O Dia Nacional de Lutas, Protestos e Greves contra as reformas do governo Temer – marcado para o dia 14/9 por iniciativa dos sindicatos de metalúrgicos do país – começa a ganhar a adesão de outras categorias. Nesta terça-feira (22), uma reunião em São Bernardo do Campo (SP) reuniu, além de metalúrgicos, metroviários, petroleiros, trabalhadores da construção civil, têxteis e da alimentação.
Os sindicatos presentes aprovaram a adesão ao calendário proposto pelos metalúrgicos, que inclui além do dia 14/9, uma plenária nacional dos trabalhadores do setor da indústria no dia 29/9. O dia 14 será um dia nacional de mobilizações, com protestos, greves e atos, contra as reformas do governo, seja a Reforma Trabalhista e a lei da terceirização, já sancionadas por Temer, como a Reforma da Previdência, que pode ser encaminhada para votação no próximo período.
Categorias como os metroviários, petroleiros e servidores federais já aprovaram o apoio a esta campanha e também planejam realizar mobilizações no dia 14. Os servidores públicos federais das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do Andes-SN, por exemplo, já aprovaram um dia de paralisação nesta data.
“É preciso barrar na prática os ataques dos patrões e do governo e Congresso corruptos. Os empresários vão querer impor a redução de direitos e os ataques, principalmente durante as campanhas salariais deste ano, e nós vamos mostrar que não vamos aceitar”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio de Barros, o Macapá.
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Unidade de ação para barrar ataques aos direitos
O “Movimento Brasil Metalúrgico” é uma iniciativa dos principais sindicatos metalúrgicos, que são ligados à CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, Intersindical, CTB e UGT, que definiram uma unidade de ação a partir das campanhas salariais deste ano para impedir a redução de direitos.
Ao todo, são cerca de 2 milhões de metalúrgicos mobilizados em todo o país, incluindo trabalhadores de bases como São José dos Campos, São Paulo, ABC, Guarulhos, Santo André, Santos, Sorocaba, Jaguariúna, Osasco, Campinas, Limeira, São João Del Rei, Itajubá/Paraisópolis, Carlos Barbosa, Itatiba e Betim.
“Temos, neste segundo semestre, várias categorias importantes em campanha salarial ou, por exemplo, os servidores federais que estão sob forte ataque do governo Temer. Queremos expandir essa unidade e mobilização”, explica o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha.
“O dia 14 pode e deve se transformar numa luta de toda a classe trabalhadora que está vendo seus direitos e condições de vida sob ataque dos governos e dos patrões. Com unidade e mobilização podemos impedir a implementação da Reforma Trabalhista, a lei da terceirização e também barrar a Reforma da Previdência”, avaliou. “Defendemos, inclusive, que segue sendo fundamental construir uma nova Greve Geral para derrotar as reformas e botar para fora esse governo e Congresso de corruptos”, disse Mancha.
Calendário de mobilização
Na próxima semana, os metalúrgicos já darão início a um “esquenta” em preparação ao dia 14.
De 28 a 31 de agosto haverá agitação nas fábricas e distribuição do jornal unificado “Brasil Metalúrgico”, que convoca o Dia Nacional de Lutas, Protestos e Greves. Além de mobilização nas fábricas, os metalúrgicos já decidiram que também haverá um ato conjunto em frente à Anfavea (associação patronal metalúrgica) no dia 14.
No dia 29 de setembro será realizada a Plenária Nacional dos Metalúrgicos e demais categorias do setor da indústria para discutir os próximos passos da luta.
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Fonte: CSP-Conlutas