminário Estado e Educação do ANDES-SN, realizado entre os dias 4 e 6 de maio, no auditório do Centro de Ciências Exatas (CCE), no campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória (ES). A atividade contou com diversos debates, que aprofundaram questões relacionadas ao avanço da mercantilização, da privatização e do conservadorismo no campo educacional brasileiro.

Segundo Olgaíses Maués, 3ª vice-presidente do ANDES-SN e da coordenação do grupo de trabalho em Políticas Educacionais (GTPE) do Sindicato Nacional, o Seminário foi extremamente positivo, tanto do ponto de vista de público quanto da qualidade dos debates. A coordenadora do GTPE explica que parte do sucesso do encontro é fruto da mobilização da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes – Seção Sindical do ANDES-SN), que sediou e organizou o evento.

“Tivemos um público significativo, graças ao trabalho expressivo da Adufes-SSind., que acompanhou os debates e participou ativamente das discussões nos grupos de trabalho. As palestras foram proveitosas e conseguimos debater assuntos como privatização e mercantilização da Educação, gênero, inclusão de pessoas com deficiência na Educação, sobre os projetos conservadores que rondam o ensino, e a contrarreforma da Previdência. Os expositores fizeram ótimas avaliações críticas, com dados consistentes e apresentaram perspectivas de mudanças”, comentou.

Na quinta-feira (4), a primeira mesa do evento debateu “O financiamento da educação face ao ajuste fiscal” e contou com as palestras de Lujan Miranda, da Auditoria Cidadã da Dívida; e Lisete Arelaro, professora da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação (Fineduca). Veja mais

No dia seguinte (5), o V Seminário Estado e Educação do ANDES-SN iniciou com a mesa sobre “Internacionalização e Mercantilização da Educação”, tendo como palestrantes Lalo Minto, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Valdemar Sguissardi, professor das universidades Federal de São Carlos (UFSCar) e Metodista de Piracicaba (Unimep). Os docentes destacaram que as universidades privadas têm trabalhado unicamente para fins lucrativos e não para o ensino de qualidade.

Lalo Minto expôs sua preocupação com os rumos do ensino brasileiro, principalmente no que diz respeito ao visível predomínio da expansão privatista e mercantilizada das universidades públicas, e o aprisionamento a determinações de organismos internacionais. Por sua vez, Valdemar Sguissardi mostrou dados do crescimento das instituições de ensino superior públicas e particulares com fins lucrativos. Ele afirmou que a privatização e mercantilização estão se sobrepondo aos interesses públicos na educação universitária. As pesquisas apontam que algumas universidades privadas chegam a ter 90% dos estudantes que pagam suas mensalidades através do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ou do o Programa Universidade Para Todos (Prouni).

“Essas empresas são mantidas com dinheiro público e também possuem ações na Bolsa de Valores”, completou Sguissardi, informando que a Kroton Educacional e a Anhanguera (fundidas em 2013), valem mais de R$ 12 bilhões na bolsa. Juntas, as empresas possuem mais 1 milhão de alunos nos segmentos de educação superior, educação profissional e outras atividades associadas à educação.

Ofensiva conservadora na Educação

Ainda na sexta-feira (5), aconteceu o painel “A ofensiva Conservadora na Educação: a formação do sujeito histórico – Escola sem Partido, BNCC, Reforma do Ensino Médio”, com os palestrantes Fernando Penna, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF); Nilda Alves, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj); e José dos Santos Souza, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Os retrocessos na Educação e a grave ameaça à liberdade dos professores em sala de aula, imposta por projetos e políticas conservadoras, foram criticados por todos. Fernando Penna analisou o crescimento do projeto Escola Sem Partido no Brasil. Ele denunciou o caráter ideológico e a forma tendenciosa do projeto, exibindo diversos vídeos que mostram as ameaças contidas na proposta.

Outro alvo de duras críticas foi a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), uma das estratégias do Plano Nacional de Educação (PNE), que orientará os currículos de todas as escolas do Ensino Básico no país. A BNCC é criticada pelo ANDES-SN pelo seu caráter privatista e conservador. Segundo Nilda Alves, não houve discussão a respeito da construção de diretrizes curriculares. “A preocupação do BNCC é a intervenção direta na educação básica”, definiu.

contrarreforma do Ensino Médio foi apontada por José dos Santos Souza como uma afronta à educação pública, que abre espaço para aprofundar a privatização do ensino. “A contrarreforma fragmenta e empobrece a formação, aumenta as parcerias público-privadas, favorecendo assim o caráter mercantil do ensino”, destacou. Outra crítica feita por Souza é o predomínio do que ele denominou de “individualismo” na educação, que coloca, apenas no professor, a responsabilidade do sucesso e do fracasso do estudante.

Educação inclusiva 

A última mesa do V Seminário Estado e Educação do ANDES-SN aconteceu na noite de sexta e discutiu “A Educação Inclusiva numa sociedade Excludente”, com a participação de Marinalva Oliveira, professora da UFF, e de Fernando Seffner, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Marinalva Oliveira fez uma contextualização histórica da inclusão de pessoas com deficiência na escola regular no Brasil. De 1950 a 1980, o modelo de educação era de segregação, oferecido por instituições privadas e filantrópicas e que, somente, a partir da Conferência Mundial de Educação Especial (1994), somada às orientações de organizações mundiais e do Banco Mundial, é que o governo brasileiro passou a inserir na escola regular todas as crianças com deficiência.

Para a professora, as precárias condições de trabalho, de ensino e a ausência de formação de qualidade são grandes desafios dos docentes que, na maioria dos casos, acabam se sentindo despreparados para receber na sala de aula pessoas com deficiência. “Essas escolas precisam oferecer condições de permanência com qualidade. Que sejam espaços que valorizem a diversidade humana”, disse.

Já a fala de Fernando Seffner foi sobre a discussão de gênero na educação. Ele relembrou aos presentes que essa foi uma das pautas das ocupações estudantis no ano passado. O docente defendeu a educação pública laica e valorização da diversidade nas escolas. “Querem evitar a discussão de gênero nas escolas e favorecer a política de retrocessos”, afirmou.

Seffner ressaltou que as travestis e transexuais, frequentemente desrespeitadas no ambiente escolar, estão entre as mais vulneráveis e propensas a abandonar os estudos. O professor destacou que, para tentar mudar essa realidade, grupos de docentes em diversas cidades brasileiras, inspirados na iniciativa que surgiu em Belo Horizonte, estão incentivando que esta população continue os estudos, oferecendo cursos preparatórios para ingresso no ensino superior. “Em 2016, houve em Porto Alegre o PreparaNEM e hoje temos uma trans na nossa universidade. Essa iniciativa merece destaque”, disse.

Grupos e Plenária

No sábado (6), último dia do seminário, a atividade foi marcada pelas discussões nos Grupos de Trabalho (GT) acerca da construção de um Projeto Classista e Democrático de Educação.  Após os GTs, foi realizada a Plenária Final com os encaminhamentos apontados pelos grupos, e que serão debatidos no 62°Conad, que acontecerá entre os dias 13 e 16 de julho desse ano, na cidade de Niterói (RJ).

Olgaíses Maués afirma que a atividade realizada se mostrou como um grande instrumento de luta e organização para todos aqueles que defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade. “Essas contrarreformas, algumas já aprovadas, e outras que estão em tramitação – como a da Previdência e a Trabalhista, terão fortes impactos na educação. E atividades como esta, realizadas pelo ANDES-SN, são formas de unir e nos fortalecer para enfrentar os ataques postos”, concluiu a diretora do Sindicato Nacional.

Edição do ANDES-SN. Fotos: Sérgio Cardoso

Fonte: Adufes – Seção Sindical

24 de maio: vamos ocupar Brasília em defesa dos direitos trabalhistas e da aposentadoria e preparar a Greve Geral de 48 horas

As Centrais Sindicais, reunidas na tarde desta segunda-feira (8), decidiram marcar a data do #OcupeBrasília no próximo 24 de maio. Apoiadas na disposição de luta dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, que se refletiu na força da Greve Geral de 28 de abril, a ideia é avançar na mobilização nacional contra as reformas da Previdência e trabalhista e a terceirização.

 

 

O objetivo é fazer mais um dia de mobilização que entre para a história do país, com a presença de trabalhadores, movimentos populares e juventude. É necessário dar mais um passo em defesa das nossas bandeiras e reafirmar que esse governo Temer e os políticos corruptos do Congresso Nacional não têm moral para atacar ainda mais os trabalhadores com a retirada de direitos históricos da nossa classe.

 

“A CSP-Conlutas desde já começará a discutir com suas bases que se a jornada de maio não frear os ataques do governo, vamos fazer uma Greve Geral de 48 horas depois da ocupação de Brasília”, alerta o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.

 

 

Mas maio não se resumirá ao dia 24. Muitas atividades serão realizadas neste Maio de Luta.

 

CALENDÁRIO

 

08 a 12 de maio

 

– Comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para dialogar com os deputados e senadores sobre os efeitos negativos dessas reformas e também atividades em suas bases eleitorais para que votem contra a retirada de direitos;

 

– Atividades nas bases sindicais, com panfletagens, assembleias e outras atividades. A CSP-Conlutas desde já vai para as bases defender a continuidade dessa luta por meio de uma Greve Geral de 48 horas.

 

– Atividades nos aeroportos e nas bases eleitorais dos deputados e senadores para denunciar os que estão votando a favor de acabar com os direitos dos trabalhadores, e continuar esclarecendo a população sobre as reformas do governo Temer.

 

15 a 19 de maio

 

Dia 17: Vigília, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, às 10h. Representantes da classe trabalhadora estarão por todo o dia no Congresso Nacional para pressionar os parlamentares contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287, que acaba com a Previdência Social pública.

 

– Nesta semana haverá categorias de trabalhadores do campo e da cidade, movimentos sociais e estudantil realizando atividades permanentes na capital federal.

 

Dia 24 de maio

 

– O #OcupeBrasília terá caravanas de todo país para realizar uma grande manifestação em Brasília contra a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.

 

Em todo o mês de maio serão realizadas assembleias de base para continuar o debate sobre a retirada dos direitos e o avanço da organização das lutas unificadas nacionais. “Se a jornada de mobilizações do mês de maio não bastar, as Centrais Sindicais já assumiram o compromisso de organizar uma nova Greve Geral, mais forte do que foi o 28 de abril e nós vamos começar a discutir essa greve com os trabalhadores nas assembleias de base e nos comitês de luta que se formaram recentemente”, reforça Atnágoras.

 

Estavam na reunião desta segunda-feira (8), a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), CTB (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil),  CUT (Central Única dos Trabalhares), Força Sindical, Intersindical (Central da Classe Trabalhadora), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Fonte: CSP-Conlutas

Centrais Sindicais se reúnem para definir agenda de lutas contra as reformas. Vamos ocupar Brasília. Confira nota!

Em São Paulo, na tarde desta quinta-feira (4), representantes das Centrais Sindicais se reuniram para traçar a luta contra as reformas trabalhista, da Previdência e a lei da terceirização pós Greve Geral de 28 de Abril.

Na próxima semana, entre 8 e 13 de maio, dirigentes sindicais estarão em Brasília para pressionar os parlamentares a barrarem os projetos das reformas do governo Temer.

Uma grande manifestação em Brasília deve ocorrer na semana do dia 15 a 19, com trabalhadores e representações sindicais e movimentos populares organizados.

A CSP-Conlutas, representada por Luiz Carlos Prates e Mauro Puerro, da Secretaria Executiva Nacional da Central, reafirmou a disposição de repetir a Greve Geral caso o Congresso não recue, e que seja realizada por 48 horas ou tempo indeterminado se necessário.

“Não podemos fazer nada inferior ao dia 28, que foi vitorioso. Menos que uma nova Greve Geral é insuficiente. Precisamos estar em peso em Brasília, precisamos expor esses deputados favoráveis às reformas e, se necessário, fazer o anúnico de uma nova Greve Geral, neste dia manifestações em Brasília”, defendeu o Mancha.

A Central concordou com a agenda de lutas, com os destaques para uma nova grande greve, e salientou a necessidade de estarmos em peso no Distrito Federal para derrubarmos esses ataques contra os trabalhadores.

Além do calendário de lutas, foram aprovadas uma carta aos bispos do Brasil, que têm se posicionado contrários às reformas, e moção de repúdio à criminalização das mobilizações e prisão dos presos da greve geral, ativistas do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Estiveram presentes a CSP-Conlutas, CUT, CTB, CGTB, CSB, Intersindical, Nova Central e a UGT, além de representantes de categorias e sindicatos que fizeram parte da Greve Geral de 28A.

Confira algumas imagens e a nota das Centrais, logo abaixo:

 

 

 

 

NOTA DAS CENTRAIS SINDICAIS
CONTINUAR E AMPLIAR A MOBILIZAÇÃO CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS!

São Paulo, 04 de maio de 2017

As Centrais Sindicais, reunidas na tarde desta quinta feira, avaliaram a Greve Geral do dia 28 de abril como a maior mobilização da classe trabalhadora brasileira. Os trabalhadores demonstraram sua disposição em combater o desmonte da Previdência social, dos Direitos trabalhistas e das Organizações sindicais de trabalhadores.
A forte paralisação teve adesão nas fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia e teve o apoio de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, além do enorme apoio e simpatia da população, desde as grandes capitais até pequenas cidades do interior.

As Centrais Sindicais também reafirmaram sua disposição de luta em defesa dos direitos e definiram um calendário para continuidade e ampliação das mobilizações.

CALENDÁRIO DE LUTA

08 a 12 de maio de 2017

  • Comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para dialogar com os deputados e senadores sobre os efeitos negativos dessas reformas e também atividades em suas bases eleitorais para que votem contra a retirada de direitos;
  • Atividades na base sindicais e nas ruas para continuar e aprofundar o diálogo com os trabalhadores e a população, sobre os efeitos negativos para a toda sociedade e para o desenvolvimento econômico e social brasileiro.

Do dia 15 ao dia 19 de maio:

  • Ocupa Brasília: conclamamos toda a sociedade brasileira, as diversas categorias de trabalhadores do campo e da cidade, os movimentos sociais, estudantil e de cultura, a ocuparem Brasília para reiterar que a população brasileira é frontalmente contra a aprovação da Reforma da previdência, da Reforma Trabalhista e de toda e qualquer retirada de direitos;
  • Marcha para Brasília: em conjunto com as organizações sindicais e sociais de todo o país, realizar uma grande manifestação em Brasília contra a retirada de direitos.

Se isso ainda não bastar, as Centrais Sindicais assumem o compromisso de organizar uma Greve Geral ainda mais forte do que foi o 28 de abril.
Por fim, as Centrais Sindicais aqui reunidas convocam todos os Sindicatos de trabalhadores do Brasil para mobilizarem suas categorias para esse calendário de lutas.

 

CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CSP Conlutas – Central Sindical e Popular
CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhares
Força Sindical
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
UGT – União Geral dos Trabalhadores

1º de Maio reafirma mobilização contra ataques aos direitos sociais em todo mundo

O Primeiro de Maio – dia internacional dos trabalhadores e trabalhadoras – foi marcado por manifestações nos cinco continentes. Em diversos países, centenas de milhares de manifestantes foram às ruas contra os ataques do Capital aos direitos sociais, previdenciários, trabalhistas, em defesa dos imigrantes e, em alguns casos, por condições básicas de vida e trabalho.

Protestos foram registrados em países como Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, Cuba, México, Panamá, Guatemala, Estados Unidos, Canadá, Tunísia, Nigéria, África do Sul, Rússia, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Inglaterra, Grécia, Turquia, Coreia do Sul, Bangladesh, Camboja, Indonésia, Filipinas, Taiwan, Paquistão, entre tantos outros.

No Brasil, dias depois da vitoriosa greve geral em 28 de abril, os trabalhadores voltaram às ruas, em vários estados, contra as reformas Trabalhista e da Previdência, contra as terceirizações e para denunciar a violência policial e criminalização das lutas.

A CSP-Conlutas e o ANDES-SN participaram de atos do 1º de Maio pelo país todo, reafirmando o compromisso de seguir em unidade para a derrota das propostas do governo Temer contra os trabalhadores.
Em nota assinada pelas centrais sindicais, incluindo a CSP-Conlutas, é destacado que “o próximo passo [da luta] é  Ocupar Brasília para pressionar o governo e o Congresso a reverem seus planos de ataques aos sagrados direitos da classe trabalhadora. Se isso não for suficiente assumimos, neste 1º de Maio, o compromisso de organizar uma reação ainda mais forte”.

O dia também foi momento de denúncias das graves violências sofridas por manifestantes e da criminalização das lutas que ocorreram no dia 28 de Abril. Em São Paulo, militantes do MTST foram detidos sob alegação de “abalarem a ordem pública”, no Rio de Janeiro, as ruas se transformaram em campo de guerra. Em Goiás, o estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, sofreu traumatismo craniano e múltiplas fraturas após ataque da polícia militar.

Em São Paulo, na capital, o ato, organizado por entidades sindicais e movimentos sociais, ocorreu na Praça da Sé, local simbólico e histórico de lutas. No litoral paulista, manifestação unificada centrais e movimentos sociais, que destacaram a necessidade de unidade para seguir com as mobilizações contra as reformas do governo Temer.

No Rio de Janeiro, milhares se reuniram na Cinelândia, no centro da cidade, em manifestação conjunta de centrais Sindicais, entidades sindicais, movimentos populares, juventude. O “Fora Temer” tomou conta da praça. A manifestação também t eve um caráter de resistência à repressão brutal sofrida no dia 28.

Veja como foi o 1 de maio em alguns países:
Na França, trabalhadores foram às ruas contra a reforma trabalhista imposta pelo governo. Houve confronto com a polícia, que reprimiu as manifestações com violência. Na Alemanha, mais de 20 atos foram convocados por toda capital, e também em diversas cidades do país. Milhares de pessoas marcharam em Portugal pelo direito ao trabalho e em defesa das conquistas sociais.
Na Rússia, mais de 2 milhões foram às ruas em protesto contra o governo Putin. Na Turquia, pelo menos 70 pessoas foram detidas durante ato na Praça Taksim, na capital Istambul. Na Grécia, milhares se reuniram em frente ao Parlamento, em Aten as, contra as medidas de austeridade implementadas pelo governo, como exigência da Troika.

Na Espanha, pelo menos 70 cidades realizaram manifestações com o slogan “Sem mais desculpas”, que exigiam o fim da reforma

trabalhista e previdenciária no país. Na Itália, trabalhadores também foram às ruas em passeata. Em Turin, norte do país, houve confronto com a polícia que tentou dispersar a manifestação ainda no seu início e cercou um grupo de 200 pessoas, para impedi-las de chegar ao ato.

Na Polônia, os atos foram marcados pela oposição ao governo conservador e em defesa  dos direitos sociais.Centenas  de trabalhadores participaram de manifestaram no Líbano exigindo o fim da corrupção e  por reformas políticas. Na Indonésia, cerca de 40 mil protestaram na prefeitura da capital Jacarta. A polícia impediu que o protesto chegasse ao palácio presidencial. Houve manifestação também na segunda maior cidade do país, Surabaya. Nas Filipinas, milhares de trabalhadores se reuniram em protesto para pedir melhores salários e fim dos contratos temporários de trabalho e da precarização.

Em Bangladesh , milhares de trabalhadores, principalmente da indústria têxtil, saíram às ruas para exigir melhores condições de trabalho e proteções legais. Cerca de 4 milhões trabalham no setor no país, um dos principais polos de exportação de roupas para EUA e Europa, muitos em condições insalubres. No Paquistão, as manifestações convocadas por trabalhadores da indústria, comércio e do serviço público pediam melhores condições de trabalho e salários dignos.

Na Argentina, manifestantes se reuniram em frente ao Congresso em ato contra as políticas de arrocho do governo Macri. No último mês, argentinos protagonizaram uma greve geral que paralisou o país.

 

*Com informações e imagens da CSP Conlutas, Esquerda Diário e Agências  Internacionais

Foto 1 – São Paulo / Foto 2 – Rio de Janeiro / Foto 3: França / Foto 4 – Filipinas / Foto 5 – Argentina

 

Fonte: ANDES-SN

28 de abril: o dia em que os trabalhadores e trabalhadoras pararam o Brasil

va é que 40 milhões de trabalhadores tenham cruzado os braços nessa sexta (28) contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Manifestações foram reprimidas com violência em alguns estados

O Brasil amanheceu parado nessa sexta-feira (28). Por todo o país, piquetes e barricadas trancaram rodovias, acessos à entrada das cidades, de fábricas, montadoras, siderúrgicas, metalúrgicas, prédios de serviço público, bancos, universidades, escolas, garagem de ônibus, empresas, comércios, portos, aeroportos, paralisando diversos ramos econômicos. Metrôs, ônibus e trens de uma série de cidades não circularam por 24h.

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Em Itabuna pressionou pelo fechamento das lojas que insistiram em abrir.. Foto: Philipe Murillo

Docentes de diversas instituições federais, estaduais e municipais de ensino superior se uniram a servidores públicos de diversas áreas, inclusive do Judiciário, aos bancários, metalúrgicos, comerciários, eletricitários, químicos, petroleiros, portuários, jornalistas, radialistas, trabalhadores da saúde, de saneamento básico e dos Correios, entre tantas categorias, ao que está sendo considerada a maior greve geral país.

Dezenas de universidades amanheceram com as portas trancadas. Várias seções sindicais realizaram manifestações em frente aos campi, com panfletagens e aulas públicas, também integraram outros atos como trancamento de rodovias, garagens de ônibus e comércios. Além disso, os docentes ainda participaram das grandes manifestações unificadas, em todos os estados do Brasil.

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Manifestantes circularam pelas ruas do comércio de Ilhéus, para garantir a paralisação geral das atividades. Foto: Joselito Martins

Em Itabuna e Ilhéus, manifestante fecharam as lojas que insistiram em abrir. Alguns lojistas reagiram com violência e mantiveram em cárcere privado os funcionários, mas foram contidos.

A estimativa das centrais sindicais é de que cerca de 40 milhões de trabalhadores aderiram à greve geral e cruzaram os braços. Alguns veículos de imprensa divulgaram que a greve teve impacto aproximado de R$ 5 bilhões na economia brasileira.

A paralisação foi convocada pelas Centrais Sindicais, de forma unificada, como protesto para barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista e contra a Lei de Terceirizações aprovada recentemente. Os ataques promovidos pelo governo federal, com apoio de representantes do legislativo, sem diálogo com a população /brasileira, destroem direitos sociais e trabalhistas históricos.

Confira no site do ANDES-SN alguns dos locais onde ocorreram atos. Veja também mapa interativo feito pela CSP Conlutas com as manifestações pelo país.

Fonte: ANDES-SN, com informações e alterações