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Professores da UESC aprovam paralisação e ato público contra maior arrocho salarial dos últimos 20 anos

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A paralisação foi aprovada em Assembleia realizada nesta terça-feira (17)         

Após três anos sem correção das perdas salariais provocadas pela inflação, os professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) acumulam o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos. O dado faz parte de uma pesquisa encomendada pelo Fórum das Associações de Docentes (ADs) da UESC, UEFS, UESB e UNEB ao Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Acesse a pesquisa aqui.

Além da questão salarial, os professores reclamam o constante desrespeito aos direitos trabalhistas, e o orçamento insuficiente para a manutenção das universidades. A falta de diálogo por parte do governo também faz parte das denuncias dos professores. Já são mais de 5 meses sem uma reunião com o governo #RuiCorta.

Em resposta a intransigência do governo, o Fórum das ADs realizará um ato público, no dia 25 de Abril, em Salvador. O ato será fortalecido pela paralisação das atividades acadêmicas na UESC, aprovada pela Assembleia nesta terça-feira (17). A proposta também será apreciada pelos professores da UEFS, nesta terça-feira, e na quarta-feira (18) pela assembleia da UESB. Na UNEB, a Assembleia docente realizada no dia 10 de março também aprovou a paralisação das atividades com portões fechados em todos os Campi.

Interessados(as) em participar do ato público devem procurar a secretaria da ADUSC  até a próxima sexta-feira (20), para que sejam providenciados transporte e alimentação.

Análise de conjuntura e os ataques aos direitos democráticos

O Brasil vive um sério momento de restrições à democracia e de retrocessos nos direitos, que acompanham discursos conservadores e violentos. Os exemplos são muitos e atingem também a autonomia das universidades. A ADUSC, assim como o ANDES-SN e a CSP-Conlutas, tem denunciado e se posicionado firmemente frente a esta conjuntura. Entendendo o agravamento destes ataques, exemplificados pela morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e a prisão política do ex-presidente Lula, o tema também foi pautado pela principal instância representativa dos professores da UESC.

Sobre o assunto, os docentes deliberaram pela criação de um “Comitê em defesa da democracia e pela liberdade de Lula”. Confira o posicionamento do ANDES-SN sobre a prisão política de Lula.

Governo e planos de saúde querem reformulação do SUS com privatização do atendimento à população

O governo quer reformular o SUS (Sistema Único de Saúde) repassando serviços de saúde prestados à população para a iniciativa privada. Essa possibilidade foi levantada no “1º Fórum Brasil – Agenda Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde”, evento realizado na terça-feira (10), em Brasília.

 

Neste fórum, organizado pela Federação Brasileira de Planos de Saúde (Febraplan), com participação do Ministério da Saúde, e de deputados e senadores, foi defendida a proposta de “reformulação” do SUS, com o repasse de atendimentos aos planos de saúde, com subsídio do governo. Isso seria feito com a transferência de recursos para financiar a “Atenção de Alta Complexidade” e transferi-la para empresas privadas do setor. A meta seria de pelo menos metade da população ser atendida pelos planos.

 

 

Essa reformulação faria com que o governo destinasse verba pública para a rede privada, que teria dois tipos de receita, a dos usuários, que já pagam pelo plano, e a do Estado. Uma verba que poderia ser investida no sistema público vai escoar para empresários do ramo da saúde.

 

Foi proposto ainda um Conselho Nacional de Saúde Suplementar com o mesmo poder do Conselho Nacional de Saúde. Se a mudança ocorresse, isso reduziria a participação popular na formulação, acompanhamento e controle sobre a política pública.

 

Entidades do setor da Saúde se manifestaram em repudio a essa possibilidade. Em nota, o CEBES (Centro Brasileiro de Estudos em Saúde) de Recife e do Distrito Federal afirmou que “fazer um sistema de saúde a partir dos planos de saúde, como ocorre nos Estados Unidos, prejudica os mais pobres” e que os planos de saúde privados já recebem “excesso” de benefícios fiscais.

 

Outro ataque apontado e que irá estrangular o SUS é a Emenda Constitucional 95, de teto de gastos, que irá congelar os investimentos em saúde, educação e assistência social pelos próximos 20 anos.

 

A Associação Brasileira de Enfermagem repudiou a iniciativa que vai na contramão de ampliar o acesso da população a um sistema de saúde gratuito e de qualidade.

 

O COSEMS/RJ (Conselho Municipais de Secretarias de Saúde do Rio de Janeiro) reafirma que é preciso ampliar o investimento no SUS e não o contrário, investindo em empresas privadas de saúde.

 

A servidora da saúde, Cintia Teixeira, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas Rio de Janeiro ressalta que essa é uma política que está fortalecendo o programa ideológico do governo de Temer, promovendo ataques diretos aos SUS por meio do desmonte de políticas públicas. “É importante salientar que saúde é um direito previsto na constituição e isso é um dever do estado, não é concessão. Esse projeto beneficiará uma série de políticos que financiaram suas campanhas políticas via empresários da saúde. Por isso, é necessário que os movimentos sociais e sindicais mantenham-se fortes e montem fóruns de saúde contra a sua privatização. É necessária a unidade ampla em defesa do SUS em cada estado, nenhum direito a menos, nenhum serviço de saúde a menos”, concluiu.

ANDES-SN organiza publicação sobre financiamento da educação e C&T públicas

ilustrac3a7c3a3o4_cartilha_andesOs Grupos de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTC&T), de Política Educacional (GTPE) e do GT-Verbas do ANDES-SN se reuniram no final de semana, 7 e 8, na sede do Sindicato Nacional, em Brasília (DF) para debater, conjuntamente, a crise no financiamento das universidades e da ciência no Brasil. A realização da reunião é uma deliberação do 37º Congresso do ANDES-SN, realizado em janeiro desse ano na cidade de Salvador (BA).

Como resultado da reunião, os docentes apontaram os eixos para um documento que está sendo produzido e será amplamente distribuído para municiar a luta da categoria docente em defesa da Educação e da produção de Ciência e Tecnologia públicas no país.

De acordo com Epitácio Macário, 3º tesoureiro do ANDES-SN e um dos coordenadores do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia (GTC&T) do Sindicato Nacional, o material abordará cinco eixos. O primeiro tratará do financiamento das Instituições Federais de Ensino e da Ciência e Tecnologia em comparação com os gastos com a dívida pública. Já o segundo abordará o perfil dos estudantes das universidades públicas, tendo como referência as instituições federais, para contrapor os argumentos falaciosos apresentados no documento do Banco Mundial “Ajuste Justo”, que aponta que grande parte dos estudantes das IFE tem renda superior a 10 salários mínimos, o que é usado como um dos motivos para legitimar a proposta de cobrança de mensalidades na educação superior pública.

Outro argumento apresentado pelo Banco Mundial, que o documento em produção irá desconstruir, diz respeito ao custo-aluno nas universidades públicas em comparação com o das instituições privadas, acusando que o primeiro é mais caro aos cofres públicos que o segundo, com base na divisão do valor do investimento pelo número de matrículas. Macário aponta que a organização internacional usa a mesma fórmula de cálculo para os dois casos. “Nesse ponto, argumentamos que se for para ser justo esse cálculo não pode ser feito de forma simplória, pois na universidade pública nós temos ensino, pesquisa e extensão. E está comprovado em uma pesquisa que a Capes encomendou a uma agência estadunidense, que o setor de educação privado no Brasil não produz ciência, não produz novos conhecimentos. Então, no custo-aluno, apontamos que não dá para comparar o custo de um aluno em uma Pública com o de uma Privada, nesse aspecto”, explica.

Além disso, o diretor do ANDES-SN ressalta que há uma diferença de formação do corpo docente, enquanto nas instituições públicas predomina a presença de doutores, no setor privado predomina mais o docente com mestrado e especialização, por que essas instituições se voltam mais para aulas. Outro elemento é que a educação superior pública tem uma oferta de Ensino a Distância amplamente inferior à realidade na iniciativa privada.

O quarto tópico do material que os GTs estão produzindo analisa a expansão no ensino superior no Brasil e de como o Fundo Público foi o elemento propulsor desta expansão. “Analisa-se fundamentalmente a evolução do Fies e do Prouni, de como esse fundo estatal, a partir desses dois programas, transfere recursos públicos muito grandes para o setor privado”, detalha.

Já no quinto ponto, o documento irá abordar a universidade pública e a produção de ciência e tecnologia brasileira, que, situada no cenário internacional, é muito pequena e está concentrada nas instituições públicas. “Não por outro motivo, as legislações da área de C&T buscaram todas flexibilizar o uso dessa capacidade instalada que as universidades públicas têm flexibilizando o compartilhamento tanto dos recursos materiais e financeiros quanto dos recursos humanos, e mais, o capital intelectual dessas instituições públicas empresas privadas. A justificativa de todos os marcos legais, desde a Lei de Inovações de 2004, é de que isso é necessário para aproximar a produção científica do mercado e das empresas, capacitar tecnologicamente o país para que se sobressaia e consiga enfrentar a concorrência internacional”, comenta Macário.

“A reunião atendeu à uma necessidade do momento que é essa análise da crise orçamentária, e o enfrentamento dessa grande falsa ideologia que o Banco Mundial volta a apregoar tentando direcionar a política educacional no país. E o Banco Mundial fez isso a pedido do governo Temer. Vejo a reunião positiva porque vai municiar a categoria com argumentos políticos, econômicos e orçamentários para desconstruir o discurso da crise e combater esses ataques orientados pelo Banco Mundial”, acrescentou o diretor do Sindicato Nacional, ressaltando que o material será apresentado à categoria docente durante o 68º Conad do ANDES-SN, que acontecerá em Fortaleza (CE), entre 28 de junho e 1 de julho.

Marco de C&T

No mesmo final de semana, durante reunião do GT de C&T do ANDES-SN, a Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do Sindicato Nacional apresentou pareceres sobre as legislações referentes ao Marco Legal de CTI: a Lei nº 13243, os vetos a essa lei e o Decreto nº 9.283/2018, que normatiza o Marco Legal de Ciência. De acordo com o 3º tesoureiro do ANDES-SN, a AJN apresentou vários ‘furos’ e inconstitucionalidades presentes no decreto do Marco Legal, como o compartilhamento do recurso público.

“Segundo os advogados, a forma como está expressa na lei cria uma vulnerabilidade jurídica muito grande na normatização que protege o patrimônio público, abrindo um vasto campo para o uso indevido do recurso público. Outro elemento é que tanto a lei de Inovação, quanto o Marco Legal e o decreto que o regulamenta, impõem que os pesquisadores e técnicos que participem de um projeto de pesquisa em comum com a iniciativa privada, estão proibidos de publicizar qualquer ideia durante e/ou depois do processo. Só podem se pronunciar publicamente mediante autorização expressa da Instituição Científica Tecnológica (ICT), que esteja financiando o projeto. Os pesquisadores estão obrigados a prestar todo o conhecimento para aquela ICT e, sob risco de sanção penal e administrativa, estão coagidos a não divulgar em nenhum momento, em nenhuma fase, qualquer coisa sobre o projeto. Isso cria um problema para a divulgação científica, contrasta e confronta princípios constitucionais, pois impede a publicidade, um dos preceitos da administração pública, e também a liberdade de divulgação da produção cultural e científica pública”, complementa.

Confira os pareceres da AJN aqui.

 

Fonte: ANDES-SN

Professores da UESC discutem possível paralisação contra maior arrocho salarial dos últimos 20 anos

A paralisação será pauta da Assembleia que ocorrerá nesta terça-feira (17)       

Após três anos sem correção das perdas provocadas pela inflação, os professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) acumulam o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos. O dado faz parte de uma pesquisa encomendada pelo Fórum das Associações de Docentes (ADs) da UESC, UEFS, UESB e UNEB, ao Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Além da questão salarial, os professores reclamam o constante desrespeito aos direitos trabalhistas, e o orçamento insuficiente para a manutenção das universidades.

Após mais de 5 meses sem uma reunião com o governo, e várias tentativas de dialogo o Fórum das ADs está convocando um protesto para o dia 25 de Abril, em Salvador. Com o objetivo de fortalecer a mobilização, a Assembleia da ADUSC, desta terça-feira (17), pautará a possibilidade de paralisação da categoria. A proposta também será apreciada pelos professores da UEFS nesta terça-feira, e quarta-feira (18) pela assembleia da UESB. Na UNEB a Assembleia docente realizada no dia 10 de março aprovou paralisação das atividades com portões fechados em todos os Campi.

Análise de conjuntura e os ataques aos direitos democráticos

O Brasil vive um sério momento de restrições à democracia e de retrocessos nos direitos, que acompanham discursos conservadores e violentos. Os exemplos são muitos e atingem também a autonomia das universidades. A ADUSC, assim como o ANDES-SN e a CSP-Conlutas, tem denunciado e se posicionado firmemente frente a esta conjuntura. Entendendo o agravamento destes ataques, exemplificados pela morte da vereadora do PSOL Marielle Franco e a prisão política do ex-presidente Lula, o tema também será pautado pela principal instância representativa dos professores da UESC. A assembleia será realizada no térreo do Pavilhão Adonias Filho, com primeira chamada às 9 da manhã.

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

ORDINÁRIA

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia ordinária a realizar-se no dia 17.04.2018 (Terça-feira), às 9:00h em primeira convocação e às 9:30h em segunda, no CEU, no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

1) Informes;

2) Análise de conjuntura e os ataques aos direitos democráticos;

3) Pauta salarial 2018 e calendário de mobilização: 25/04 – Dia Estadual de Luta  das UEBA com ato público em Salvador e paralisação das atividades acadêmicas;

4) O que ocorrer.

 

Campos Soane Nazaré, 13 de Abril de 2018

José Luiz de França Filho – Presidente

Docentes da Unimontes em greve ocupam reitoria após salários cortados

imp-ult-76355683Em greve desde o dia 30 de janeiro, os docentes da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em Minas Gerais, ocuparam a reitoria da instituição na terça-feira (10) em resposta aos salários cortados. A paralisação é consequência do descumprimento do acordo que encerrou, em 2016, uma greve de quatro meses dos docentes.

CONFIRA NOTA DO ANDES-SN

A ocupação foi iniciada na tarde de terça, após uma reunião com o governo do estado e a reitoria sobre o plano de carreira dos docentes e também sobre a ameaça de corte do ponto dos servidores grevistas.

“A reitoria tinha aceitado não cortar o ponto e ao final da reunião ficou acordado, e registrado em ata, que a reitoria chamaria a representação sindical aqui no campus para definir sobre o corte de ponto. Quando vimos os contracheques zerados, percebemos que eles já haviam efetivado o corte enquanto negociávamos. E em resposta, ocupamos a reitoria”, disse Afrânio Farias de Melo, presidente da Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes – Seção Sindical do ANDES-SN).

Esta não foi a primeira vez que a reitoria prometeu não cortar o ponto dos docentes em greve. Na última rodada de negociações realizada no dia 3 de abril, o subsecretário Márcio Portes se posicionou contra a medida. Depois de ouvir a posição do governo, a reitoria voltou atrás e concordou em não efetivar o corte de ponto dos professores.

“O comando de greve entende que o posicionamento da reitoria é uma atitude rasteira, justamente no momento em que as negociações começaram a avançar entre o governo e o movimento docente. Lembrando que essa greve é pelo descumprimento de acordo firmado na última greve”, disse. O acordo celebrado em 2016 tem como base a reestruturação da carreira docente.

 

Reunião

Na reunião de terça (10), o governo estadual fez uma contraproposta à reestruturação da carreira docente. Ao todo, a proposta feita pelos docentes teria um impacto de R$ 166 milhões por ano aos cofres públicos. Na ocasião, o governo apresentou uma proposta de R$82 milhões, a ser aplicados no plano de carreira de forma parcelada de acordo com a Lei Responsabilidade Fiscal (LRF). A deliberação sobre a proposta apresentada será tomada em assembleia docente, ainda sem data prevista.

Nesta quarta-feira (11), às 15h, será realizada uma nova reunião, desta vez, entre a reitoria e a Adunimontes SSind.

* Imagem: Adunimontes SSind.

 

Fonte: ANDES-SN

Professores estadunidenses realizam greve contra desmonte da educação pública

Mais de 30 mil professores de Oklahoma, nos Estados Unidos, realizaram mais uma grande marcha nessa segunda-feira (9), contra o desmonte do ensino público e por mais recursos para a educação. Os professores desse estado e também de Kentucky estão em greve desde a última semana. Os professores de Oklahoma recebem um dos salários mais baixos do país.

A paralisação é uma das muitas que vêm ocorrendo em todo o país, desde o mês passado, contra a privatização da educação, por melhores salários, condições de trabalho e também mais investimentos no setor da educação. A mobilização dos trabalhadores da educação que teve início na Virgínia do Oeste, em março, e já se espalha por outros estados como Pensilvânia, Wisconsin e Nova Jersey, está sendo chamada de “a rebelião dos mestres” e expõe o abandono da educação pública no país. Nos Estados Unidos, a educação pública é financiada e regulada pelo governo do estado.

Segundo informações de agências de notícias, os cortes em Oklahoma deixou as escolas sem livros didáticos e materiais pedagógicos suficientes, com instalações precárias e  falta de calefação nas salas de aula. Inúmeros distritos escolares têm sido obrigados a diminuir a jornada para apenas quatro dias por carência de recursos, resultado de uma redução de quase 30% no orçamento do setor nos últimos 10 anos.

“Nós todos ouvimos relatos de estudantes, pais e professores afetados pelos 11 anos de cortes nos investimentos em nossas salas de aula. Eles vêm cadeiras quebradas, livros obsoletos colados com fita adesiva, salas de aulas superlotadas”, disse Alicia Priest, presidente da Associação de Educação de Oklahoma, em mensagem divulgada em sua rede social no primeiro dia de greve. “Os professores são tão drasticamente mal pagos que são forçados a doar sangue, trabalhar em diversos empregos e pedir auxílio à bancos de alimentos para poder sustentar suas famílias. Oklahoma é melhor que isso”, completou.

*Com informações da TeleSur, Al Jaazheera e Hora do Povo. Imagens da Associação de Educação de Oklahoma

 

Fonte: ANDES-SN

30 dias da execução de Marielle e Anderson: CSP-Conlutas convoca jornada de lutas em 13 e 14 de abril

Passados 30 dias do bárbaro assassinato de Marielle Franco e Anderson Pedro na cidade do Rio de Janeiro, nenhuma pista consistente foi encontrada pelos investigadores, a não ser a conclusão óbvia de que se trata de um crime político.

 

 

 

O crime comoveu o país e foi seguido por centenas de manifestações em várias cidades, inclusive, com repercussão internacional.

 

Devido à intervenção federal e militar, a violência cresce no Rio de Janeiro.  Poucos dias depois da execução de Marielle, cinco jovens foram vítimas de uma chacina em Maricá, na baixada fluminense. Também, até agora, nenhum culpado foi encontrado.

 

Não vamos abandonar as ruas. A CSP-Conlutas, na sexta-feira, dia 13, e sábado, dia 14, ao completar 30 dias do assassinato de Marielle e Anderson, estará nas ruas em dois dias de lutas e manifestações nos locais de trabalho, estudo e moradia, e com a realização de atos nos principais estados e cidades. Exigimos apuração e punição de todos os responsáveis por esses crimes bárbaros e o fim da intervenção federal/militar no Rio de Janeiro.

 

Faremos isso em conjunto com todas as organizações sindicais, políticas e movimentos sociais que estejam dispostos a levar adiante essa luta. Não podemos deixar esses crimes caírem no esquecimento e terminarem impunes.

 

Orientamos a todas as nossas entidades filiadas e organizações regionais a fazerem os esforços necessários para construir um grande dia nacional de lutas em 13 e 14 de abril.

 

  • Pelo fim da intervenção federal e da militarização no Rio de Janeiro!
  • Todo repúdio às calúnias que setores da direita vêm fazendo nas redes sociais contra Marielle e sua luta!
  • Investigação rápida e prisão de todos os envolvidos na execução de Marielle e Anderson!
  • Em defesa da desmilitarização da Polícia Militar!
  • Pelo direito à autodefesa dos trabalhadores!

 

Secretaria Nacional Executiva da CSP-Conlutas

5 de abril de 2018

 

 

MEC apresenta BNCC do ensino médio

imp-ult-349398692O Ministério da Educação (MEC) enviou ao Conselho Nacional de Educação (CNE), na terça-feira (3), uma proposta de Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio. A proposta é uma regulamentação de modificações expressas na Reforma do Ensino Médio, Lei 13415/17. A medida foi a última de Mendonça Filho (DEM) como ministro da educação. Nesta quinta (5) ele deixou a pasta para concorrer nas eleições de outubro. Em seu lugar assume o até então secretário de ensino básico do MEC, Rossieli Soares da Silva.

O texto entregue pelo MEC organiza a BNCC do ensino médio por áreas do conhecimento: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias. Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do ensino médio.

Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas-aula. As 1,2 mil horas restantes devem ser dedicadas ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante. Esses itinerários, ou percursos, serão desenvolvidos pelos estados e pelas escolas, e o MEC vai disponibilizar nos próximos meses um guia de orientação para apoiar a elaboração dos mesmos.

As escolas poderão oferecer itinerários formativos em cada uma das áreas do conhecimento ou combinando diferentes áreas. Outra opção é a oferta de itinerários formativos focados em algum aspecto específico de uma área. Os alunos poderão também optar por uma formação técnico-profissionalizante, que poderá ser cursada dentro da carga horária regular do ensino médio.

Avaliação

Olgaíses Maués, 3ª vice-presidente do ANDES-SN e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do Sindicato Nacional, critica a proposta de BNCC enviada pelo MEC ao CNE. Para a docente, as mudanças curriculares servirão para diminuir a qualidade do ensino, precarizar o trabalho docente e afastar ainda mais os estudantes de escolas públicas dos de escolas privadas.

“A base traz as aprendizagens essenciais que todo aluno deve ter. O que são? Quem definiu? Isso é algo que criticamos: mentes iluminadas dizendo que se deve aprender isso ou aquilo. Isso dependa da concepção de educação. Nós defendemos uma educação emancipadora, que atenda às necessidades da sociedade”, comenta.

“A BNCC traz de volta uma questão que parecia superada, que são as habilidades e competências. É a ideia de que são saberes que devem ser mobilizados para aplicar na prática da educação. Uma análise crítica dá conta de que as competências eliminam o saber, substituindo-o apenas pelo saber fazer, sem uma base teórico-científica que é necessária”, completa Olgaíses.

A diretora do ANDES-SN também crítica a ausência de disciplinas como história e geografia na BNCC. “Só há previsão de disciplinas de português e de matemática, só isso está claro. Se história, geografia, etc., fossem importantes, estariam na BNCC. É uma proposta de preparação unicamente para o mercado de trabalho, e não para o mundo do trabalho”, afirma.

Sobre os percursos formativos, Olgaíses ressalta que a realidade das escolas públicas brasileira contrasta com a proposta do MEC. “Sabemos das limitações desses percursos formativos que dão conta de 40% da carga horária. O estudante não terá possibilidade de escolha desses percursos nas escolas públicas. Já tivemos experiências de reformas educacionais que provaram isso. As escolas ofertavam os cursos que exigiam menos investimentos. Isso só vai prejudicar os estudantes mais pobres. A Reforma possibilita, ainda, a parceira do Estado com o setor privado para realizar essa formação”, diz.

A coordenadora do GTPE lembra, ainda, que a ausência de temas como gênero e orientação sexual provém de recuos da presidente Dilma durante a formulação do Plano Nacional de Educação. “A BNCC e a Reforma fazem parte de um projeto geral de educação. Não podemos nos esquecer que o PNE foi aprovado por Dilma e que, por exemplo, ela cedeu à pressão da bancada evangélica para retirar do plano os debates sobre gênero e orientação sexual”, ressalta.

“O CNE vai avaliar rapidamente a BNCC e isso elimina o debate com a sociedade. Vão realizar apenas audiências públicas regionais, sem dar direito à voz a todos os presentes. E o governo Temer mudou a composição do CNE, priorizando a participação de setores empresariais, que têm interesses na precarização e na privatização da educação pública”, conclui Olgaíses Maués.

Leia também

Temer quer até 40% do ensino médio à distância

Confira aqui a Cartilha do ANDES-SN sobre a Reforma do Ensino Médio

Nota da diretoria do ANDES-SN sobre o Programa da Residência Pedagógica

Com informações e imagem de EBC.

 

Fonte: ANDES-SN

Governo do Estado admite cotas no Planserv

Foto: Redes Sociais

 

Em uma atividade ocorrida na terça-feira (27), no Teatro da Uneb, a coordenadora geral do Planserv, Cristina Teixeira Cardoso, admitiu a política de tetos orçamentários do governo #RuiCorta para a assistência à saúde dos servidores públicos. Para justificar a medida, a representante do plano tentou explicar que foi feito um teto contratual a partir de uma média histórica dos atendimentos.
“No ano passado fizemos algumas medidas de gestão chamando a rede de 1.400 prestadores credenciados na Bahia toda e dissemos: agora vamos ver qual é a média histórica e essa média será um teto contratual”, afirmou a gestora. Na ocasião, a própria Cristina admitiu que essa foi uma medida muito dura. A representante do Planserv não especificou os números nem como se chegou à referida média histórica.
Além de reconhecer o estabelecimento das cotas, Cristina também falou sobre a contratação de uma empresa privada na gestão do plano. Veja o vídeo completo com as declarações na íntegra.

Críticas e insatisfação
O Fórum das ADs considerou absurdo o estabelecimento das cotas e a defesa explícita da terceirização dos serviços de administração do plano. Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, repudiou a atitude do governo.
“Ainda que seja utilizado o nome indireto de ‘teto orçamentário’, o fato é que trata-se de uma implementação de cotas. A própria coordenadora do Planserv admitiu que a demanda cresceu, que esse crescimento é natural e, logo em seguida, afirmou que, para conter essa demanda, impôs restrições. Ou seja, para impedir as pessoas de utilizarem o plano, o governo implementou cotas ou o tal teto orçamentário. Isso é um absurdo e mostra o desrespeito do governo Rui Costa com a saúde dos funcionários públicos que utilizam o Planserv. As pessoas pagam por um serviço, mas são impedidas de usá-lo. O que é feito com estes recursos?”, demarcou Barroso.

Leia mais sobre os questionamentos das representações docentes no espaço.
Desde 2015, ainda sob as primeiras alterações, as Associações Docentes denunciam o sucateamento do Planserv. Em setembro do ano passado, o Fórum das ADs teve uma reunião específica com Cristina Cardoso e o Superintende de Recursos Humanos, Adriano Tambone, para questionar as alterações do plano. Na oportunidade as representações docentes apontaram o descredenciamento de hospitais e as sucessivas limitações no atendimento, na realização de exames e acesso às consultas. Leia mais

Saiba mais sobre os reflexos das cotas e restrições do Planserv nas cidades do interior da Bahia

Fonte: Fórum das ADs