As histórias que remetem a origem do “Dia Internacional da Mulher” são diversas. Datadas no fim do século XIX e início do século XX, todas elas são marcadas pela luta das mulheres trabalhadoras pelo fim das desigualdades socioeconômicas e políticas, do trabalho infantil e por igualdade de direito entre os gêneros.
Foram estas lutas que garantiram as mulheres o acesso ao mercado de trabalho, o direito a votarem e serem votadas. Através de mobilizações e greves essas mulheres conquistaram direitos históricos para a classe trabalhadora, como creches públicas, restaurantes populares e até lavanderias públicas em alguns países.
Mas ainda há conquistas a serem alcançadas. No Brasil, muitas mulheres continuam recebendo menos que os homens para exercer as mesmas funções no trabalho. As tarefas domésticas continuam majoritariamente sobre sua exclusiva responsabilidade, impondo-lhes mais uma jornada de trabalho. Como se não bastasse, a mídia burguesa reafirma cotidianamente a figura da mulher como objeto sexual e responsabiliza-a pela violência sofrida.
Estamos na 7ª posição entre os países no ranking de feminicídio. A cada 2 minutos 5 mulheres são espancadas. Em 2012, 50 mil estupros foram registrados. Enquanto isso, em 10 anos foram investidos pelo governo Dilma apenas R$0,26 centavos por cada mulher brasileira, para combater a violência. O mesmo governo que já investiu mais de 30 bilhões de reais na Copa da FIFA.
Por isso, o 8 de Março deve ser lembrado como uma data para mobilizações, a fim de garantir cada vez mais conquistas de direitos, discutir as violências morais, físicas e sexuais que ainda acontecem, e impedir o retrocesso das conquistas já alcançadas.
MARLENE PRESENTE!
Pra nós da ADUSC, esta também é uma data para lembrarmos as companheiras de luta que acompanham a história de nossa sessão sindical. Neste dia, escolhemos a professora Marlene Dantas, por sua valorosa trajetória, contribuição e compromisso com a luta do Movimento Docente e pelas transformações sociais.
Marlene é professora do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET) da UESC e participou da fundação da ADUSC, ocupando o cargo de tesoureira na primeira gestão, em 1994. A função foi novamente exercida em 2007 e posteriormente em 2011, gestão da qual se afastou no início de 2013, por motivos de doença.
A companheira é por nós lembrada, por sua liderança corajosa, postura solidária, e pela forma carinhosa e humana como sempre agiu e apregoou. Por isso, permanecemos em oração por sua saúde e sua família, e desejamos a ela e a todas as companheiras de luta da ADUSC, um Feliz Dia Internacional da Mulher. LUZ!