Diretoria dos Correios da Bahia pune a ecetista Keila Fernanda

A ecetista Keila Fernanda – diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba), ativista do Movimento Mulheres em Luta (MML/CSP Conlutas) e militante do PSTU – recebeu, no último dia 04, uma punição de 15 dias de suspensão de suas atividades laborais.

 

Keila Fernanda é perseguida pela direção dos Correios na Bahia por suas lutas em defesa de melhores condições de trabalho, direitos de saúde, segurança e o combate à gestão baseada no assédio para intimidar os/as trabalhador (as).

 

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A punição à keila Fernanda é parte da escalada de assédio moral na EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, que também tem vitimado milhares de outros trabalhadores e trabalhadoras em todas as diretorias regionais com transferências arbitrárias, advertências verbais e escritas, suspensões e demissões por “justa causa”.

 

Desde 2013, com sucessivos processos administrativos e penalidades desproporcionais, além da transferência arbitrária de setor, o assédio contra Keila Fernanda tem, cada vez mais, se escancarado.

 

No Rio de Janeiro, um parecer conclusivo de um processo administrativo (com diversos vícios processuais) recomenda a DISPENSA POR JUSTA CAUSA do ecetista e cipeiro Heitor Fernades, também ativista da CSP Conlutas e militante do PSTU. Assim como o processo administrativo de Heitor Fernandes, o de Keila Fernanda trata-se de um instrumento de perseguição política.

 

Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios estão realizando suas atividades profissionais sob péssimas condições de trabalho e sem condições humanas de seguir prestando um serviço de qualidade à população brasileira. É crescente a brutal sobrecarga de trabalho, causando sérios danos à saúde física e mental, além da falta de segurança que sempre resultam em acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e em condutas de assédio moral praticadas pelos gestores em nível nacional.

 

A atuação das representantes sindicais como a Keila Fernanda e de membros da CIPA como Heitor Fernandes tem sido fundamental na identificação, na ampla denúncia e na cobrança de soluções destes e de outros problemas. Infelizmente, como respostas não são encontradas as soluções cobradas. Ao contrário, na maioria das vezes, as respostas dos gestores tem sido o descaso, a arrogância, a truculência e ações de criminalização das atividades sindicais e das CIPAS, com aplicação crescente de Processos Administrativos Disciplinares e punições.

 

É preciso organizar uma campanha nacional contra as perseguições políticas na EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. Cobrir de solidariedade as trabalhadoras e trabalhadores perseguidos. Exigir da empresa o cancelamento dos processos administrativos e o fim do assédio moral que também tem vitimado milhares de outros trabalhadores e trabalhadoras em todas as diretorias regionais com transferências arbitrárias, advertências verbais e escritas, suspensões e demissões por “justa causa”.

 

  • TODO APOIO E SOLIDARIEDADE À KEILA FERNANDA E HEITOR FERNANDES!
  • CANCELAMENTO IMEDIATO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DAS PUNIÇÕES!
  • BASTA DE ASSÉDIO MORAL NA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS!

Ministério Público tenta proibir cartazes com ‘Fora Temer’ no Colégio Pedro II

O Ministério Público Federal encaminhou notificação à administração do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ), recomendando à Reitoria e às direções de dois campi – Humaitá e Realengo II – que retirem as faixas e cartazes do sindicato dos servidores afixadas nas dependências do CPII. O ofício diz que a “liberdade sindical não significa conferir um escudo para a salvaguarda da prática de atos ilícitos”, numa referência à afixação de cartazes e faixas com os dizeres ‘Fora Temer’.

A tentativa do MPF de proibir quaisquer manifestações favoráveis à campanha “Fora Temer” no Colégio Pedro II foi repudiada em reunião do Fórum das Entidades da instituição, atividade aberta à participação de técnico-administrativos, professores, estudantes e responsáveis. A investida do Ministério Público foi considerada autoritária e comparada ao período da ditadura empresarial-militar. A reunião ocorreu na noite dessa terça-feira (4), no campus Tijuca II.

O documento do MPF recomenda ainda ao reitor e aos diretores-gerais de Realengo II e Humaitá que: 1) adotem as devidas providências para a retirada imediata dos cartazes com a inscrição ‘Fora Temer’; 2) proíbam a colocação futura de cartazes, banners ou panfletos com o conteúdo político-partidário nas dependências do Colégio Pedro II; 3) apurem no âmbito administrativo a responsabilidade funcional dos agentes públicos que ordenaram e colocaram os referidos cartazes, bem como daqueles que permitiram tais atos; 4) informem ao Ministério Público Federal a comprovação das medidas adotadas no prazo de 72 horas, a contar do recebimento desta.”

O MPF ameaça os administradores públicos, todos eleitos para os cargos que ocupam, com ação de “improbidade administrativa” e crime de “prevaricação” caso não cumpram a ‘recomendação’.
Os participantes do fórum associaram termos usados pelo Ministério Público Federal no ofício enviado à administração do Colégio Pedro II a materiais do projeto ‘Escola Sem Partido’, que prega o fim da liberdade e do pensamento crítico nas escolas. Para técnico-administrativos e docentes, é nítida a semelhança no trecho em que justifica a medida dizendo que “a doutrinação política e ideológica de alunos atenta contra a integridade intelectual de crianças e adolescentes”.

*Com edição e imagem do ANDES-SN

 

Fonte: Sindscope

Fórum das ADs veicula vídeos para explicar os ataques do governo Rui Costa

1556-3Está circulando nas redes sociais uma série de vídeos produzidos pelo Fórum das ADs sobre temas como orçamento, direitos trabalhistas e permanência estudantil. Os VTs explicam como a política adotada pelo governo estadual para às Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) destrói direitos e ameaça o patrimônio do povo baiano.

Para barrar estes ataques, o Fórum das ADs está reunido nesta segunda-feira (10), na UESC, e uma reunião do Fórum das Doze, que reúne representantes docentes, de servidores técnicos e DCEs, acontecerá na próxima quinta-feira (13).

Acesse os vídeos, compartilhe e faça parte desta luta!

O governo da Bahia não respeita os direitos trabalhistas 

O governo da Bahia não garante a permanência dos estudantes 

#ABahiaResiste!

ITABUNA: Movimento pelo Fora Temer promove reunião no sábado (8)

O Movimento pelo Fora Temer em Itabuna realizará mais uma reunião organizativa neste sábado, 8 de outubro. A reunião acontecerá às 14 horas,  na praça Olinto Leone. Na ultima quarta-feira (5) o movimento promoveu um ato de rua que caminhou desde a praça Camacã, pela cinquentenário, com intervenções artísticas, palavras de ordem e panfletagem. A manifestação teve como tema central a defesa da “Escola Sem Mordaça” e o combate ao “Desmonte do Estado Brasileiro”, representado pela PEC241. A ADUSC esteve presente na atividade que fez parte de mais um dia nacional de mobilizações, paralisações e lutas rumo à Greve Geral. Confira abaixo a convocatória oficial do movimento e acesse aqui as fotos do protesto.

14484694_363110434020874_5628980651736161341_nConfira Continuamos nas ruas, a cada dia fazendo atos mais animados, criativos e corajosos. A luta não pára, e pra cada ataque do golpista precisaremos ter uma reação à altura. Por isso, o caminho é mais organização e coragem.
Neste sábado faremos uma nova reunião para planejar nossos próximos atos e atividades e para aprender uns com os outros. Todos interessados em contribuir estão convidados. A luta segue firme e amanhã vai ser maior!
REUNIÃO DO MOVIMENTO SUL DA BAHIA PELO FORA TEMER
DIA 08/10 (SÁBADO) – PRAÇA OLINTO LEONE (Praça do Bar da Tia e do BB).
Traga a sua energia!

Docentes dos cursos de direito das Universidades Estaduais da Bahia divulgam moção de repúdio contra o Golpe

MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOLPE DE 2016
As professoras e os professores abaixo signatários, dos cursos de Direito das Universidades Estaduais da Bahia, diante do desrespeito à vontade popular e à Constituição Federal, vêm, por meio desta Moção, manifestar sua indignação em relação ao processo de golpe de Estado perpetrado no país e sua preocupação na defesa da democracia.
Em 31 de agosto de 2016, o Senado Federal afastou, em definitivo, a presidenta Dilma Rousseff, finalizando o processo de impeachment iniciado na Câmara dos Deputados. Em 17 de abril, o plenário da Câmara havia decidido pela sua admissibilidade em votação aberta que registrou uma simbólica demonstração de descompostura política de parlamentares e que envergonhou a sociedade brasileira. O processo seguiu ao Senado para a análise do mérito. Desta vez, sob as vestes de suposta sobriedade, a maioria dos Senadores definiu, antes em comissão e depois no plenário, pelo deferimento do pedido de impeachment.
Antes da votação na Câmara, o STF foi provocado a se manifestar e se limitou a firmar orientações sobre o rito processual. Houve uma maioria de parlamentares contrários ao governo federal e um processo de impeachment com o rito revisado pelo Supremo Tribunal Federal.
Se tudo se limitasse ao mero formalismo, haveria de ser um processo que, embora extraordinário pelo seu objetivo – o afastamento de uma chefe de Estado –, retrataria o exercício das regras constitucionais.
No entanto, nem os Deputados, nem os Senadores e nem os Ministros do Supremo Tribunal Federal se dignaram a examinar, nas oportunidades que tiveram, o mérito do pedido de impeachment, com o rigor dos critérios jurídicos e constitucionais. Em meio à ausência do fundamento necessário para legitimar o impeachment, a sociedade brasileira viu o resultado da sua opção política expressa em 2014 se transformar em objeto de um processo judicial impregnado de vícios jurídico constitucionais, em sua dimensão material e alcance políticos. E a democracia ser derrubada pela violência da falsidade.
O pedido de impeachment pautava-se em suposto crime de responsabilidade da presidenta da República, o qual não foi configurado nos debates e na instrução processual. Em termos de movimentações orçamentárias, o que antes era corriqueiro, inclusive aos olhos do TCU, passou a ser “crime”. Um crime inexistente e encomendado.
Em paralelo, a propaganda midiática tratou de criar um cenário propício de apoio ao golpe em curso: através de jargões publicitários, foram impostas diuturnamente reportagens que “informavam” sobre o que seria a maior corrupção da história, com uma narrativa que transformava a grande empresa estatal brasileira em uma reunião de corruptos, quase que exclusivos do governo da presidenta Dilma Rousseff. A seletividade na operação Lava-Jato, direcionada a envolver alguns políticos e a não envolver outros, desvelou o papel político, em sua pior acepção, de setores do Ministério Público Federal, que encontrara apoio em membros do Judiciário. Essa ambientação articulada pela mídia e a atuação seletiva de setores do MPF e do Judiciário, posicionou o impeachment como um “remédio” contra a corrupção, ao invés de relacionado a eventuais crimes de responsabilidade, conforme o feitio esperado, em flagrante atentado à Constituição.
O que menos se levou em conta no processo foram os elementos jurídicos básicos. Condutas antes não criminosas passaram a ser ilícitas apenas em um momento específico e apropriado para enquadrar a presidenta Dilma Rousseff. Parte da mídia se dedicou a criar cenários com a finalidade de angariar apoios ao processo que já se descaracterizara como impeachment e se revelava como um golpe parlamentar.
Mesmo sendo previsto como um processo jurídico, os julgadores não se dedicaram a fazer justiça. Sem a preocupação de comprovar o necessário crime de responsabilidade, o parlamento decidiu por prosseguir o processo sem cuidados também em sua instrução. O suposto crime de responsabilidade, questão que seria rigorosamente a mais séria e juridicamente a que permitiria a legitimidade do afastamento, restou inteiramente prejudicada pela ausência do suporte jurídico. 
A transmissão pública das sessões na Câmara e no Senado revelou ao mundo que Dilma Rousseff não foi julgada por prática de crime de responsabilidade, pois ele não existiu, mas por motivações políticas, singela e cinicamente apelidadas de “conjunto da obra”. Em síntese, a presidenta escolhida pela maioria dos eleitores brasileiros em 2014 foi afastada definitivamente do cargo por parlamentares que discordaram do seu governo. Sem crime de responsabilidade, o impeachment se revelou como golpe. 
Logo após o afastamento em definitivo da presidenta Dilma Rousseff, parlamentares chegaram a afirmar a não ocorrência do crime, e que o impeachment se justificava por outros e variados motivos, como a inflação e a situação econômica. Sintomaticamente, o discurso sobre a corrupção no país também foi reduzido, como se o problema tivesse sido resolvido com a saída da presidenta. A imprensa internacional reconheceu o golpe e informou ao mundo, e ao Brasil, o que a mídia nacional não fez: uma presidenta que não cometeu crime foi derrubada por parlamentares reconhecidamente corruptos. 
A ilegitimidade do atual governo, beneficiário do golpe, se estampou com a defesa de um programa político afrontoso à Constituição e absolutamente distante daquele escolhido pelo povo brasileiro em 2014. Os efeitos e as reais justificativas do golpe foram sentidos de imediato por meio de cortes orçamentários em políticas públicas dirigidas às classes trabalhadoras, de ataques ao SUS, redução de verbas para a educação, para a qual se propõe uma tecnicização alienante, ameaças aos direitos sociais, à Justiça do Trabalho, o rebaixamento do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, o descompromisso com os povos tradicionais. A indicação de ministros que não refletem a diversidade étnica, cultural, de gênero e de orientação sexual da população deste país não deixa dúvida de quem são as maiores vítimas do golpe. Neste momento, o Estado brasileiro experimenta um controle excessivo por parte de um minúsculo e suspeito grupo de políticos, que adota como padrão a anulação da política, por meio da repressão às manifestações da sociedade e do estrangulamento de medidas de valorização à democracia, como a Comissão da Anistia. 
Diante disso, o silêncio não cabe a nós, Professoras e Professores de Direito.
Cabe-nos a denúncia, o esclarecimento, o esforço em defesa da Constituição, do Estado Democrático de Direito e a luta pela cidadania.
Assinam esta Moção as professoras e os professores abaixo relacionados:
Adriana Nogueira
Adriana Wyzykowski
Ainah Angelini
Ana Beatriz Pereira
Ana Lívia Braga
André Portela
Ariadne Muricy Barreto 
Augusto Sérgio de São Bernardo
Bernardo Lima
Bruno Heim
Byron de Castro
Carlos Eduardo Soares de Freitas
Carlos Pereira Neto Siuffo
Carlos Públio
Cláudio Carvalho
Cléber Lázaro Julião Costa
Cloves dos Santos Araújo
Daniella Magalhães
Emmanuel Oguri Freitas
Fábio Gabriel Breitenbach
Fátima Noleto
Felipe Estrela
Flávia Almeida Pita
Frederico Costa
Gabriela Barretto de Sá
Gabriella Barbosa Santos
Gesner Ferraz
Gilzely Bárbara Barreto Santana
Isan Almeida Lima
Jailson Braga
Jalusa Arruda
José Araújo Avelino
José Ivaldo
José Cláudio Rocha
Kadja Parente
Laurício Pedrosa
Leonardo Fiusa
Luana Rosário
Luciano Bomfim
Luciano Tourinho
Marcelo Politano de Freitas
Márcia Margarida Martins
Márcia Misi
Maria Helena
Maria Paula Ávila
Maria Soledade Soares Cruzes
Mariana Veras
Marília Lomanto Veloso
Maurício Azevedo de Araújo
Ney Menezes
Paulo Cezar Borges Martins
Paulo Rosa Torres
Pedro Camilo de Figueiredo Neto
Pedro Diamantino
Riccardo Cappi
Stella Rodrigues dos Santos
Thaíze Carvalho 
Uirá Azevedo
Urbano Félix Pugliese do Bomfim
Wagner Oliveira Rodrigues

 

Governo acelera ataques e Fórum dos SPF convoca servidores a ampliar mobilização

Passada a primeira fase do processo eleitoral municipal, o governo federal, com grande apoio no Congresso Nacional, aumentou a pressão sobre a Casa para que seja aprovada uma série de projetos que atacam os direitos sociais e os serviços públicos, com objetivo de aumentar o superávit primário e o repasse de recursos públicos ao setor privado.

A Proposta de Emenda à Constituição 241/2016 voltou à pauta, com tramitação acelerada, e já teve o parecer substitutivo aprovado na Comissão Mista do Congresso no final da tarde dessa quinta (6), por 23 votos a 7.

Também já estão em discussão na Casa as reformas política e da previdência, o Projeto de Lei da Câmara PLC 54/2016 (antigo PLP 257/2016), junto com o PL 4567/16, que trata do fim da participação obrigatória da Petrobras no Pré-Sal, votado na noite dessa quarta-feira (5). Além disso, aMedida Provisória 746/2016, da contrarreforma do ensino médio e os projetos de lei, que visam introduzir o programa “Escola sem Partido” na Lei de Diretrizes e Base da Educação, ganham força entre os parlamentares.

Para responder a essa intensificação dos ataques e barrar a crescente retirada de direitos, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) convoca todos os servidores federais e demais trabalhadores dos setores público e privado a ampliar a mobilização e pressão sobre os parlamentares. Reunidos em Brasília (DF), nessa quarta (5), representantes de diversas entidades que compõem o Fonasefeapontaram um calendário de lutas já para a próxima semana e sinalizaram a primeira quinzena de novembro, com referência no dia 9, para a realização de uma greve geral no país. Veja a agenda completa ao final da matéria.

Marcelo Vallina, 1º vice-presidente da regional Norte 1 do ANDES-SN, ressalta que a mobilização nesse momento é absolutamente fundamental para barrar o objetivo do governo de aprovar esses projetos no Congresso. Desde terça-feira (4), representantes de diversas entidades sindicais e de movimentos sociais, entre esses o ANDES-SN, estão no Congresso Nacional pressionando os parlamentares sobre os riscos contidos nas medidas e projetos que o governo federal aponta como soluções para a crise financeira no país. Nesta quinta (6), estiveram mais uma vez na Câmara dos Deputados para acompanhar a votação da PEC 241/2016, na Comissão Mista do Congresso.

O diretor do ANDES-SN ressalta que as ações encaminhadas por Temer estão na agenda do neoliberalismo, mas não se mostraram eficazes em nenhum outro país. “Estamos indo aos gabinetes e abordando os deputados e senadores, destacando os riscos desses projetos, que muitos desconhecem. Sem contar que não há nenhum exemplo positivo de país que adotou medidas de ajuste fiscal como as que vêm sendo propostas e que foram bem sucedidas. Temos a Argentina, a Grécia, Portugal, Espanha em que se atacaram os serviços públicos e os direitos dos trabalhadores, e os resultados foram desastrosos”, explicou.

De acordo com Vallina, o presidente Michel Temer convocou os deputados para uma grande reunião na Granja do Torto no próximo domingo (9), com o objetivo de convencê-los da importância da aprovação da PEC 241/16. Na terça (4), a realização de uma audiência pública na Câmara, que debateria a PEC 241 foi inviabilizada, uma vez que vários dos convidados a falar eram representantes do Executivo e nenhum compareceu. A ação foi considerada por muitos como uma tentativa do governo de acelerar o processo de votação da proposta.

Nesse sentido, o diretor do ANDES-SN conta que o Sindicato Nacional convocou a Comissão Nacional de Mobilização para vir a Brasília integrar as ações da próxima semana e a diretoria nacional também solicitou, através de circular, que “todas as seções sindicais do ANDES-SN intensifiquem os esforços para enviar representantes para essas atividades. Em particular, solicitamos às seções sindicais que mandarem representantes para as reuniões dos setores das IFES e IEES-IMES e para o GTPAUA, marcadas para os dias 8 e 9 de outubro, que dilatem o prazo de estadia de seus representantes até o dia 11 de outubro”. Valina lembrou que, durante as reuniões dos setores, os docentes discutirão também estratégias de mobilização frente a essa conjuntura. “Esse cenário mostra a necessidade urgente de intensificarmos a nossa luta e a pressão junto aos parlamentares”, reforça.

PEC 241/16

A PEC 241/16, que prevê o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, está em discussão na Comissão Mista do Congresso. O parecer do relator deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS) foi apresentado na terça-feira (4), como substitutivo à PEC, trazendo poucas algumas alterações no projeto original, mas mantendo a essência de redução dos gastos com áreas sociais para atingir o superávit primário.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PMDB/RJ), já manifestou a intenção de votar a PEC 241 no plenário da Câmara na segunda-feira (10), o que pressionou para que o parecer fosse aprovado no final da tarde dessa quinta (6).  A PEC 241 deverá ser votada pelo Plenário em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma das votações.

Depois de aprovada na Câmara, a PEC segue para o Senado, onde é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo Plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos.

Se o Senado aprovar o texto como o recebeu da Câmara, a emenda é promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. Se o texto for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma Casa para outra (o chamado pingue-pongue) até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas Casas.
No Senado, a PEC 241 será tema de debate na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na próxima terça-feira (11), às 10h.

Pré-sal

Na noite de quarta-feira (5), o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do Projeto de Lei (PL) 4567/16, que retira a obrigatoriedade de atuação da Petrobras de ser a operadora única de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção em áreas do pré-sal, abrindo caminho para maior privatização e, também, para a exploração estrangeira do petróleo brasileiro. Ainda serão analisados destaques ao texto, o que deve ocorrer na semana que vem.

A sessão foi bastante tumultuada, com a presença de vários representantes dos petroleiros realizando manifestação contrária à aprovação do PL. Deputados também contrários ao projeto defendem que a flexibilização da regra abrirá caminho para a futura privatização da Petrobras e a perda de arrecadação da União. O texto já foi aprovado no Senado Federal. Depois de concluída a votação na Câmara, deverá seguir para sanção presidencial.

Escola sem Partido
Além da movimentação no Congresso Nacional pela aprovação da Medida Provisória 746/2016, que promove a contrarreforma do Ensino Médio, foi criada nesta quarta (5) uma comissão temporária que irá analisar os projetos de lei que compõem o “Pacote Escola Sem Partido”. Desde o início do ano as bancadas parlamentares vinham indicando membros para compor a comissão, que iniciou ontem suas atividades. A instauração da comissão foi comemorada por integrantes dos movimentos Revoltados On-line e “Escola Sem Partido”, como mais um passo no sentido de aprovar os projetos que visam cercear a liberdade de pensamento e expressão nas instituições de ensino do país.

Reação
O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, do qual o ANDES-SN faz parte, bem como várias centrais sindicais estão organizando uma grande mobilização em Brasília na próxima semana para barrar a aprovação da PEC 241/16 e demais projetos que atacam os serviços sociais e os direitos dos trabalhadores. Leia aqui o relatório da reunião.

Confira a agenda de lutas aprovada:
10/10 – às 10h, na sede do ANDES-SN: reunião do Fonasefe, entidades de servidores estaduais e municipais, movimentos sociais e centrais.
10 a 12/10 – mobilização nos aeroportos(estados) e no Congresso nacional contra a aprovação da PEC 241.
25/10 – Dia Nacional em Defesa do Serviço Público com mobilização/paralisação nos estados para construir a greve geral.
Greve Geral – Indicar a primeira quinzena de novembro, com data de referência no dia 09/11.

*Com informação da Agência Câmara

 

Fonte: ANDES-SN

Estudantes ocupam colégios e instituições contra Reforma do Ensino Médio 

Nos últimos dias, estudantes têm realizado protestos e ocupações em diversas escolas e instituições federais de ensino (IFE) do país contra a reforma do Ensino Médio. Enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional no dia 23 de setembro, por meio de uma Medida Provisória (MP) 746/16, a proposta não foi dialogada com os estudantes, professores, especialistas da área e sociedade.

A MP, na prática, instaura a contrarreforma do Ensino Médio e compromete todo o sistema educacional brasileiro. Entre as mudanças estão: a não obrigatoriedade do ensino de algumas disciplinas; uma carga horária mínima anual do ensino médio, que deverá ser progressivamente ampliada para 1.400 horas; deixar a cargo do estudante a escolha das disciplinas a cursar; e, ainda, que profissionais sem licenciatura ou formação específica sejam contratados para ministrar aulas.

Em resposta a posição antidemocrática do governo, dezenas de protestos, paralisações, aulas públicas e ocupações estão sendo realizadas. Nesta quarta-feira (5), diversas entidades que integram a Frente Nacional “Escola sem Mordaça” realizam um dia de mobilização nos estados, para ampliar a luta contra os projetos de lei municipais, estaduais e federais que visam limitar a liberdade de pensamento e expressão nas escolas, com base no programa Escola Sem Partido.

Mobilizações
No mesmo dia em que o governo enviou a MP ao Congresso Nacional, estudantes de São Paulo ocuparam a primeira escola contra a Reforma do Ensino Médio. Localizada no Taboão da Serra, a E.E. Domingos Mignoni abriu o caminho para mais uma jornada de mobilização estudantil. No dia 28 de setembro, dezenas de estudantes ocuparam o campus central do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em Natal, e também o de Mossoró em protesto contra a reforma no ensino médio, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, a “Escola sem Partido” e a reforma no Ensino Técnico Federal. Desde então, os estudantes vêm realizando debates sobre a atual conjuntura política e econômica do país, e sobre as consequências que esses projetos representarão, caso sejam aprovados.“É importante sabermos que em um mundo onde a educação é vista como mercadoria, a nossa luta por ela é diária. E todas as conquistas que temos hoje foram frutos do suor de muitos que, assim como nós, experimentaram na pele seu poder transformador”, diz a nota divulgada nas redes sociais do grêmio estudantil do campus central do IFRN.

No dia 29 de setembro, estudantes participaram em peso do Dia Nacional de Luta, Mobilização e Paralisação pelo Fora Temer, contra a PEC 241/2016, contra o PLP 257/2016 (atual PLC 54/16), contra as reformas da Previdência e Trabalhista e em defesa da Escola Sem Mordaça. Centenas de estudantes do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) protestaram contra a PEC 241 e a MP da reforma o ensino médio. A manifestação aconteceu nas cidades de Guajará-Mirim e Vilhena e reuniu cerca de 550 alunos. Ainda no mesmo dia, estudantes e servidores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) do campus Umuarama reuniram-se, em uma aula pública e realizaram ato na rua em defesa da educação.

Em Goiás, estudantes do campus Águas Lindas de Goiás do Instituto Federal de Goiás (IFG) ocupam a instituição desde a manhã de segunda-feira (3). Eles reivindicam melhorias no campus, após possíveis cortes anunciados, e são contra a PEC 241, que congela investimentos nos serviços públicos essenciais, como educação e saúde, e à reforma do Ensino Médio.  Estudantes secundaristas do estado de Goiás vem protestando desde o final de 2015 contra a entrega da gestão das escolas públicas para a iniciativa privada, através das Organizações Sociais.

No Distrito Federal, estudantes ocupam o Centro de Ensino Médio 414, localizado em Samambaia, desde a noite de segunda-feira (3). No dia seguinte, pela manhã, houve uma recepção aos estudantes colégio, com a realização de uma roda de debate sobre a MP de reforma do ensino médio. “Somos a favor de um ensino integral, é necessário, é importante. Mas é importante também que a gente tenha uma estrutura específica para isso. Senão, vai ser você só enfiar aluno dentro da escola, sem objetivo algum”, disse Isabella Tavares, presidente da União dos Estudantes Secundaristas do DF. Na última sexta (30), alunos dos ensinos médio e técnico do Instituto Federal de Brasília (IFB) fizeram um protesto na cidade de Samambaia contra o projeto de emenda constitucional que limita gastos públicos pelos próximos 20 anos em diversos setores, inclusive a educação.

No Paraná, dezenas de alunos ocuparam na terça-feira (4) as dependências do Colégio Estadual Arnaldo Jansen, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, contra a reforma do Ensino Médio. Nesta quarta-feira (5), estudantes do Instituto de Educação do Paraná ocupam as ruas do Centro Cívico, em Curitiba, contra MP do retrocede o Ensino Médio nas escolas públicas no Dia de Luta Pela Escola Sem Mordaça e Contra o desmonte do Estado.

Audiência pública
A primeira audiência pública realizada pela Comissão de Educação (CE) na Câmara dos Deputados, para debater sobre a contrarreforma do Ensino Médio ocorreu, na terça-feira (4), sob vaias e protestos de professores, estudantes e trabalhadores e especialistas ligados à educação.

“É mentira”, “Professores não foram ouvidos”, “Não há nenhum professor ou estudante na mesa” foram algumas das intervenções que os presentes fizeram quando representantes do Ministério da Educação e os secretários estaduais de educação defendiam o conteúdo da MP e a urgência da reforma para reverter à crise do atual modelo. Na avaliação da secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães a questão vem sendo discutida há anos.

Entidades civis e sindicatos da área pediram a rejeição da MP tanto pela falta de discussão quanto pelo conteúdo. Desde que chegou ao Congresso, a MP já recebeu 568 emendas de deputados e senadores. A medida trancará a pauta de votação da Câmara a partir de 7 de novembro.

*Com informações da Revista Fórum e agências – Imagens: Facebook Rede de Grêmios IFRN e Mobiliza IFG

 

Fonte: ANDES-SN

Especial Escola Sem Partido: CSP-Conlutas lança material sobre os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo país e o que significam para a Educação

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“Escola Sem Partido” é uma política de perfil conservador contrário ao processo de ensino e aprendizagem que estimule o pensamento crítico. O movimento é liderado pelo advogado Miguel Nagib. Os defensores da Escola Sem Partido buscam legislar sobre o que é ou não permitido ao professor debater dentro de sala de aula sob o argumento que é necessário “reagir ao fenômeno da instrumentalização do ensino para fins político-ideológicos, partidários e eleitorais”.

Vivemos num país onde grande parte das escolas não possuem sequer merenda ou material didático, sem mencionar uma lista sem fim de outros problemas como estruturas precárias. Neste cenário, querem que estudantes e trabalhadores em educação fiquem calados: uma verdadeira Lei da Mordaça.

A onda de luta dos estudantes secundaristas é prova da força dos movimentos em defesa da educação. Não é à toa que querem desmobilizar e criminalizar quem participa de manifestações, atos públicos e passeatas. A “Escola sem Partido” busca evitar qualquer questionamento contra os grupos políticos tradicionais e impedir a denúncia sobre o ajuste fiscal que retirou bilhões de escolas e universidades.

 

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A CSP-Conlutas formou junto com outras entidades a Frente “Escola Sem Mordaça” para barrar essa ofensiva. O Fórum pretende somar na defesa da Educação Pública e barrar o arsenal de projetos que estão em tramitação com esse conteúdo.

Os projetos em questão dizem defender a “neutralidade do ensino” por meio da proibição da “doutrinação ideológica” nas escolas. Mas as entidades e trabalhadores em educação alertam o que por trás dessa suposta neutralidade: cerceamento da atividade pedagógica e criminalização dos movimentos sociais. Há relatos de várias partes do país que mostram como a lógica ditatorial dos projetos começou a ser aplicada através de perseguições e punições.

As entidades que lançam a Frente divulgaram um manifesto no qual explicam algumas das razões do movimento. “Defender a escola sem partido é defender a escola com apenas um partido. Partido daqueles que são contra uma educação laica e contra o debate sobre gênero, fortalecendo assim a cultura do estupro e a LGBTTIfobia presente em nosso país. Defendemos a escola crítica sim, a educação libertadora, a pluralidade de ideias e a liberdade de expressão e pensamento. Historicamente, as classes dominantes do Brasil em seus sucessivos governos e em todas as esferas têm sucateado e precarizado a educação. Sequer a escola pública de qualidade em suas acepções fundamentalmente liberais é garantida à população, principalmente aos seus segmentos mais pauperizados”, diz trecho do documento.

 

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A CSP-Conlutas defende, em primeiro lugar, investimento na Educação. Não é possível discutir democracia com as escolas caindo aos pedaços. Para começar, é necessário 10% do Produto Interno Bruto (PIB) destinados à Educação imediatamente.

Reafirmamos nossas bandeiras históricas: a mais ampla democracia nas escolas em sintonia com as comunidades; a defesa dos concursos públicos; que os professores e funcionários tenham estabilidade, direitos e salários dignos; ensino plural, livre, de qualidade e nenhuma punição contra quem pensa diferente e critica a realidade em que vivemos. NÃO CALAREMOS!

O que é o Projeto Escola Sem Partido?
No Congresso Nacional, segundo a Frente Nacional contra o Projeto Escola Sem Partido, havia quatro projetos diretamente ligados à proposta na Câmara, e todos foram vinculados ao PL 7180/14. São eles o PL 867/15, o PL 7181/14, o PL 1859/15 e o PL 5487/16. Há, ainda, o PLS 193/16 tramitando no Senado, e o PL 1411/15 e o PL 4486/16, que a Frente considera relacionados ao tema, e tramitam na Câmara.
Quase todos os projetos reproduzem o texto do programa Escola Sem Partido, idealizado pelo advogado Miguel Nagib.

Clique AQUI e conheça os projetos

O que defende o Movimento Escola Sem Partido?

Miguel Nagib afirma que deve ser proibida a liberdade de expressão dos professores em sala, pois o fato de o aluno ser presença cativa, obrigatória, em sala de aula, a liberdade de expressão do professor prejudica a liberdade de conhecimento do aluno. Os alunos são tidos como a parte mais frágil da relação ensino e aprendizagem, e que, por isso, é necessário barrar o “abuso ideológico” que ocorre nas escolas.

A afixação deste cartaz, que seria obrigatório, resume a ideologia do Movimento:

 

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Não calaremos. CSP-Conlutas em defesa da “Escola Sem Mordaça”

O II ENE (Encontro Nacional de Educação), realizado em Brasília entre os dias 16 e 18 de junho de 2016, apresentou propostas de ação e caminhos para a unidade de todas e todos que atuam na defesa da educação pública e na defesa dos direitos da classe trabalhadora.

O II ENE impulsionou a necessidade da construção de um amplo e unitário movimento que organizasse a mobilização para resistir contra os ataques e enfrentar o desmonte da educação pública. A partir deste Encontro conformou-se a Frente “Escola Sem Mordaça”, a qual a CSP-Conlutas é uma das integrantes.

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Clique AQUI e confira as Resoluções do II Encontro Nacional da Educação e o Manifesto da Frente “Escola Sem Mordaça”

 

Precisamos desmistificar o “apartidarismo”

Sob o discurso do “apartidarismo”, estão os interesses dos mesmos grupos de sempre.

A juventude, os movimentos de periferia, ativistas no combate às opressões e trabalhadores muitas vezes manifestam uma forte desconfiança com os partidos políticos, que faz com que propostas ditas como “apartidárias” tenham espaço. Esse é um sentimento muito honesto, resultado inclusive da desilusão com o PT que aplicou o ajuste fiscal abertamente contra os jovens, trabalhadores e os setores oprimidos foram, sem dúvida, os mais afetados.

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A luta dos secundaristas nas ocupações, por exemplo, foi construída por baixo, pela base, através de assembleias e não nas cúpulas das entidades estudantis ou de qualquer organização partidária. Porém, se a política da “Escola Sem Partido” já tivesse prevalecido, essas mesmas ocupações que uniram estudantes, trabalhadores em educação e famílias não seriam possíveis.

Ao impor uma lógica “antipartidária” estão na verdade atacando partidos e movimentos de esquerda para que a escola reproduza uma ideologia única, de direita, daqueles que comandam a sociedade: os empresários, os ricos e poderosos.

Criminalizar para silenciar: Uma ofensiva mundial contra a Educação

Existe uma ofensiva mundial para calar aqueles que lutam em defesa da Educação. No México, por exemplo, a chamada Reforma Educativa pretende privatizar o ensino e criminalizar aqueles que resistem. Segundo informações da Coordenação Nacional Dos Trabalhadores Da Educação daquele país, como resultado dessa luta, há 14 companheiros mortos; 3360 docentes demitidos e outros milhares a caminho desse mesmo destino; dezenas de presos políticos; inúmeros mandatos de prisão e uma perseguição midiática e policial sem precedentes.

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No Brasil, o Projeto Escola Sem Partido, está longe de se preocupar com a qualidade de ensino, mas sim, se for aprovado, servirá como um mecanismo eficaz de criminalização e perseguição de trabalhadores e estudantes. Um retrocesso comparado apenas à volta da Ditadura Militar.

Por uma escola sem machismo, racismo e LGBTTIfobia

A ofensiva conservadora do programa “Escola Sem Partido” também tenta silenciar qualquer debate que incentive o respeito às diferenças, desde o entendimento da diversidade até o combate à violência causada pela intolerância.

Identificar as opressões relacionadas a gênero e sexualidade é uma tarefa urgente em nossa sociedade. Negar esse direito significa legitimar aqueles que se beneficiam da opressão e exploração. Não há neutralidade possível.

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O machismo, o racismo e a LGBTTIfobia precisam ser combatidos para que as todos tenham direito pleno à vida. É preciso ensinar que homens e mulheres, nas suas diferentes orientações sexuais devem ser respeitados, que mulheres podem ocupar os mesmos espaços que os homens e que seus corpos não estão à disposição do estupro ou controle por parte dos homens e do Estado, além da importância de ensinar sobre a história e a cultura da população negra e sobre como enfrentar o racismo.

A CSP-Conlutas conclama que todos se engajem contra a Lei da Mordaça e em defesa do ensino livre e laico. Onde seja possível divergir para que a realidade seja transformada e o conhecimento sirva para combater a opressão e exploração.

Fontes de Pesquisa:

 

Rumo à Greve Geral: Ato público em Itabuna marcará mais um Dia Nacional de Luta, nesta quarta-feira (05)

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A próxima quarta-feira, 5 de Outubro, será marcada por mais um dia de mobilizações paralisações e lutas rumo à greve geral. Em Itabuna, o movimento pelo Fora Temer está convocando um ato de rua com concentração às 15 horas, na Praça Camacã. Lá ocorrerão rodas de conversa, intervenções artísticas e oficina de estandarte. Em seguida, uma passeata tomará a Av. Cinquentenário. Desta vez, a data terá como tema central a defesa da “Escola Sem Mordaça” e o combate e ao “Desmonte do Estado Brasileiro”, representado pela PEC241. A ADUSC convoca todos os associados a fazer parte deste importante dia de luta.

Por uma Escola Sem Mordaça

Além de denunciar os PLs do programa “Escola Sem Partido”, a Frente Nacional Escola Sem Mordaça pretende impulsionar uma campanha de e-mails à deputados e senadores pela rejeição dos projetos, neste dia nacional de luta. A Frente reúne centenas de entidades em defesa da liberdade de expressão e de opinião nos estabelecimentos de ensino. Lançada em 13 de Julho, no Rio de Janeiro, também é contra quaisquer forma de opressão, violência e censura aos profissionais da educação. (link http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8228)

PEC 241

A PEC 241/2016, de autoria do ilegítimo governo Temer, tramita em urgência no Congresso Nacional, e pretende alterar a constituição, congelando por 20 anos os gastos públicos, incluindo a saúde e a educação.

Os valores que seriam destinados aos serviços públicos fundamentais serão usados para pagar a chamada “Dívida Pública”. Para Maria Lúcia Fatorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida, a PEC 241 tem como objetivo assegurar a manutenção do sistema financeiro, retomar o crescimento econômico e assegurar a sustentabilidade da dívida. “O esquema da dívida é o mesmo no mundo todo. Se gera uma dívida de forma ilegal, aplica-se juros para fazer essa dívida crescer de forma absurda, e depois cria-se o aparato legal para justificar a retirada de direitos sociais, em nome do pagamento de juros e amortizações aos bancos”, criticou Fatorelli.

Rumo à Greve Geral

Para combater esses ataques, defender os direitos sociais e os serviços públicos e derrotar o Governo Temer, os trabalhadores e a juventude precisam se unir na construção da Greve Geral. A diretoria da ADUSC reforça o convite à categoria docente para, nesta quarta-feira, 5 de outubro, se somar ao Movimento pelo Fora Temer, em Itabuna, a partir das 15 horas, na praça Camacã.

*com informações do Andes-SN

Governo do Ceará se recusa a negociar e docentes das estaduais seguem greve

Paralisação na Uece completou cinco meses nessa segunda (3). Na UVA, os docentes inciaram a greve uma semana depois, em 10/05

imp-pop-1881088808Na última sexta-feira (30/9), as diretorias do Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece – Seção Sindical do ANDES) e do Vale do Acaraú (Sindiuva – SSind.) publicaram, uma nota pública explicando para a sociedade os motivos que levam os docentes das duas instituições estarem em greve há cinco meses. Segundo a nota, no decorrer deste tempo, o movimento grevista tomou todas as medidas possíveis “para abrir negociação franca e transparente, mas esbarrou na intransigência do governo que preferiu apostar no impasse a responder”.

O 3° Tesoureiro do ANDES-SN, Epitácio Macário, explica que a greve de 2016 se iniciou em decorrência do não cumprimento dos acordos celebrados com o governador Camilo Santana (PT), em janeiro de 2015, para por fim a outra greve na época. Somando-se a isso, outros elementos foram incorporados a luta dos docentes, como o não cumprimento da data-base e a negativa da reposição salarial no salário dos docentes. O corte em 20% nas verbas de custeio das universidades estaduais agravou a situação de precariedade nas condições de trabalho nas instituições.

O diretor do ANDES-SN pontuou que o único avanço conquistado nas últimas reuniões foi a criação de um grupo de trabalho (GT) para tratar da questão do reajuste salarial e equiparação da remuneração dos professores substitutos. No entanto, quando o GT reuniu todos os elementos, inclusive para apresentar propostas alternativas para a recomposição salarial, representantes da Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado (Seplag), da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), e da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz) não compareceram as reuniões. De acordo com Macário, a última reunião foi realizada no dia 20 de setembro. Desde então, o movimento docente tenta, sem sucesso, se reunir com o governo.

“A luta do movimento grevista é para por fim ao impasse, por uma reunião em que o governo estadual realmente discuta conosco as alternativas salariais que estamos oferecendo e o protocolo de intenções sobre as pautas não salariais. Apelamos a sociedade e para que as autoridades do Ceará solicitem uma audiência com o movimento grevista ara por fim a esse prejuízo inestimável que prejudica mais de 35 mil pessoas, entre estudantes e professores, das duas universidade estaduais (Uece e UVA) em greve”, disse.

Em circular encaminhada às seções sindicais e secretarias regionais nessa segunda (3), a diretoria do ANDES-SN solicita ampla divulgação da nota sobre a greve na Uece e na Uva e ainda que as seções sindicais de todo o país encaminhem mensagens às autoridades do estado do Ceará exigindo a abertura de negociações para resolver o impasse.

 

Veja a nota na íntegra:

POR QUE UECE E UVA CONTINUAM EM GREVE?

 CINCO MESES DE GREVE NA UECE E NA UVA

O IMPASSE É RESPONSABILIDADE DO GOVERNO

A greve na Universidade Estadual do Ceará (UECE) e na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) se aproxima dos cinco meses. O governador Camilo Santana (PT) não cumpriu com os acordos que tratavam da valorização dos profissionais das universidades e da defesa dessas instituições como um patrimônio cultural do povo cearense, assinados durante sua campanha eleitoral em 2014, e ratificados em janeiro de 2015 quando assumiu o cargo. Diante de tal postura governamental, os docentes da UECE e da UVA decidiram retomar a greve cuja pauta de reivindicações está posta desde as greves de 2013-2014, 2014-2015.

Em consonância com os ataques sistemáticos e contundentes que ocorrem em todo o país contra os direitos dos trabalhadores, contra o serviço público e contra a educação brasileira, o governo de Camilo Santana vem investindo de modo violento no desmantelamento da carreira dos docentes das universidades estaduais (UECE, UVA e URCA) duramente conquistada e garantida pela lei estadual de nº 14.116, de 26 de maio de 2008, ao não implantar em folha as promoções, progressões, incentivos profissionais, dedicação exclusiva, assinatura de estágios probatórios e afastamentos para cursar pós-graduação. Além de chegar ao cúmulo de condicionar a concessão da Gratificação de Dedicação Exclusiva (GDE) e o desembargo dos processos administrativos (ascensões, estágio probatório) à disposição financeira do Estado e ao anúncio do fim da greve.

O desagravo do governo cearense para com as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) intensificou-se ainda mais, quando o mesmo determinou um corte linear de 20% nas verbas de custeio, fato que as conduziu a uma situação vexatória para manter as atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão. Porém, como se essas medidas não fossem suficientes, o governo de Camilo Santana (PT) impulsionou uma política fiscal que golpeou não só as IEES, mas todo o serviço público estadual ao negar a reposição da inflação determinada pela lei estadual de nº 14.867 de 25 de janeiro de 2011 que tem o dia 1º de janeiro como data base. Desse modo, o governo de Camilo Santana é o principal responsável pelo retorno de mais outra greve nas IEES cearenses.

No decorrer dos cinco meses, o movimento grevista fez de tudo para abrir negociação franca e transparente, mas esbarrou na intransigência do governo que preferiu apostar no impasse: não apresenta nenhuma proposta para a reivindicação salarial (reajuste de 10,67% sobre os salários dos efetivos/aposentados e equiparação salarial dos substitutos), não assina as Ordens de Serviços para obras de infraestrutura acordadas em janeiro de 2015, não nomeia os 84 docentes aprovados em concurso público na Uece e tampouco estabelece agenda dos novos certames para docentes e técnicos conforme acordado em janeiro de 2015.

As seções sindicais não pararam um dia sequer de envidar esforços para reverter o duro golpe imposto pelo governador Camilo Santana e conquistaram, com muita luta, a criação de um grupo de trabalho (GT Salário) para tratar da pauta salarial. O GT concluiu seu trabalho no curso de três reuniões, explicitando cenários possíveis de reposição salarial para resolver o impasse. Falta agora somente que o governador apresente sua proposta, o que já poderia ter sido feito no dia 20/09 quando da última reunião do GT. Ao mesmo tempo, as seções sindicais do Andes-SN construíram uma proposta alternativa para as pautas não salariais e aguardam audiência para expô-la e obter a resposta do governo.

O movimento docente nas estaduais cearenses, organizados nas três seções sindicais do Andes-SN (Sinduece, Sindurca e Sindiuva) sempre se mostrou flexível para negociar com o governo, mas compreende que, neste momento, é o governador Camilo Santana que deve uma explicação à sociedade cearense sobre qual é de fato sua politica de valorização dos docentes das universidades, bem como, qual seu compromisso para com tão importantes patrimônios culturais como a UECE, UVA e URCA.

Em face do exposto, rogamos o apoio da sociedade, dos movimentos sindical e populares e pedimos que apelem ao governador, secretários de governo e autoridades governamentais para que abram uma negociação franca e transparente e, desta forma, se resolva o impasse instaurado. Cumpre importante papel nesse sentido, o envio de mensagens ou a abordagem direta das autoridades do Estado, bem como o compartilhamento dessa nota e de outros informativos do movimento grevista.

Fortaleza/CE, 30 de setembro de 2016.

SINDUECE, SINDIUVA, SINDURCA, ANDES-SN

ESCREVA PARA AS AUTORIDADES DO NOSSO ESTADO EXIGINDO A RESOLUÇÃO DO IMPASSE E FIM DA GREVE:

Governador do Estado do Ceará – Camilo Sobreira e Santana

e-mail: Camilo@camilogovernador.com.br

facebook: www.facebook.com/camilosantana

fones: (85) 3466-4000; (85)3466-4865; (85) 3466-4866

Vice-governadoria do Estado do Ceará – Izolda Cela

e-mail: gilvanalinhares@vicegov.ce.gov.br

Facebook: www.facebook.com/izolda.cela?fref=ts

Fone: (85)3459-6100

Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Ceará – Inácio Arruda.

Facebook: www.facebook.com/inacioarruda

Fone: (85) 3101-6400

Secretário de Planejamento e Gestão – Hugo Figueirêdo 

E-mail: Hugo.figueiredo@seplag.ce.gov.br

Fone: (85) 3101-4520

 

 

Fonte: ANDES-SN