Homenagem póstuma a professora Marlene Dantas será hoje

Docentes, estudantes, familiares e demais amigos se reunirão na tarde desta terça-feira (25 de Março), para prestar homenagem à professora Marlene Dantas por sua importante contribuição em defesa da “Educação, Pública, Gratuita e de Qualidade”. A cerimônia sem cunho religioso acontecerá na UESC ás 15h30, no espaço conhecido como “Bosque”, e contará com o plantio de uma árvore juntamente com parte de suas cinzas.

A ADUSC  reafirma seu profundo sentimento de pesar, e reforça o convite a toda categoria que retire sua camisa na sede da associação para  participar desta importante homenagem.

Encontros de Março organizam as lutas dos trabalhadores

Começa nesta sexta-feira (21) uma série de atividades organizadas  pela CSP-Conlutas, dentre outras entidades nacionais, afim de fortalecer as lutas em curso e as que virão, além de preparar um calendário unificado de lutas em bandeiras para  período que se segue.

Para a sexta-feira estão agendadas a VIII Assembleia Nacional da ANEL e a reunião de Coordenação Nacional da Central. No sábado (22) acontece  o encontro  do “Espaço de Unidade de Ação”,  inicialmente pela CSP-Conlutas, A CUT Pode Mais-RS, a Feraesp e o setor majoritário da Condsef, mas que já somam diversas outras entidades (veja aqui a convocatória).  Finalizando as atividades, o domingo (23) será marcado pelo encontro da secretaria de negros e negras da CSP-Conlutas.

Saiba mais sobre as atividade no site da CSP-Conlutas.

 

 

19 de março: Servidores Federais realizam Dia Nacional de Mobilização

 


Por todo o país, as seções sindicais do ANDES-SN realizam rodadas de assembleias gerais para definir as atividades da próxima quarta-feira

Na próxima quarta-feira (19), os professores federais de todo o país se unem às demais categorias do funcionalismo público para marca o Dia Nacional de Mobilização, definido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF). A atividade foi incluída no calendário de mobilização do Setor das Ifes do ANDES-SN, como um dia nacional de paralisação.

Por todo o país, as seções sindicais do ANDES-SN realizam rodadas de assembleias gerais nesta semana para definir as atividades que serão realizadas na quarta-feira (19), Dia Nacional de Paralisação dos docentes das Instituições Federais, em conjunto com outras categorias dos SPF. Em Brasília, um grande ato será realizado na Esplanada dos Ministérios para marcar a data e cobrar do governo federal resposta à pauta unificada dos SPF, já protocolada em janeiro.

“Em todos os estados, os docentes estão organizando diversas atividades como debates, aulas públicas, passeatas, panfletagem para conscientizar a população sobre a pauta conjunta dos SPF e também as reivindicações específicas dos professores das Instituições Federais”, conta Paulo Rizzo, 1º secretário do ANDES-SN.

Segundo o diretor do Sindicato Nacional, em Brasília será realizado um grande ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), com concentração a partir das 9 horas. “Iremos cobrar a negociação efetiva da pauta unificada apresentada ao Governo Federal e resposta à solicitação de audiência com a ministra Miriam Belchior, pois até o momento não recebemos retorno do compromisso firmado na última reunião com representantes do Planejamento”, explica Rizzo.

No início de fevereiro, durante manifestação em frente ao Mpog, dirigentes das entidades que compõem o Fórum dos SPF foram recebidos pelo chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Planejamento, André Bucar, além do secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e sua equipe técnica.

Mendonça e Bucar se comprometeram em apresentar uma resposta oficial, até o início março, à pauta dos SPF, protocolada no dia 24 de janeiro. Os representantes do Planejamento também buscariam articular uma reunião entre as entidades nacionais dos servidores e a ministra Miriam Belchior.
O coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, destaca que entre as bandeiras de luta do funcionalismo público federal, estão a implementação de uma política salarial (que não foi implementada até hoje), com correção de perdas; defesa do serviço público e contra qualquer tipo de reforma que signifique retirada de direitos; mais verbas para a educação e a saúde; luta contra ações de governo que signifiquem privatização no setor púbico, como o Funpresp e a Ebserh.

Barela ponderou que não está descartada a possibilidade de construção de uma grande greve do funcionalismo público. “Os servidores se preparam para um processo importante de luta. Os técnicos administrativos das universidades federais já definiram greve a partir do dia 17, segunda-feira. Há um chamamento do Fórum das Entidades dos SPF para realizarmos um grande ato em Brasília no dia 19 e temos a possibilidade concreta de um processo de construção de uma greve, que pode se unificar no decorrer do mês de abril”, avalia. O dirigente pondera ainda que tal reação de resistência se faz necessária diante do descaso dos governos com as reivindicações da classe trabalhadora.

Agenda
Na tarde do dia 19, após o ato, haverá uma reunião ampliada do Fórum das Entidades para discutir os próximos passos da Campanha Salarial. Será elaborada ainda uma carta-aberta à população com intuito de dialogar sobre a falta de políticas sociais do governo para o serviço público. Desta maneira, pretende-se estreitar as demandas dos servidores públicos com as necessidades mais sentidas do povo trabalhador.

Já na sexta-feira (21), será realizada em São Paulo a reunião ampliada da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas. No dia seguinte (22), acontecerá, também na capital paulista, o Encontro do Espaço Unidade e Ação, sob o lema “Reforçar a unidade para fortalecer a luta. Basta de privilégios para a Fifa, grandes empresas e bancos. Queremos saúde, educação, transporte público, moradia e respeito aos diretos do povo”.

Diversas organizações e movimentos sindicais, populares, culturais, da juventude de luta contra as opressões devem participar do encontro, que tem como objetivo avançar na construção da unidade para fortalecer as lutas que estão em curso e as que virão, bem como para buscar a unificação dos calendários e bandeiras e realizar grandes manifestações durante o período da Copa do Mundo.

Confira os eixos da Campanha Unificada dos SPF
– Definição de data-base (1º de maio);
– Política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;
– Cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolo de intenções firmados;
– Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores;
– Retirada por PL’s, MP’s, decretos contrários aos interesses dos servidores públicos;
– Paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas;
– Reajuste dos benefícios;
– Antecipação para 2014 da parcela de reajustes de 2015.

Fonte: ANDES-SN

Retificação: homenagem póstuma à professora Marlene Dantas será na terça-feira (25)

Docentes, estudantes, familiares e demais amigos se reunirão na tarde da próxima terça-feira (25 de Março), para prestar homenagem à professora Marlene Dantas por sua importante contribuição em defesa da “Educação, Pública, Gratuita e de Qualidade”. A cerimônia sem cunho religioso acontecerá na UESC ás 15h30, no espaço conhecido como “Bosque”, e contará com o plantio de uma árvore juntamente com parte de suas cinzas.

A ADUSC reafirma seu profundo sentimento de pesar, e reforça o convite a toda categoria que participe desta importante homenagem.

A missa de sétimo dia está agendada para esta terça-feira (18), na Igreja de São Sebastião, em Ilhéus, às 18h.

Informação sobre a paralisação de 17 a 19 de março

Comunicamos que a ADUSC NÃO PARTICIPARÁ da paralisação da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) que acontecerá entre os dias 17 e 19 de Março.

O ANDES-SN, sindicato do qual somos filiados, defende o Plano Nacional de Educação (PNE) da Sociedade Brasileira, pauta diferente da revindicada pelo CNTE. A discussão do PNE será feita pelo ANDES-SN durante o Encontro Nacional de Educação, previsto para o segundo semestre de 2014.

Leia aqui artigo publicado sobre o assunto no site do Sindicato Nacional

ADUSC sediará o 47º encontro da regional Nordeste III do ANDES-SN

Apresentação1Com o tema “Universidade e Movimentos Sociais: Avaliação Docente e Avaliação Institucional; Formação Política Sindical”, o 47º Encontro da Regional Nordeste III será sediado pela ADUSC nos dias 28 e 29 de Março. O evento tem como objetivo debater e enraizar temas discutidos no seio do Andes-SN e não tem caráter deliberativo.

Confira a programação:

DIA 28 DE MARÇO DE 2014

19:00 horas

Abertura: José Valter Alves da Silva – RNEIII/ADUSC

Emerson Antônio Rocha Melo de Lucena –  ADUSC

e convidados

20:00 horas

Tema “Universidade e Movimentos Sociais

Coordenador: Marcos Antônio da Silva Pedroso – RNIII/UFS

Expositores: Profa. Marinalva Silva Oliveira – Presidente do ANDES/SN

Prof. Cézar Maranhão – UFRJ

DIA 29 DE MARÇO DE 2014

8:30 horas

Tema – Avaliação Docente e Avaliação Institucional

Coordenador: Milton Pinheiro – RNIII/UNEB

Expositora:     Profa. Rosineide Pereira Mubarack Garcia – UFRB

10:30 horas

Tema – Formação Política Sindical

Coordenadora: Gracinete Bastos de Souza – RNIII/ADUFS-BA

Expositora:       Prof. Sofia Manzano – UESB

12:30 horas

Intervalo para almoço

14:00 horas

Questões Organizativas – Informes das Ads e os encaminhamentos do 33º Congresso do Andes/SN

Coordenação – Regional Nordeste III

16:00 horas
Plenária final

 

Barbárie no sul da Bahia: Jagunços incendeiam 28 casas e espancam indígenas

Por Patrícia Bonilha,

de Brasília

 

 

 

Mais um episódio de extrema violência envolvendo a disputa de terras ocupadas pelo povo Tupinambá ocorreu na Bahia. Desta vez, a cena dos crimes foi o município de Itapebi, localizado no extremo sul do estado, há cerca de 600 km da capital Salvador. Na última sexta-feira (7 de março), por volta das 9h, dezoito jagunços – dentre eles dois ex-policiais – fortemente armados circularam a aldeia Encanto da Patioba, renderam três homens, duas mulheres e duas crianças, espancaram dois idosos e um casal, mataram animais domésticos e de criação, roubaram bens, ameaçaram estuprar uma das mulheres e incendiaram todas as 28 casas da aldeia.

 

“Foi um massacre. Queimaram tudo o que estava dentro das casas: roupa, comida, documentos, tudo. E o que não queimaram, eles roubaram: motosserra, rádio, fogão, celular, motor de farinheira (que gera energia) e um ralador. Mataram cachorro a facão. Atiraram nos perus. Acabaram com nossas galinhas, a gente tinha pra mais de 400 galinhas na comunidade toda. Destruíram nosso canavial. Cataram nossas roças, nossas abóboras. Não sobrou nada”, se indigna o cacique Astério Ferreira do Porto, de 63 anos. Mostrando as marcas da violência deixadas em seu próprio corpo, ele relata que foi jogado no chão e algemado pelos jagunços. Em seguida, apanhou muito, e de todo jeito: paulada, chute, pano de facão, “até de chapéu de couro… também xingaram muito a gente. Tudo pra gente entregar onde estavam as outras lideranças que eles estavam procurando”.

 

Ele conta que os jagunços chegaram de uma vez. A maior parte da comunidade conseguiu fugir para o mato porque foram avisados minutos antes que eles estavam “descendo pra aldeia”. “Seu” Astério, “seu” Preto, de 73 anos, Robinho, “dona” Eliete, 45 anos, e uma mulher, mãe de duas crianças (uma de cinco anos e outra de sete meses) não conseguiram correr a tempo.

 

Continuam o relato, afirmando que com armas apontadas para as suas cabeças, os jagunços portavam pistola 765, espingardas 44 e 12, rifle calibre 38, pistola 380, facão na cintura e até dois fuzis “que talvez sejam R15”. “Eram 18 jagunços e não tinha nenhum desarmado”, afirma Astério, ainda sentindo as fortes dores na perna esquerda, no dorso e na região abdominal.

 

Também com vários hematomas no corpo, principalmente nas costas e braços, Eliete de Jesus Queiroz relata que levou um tapa tão forte no ouvido esquerdo que quatro dias depois do atentado ainda sente tonturas e muita dor. “Eles chegaram a ameaçar que iam estuprar nós. Nossa sorte é que, depois que viram as crianças, eles pararam de bater em nós duas. Mas as crianças ficaram traumatizadas e logo depois o menino vomitou bastante”, relata. Seu Preto, considerado um ancião, e Robinho também foram vítimas da violência dos jagunços e pistoleiros.

 

Após usarem 25 litros de gasolina para incendiarem as 28 casas da Patioba, destruindo completamente a aldeia, os jagunços colocaram os indígenas à força dentro de seus carros e os dois ex-policiais os levaram para a delegacia de Itapebi porque – inacreditavelmente – queriam denunciá-los pelo porte de uma espingarda velha usada para caçar tatu, paca, gavião, “mas que nem prestar muito tava prestando mais, porque tava sem espoleta”, conta Astério.

 

Como o delegado não estava, foram levados para o município de Eunápolis. Mas o delegado local não quis recebê-los, pois se tratava de um fato da jurisdição de Itapebi, para onde voltaram e registraram um boletim de ocorrência, onde os indígenas aproveitaram e relataram toda a barbárie a que haviam sido submetidos. No entanto, absolutamente nada aconteceu com os jagunços. Como mencionado nesta matéria, dois deles são ex-policiais. Somente por volta das 19h, os Tupinambá foram liberados – dos jagunços e pela delegacia.

 

A Polícia Federal, de Porto Seguro, e a Fundação Nacional do Índio (Funai) foram informadas sobre as extremas violências e violações a que foram submetidos os Tupinambá, mas até o fechamento desta matéria ainda não tinham ido à aldeia da Patioba, segundo os indígenas.

 

Na segunda-feira (10), Eliete e Astério, após apresentarem denúncia no Ministério Público Federal (MPF), fizeram exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. Na terça, após atendimento médico em hospitais, fizeram a denúncia ao Ministério da Justiça e na manhã desta quarta-feira (12) denunciam a barbárie a que foram submetidos ao Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot. À tarde fazem o mesmo na Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

 

Não se trata de uma mera coincidência

 

Cabe aqui ressaltar que a reunião na PGR havia sido agendada antes deste atentado ter acontecido na aldeia Patioba. Solicitada por organizações indígenas e indigenistas, a proposta é justamente denunciar a crescente violência contra os povos indígenas em várias regiões do Brasil e associá-la a políticos da bancada ruralista que vêm incitando esta violência. Em fevereiro, estas organizações entraram com uma representação na PGR contra os deputados federais Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Alceu Moreira (PMDB-RS) por terem feito afirmações, gravadas em vídeo e veiculadas amplamente nas redes sociais, carregadas de preconceitos e incentivos à violência como solução para os conflitos agrários com os indígenas.

 

Inimigos mais que conhecidos

 

“O que a gente percebe é que falta vontade mesmo do governo e da polícia de fazer justiça. Aqui, não precisa investigar nada. A gente sabe quem foi que fez isso com o nosso povo. Eles não se escondem. O próprio José Gastão falou pra gente a lista das pessoas que eles querem matar”, afirma José Moreira Campos, o Juquira, uma das lideranças indígenas ameaçadas de morte, que não estava na Patioba quando os jagunços chegaram.

 

De acordo com os depoimentos feitos pelos Tupinambá ao MPF e na PGR, os dois ex-policiais, que também são fazendeiros, Gilmar (cujo verdadeiro nome seria Teodomiro) e José Maciel estavam entre os jagunços e, inclusive, foram os que os levaram para as delegacias. Outros responsáveis pela barbárie apontados pelos indígenas aos órgãos federais são o fazendeiro Peba, Juarez da Silva Oliveira, ex vereador e candidato derrotado do PP à prefeitura de Itapebi na última eleição, e o gerente da fazenda Lombardia, José Gastão. Após a invasão e destruição da aldeia, de acordo com os Tupinambá, a grande maioria dos jagunços se encaminhou para a fazenda Condomínio. “Nós vimos eles entrando na fazenda”, afirma Astério.

 

Além de Juquira e Astério, outros cinco Tupinambá da aldeia Patioba estão ameaçados de morte: o cacique Roberto, o vice cacique Carlos, o ex cacique Jovenal, a liderança Adauto e Jefinho, filho de uma liderança. Juquira conta que eles precisam se retirar da aldeia de tempos em tempos e vivem sempre preocupados com a possibilidade de que as promessas de morte sejam cumpridas. “Eles querem nos matar porque sabem que a gente não vai sair da terra que é nossa. Meu bisavô morreu aqui, meu avô morreu aqui, meu tio morreu aqui. Os parentes da Eliete morreram aqui. Só que a gente não tinha documento da terra. Índio não tinha mesmo documento da terra, mas nós não vamos negociar a nossa terra”, garante Astério.

 

A disputa pela terra

 

Segundo Astério, Juquira e Eliete, o governo federal e a Funai têm uma grande responsabilidade sobre as violências e violações contra os Tupinambá porque não fazem nada em relação à área reivindicada pelo povo como tradicional. “A Funai foi lá em 2005, 2006. Mas é só promessa. Daí, os fazendeiros vão se apossando de terra que é terra indígena e do Estado, vão nos ameaçando e nos matando. O ancião Salomão foi assassinado na Aldeia Patioba há cinco anos, e isso fez com que muitos de nós ficassem com medo e desistissem da terra”, rememora Astério.

 

Os três moravam desde 2002 na aldeia Vereme, mas tiveram que deixar a área por conta de uma reintegração de posse realizada em 2012. “Chegaram a usar até os sem terra contra a gente. Mas depois o fazendeiro da São Brás, mesmo dono da fazenda Lombardia, entrou com liminar contra eles também”, conta Juquira.

 

Após as 35 famílias saírem escoltadas da área pela Polícia Militar e pela Funai, parte da aldeia se dispersou. Apenas alguns foram para a aldeia Patioba, localizada há seis km de distância. A família de Astério e mais duas ficaram por seis meses dentro da sede da Funai e, posteriormente, foram encaminhadas pela própria Funai também para Patioba.

 

De acordo com Astério, o dono das fazendas São Brás e Lombardia se considera dono da área de três alqueires que os Tupinambá ocupam – tanto na extinta aldeia Vereme como na recém destruída Encanto da Patioba, que contava com 31 famílias. “Esta terra está, inclusive, penhorada há mais de 30 anos. Acho que pelo Banco do Brasil”, afirma o cacique.

 

Método antigo: a violência

 

O aumento da violência contra os povos indígenas na Bahia é evidente e remete aos tempos da ditadura e ao auge do coronelismo no estado, ocorrido nas décadas de 1970 e 1980.

 

Segundo os Tupinambá de Olivença, que moram na região de Buerarema e Ilhéus, desde o início deste ano, vários indígenas foram mortos. Três jovens morreram depois da implantação de uma base do Exército dentro da área já identificada como território tradicionalmente indígena em fevereiro. “Nós não queremos o Exército em nossa terra. Eles nos tratam como bandidos. O que precisa ser feito é a demarcação de nossa terra para que possamos viver em paz”, afirmou ontem a cacique Valdelice, da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, em reunião no Ministério da Justiça.

 

Na área da aldeia Patioba, o mais recente ataque havia ocorrido apenas há cerca de 15 dias, quando o carro de um dos indígenas deixado no porto em Itapebi foi incendiado.

 

Sem casa, suas roças e animais, móveis, roupas, comida e, muitos sem documento, desde o dia 7 de março, os parentes de “Seu” Astério, “dona” Eliete e Juquira dispersaram-se em Eunápolis. “Somos indígenas, mas agora estamos como indigentes”, concluiu com tristeza o cacique.

 

Apesar de viverem no estado onde os colonizadores portugueses chegaram há 514 anos e terem seu histórico, modo de vida e incontáveis processos de resistência registrados em extensa bibliografia, o povo Tupinambá não tem ainda terras homologadas na Bahia. “Até quando será assim?”, parecia a pergunta nos olhos pequenos e sofridos de “seu” Astério.

 

Áudio

Potyrõ 859: Tensão é permanente em terra indígena invadida no Maranhão; Oiapoque: terra homologada é terra pacífica e produtiva

 

Potyrõ 859: Tensão é permanente em terra indígena invadida no Maranhão; Oiapoque: terra homologada é terra pacífica e produtiva

Fonte: CIMI – Conselho Indigestista Missionário

ADUSC lamenta o falecimento da professora Marlene Dantas

A notícia do falecimento da professora Marlene Dantas foi recebida com muita tristeza pela diretoria da ADUSC, nesta manhã. Homenageada no ultimo dia 8 de março como exemplo de “Mulher de Luta” (veja aqui), tanto em defesa da categoria docente, como também da educação pública em seus diversos âmbitos e demais lutas sociais, Marlene teve participação ativa na criação e construção ADUSC. Ela era docente do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET) da UESC.

Falecida esta manhã em São Paulo, seu corpo será cremado na capital paulistana. O desejo da professora Marlene era que suas cinzas fossem lançadas na UESC, reafirmando sua relação com a permacultura e com a Universidade Pública.


Leia abaixo a nota de pesar da Diretoria da ADUSC:


NOTA DE PESAR

É com grande tristeza que comunicamos o falecimento da companheira Marlene Dantas, ocorrido na manhã de hoje.

Marlene participou ativamente da construção do Movimento Docente, em especial na UESC, onde ocupou o cargo de tesouraria na primeira gestão da ADUSC, em 1994, e posteriormente em 2007 e 2011.

Sua presença foi marcante em todas as lutas dos trabalhadores, às quais imprimiu uma marca indelével de compromisso radical com a democracia e por isso será sempre lembrada. Na luta contra a doença, foi exemplo para colegas e amigos, pois sua alegria e serenidade permaneceram até o ultimo momento.

A Diretoria da ADUSC expressa o seu profundo sentimento de pesar aos familiares, amigos e companheiros de luta. Luz eternamente!

Ilhéus, 12 de março de 2014

Diretoria da ADUSC

Adélia apresenta proposta de ampliação ao subsídio no Restaurante Universitário

Os estudantes e a administração da UESC deram início, na tarde desta segunda-feira (10),  às negociações sobre os serviços prestados no Restaurante Universitário (RU). Na oportunidade a reitora Adélia Pinheiro ofereceu aos estudantes um acréscimo de apenas 50 refeições subsidiadas, aos ínfimos 450 já existentes. A comissão estudantil criticou a proposta, lembrando que o baixo número de refeições subsidiadas obrigam muitos estudantes a saírem da aula mais cedo para garantir a ficha de subsídio e que apenas 50 pratos não resolveria o problema. Uma nova reunião ficou agendada para a próxima segunda-feira (17).

Os estudantes reivindicam o funcionamento do RU nos três turnos, a redução do valor sem subsídio, que atualmente custa R$ 7,00, e a ampliação do subsídio para 20% dos estudantes matriculados, equivalente ao da UEFS, cujo corpo estudantil se aproxima ao da UESC.  Segundo eles, Adélia informou que com o orçamento destinado pelo governo Wagner para a UESC, era praticamente impossível atingir este patamar. A reitora destacou ainda, a falta de repasse da verba referente à adesão da UESC ao SISU por arte do governo Dilma, informando que estaria em Brasília nesta quarta-feira (12), para reforçar a cobrança.

Davidson Brito - Ato no dia 25 de Fevereiro
Davidson Brito – Ato no dia 25 de Fevereiro

Para Davidson Brito, Coordenador Estadual da ANEL e membro do Coletivo Retomada, que também compõe a comissão, a reunião foi positiva e demonstrou importância de mobilizações como realizada pelos estudantes no dia 25 de Fevereiro, ultimo. “Além de garantirmos a abertura das negociações com a reitoria, a professora Adélia trouxe uma proposta, ainda que ruim, mas concreta! Geralmente ela só enrola!”, afirmou Davidson.

Ao final da reunião, ficou encaminhada a reativação da comissão universitária, composta por representantes estudantis, dos servidores técnicos e dos docentes, para avaliar os serviços prestados pelo RU, além da data para a próxima reunião. Agora a comissão de estudantes aguarda a convocação de Assembleia Estudantil por parte do DCE para definir de forma democrática quais encaminhamentos devem apresentar na próxima rodada de negociação, a ser realizada na próxima segunda-feira (17).

Na imprensa: Docentes cobram publicamente o pagamento do Reajuste Linear

Diante do silêncio do Governo Wagner sobre o pagamento da reposição inflacionária, o Movimento Docente das Universidades Estaduais da Baianas (UEBA) publicaram neste domingo (9), no Jornal A Tarde, uma nota pública. Em nota reafirmam o desrespeito do governo a um direito constitucional e cobram seu posicionamento. Leia nota completa aqui.