A realização de assembleias de base para pautar o indicativo de greve dos servidores públicos baianos, deliberada em plenária no dia 30 junho, não foi respeitada pela direção da FETRAB. A notícia foi recebida com preocupação pelo Fórum das ADs durante nova plenária realizada no dia 21 de julho, para avaliar as atividades do dia de paralisação (20). Para os representantes docentes, o momento exige disposição política para enfrentar tamanhos ataques impostos aos trabalhadores e ao serviço público. Nese sentido, o Fórum das ADs considerou a postura das direções sindicais, ligadas à FETRAB, irresponsável, e reafirmou a disposição para a construção da unidade.
Dia de paralisação e luta do serviço público baiano rumo a greve geral
No dia 20 de julho, diversas mobilizações dos servidores públicos baianos tomaram as ruas da capital, marcando o dia estadual de paralisação. Docentes, servidores técnicos (as) e estudantes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBAs) fizeram panfletagem em frente ao Shopping da Bahia e caminhada na Av. Paralela. Já os professores da educação básica realizaram protesto na Secretaria de Educação e outras categorias do funcionalismo prestaram serviços à população na Praça da Piedade. As ações foram consideradas vitoriosas, na medida em que fortaleceu a denúncia dos ataques e forçou o governo a abrir diálogo com as categorias.
De acordo com a diretora da Fetrab, Marinalva Sousa, o governo respondeu a mobilização dos servidores convocando uma reunião de emergência ainda no dia 20. Os representantes do executivo assumiram o compromisso de destravar a carreira, de impedir que os salários fiquem abaixo do mínimo e de se esforçar para recompor as perdas inflacionárias. Entretanto, o reajuste linear foi condicionado ao resultado das contas do estado do 2º quadrimestre, numa clara tentativa de desmobilizar a construção da greve geral. Cabe também lembrar, que direitos como promoções e progressões e a retirada ilegal das insalubridades são exemplares quanto ao tratamento do governo com a carreira do funcionalismo baiano.
Greve Geral
Diante da postura do governo, e da iminência de votação do PLP 257, nos dias 2 e 3 de agosto, foi colocada em discussão a importância da construção da greve geral e o balanço das assembleias a respeito da proposta de indicativo de greve. Além das Associações Docentes, apenas o Sintest Uefs e o Sintest Uneb pautaram e aprovaram o indicativo. Outros dois sindicatos, entre os demais presentes na reunião, também pautaram a questão em assembleia. Para o Fórum das ADs, os sindicatos filiados à FETRAB não demonstraram vontade política nem compromisso com a vida dos servidores públicos que representa.
A ADUSC acredita que a unidade dos trabalhadores é fundamental para lutar contra a negativa do governo do estado em proceder ao reajuste linear dos servidores. É também urgente barrar a aprovação de projetos como o PLP 257 e a PEC 241, em tramitação no Congresso Nacional. Nesse sentido, o sindicato continuará empenhado na busca de unidade e firme na defesa dos direitos e da classe trabalhadora. No dia 9 de agosto haverá reunião com o secretário de educação e o Fórum das associações docentes, para tratar da pauta de reivindicações protocolada em dezembro de 2015.
*Com informações e fotos da ADUSB