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Cem anos da Revolução Russa é tema de palestra na UESC

Ciclo de debates FAD_100 anos revolução russaCom tema “O papel da mulher e a transformação da família”, a ADUSC sediará a segunda etapa do ciclo de debates organizado pelo Fórum das ADs em homenagem aos 100 anos da Revolução Russa. O debate acontecerá na próxima quinta-feira (11), às 18:30 horas, no Auditório do pavilhão de Ciências Exatas e Tecnológicas. As debatedoras convidadas são as professoras Maria Orlando Pinassi (UNESP) e Sofia Manzano (UESB).

100 anos de Revolução Russa                                  

Meses após a queda do regime Czarista na Rússia, em fevereiro de 1917, a mobilização popular e os sovietes (conselhos) de operários, soldados e camponeses tomaram todo país, e os bolcheviques liderados por Lenin e Trotsky conquistaram o poder. Essa revolução vitoriosa dá início à construção de uma sociedade socialista.

Dentre as mudanças sociais pelas quais passou a sociedade soviética, nas duas décadas após a revolução, a vida das mulheres teve uma atenção especial. A estrutura familiar, a sexualidade, o casamento e o divórcio são aspectos que contribuem para análise da luta pela emancipação das mulheres como parte da Revolução Russa.

Uma importante contribuição na luta contra o machismo será abordada durante o debate do dia 11 de Maio, e que será aberto à comunidade acadêmica e ao público externo.

ANDES-SN entrevista Graça Druck sobre os impactos da terceirização no país

imp-ult-2073485578 O ANDES-SN entrevistou Graça Druck, professora titular da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), sobre as consequências da terceirização irrestrita na vida dos trabalhadores brasileiros. Graça é pesquisadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Humanidades (CRH) da Ufba e do CNPq, na área de Sociologia do Trabalho.

Segundo a docente, a terceirização em todas as áreas (atividade-fim e atividade-meio) das empresas, nas esferas públicas e privadas, precarizará as relações de trabalho. O Projeto de Lei da Terceirização tramitava no Congresso Nacional desde 1998 e foi desengavetado, às pressas, aprovado na Câmara dos Deputados no dia 22 de março e convertido posteriormente na Lei nº 13.429/2017.

ANDES-SN: Quais as consequências da aprovação da terceirização irrestrita para a vida dos trabalhadores brasileiros?

Graça Druck: As consequências são a “precarização como regra”, pois todas as pesquisas desenvolvidas nos últimos 25 anos mostram a associação permanente entre terceirização e precarização do trabalho. Investigações realizadas no grupo de pesquisa do Centro de Estudos e Pesquisas em Humanidades (CRH) da Ufba, cujos resultados foram publicados em teses, dissertações, monografias artigos e livros, com diferentes categorias profissionais, como petroquímicos, petroleiros, complexo automotivo, callcenters, trabalhadores dos serviços de limpeza, portaria e vigilância da Ufba, construção civil, dentre outros, assim como na pesquisa de temáticas em que a terceirização se apresenta com destaque, a exemplo de assédio moral, saúde do trabalhador, processos na Justiça do Trabalho, trabalho análogo ao escravo, dentre outros, as conclusões, invariavelmente, evidenciam a precarização em todos os campos.

É assim na desigualdade salarial nos petroquímicos em que terceirizados chegavam a ganhar cinco vezes menos que os empregados diretos; nos petroleiros, em que as mortes por acidentes de trabalho de terceirizados representam 90% do total; nos trabalhadores de callcenters, cujo índice de adoecimento (LER/DORT) é um dos mais elevados, com menores benefícios e remuneração em relação aos bancários; nos até 10 anos sem férias de trabalhadores terceirizados da Ufba; nas redes de subcontratação no complexo automotivo do Nordeste, em que a ponta do processo tem trabalhadores sem carteira e por “empreita”; na construção civil, onde a chance dos terceirizados morrer no trabalho é de 2,3 a 4,9 vezes maior do que a média de acidentes fatais em todo mercado de trabalho; ou nos 81% de trabalhadores terceirizados no total de resgatados em condições análogas ao escravo no país.

Antes da votação deste PL, já se constatava uma verdadeira epidemia da terceirização, mas havia ainda algum limite estabelecido pelo Enunciado 331, que proibia terceirizar a atividade-fim.  Caindo esse limite para o setor público e privado, é generalização dessas precárias condições para todos os trabalhadores.

No caso do serviço público, a terceirização é o principal instrumento de privatizá-lo e de levar a extinção do funcionalismo. Na área de Saúde, onde tem se multiplicado a terceirização através do uso de Organizações Sociais (Os) na gestão de hospitais públicos, auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e pesquisas demonstram a inexistência de qualquer controle sobre o repasse de recursos públicos a essas instituições, nem qualquer avaliação da gestão desses serviços para os usuários por parte da instituição pública contratante. E há uma cadeia de subcontratação, favorecendo um ambiente promíscuo entre o privado e o público.

Na área de Educação, as Os já estão também sendo implantadas, especialmente nas escolas de Ensino Médio. Com a liberação das Os, através de decisão do Superior Tribunal Federal (STF) e agora com a Lei 13.429/2017, elas chegarão com toda força nas universidades públicas, ainda mais no contexto da Emenda Constitucional 95, que congela os gastos sociais por 20 anos. Teremos professores contratados por Os para dar uma disciplina, um curso, sem qualquer vínculo com a Universidade, colocando em risco a sua própria existência como centro de produção de conhecimento.

É possível afirmar, como fazem alguns estudos, de que a tendência é que os trabalhadores trabalhem mais para ganhar menos?

GD: Essa é uma tendência que já vem se realizando. Através da terceirização, onde em geral as jornadas são maiores e os salários menores, e  também através de outras modalidades de gestão, como é o caso da política de metas, que se generalizou para todos os segmentos, inclusive no serviço público. O estabelecimento de metas, determinado pela obsessão por elevados índices de produtividade, é a forma que o Capital encontrou para aumentar a mais-valia absoluta, isto é, aumentar o tempo de trabalho, sem burlar a legislação. É a intensificação do trabalho sem contrapartida em termos salariais. Esse é um processo também evidente nas universidades públicas, onde o produtivismo acadêmico tem levado a um processo de precarização do trabalho dos docentes.

imp-ult-1489199413Como a aprovação da terceirização, e, posteriormente, a possibilidade de aprovação da reforma Trabalhista, impactará a Previdência?

GD: O desmantelamento dos direitos sociais e trabalhistas é uma ofensiva do Capital e do seu governo que se consubstancia em diferentes projetos de lei e emendas constitucionais, além de votações do STF em matérias da área do trabalho. As chamadas “reformas” são todas para destruir o que o movimento dos trabalhadores conquistou durante décadas. A aprovação do negociado sobre o legislado, que é o centro da reforma Trabalhista, dos contratos intermitentes, aliada à liberação total da terceirização, provocará uma inédita informalização do mercado de trabalho, pois será, na prática, o fim da CLT. Hoje, 25 milhões de trabalhadores estão fora do sistema de proteção social, com a aprovação desses PLs a tendência é que esse número seja multiplicado. E, portanto, não contribuirão para a Previdência, o que não só reduzirá a arrecadação, como o que sobrar do sistema previdenciário será para poucos. Sem uma legislação protetiva do trabalho, não há efetivamente um sistema previdenciário.

É possível dizer que, mesmo que a PEC 287/16 – contrarreforma da Previdência -, seja rejeitada, com ambas as medidas acima citadas, o Sistema de Seguridade Social que conhecemos também será desmontado?

GD: A PEC 287 não será aprovada na sua formulação original. Isto tem sido demonstrado pelas discordâncias de parlamentares da base do governo, o que já ocasionou o “abandono do navio” de alguns aliados de Temer. Tal situação é produto das manifestações populares que vêm ocorrendo, reunindo milhões de pessoas no país. A pressão dos movimentos, numa conjuntura de persistência da crise econômica e política, e com as eleições de 2018 se aproximando, vêm implodindo a reforma proposta. Entretanto, a terceirização irrestrita e a reforma Trabalhista, pelos motivos já apontados, contribuirão decisivamente para desmantelar o atual sistema de Seguridade Social.

O governo Temer afirma que a terceirização não acabará com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). No entanto, existe uma tendência à “pejotização” dos trabalhadores a partir de agora. Quais as consequências desse processo?

GD: Na terceirização, a empresa ou instituição contrata outra empresa (intermediadora) para realizar uma atividade. Seja um trabalhador que virou Pessoa Jurídica (PJ), como já ocorre hoje, seja uma empresa propriamente dita. A legislação que rege esse contrato não é a trabalhista (a CLT), é o direito comercial ou civil que estabelece a relação entre as duas empresas. Assim, a empresa ou instituição pública contratante, que é a responsável pela terceirização, se desobriga de qualquer responsabilidade trabalhista, que é um dos objetivos principais junto à redução de custos para terceirizar. No campo do Direito, a “pejotização” constitui uma modalidade de contratação fraudulenta, pois contraria princípios como o da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, já que o trabalhador ao se tornar pessoa jurídica deixa de ser amparado pelo Direito do Trabalho, passando a ser regido pelo Direito Civil e consequentemente, perdendo todos os direitos estabelecidos pela CLT.

 

Foto: TV Abrasco

 

Fonte: ANDES-SN

ANDES-SN participa de audiência pública sobre impacto da PEC 287 na educação

imp-ult-186131444A comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou, na quinta-feira (27), uma audiência pública para discutir os impactos da contrarreforma da Previdência (PEC 287/2016) na Educação. Participaram do debate representantes de entidades da educação pública e privada. Algumas, como o ANDES-SN, criticaram a Proposta de Emenda à Constituição e também convocaram quem acompanhou a audiência para a Greve Geral desta sexta-feira (28).

O Sindicato Nacional foi representado na audiência pela presidente do Sindicato Nacional, Eblin Farage, que criticou o que chamou de “mercantilização dos serviços públicos”. “Não acreditamos que a educação possa ser uma mercadoria a ser vendida”, disse ela, ao defender uma auditoria da dívida pública brasileira, a taxação de grandes fortunas e uma revisão tributária em vez da reforma na legislação previdenciária.

“O ônus da gestão da economia não pode cair sobre os trabalhadores. Não dá para os trabalhadores pagarem a conta de uma dívida que não foi ele que fizeram”, sustentou Eblin, que também convocou os presentes para a greve geral de amanhã.

Ainda durante sua fala, Eblin ressaltou para os deputados presentes que as entidades sindicais e os movimentos sociais irão denunciar à população aqueles que votarem contra os direitos dos trabalhadores e que isso terá impacto nas eleições de 2018. A fala incomodou os parlamentares da base governistas.

Após a audiência, Eblin ressaltou que é importante estar nesses espaços fazer o contraponto em defesa dos direitos da classe trabalhadora. “É importantes estarmos nesses espaços para defender nossas ideias e ver também o quanto os ataques vêm de todos os lados. Por que desde parte dos deputados da própria comissão, que se posicionam a favor da reforma da previdência e que desconsideram que a educação tem que ser de fato garantida pelo Estado, como a fala de outras pessoas que foram ali também defender a reforma da Previdência, como a representação das Mantenedoras das Instituições Privadas de Ensino, a revelia dos direitos trabalhistas”, comentou a presidente do ANDES-SN.

* Com informação e imagem da Agência Câmara

 

Fonte: ANDES-SN

Câmara de corruptos aprova reforma trabalhista. A resposta dos trabalhadores é o 28 de abril. Vamos parar o Brasil!

Carteira-de-Trabalho-cortada-0005-470x210A Câmara dos Deputados, composta em sua ampla maioria por corruptos, aprovou, por 296 votos a 177, a reforma trabalhista, ou seja, o desmonte da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Aconteceu no final da noite desta quarta-feira (26).

O conhecido como “Botafogo” na lista de propinas da Odebrecht, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, encaminhou regime de urgência para apressar a tramitação da reforma. Mesmo tendo perdido a votação na noite anterior, retomou nesta quarta-feira, quebrando o regimento da Casa. Agora, o projeto precisa passar pelo Senado.

Mais de 100 pontos da CLT são alterados com a reforma. Entre os principais estão a jornada de trabalho de 12 horas, o contrato de trabalho intermitente (por horas), a redução da multa do FGTS, restrições a que o trabalhador ingresse com ação trabalhista na Justiça, e a permissão para que trabalhadoras grávidas atuem em locais insalubres. Esses pontos são um verdadeiro ataque a conquistas trabalhistas que culminaram com a CLT e em lei na Constituição Federal.

 

Nesse Congresso Nacional a maior parte dos partidos e seus deputados estão envolvidos na Lava Jato. Um exemplo do que estamos vivenciando com quem quer no retirar direitos é que o relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) é um empresário dono de terceirizada investigado por fraude contra seus funcionários.

Esse governo e sua Câmara corrupta não têm moral para acabar direitos dos trabalhadores conquistados ao longo de décadas por meio de muitas lutas.

 

Esses são alguns dos ataques

 

Prevalência do negociado sobre o legislado:

Fortalece acordos individuais em detrimento da lei e de acordos de convenções coletivas. Poderão ser objeto de acordo individual: parcelamento de férias, banco de horas, jornada de trabalho e jornada em escala (12X36), mediante mero acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo e sem intervalos. Alguns pontos, porém não poderão ser negociados como FGTS, seguro desemprego e 13º salário.

Férias

Permite o parcelamento das férias em até três vezes desde que um dos períodos tenha mais de 14 dias.

Rescisão por acordo

Permite a extinção do contrato de trabalho “por acordo”, reduzindo o valor do aviso prévio indenizado e a multa de 40% sobre o saldo do FGTS pela metade. Nesse caso, o trabalhador poderá sacar 80% do saldo do FGTS. Mas não terá direito ao seguro-desemprego. A rescisão passará a ser feita na própria empresa, na presença dos advogados do patrão e do trabalhador, e não mais em sindicatos como prevê a legislação hoje.

 

Nossa resposta: Greve Geral em 28 de abril

Ao votar o projeto de terceirização e, agora, ao apressar a tramitação da reforma trabalhista, o governo e seu Congresso de corruptos botaram lenha na fogueira dos trabalhadores. A preparação da Greve Geral mostrou que milhões de trabalhadores pararão nesta sexta-feira (28). São inúmeras as categorias industriais que vão cruzar os braços, servidores públicos mesmo com ameaça de corte de pontos, setor de serviços.

“Não pararemos de lutar até derrotar essas reformas do governo Temer e deu seu congresso corrupto. Nesta sexta-feira, vamos parar o Brasil”. Reforça o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

Além da luta contra as reformas trabalhista e previdenciária e a terceirização, a CSP-Conlutas defende a prisão dos corruptos e dos corruptores e a derrubada de Temer e dos congressistas corruptos.

 

(Fonte dos pontos da reforma: Congresso em Foco)

Fonte: CSP-Conlutas

Manifestação com mais de três mil indígenas é duramente reprimida em Brasília (DF)

imp-ult-552605885Mais de três mil indígenas tomaram a Esplanada dos Ministérios em manifestação contra os ataques aos direitos dos povos originários e pela demarcação de suas terras. Eles participam do Acampamento Terra Livre, na Capital Federal, que reúne lideranças de diversas etnias.

A marcha chegou ao Congresso Federal com mais de 200 caixões simbolizando o genocídio que o governo federal, junto com o Legislativo e o Judiciário, está promovendo contra os direitos da população indígena. Os caixões foram deixados no lago do Congresso como recado aos parlamentares.

Quando a manifestação se aproximou do espelho d’água em frente ao Parlamento, foi duramente reprimida pelas polícias legislativa e militar do Distrito Federal, que usaram de bombas, gás lacrimogênio, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar a manifestação.

Quatro indígenas foram detidos, e os manifestantes seguiram no gramado em frente ao Congresso, sob ataque da polícia, aguardando a liberação dos seus parentes. Do carro de som, as lideranças apelavam para que cessassem as bombas devido a presença de idosos, crianças e etnias que não tem contato com população urbana e também lembraram que havia sido feito um acordo com a polícia para que a manifestação ocorresse com tranquilidade. Deputados federais, representantes da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, tentou negociar o fim da repressão e a liberação dos detidos.

Acampamento Terra Livre
imp-ult-117993330Na noite de ontem (24), aconteceu a plenária de abertura do 14º Acampamento Terra Livre (ATL), maior mobilização indígena dos últimos anos. Mais de cem etnias estão acampadas ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro, na Esplanada dos Ministérios, onde permanecem até sexta (28). No espaço, foi lançado um conjunto documentos sobre a situação dos direitos indígenas no País.

A Relatoria de Direitos Humanos e Povos Indígenas da Plataforma de Direitos Humanos (Dhesca Brasil) reuniu em um só documento três relatórios: o Relatório da Missão ao Brasil da Relatora Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos dos povos indígenas, o Relatório do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) sobre a situação dos povos indígenas no sul do Brasil e o Relatório da Coalizão de defesa dos Direitos Indígenas para a Revisão Periódica Universal (RPU/ONU).

“Apesar de termos uma constituição protetiva, ela está sob ataque, tanto do Legislativo, como do Executivo e do próprio Judiciário. Esse ataque se materializa na paralisação de demarcação de terras indígenas, na impunidade com relação aos crimes e violências de todos os tipos cometidos contra povos e comunidades indígenas e na crescente criminalização das lideranças e comunidades que resistem e lutam por seus direitos”, afirma Érika Yamada, relatora da Plataforma Dhesca. Ela avalia que há um padrão de graves violações de direitos humanos que o Estado brasileiro ainda precisa reconhecer.

Uma das questões centrais abordadas nos relatórios, todos elaborados com a participação de povos e organizações indígenas, é o forte racismo que persiste contra os indígenas no Brasil.

O cenário político do início de 2017 e as ações contrárias aos povos indígenas adotadas pelo governo Temer também são abordadas no documento, como a Portaria 80 do Ministério da Justiça, publicada em janeiro. A norma cria um Grupo Técnico Especial (GTE) na pasta para analisar os relatórios de identificação e delimitação das terras indígenas produzidos pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A portaria foi duramente criticada por indígenas e indigenistas por criar, na prática, uma nova instância com a finalidade de dificultar as demarcações de terras.

Além destes pontos, a publicação analisa ainda a efetivação do direito de Consulta Prévia, Livre e Informada sobre projetos que afetem os povos indígenas, as políticas de saúde, educação e serviços sociais, a atuação da Funai, o acesso dos indígenas à Justiça e o as ameaças representadas por megaprojetos econômicos.

Segregação dos indígenas no Sul
“A situação que encontramos nos três estados da região Sul é muito dramática. É uma situação de confinamento, na qual nem sequer os direitos sociais mínimos, como bolsa-família, estão sendo assegurados aos indígenas. Esse confinamento se dá em locais nos quais os indígenas não tem nem sequer espaço para construir casas ou enterrar os mortos”, explica Adelar Cupsinski, assessor jurídico do Cimi e coordenador do grupo de trabalho que elaborou o relatório sobre a Região Sul.

“Esses relatórios são importantes porque são um momento em que nossa fala é mostrada, o que fortalece nossa luta. A sociedade tenta invisibilizar a nós, indígenas, todo o tempo, especialmente na região Sul, em que todo o tempo os políticos estão falando que não tem indígenas lá”, afirma Kerexu Yxatyry, liderança Guarani Mbya da Terra Indígena (TI) Morro dos Cavalos, uma das abordadas pelo relatório do CNDH.

Exemplo da situação enfrentada por vários povos indígenas do Brasil, os Guarani Mbya lutam pela demarcação de da TI Morro dos Cavalos há 24 anos. Desde 2008, os indígenas aguardam a homologação da TI, última etapa formal de reconhecimento de uma terra indígena.

“A não demarcação atrapalha todo o modo de vida Guarani, principalmente na questão do plantio, da caça e do acesso à matéria-prima para fazer nossas casas e artesanatos. De 1988 hectares, ocupamos menos de um quarto da terra indígena, um espaço bem pequeno. A maioria das casas dos indígenas estão concentradas próximas da rodovia BR-101 e as partes melhores ainda estão ocupadas por posseiros”, explica a indígena.

Recomendações ignoradas e direitos não efetivados
No relatório divulgado em setembro de 2016 a respeito de sua visita ao Brasil, ocorrida meses antes, a relatora especial da ONU sobre os direitos dos povos indígenas, Victoria Tauli-Corpuz, caracterizou a situação dos povos indígenas no Brasil como a mais grave desde a adoção da Constituição Federal de 1988.

Tauli-Corpuz apresentou uma série de recomendações ao Estado brasileiro para superar a grave situação que a relatora da ONU verificou durante sua passagem pelo Brasil. Um ano depois de sua visita, entretanto, nenhuma das recomendações foi cumprida, conforme denunciaram ao Alto Comissariado da ONU a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e outras 30 organizações no início de abril.

“O Brasil será sabatinado no dia 5 de maio na ONU. Como agora ele é membro do Conselho de Direitos Humanos, isso deveria forçá-lo a arcar de forma mais firme com esses compromissos. Depois da sabatina, espera-se que o governo faça uma apresentação das recomendações recebidas”, afirma Yamada.

imp-ult-858010570“Olhando para o cenário político, eu vejo um cenário desesperador. É um trator passando por cima de todo o Brasil, especialmente dos indígenas. Mas, por outro lado, vejo que hoje os indígenas tomaram posse dessa questão da luta pelos direitos, como foi na década dos anos 1980 pela Constituinte. Infelizmente, hoje deveríamos estar usufruindo daquela luta do passado, mas estamos lutando para garantir que permaneçam esses direitos”, conclui Kerexu Yxatyry.

Segundo dia
Na manhã do segundo dia do acampamento Terra Livre (25), ocorreram apresentações de danças e cantos tradicionais dos mais de cem povos acampados ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Por volta das 10h30, foram iniciados os debates com mesas temáticas que discutiram as ameaças aos direitos indígenas nos três poderes do Estado. Na segunda mesa temática, participaram membros das organizações de apoio ao ATL, que falaram principalmente sobre o papel do judiciário e do legislativo nos recentes ataques aos direitos dos povos indígenas.

À tarde, os participantes do Acampamento Terra Livre seguiram em marcha rumo ao Congresso Nacional, onde foram reprimidos pela força policial.

O Acampamento Terra Livre segue com atividades até sexta-feira (28), em Brasília (DF).

* Com informações do CIMI e do Mídia Ninja. Fotos: Mídia Ninja

Fonte: ANDES-SN

 

PROFESSORES DA UESC APROVAM ADESÃO A GREVE GERAL!

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (28), os docentes da UESC aprovaram por unanimidade adesão ao movimento paredista nacional contra as reformas da previdência e trabalhista, e a política de ajuste fiscal do governo golpista de Temer! Confira abaixo a programação da mobilização na UESC, em Ilhéus e Itabuna:

UESC:
27/04 – Esquenta pré-Greve Geral com mobilização no campus ao longo do dia!

28/04 – Greve Geral

ILHÉUS:

26/04 – quarta-feira, 10h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu); (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, quinta-feira, 10h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu); (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, quinta-feira, 16h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu). (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, 18h, Plenária final das Frentes – auditório do sindicato dos bancários. Acertos finais da preparação da greve geral; (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

28/04 – GREVE GERAL – Paralisação de todas as categorias. Concentração no comércio – 8h, Praça Cairu. (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

ITABUNA:

26/04 – quarta-feira: 8h – panfletagem nas escolas estadual de Itabuna. (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

15h – Panfletagem e agitação no São Caetano! (Organização: Frente Brasil Popular)

18:30h – Panfletagem e agitação na UNIME e da FTC (Organização: Frente Brasil Popular)

27/04 – quinta-feira: 8h – panfletagem no comércio e nos principais pontos de ônibus da cidade. (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

16h – Concentração Jardim do Ó para MOBILIZAÇÃO na Cinquentenário! (Organização: Frente Brasil Popular)

28/04 – GREVE GERAL: 9h – ato público no Jardim do Ó (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

Mais informações da assembleia serão divulgadas em matéria específica.

Comitês de base preparam Greve Geral do dia 28 de abril


Com comitês nas empresas, nos canteiros de obras, nas plataformas, nas escolas, universidades, no transporte público, nos bairros, em comunidades, praças públicas têm sido organizados para prepara a Greve Geral de 28 abril, conforme resolução aprovada na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas.

A CSP-Conlutas já havia aprovado a formação de comitês contra as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, com o objetivo de conscientizar os trabalhadores e toda a população dos malefícios desses ataques, que podem representar o fim do direito à aposentadoria para boa parte da população, a perda de direitos trabalhistas históricos como férias, 13º salário, entre outros.

Esses comitês, agora, concentram seus esforços para a preparação da Greve Geral, para conscientizar a população da necessidade de parar o país no próximo dia 28. “Queremos fortalecer a unidade da nossa classe e resgatar a importância da realização de uma Greve Geral”, destaca a Central, em nota.

Os comitês estão realizando reuniões que promovem debates públicos, organizam panfletagens, atos unificados, protestos em praças públicas. Mais do que isso, organizam dentro dos locais de trabalho como será a paralisação no dia da Greve Geral nos bairros, nas comunidades, nas escolas, nos transportes públicos.

Em São Paulo, tanto na capital quanto em cidades do interior e do ABCD paulista, diversos fóruns de entidades, que reúnem seções sindicais do ANDES-SN, sindicatos locais, centrais sindicais e movimentos sociais, comitês populares têm se reunido por todo o estado, organizando panfletagens e atos públicos para conscientizar a população sobre a necessidade de paralisar o país no dia 28. O mesmo tem ocorrido nas capitais e também em cidades do interior de pelo menos outros 13 estados. Entidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Roraima, Amapá, Maranhão, Piauí, Paraíba, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul também foram comitês para a construção da greve geral.

Como parte das atividades dos comitês, a CSP-Conlutas orienta as CSP-Conlutas Estaduais e Regionais a realizarem, via os Comitês, o plebiscito organizado pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública, que pede para a população se posicionar se é a favor ou contra a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, as Privatizações e sobre a Auditoria da Dívida Pública. “Essa é uma ferramenta importante, pois abre a possibilidade de denunciarmos que mais de 40% do PIB é usado para pagar a dívida pública, enquanto setores sociais sofrem cortes constantes em seus orçamentos. Além de fortalecer a participação da população, uma vez que todos são chamados a participar e opinar sobre o que pensam em relação aos ataques do governo”, destaca a circular enviada pela Central.

O ANDES-SN também participa da consulta da Auditoria Cidadã da Dívida e, no último dia 10, enviou às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do Sindicato Nacional, documentos referentes à Consulta Nacional sobre as contrarreformas da Previdência, Trabalhista, as privatizações e a dívida pública. A campanha, que ocorre até o dia 30 de junho, conta com o apoio de cerca de 60 entidades.

 

Fonte: ANDES-SN

Assembleia da ADUSC pautará Estatuinte e Greve Geral nesta quarta-feira (26)

A Associação de Docentes da UESC (ADUSC) realizará sua Assembleia na próxima quarta-feira (26), para pautar a Greve Geral convocada pelas Centrais Sindicais para o dia 28 de Abril. Além de definir a posição da categoria sobre o movimento paredista nacional, a Assembleia discutirá a proposta da categoria para a Resolução do processo de Estatuinte da UESC. O documento finalizado na Assembleia será apresentado à reitoria e aos representantes de estudantes e servidores técnicos, em reunião no dia 27.
Os docentes da UESC também vão discutir os próximos passos da luta contra os ataques do governo Rui Costa às Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), aos salários e aos direitos trabalhistas da categoria. A assembleia ocorrerá no CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho), com primeira chama às 8:30 horas. Confira a convocatória aqui.
Greve Geral
 
 18118424_1318490144886644_3490986606257978949_nA Greve Geral, marcada para 28 de Abril, é uma convocação unificada das Centrais Sindicais e deve unificar trabalhadores das diversas áreas e setores (privado e público) e a juventude contra os ataques do Governo ilegítimo e corrupto de Michel Temer. Entre as principais bandeiras do movimento nacional está a luta contra as reformas da previdência e trabalhista.
Sob pressão das mobilizações promovidas pela classe trabalhadora ao longo de março, o relatório da PEC 287/16, da contrarreforma da previdência, apresentado na quarta-feira (19), conta com emendas como a que diminui o tempo de contribuição mínima de 49 para 40 anos para ter acesso a aposentadoria integral. Em contrapartida, uma manobra da base aliada de Temer (PMDB) e do presidente da Câmera Arthur Maia (DEM) foi aprovada a urgência da tramitação da reforma trabalhista.
Segundo o presidente da ADUSC, José Luiz de França, estes ataques são o retrato de um projeto de governo e que não será aceito com passividade. Os recuos na previdência são a prova de que a luta dos trabalhadores não é em vão, e a greve geral demonstra a disposição para avançar.
Estatuinte
Tendo como base o texto apresentado pela reitoria em reunião no dia 6 de fevereiro, a ADUSC promoveu diversas reuniões ampliadas para elaboração da proposta dos docentes. As experiências de outras universidades também foram consultadas e o trabalho final será apreciado pela Assembleia.
A ADUSC chama atenção da categoria para esta luta que representa um momento impar para a democracia na universidade. Neste sentido, deu início a uma campanha de mídia com veiculação de outdoor. Uma nova sessão para o site brevemente será inaugurada e camisas distribuídas durante a assembleia.
Em defesa dos direitos e contra o congelamento dos salários
A centralidade da luta do Movimento Docente (MD) das UEBA continua a ser tratada com descaso pelo governo Rui Costa (PT). Mesmo diante de forte protesto realizado na última terça-feira (18) no Centro Administrativo da Bahia (CAB), os representantes do governo receberam a comunidade acadêmica com grande desrespeito, encerrando a reunião sem disposição para o diálogo (confira matéria do Fórum das ADs).
Foto_1A situação é crítica. O orçamento aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) tem sido repassado com meses de atraso, os salários dos servidores públicos estão congelados, e com a negativa ao direito constitucional de reposição da inflação, e as filas de promoções, progressões e mudanças de regime continuam paralisadas. A resposta do Movimento Docente para este ataque também será discutida com a categoria durante a Assembleia.

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA 

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia ordinária a realizar-se no dia 26.04.2017 (Quarta-feira), às 8:30h em primeira convocação e às 09:00h em segunda, no CEU, no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

 

 

1) Informes;

2) Proposta da ADUSC de Minuta da Resolução de elaboração do novo Estatuto para UESC;

3) Resposta do Governo sobre a pauta de reivindicações dos docentes;

4) Greve geral – 28/04: contra as reformas da previdência e trabalhista

( paralisação das atividades acadêmicas).

5) O que ocorrer.

Campus Soane Nazaré, 20 de Abril de 2017.

José Luiz de frança Filho

Presidente

Repúdio: Governo da Bahia se recusa a negociar com as Universidades Estaduais

Governo Rui Costa trata a comunidade acadêmica com descaso e desrespeito no dia de paralisação estadual (18)

 

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Paralisação estadual e protesto no CAB.

O dia de paralisação estadual (18) foi marcado pelo desrespeito do governo do Estado com o Movimento Docente (MD) e a comunidade acadêmica em luta. A mobilização, construída pelas quatro Universidades Estaduais Baianas (Ueba) e que reuniu centenas de estudantes, professores e técnicos em um ato no CAB, foi recebida em reunião pelo Subsecretário de Educação do Estado, Nildon Pitombo, com intransigência e autoritarismo.

A resposta apresentada pelo governo à pauta de reivindicações, protocolada desde 2016, foi uma sequência de negativas, formalizada em um documento entregue ao Fórum das ADs. A negociação com o movimento não avançou nem através da resposta escrita e nem do diálogo. A postura dos representantes do Estado foi de entregar o documento e não ouvir os representantes do Movimento Docente, estudantes e servidores que estavam na reunião.

Confira a resposta do governo em resposta a pauta de reivindicação docente

Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, o descaso do governo, a incapacidade de negociar e a forma irresponsável como a reunião foi conduzida é repudiada pelo Movimento Docente. “A conduta do subsecretário Nildon Pitombo de entregar um documento que não responde absolutamente nada, se levantar e encerrar a reunião de forma intempestiva é um desrespeito com todos aqueles que vieram do interior e da capital para defender a educação pública e os direitos trabalhistas”, afirma o professor. 

 

Mentira orçamentária

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Reunião com representantes do governo do dia 18 de Abril.

Segundo o Fórum das ADs, para tentar justificar o descaso, o governo argumenta sobre o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Contudo, a alegação governamental não se sustenta e é contraditória com as próprias informações do site “Transparência Bahia”. De acordo com as informações oficiais divulgadas, entre o limite prudencial (46,17%) e o limite máximo (48,70%), há uma folga de 2%, o que é um valor suficiente para fazer a recomposição salarial.

Em reunião realizada em 14 de março com o Fórum das ADs, o superintendente de recursos humanos da SAEB, Adriano Tambone, afirmou que o limite prudencial deste ano foi ultrapassado, contradizendo as próprias informações oficiais divulgadas para a sociedade baiana. Na recente reunião, da última terça-feira (18), os representantes do governo novamente afirmaram isso alegando que as informações divulgadas no portal da transparência do Estado estavam erradas.

Para o MD, existe uma contradição no discurso e, na verdade, não falta recurso financeiro. O que falta é a prioridade do governo, que prefere desviar orçamento público para os cofres dos banqueiros por meio do pagamento da dívida pública. Só no ano de 2016, por exemplo, mais de R$ 1,3 bilhão do orçamento do Estado foi usado para pagamento de juros, encargos e amortizações da dívida pública, de acordo com site Transparência Bahia.

O governo que mais ataca as universidades

A situação nas Universidades Estaduais Baianas é de crise em todas as esferas e categorias, desde o ponto de vista dos inúmeros processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho emperrados, perda salarial docente em 30,5% (levando em consideração a ausência de política de recomposição salarial e corrosão inflacionária) até a crise orçamentária e uma política inadequada e que não garante os recursos necessários para a permanência estudantil. Se por um lado a situação é dramática, por outro o governo assume a postura de simplesmente ignorá-la. Pela tradição do Movimento Docente, a resposta será a radicalização da luta e o enfrentamento. Os representantes do Fórum das ADs também também avaliam a possibilidade de uma greve.

Para organizar os próximos passos da luta, o Fórum das ADs convocou para o dia 12 de maio uma reunião do Fórum das 12 – instância que compõe representações de estudantes, servidores e docentes – no sentido de unificar as categorias e preparar a resistência contra a política do governo do estado. Além disso, as ADs também apontaram para rodadas de assembleias para discutir com a categoria o descaso do governo com a educação e direitos trabalhistas. Para os docentes, o próximo período será de radicalidade e o Movimento Docente das Universidades Estaduais Baianas estará, como sempre esteve, na linha de frente das lutas por nenhum direito a menos e em defesa da educação pública, gratuita, laica, socialmente referenciada e de qualidade.

Confira na íntegra o documento com a pauta de reivindicações protocolada desde dezembro de 2016 na governadoria. (anexar)