Professores não paralisarão nesta quarta-feira (24)
Realizada num contexto de grande instabilidade política, a Assembleia de docentes da UESC fez um importante debate sobre a conjuntura nacional e sua relação com a universidade e a política do governo Rui Costa. A plenária ocorreu na última sexta-feira (19), e aprovou o apoio às mobilizações contra as Reformas da Previdência e Trabalhista e contra o governo golpista de Temer. Entre as ações foi aprovada a participação da ADUSC na feijoada promovida pelo Comitê em Defesa da Educação Pública, de Itabuna, para organizar a caravana junto à CSP-Conlutas rumo à mobilização nacional #OcupaBrasília. Uma atividade local também está prevista para esta quarta-feira (24) em conjunto com os servidores técnicos, que paralisarão as atividades na data.
Em defesa das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) e dos direitos docentes, foi aprovada a paralisação indicada pelo Fórum das Associações de Docentes (ADs), para o dia 30 de Maio. A data será marcada por atos de denúncia à intransigência do governo baiano, após inúmeras tentativas de diálogo por parte da comunidade acadêmica.
Tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem para educação
A situação é crítica e o desrespeito só se aprofunda. Já são 1042 processos travados para promoção, progressão e mudança de regime de trabalho nas quatro UEBAs. A situação foi tema de reunião dos assessores jurídicos das ADs, nesta segunda-feira (22), no intuito de fortalecer também a luta jurídica.
A recomposição salarial também faz parte da luta. Sem reajuste linear nos anos de 2015, 2016 e 2017, as perdas salariais já acumulam mais de 20%. Enquanto isso, mais de 1,3 bilhões do orçamento do estado foi utilizado para pagamento de juros, encargos e amortizações da dívida pública, de acordo com site Transparência Bahia, só em 2016.
Estes e outros dados estarão presentes na Campanha de Mídia do Fórum das ADs. A campanha já está no ar e deve ser impulsionada pelo Movimento Docente, através dos canais de comunicação da ADUSC e das Redes Sociais do Fórum (Acesse aqui).
Em defesa dos povos tradicionais e da democracia
Uma moção de repúdio ao relatório da CPI da FUNAI e do INCRA, também foi aprovada pela Assembleia. A moção questiona o caráter racista e antidemocrático do relatório. Leia a moção completa AQUI.