A assembleia da Associação de docentes da UESC (ADUSC) discutirá a adesão ao movimento nacional de greve nas universidades nesta quinta-feira (25), a partir das 8:30 horas no Centro de Estudos Universitários (CEU). O movimento paredista deve fortalecer a luta para barrar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 55 e a Medida Provisória (MP) 746. Esta é uma indicação da reunião realizada, em Brasília, nos dia 19 e 20 de novembro, entre as representações docentes das Instituições Municipais, Estaduais e Federais de Ensino Superior (IMES/IEES/IFES) filiadas ao ANDES-SN. Até a data, 25 seções sindicais havia aprovado a greve e mais de 15 aprovaram a indicação ao movimento paredista.
A iniciativa de uma greve unificada entre os setores da educação superior, representados pelo ANDES-SN, não acontece desde a reforma da previdência, em 2003. O movimento se soma à luta crescente no setor da educação, amplamente visibilizada a partir das ocupações de escolas, institutos federais e universidades. Acompanhando a iniciativa dos estudantes, professores e servidores técnicos de diversas instituições de ensino básico, técnico e superior também já deflagraram greve. Nesse sentido, além do grande desafio de enfrentar o desmonte do Estado, o movimento paredista pretende conscientizar a sociedade de que esta é uma luta de toda a população.
Na reunião realizada em Brasília, os docentes também indicaram que o movimento paredista seja construído na perspectiva de ocupações dos espaços públicos. Oficinas, aulas públicas, debates e demais ações nas ruas e praças, em amplo diálogo com estudantes, servidores técnicos, movimentos sociais como um todo, devem fazer parte das atividades de greve.
“Além de continuar pautando junto às centrais sindicais e os movimentos sociais a necessidade de construção da greve geral para barrar a PEC 55/2016 e as reformas da previdência e trabalhista, os docentes apontaram uma série de ações em relação à PEC, como fazer um levantamento dos estudos já realizados pelas IES sobre os impactos da PEC 55 nas Universidades e instar as reitorias que não realizaram tal estudo, que o façam com a maior brevidade, democratizando o debate sobre os orçamentos locais; ampliar a pressão sobre os senadores e senadoras nos estados e no Senado federal, para votarem contra a PEC 55, por meio do envio de e-mails, publicações nas redes sociais e atividades no Congresso Nacional com visitas em conjunto com as demais entidades que estão mobilizadas; panfletagem junto aos senadores no Senado Federal na segunda-feira (28), entre outras. Além disso, irão intensificar a divulgação das ações de combate à criminalização dos movimentos de resistência”, informa matéria no site do ANDES-SN. Confira aqui o relatório da reunião.
*Com informação do ANDES-SN
Fonte: ADUSC