Audiência pública encaminha comissão para discutir ajustes no serviço de transporte interno da UESC

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Foto: Ascom ADUSC

Cerca de 50 pessoas participaram da audiência pública realizada nesta quarta-feira (27) pela ADUSC e a AFUSC, para discutir as alterações no serviço de transporte interno junto a reitoria. As categorias lamentaram a postura da administração universitária que reduziu a frota, alterou os itinerários e suspendeu trajetos, sem o diálogo prévio com os usuários. As falas denunciaram os impactos nas condições de trabalho, nas atividades acadêmicas e administrativas, na saúde e segurança de docentes e funcionários. Ao final, foi encaminhada a criação de uma comissão com representantes dos servidores docentes, técnicos e também da gestão da UESC, para discutir ajustes no serviço.

Durante a audiência, a reitoria e a equipe técnica da Pró Reitoria de Administração (PROAD), apresentou os dados quantitativos de usuários e de recursos direcionados ao serviço, antes e após as alterações. Foi constatado que, apesar do decreto nº16.417/15 prevê uma redução inicial de 15% do serviço, o impacto final na UESC foi de cerca de 32%. Segundo a PROAD, o percentual foi o menor possível, frente as alterações impostas pela Comissão de Otimização de Recursos da Procuradoria Jurídica do estado.

Coordenador do Fórum das ADs, Luiz Blume e Vice-Presidente da AFUSC Rafael Bertoldo, respectivamente. foto: Ascom ADUSC
Coordenador do Fórum das ADs, Luiz Blume e Vice-Presidente da AFUSC Rafael Bertoldo, respectivamente. foto: Ascom ADUSC

Para os presentes na audiência a sensação era de que a reitoria priorizou o cumprimento dos desmandos impostos pelo governo Rui Costa, à qualidade de vida dos trabalhadores da UESC. “Estamos frente a um ataque direto à autonomia universitária”, afirmou o professor Luiz Blume, I Secretário da ADUSC. Para o docente, a falta de diálogo prévio da reitoria impossibilitou uma mobilização mais imediata das categorias. Já o vice-presidente da AFUSC, Rafael Bertoldo, alertou para a necessidade de ampliação do debate orçamentário com a comunidade acadêmica.  Ele também afirmou que o período “é de injustiças legalizadas”, apontando a necessidade de reação firme e unificada entre servidores docentes e técnicos.

Para garantir a redução dos impactos impostos pelas alterações no serviços de transporte foi encaminhada a criação de uma comissão paritária com dois representantes docentes, dois técnicos e dois representantes da gestão universitária. Os docentes prejudicados devem formalizar as denúncias tanto na secretaria da ADUSC, quanto via protocolo, para fundamentar as ações da comissão. Entretanto a diretoria destaca a necessidade de fortalecer a luta orçamentária para reverter esta realidade. A demanda também será encaminhada ao Secretário de Educação durante a reunião agendada para o dia 9 de Agosto, com o Fórum das ADs, em Salvador.

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