CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia ordinária a realizar-se no dia 06.06.2018 (Quarta-feira), às 13:30h em primeira convocação e às 14:00h em segunda, no CEU, no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

1) Informes;

2) Avaliação da conjuntura e da campanha salarial;

3) Escolha de delegados (titular e suplente) para o 63º CONAD;
4) O que ocorrer.

Campus Soane Nazaré, 04 de Junho de 2018.

Cai Pedro Parente da presidência da Petrobrás. O próximo tem de ser Temer!

A greve dos caminhoneiros e a paralisação nacional dos petroleiros aprofunda a crise e desgasta ainda mais o governo Temer

 

 

Pedro Parente, presidente da Petrobras, apresentou na manhã desta sexta-feira (1°) sua carta de demissão ao presidente Michel Temer (MDB). A saída de Parente ocorre após a poderosa greve de caminhoneiros e as paralisações realizadas por petroleiros em todo o país na última quarta-feira (30).

 

Na carta apresentada informando sua demissão em caráter “irrevogável” e “irretratável”, Parente alega que a política de reajustes da Petrobras para os combustíveis foi questionada pela greve dos caminhoneiros, o que levou o governo a fazer concessões para o fim da paralisação. Prossegue afirmando que sua permanência no cargo deixou de ser “positiva”.

 

A notícia caiu como uma bomba no meio político. A saída do presidente da Petrobras foi uma das reivindicações que esteve presente em meio à greve dos caminhoneiros e, principalmente, da paralisação feita pelos petroleiros no último dia 30.

 

Na presidência da Petrobras, desde 2016, Parente estava à frente da política de venda de ativos e do avanço do processo de privatização da Petrobras, razão da atual política de reajustes dos combustíveis de acordo com as variações do mercado internacional. Tudo para favorecer os lucros dos acionistas da estatal, em sua maioria estrangeiros.

 

No último dia 29, o membro representante da Shell no Conselho Administração da Petrobras José Alberto de Paula Torres Lima também apresentou renúncia ao cargo. O conselheiro alegou razões pessoais.

 

Governo Temer está contra a parede. É hora de avançar a luta e derrotar ataques!

O conteúdo da carta revela que a política de Parente e Temer foram colocadas em xeque com as greves dos últimos dias. Depois da luta dos trabalhadores forçar Temer a fazer concessões aos caminhoneiros, agora cai Pedro Parente.

 

A greve dos caminhoneiros durou por 10 dias com muita força e parou o país, numa das maiores mobilizações da história da categoria. Já os petroleiros cruzaram os braços na quarta-feira (30) e realizaram paralisações na base de todos os sindicatos. Os protestos começaram ainda na semana passada, no dia 24, com vários cortes de rendição (suspensão da troca de turnos) em várias refinarias e unidades operacionais.

 

A mobilização previa 72 horas de greve e o governo, com a ajuda do Judiciário, fizeram de tudo para impedir a mobilização.

 

Nos dias que antecederam a greve, o Exército começou a montar acampamento dentro das refinarias numa nítida tentativa de intimidar os trabalhadores. Tropas se instalaram na REVAP (São José dos Campos/SP), REPLAN (Paulínia/ SP), REPAR (Araucária/ PR), REFAP (Canoas/RS), REDUC (Duque de Caxias/ RJ), RLAM (Mataripe/ BA).

 

No dia 29, a ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Maria de Assis Calsing declarou a greve como ilegal e abusiva, mesmo antes de começar. Arbitrariamente, a justiça a serviço dos interesses da empresa, criminalizou os sindicatos, estipulando uma multa de R$ 500 mil por dia, podendo chegar a até R$ 1,5 milhão. Com o início da greve, elevou a multa para R$ 2 milhões por dia, podendo chegar a R$ 6 milhões por dia.

 

Equivocadamente, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), filiada à CUT, que dirige 13 dos 18 sindicatos da categoria, orientou a suspensão temporária da greve. Ainda assim, em bases como a Regap, em Betim/MG, os petroleiros passaram por cima da orientação da FUP e mantiveram a paralisação. Os sindicatos da FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) no Rio de Janeiro e Sergipe mantiveram a mobilização por todo o dia de quinta-feira. Esses trabalhadores mostraram coragem e disposição em se rebelar contra a justiça burguesa e suas direções.

 

É preciso construir a Greve Geral! Fora Temer!

No momento em que o governo Temer e a Petrobras, com respaldo da justiça, ameaçam de retaliação os trabalhadores e os sindicatos, é preciso fortalecer a greve e conclamar a solidariedade de toda a classe trabalhadora e da população.

 

É preciso repudiar o uso dos militares nas refinarias da Petrobras, bem como a criminalização da greve pelo Judiciário. A greve petroleira foi suspensa temporariamente, mas a necessidade da greve geral ainda está colocada.

 

“A CSP-Conlutas reforça o chamado que fez às demais centrais sindicais: é hora de unificar as lutas e construir uma Greve Geral no país contra o aumento abusivo no preço dos combustíveis e do gás e cozinha, contra a privatização da Petrobras e para botar para fora Temer e todos os corruptos do Congresso para barrar todos os ataques à classe trabalhadora brasileira. A Petrobrás tem que ser 100% estatal e estar à serviço da maioria do povo, controlada pelos próprios trabalhadores”, afirma o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela.

Fonte: CSP-Conlutas

 

“Os trabalhadores estão em luta no país. São várias categorias se mobilizando contra os ataques dos governos e patrões. Em defesa dos seus direitos e reivindicações. Podemos e devemos unificar petroleiros, metalúrgicos, professores, servidores públicos, todos em luta, e construir uma forte Greve Geral para por pra fora Temer e todos os corruptos do Congresso que atacam nossos direitos”, concluiu.

 

Leia também: Greve nacional de petroleiros tem início com forte adesão e diz não à privatização da Petrobrás

Entrevista: Profa. Iracema Lima denuncia as contrarreformas na educação

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Foto: Ascom Fórum das ADs

Neste mês de maio o Fórum das ADs entrevistou a professora Iracema Lima sobre as contrarreformas da educação e seus impactos nas esferas estadual e nacional. A entrevista especial marca a Semana Nacional de Lutas do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Setor das Iees/Imes), organizada pelo ANDES-SN, que aconteceu entre os dias 21 a 25 de maio.
Iracema é Professora titular do Departamento de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, vice-presidente da atual gestão da Adusb (2017-2019) e também compõe o Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública, na Bahia. Abaixo reproduzimos na íntegra as respostas da docente acerca dos ataques à educação, desmonte dos serviços públicos e o III Encontro Nacional de Educação (ENE), que ocorrerá nos dias 12,13 e 14 de abril de 2019.

FAD: O governo de Michel Temer tem sido marcado pelos retrocessos e desmonte do serviço público. Como você considera que está a educação nesse cenário?
Iracema: O alinhamento do Estado brasileiro aos princípios neoliberais reforça o modelo da segregação e exclusão da grande maioria da população. No Brasil vivemos um momento de profunda instabilidade política e econômica em que direitos sociais e trabalhistas são confundidos com privilégios. No conjunto dos ataques às garantias sociais, o governo Temer, que tem a maioria no Legislativo e Judiciário nacional, não tem evitado esforços para sucatear ainda mais a educação. Este projeto de retrocesso está sendo ainda mais aprofundado com a aprovação da Lei do Teto, que congelou por 20 anos os investimentos sociais, inclusive na educação.

FAD: Quais são as principais contrarreformas da educação do último período?
Iracema: Foram aprovadas reformas que atingem todos e todas os (as) trabalhadores (as) do país, como é o caso da Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização. E faço referência a estas duas reformas porque não podemos deixar de considerar que, conjuntamente, impactarão tanto no momento da escolha quanto na permanência na carreira docente. Foi oficializada a categoria teacher bus que terá contratos de trabalho extremamente fragilizados.
Diretamente ao campo da Educação a Reforma do Ensino Médio que, na essência, pretende atender às demandas estabelecidas pela formação para o mercado de trabalho. Estabelece, ainda, que qualquer profissional do mercado poderá dar aula, independente da sua formação. Professores com vinculo horista e tantos outros. Não esquecendo que esta mesma lei possibilita que parte da carga horária do ensino médio poderá ser realizada à distância (EAD). Neste aspecto o mercado escolar, possuindo capilaridade que o mercado financeiro lhe possibilita, encontra-se em festa.
A Base Nacional Comum Curricular e a formulação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), também atacam autonomia do professor deste a etapa da concepção do planejamento à sua efetivação no interior do espaço da sala de aula. A liberdade da atuação política-pedagógica foi colada em cheque.
Há também a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na essência ela foi orquestrada por grandes corporações e está completamente comprometida, na raiz, com os princípios neoliberais. Enquanto supostamente professores e demais sujeitos da comunidade escolar debatiam o que fica ou não no currículo, o que pode ou não ser considerado conhecimento válido, os grandes conglomerados financeiros davam o tom e formato na concepção de sociedade que necessitam para referendar o projeto econômico e político em curso. Lembrando que esta Base desconsidera valores expressos na Constituição Federal de 1988 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, especialmente no campo das liberdades e garantias individuais.
Ainda tramitam os Projetos de Lei no Congresso Nacional e nos legislativos estaduais e municipais do Escola com Mordaça. Ataques a projetos que discutem a formação de professores, a exemplo do PIBID e a excrecência da Residência Pedagógica que, ao final, serve para reforçar a não realização de concursos públicos. Trata-se também de uma interferência direta na autonomia universitária na função de organizar sua estrutura curricular e o perfil do profissional a ser formado.

FAD: Qual é a sua leitura sobre essas contrarreformas frente à conjuntura? Na sua opinião, elas têm relação entre si?
Iracema: Estes projetos estão absolutamente todos interligados. O Sistema educacional funciona, ou deveria funcionar, como um organismo onde as partes compõem o todo. As Reformas então são pensadas numa perspectiva que fortalece o apassivamento da classe trabalhadora, sua alienação e seu silenciamento. A mídia opera no sentido de convencer a população que o projeto pensado e elaborado pelo governo burguês atenderá às necessidades da classe trabalhadora. Engano maior não há!

FAD: Compreendendo o papel da educação na reprodução do sistema, como anda a disputa de projetos no interior da Universidade?
Iracema: Especificamente nas Universidades Estaduais Baianas percebemos que o Governo Rui Costa tem utilizado todos os subterfúgios necessários para interferir na organização administrativa-pedagógica das estaduais baianas. Servidores estão sem o reajuste linear há três anos; existem centenas de professores nas filas de progressão e promoção da carreira, o fim da licença sabática e da licença prêmio, a operação Dedicação Exclusiva são afrontes ao Estatuto do Magistério Superior e a autonomia universitária.  O fortalecimento da política de balcão é perceptível, inclusive aos mais desatentos. Instâncias democráticas correm o risco cotidianamente de serem engessadas. A política petista reproduz, senão elabora, propostas que colocam a educação num patamar de destruição similar a qualquer governo de direita. Governo que fecha escola da educação básica não terá escrúpulos em propor o fechamento de um dos maiores patrimônio que a Bahia construiu com muita luta da sociedade civil. As universidades estaduais baianas que hoje têm mais de 60 mil trabalhadores e trabalhadores matriculados.

Foto: Ascom Fórum das ADs

FAD: Que outras considerações você entende como pertinentes a este tema da educação nesta fase do imperialismo que conta com as ideologias e a cultura para domínio da classe trabalhadora?
Iracema: Cresci ouvindo o seguinte dizer: “para doentes remédio”. Então para o avanço do conservadorismo o enfrentamento é a resistência.

FAD: Você vê uma possibilidade de avançar na luta em defesa da educação pública? De que forma?
Iracema: Sim, senão não estaria atuando à frente da Vice-Presidência da minha sessão sindical que é a ADUSB. Não estaria construindo o Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública, nem estaria participando do Grupo de Trabalho de Política Educacional GTPE do ANDES. Entendo que a classe trabalhadora organizada tem muito mais força para fazer o enfrentamento e construir novos horizontes.

FAD: Quais são os principais desafios do III Encontro Nacional da Educação no atual cenário político?
Iracema: O III ENE acontecerá na Universidade Federal Fluminense entre os dias 12,13 e 14 de abril de 2019. O Tema escolhido foi: “Por um projeto classista e democrático de educação”. Teremos três dias intensos de debates acerca da relação entre o capitalismo e educação, onde apontaremos a luta pela educação pública e experiências da Educação Popular no Brasil. O desafio maior ainda é envolver a sociedade civil que tenha como horizonte um projeto classista de educação. Um dos argumentos utilizados para o imobilismo é que a conjuntura não está favorável para a classe trabalhadora. A pergunta que persiste, no entanto, continua sendo: e quando foi? Quantas vidas de trabalhadores e trabalhadoras são ceifadas cotidianamente neste projeto da sociedade burguesa? A classe trabalhadora terá realmente qualquer condição de ter uma vida digna onde o Estado representa os interesses da elite econômica?

Regional Nordeste 3 do ANDES-SN realiza encontro em Vitória da Conquista (BA)

 A Regional Nordeste 3 do ANDES-SN realizará no dia 8 de junho um encontro que reunirá representantes das seções sindicais da Bahia, Sergipe e Alagoas. O encontro terá como tema central o impacto das contrarreformas na Educação Superior Pública: o papel do sindicato nacional na defesa das Universidades, Colégios de Aplicação e Cefet.

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Durante a mesa de abertura, será lançada a cartilha do Grupo de Trabalhos de Política Educacional (GTPE) “Um pouco de história, pois o futuro não se constrói só com o presente”, que foi distribuída, pelo Sindicato Nacional, durante a Conape. Na sequência, serão debatidas as temáticas “O Impacto do Marco Legal da Ciência e Tecnologia e Inovação nas Universidades”, “Por maior participação das Mulheres no Sindicato Nacional: Paridade na Direção Nacional” e “Contrarreformas da Educação: Residência pedagógica e militarização da educação”. O encontro, que acontecerá no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb Seção Sindical do ANDES-SN), será encerrado com uma atividade cultural.

Sérgio Barroso, 1º tesoureiro da Regional NE 3 e presidente da Adusb SSind., explica que o encontro vai debater questões muito importantes para o ANDES-SN como os ataques que a educação pública vem sofrendo diante da conjuntura e do acirramento das políticas neoliberais, tanto por parte do governo federal quanto dos governos estaduais, o impacto da implementação do Marco Legal de Ciência e Tecnologia nas universidades públicas e ainda a perspectiva de paridade de gênero na composição da diretoria nacional do ANDES-SN.

“A questão da paridade na diretoria nacional do ANDES-SN é um assunto muito importante e, diante da nossa sociedade machista e opressora, se torna fundamental aprofundarmos esse debate”, comentou. Segundo o presidente da Adusb SSind, esse debate já foi levantado no 37º Congresso do ANDES-SN realizado em Salvador (BA) no início do ano, deverá ser ampliado no 63º Conad, que acontece entre 28 de junho e 1 de julho, em Fortaleza (CE). “A ideia é que até o próximo Congresso do ANDES-SN, que ocorrerá no início de 2019, tenhamos um acúmulo que nos permita avançar nessa pauta”, acrescentou.

 

Fonte: ANDES-SN

Assembleia de professores da UESC convocada para esta terça-feira (29) está suspensa

A diretoria da ADUSC comunica que a Assembleia convocada para esta terça-feira (29) está suspensa. A decisão considerou a dificuldade de deslocamento dos professores até a UESC mediante a falta de abastecimento de combustível para os transportes públicos e privados.

Em tempo, ressaltamos o nosso apoio à greve de caminhoneiros (as) e destacamos que a continuidade do movimento paredista e seus efeitos é resultado da desastrosa política econômica do Governo Temer.

Confira AQUI a nota do ANDES-SN em apoio à greve de caminhoneiros (as).

Nota do ANDES-SN em apoio à greve dos caminhoneiros

A diretoria do ANDES-SN vem a público manifestar sua solidariedade à greve nacional dos caminhoneiros que se alastra pelo país. Não é sem contradições que essa mobilização ocorre, mas diferentemente de outros momentos em que os interesses patronais paralisaram o setor, boa parte das reivindicações dos caminhoneiros nesta luta é justa e em sintonia com os interesses da classe trabalhadora.

A política econômica do Governo Temer é desastrosa para a população. O desmonte de empresas estatais estratégicas, como das companhias Eletrobrás e Petrobrás, representa a entrega do patrimônio estatal brasileiro para a lucratividade dos empresários.

Os aumentos nos preços dos combustíveis são operados pelos interesses internacionais de acionistas da Petrobrás e grandes petrolíferas em acordo com o governo federal, ocasionando uma série de prejuízos para a classe trabalhadora.

Essa mobilização dos caminhoneiros se soma a várias lutas que estão ocorrendo pelo país, especialmente da educação pública. É preciso defender a Petrobrás 100% pública e estatal e os direitos da classe trabalhadora.

Para fortalecer a mobilização contra as políticas do governo, é urgente unificar as lutas em curso no país e exigir das centrais sindicais a convocação de uma nova Greve Geral em defesa dos direitos sociais, contra a EC 95 e a Reforma Trabalhista e pelo Fora Temer!

Brasília(DF), 25 de maio de 2018

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional

 

Fonte: ANDES-SN

CSP-Conlutas chama Greve Geral. Apoio aos caminhoneiros e contra a intervenção do Exército!

A reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, realizada em São Paulo, entre 25 e 27 de maio de 2018, reafirma em resolução pública o apoio à greve dos caminhoneiros e repudia o governo Temer e seu decreto que autoriza a intervenção militar e das forças federais de repressão para acabar a greve.

 

Essa medida é um forte ataque ao movimento dos trabalhadores, e pode ser usado contra todas as categorias se não houver uma resposta e um amplo movimento de repúdio.

 

A CSP-Conlutas mantém o seu chamado a todas as centrais sindicais a convocar Greve Geral, conforme nota abaixo, aprovada por unanimidade na reunião da Coordenação:

 

Leia a resolução abaixo:

 

CSP-Conlutas apoia a greve dos caminhoneiros, repudia a intervenção do Exército e faz um chamado à Greve Geral. Pela unidade na luta com todas as centrais!

 

Há uma semana os caminhoneiros do país estão em greve. A mobilização tem paralisado o país e conseguido um importante apoio de toda a população.

 

A redução do preço do combustível e do gás é uma reivindicação de todos (as). A política de liberação de preços do governo Temer tem como objetivo a privatização da Petrobrás para entregá-la às grandes companhias de petróleo estrangeiras.

 

O governo negociou uma proposta rebaixada diante das reivindicações dos caminhoneiros, que foi rejeitada pela categoria e ampliou a greve. Agora, liberou o Exército para intervir na greve e “desobstruir” as estradas. Isso é inadmissível!

 

Chamamos as centrais sindicais a se reunirem imediatamente e tomar uma posição enérgica. É preciso parar o país, é preciso aumentar as manifestações em apoio aos caminhoneiros, contra a intervenção do Exército, é preciso uma Greve Geral, para lutar por uma pauta que enfrente os principais problemas dos trabalhadores.

 

O momento exige unidade na luta. Vamos unificar as greves de todas as categorias! Vamos realizar manifestações em todo país! Todos juntos com os caminhoneiros!

 

A CSP-Conlutas deve combater a visão expressa por setores do movimento que, apoiados nos elementos policlassistas da mobilização, que conta com a participação desde setores precarizados de trabalhadores, motoristas autônomos até grandes transportadoras, se negam a apoiar a greve dos caminhoneiros, classificando como locaute.

 

Devemos intervir no sentido de afirmar o caráter progressivo das reivindicações e combater os interesses dos setores patronais, apontando a verdadeira razão dos altos preços dos combustíveis e do gás, enquanto resultado direto da política de liberação dos preços praticada pelo governo Temer e pela direção da Petrobrás. Exigimos uma Petrobrás 100% estatal e sob controle dos trabalhadores! Fora Parente!

 

A CSP-Conlutas orienta:

 

  • Todos os seus sindicatos e regionais a procurar os piquetes e bloqueios e prestar solidariedade ativa à greve e procurar as outras centrais e organizações para ações conjuntas em solidariedade a greve;

 

  • Chamar a realização de assembleias, atos, manifestações, paralisação nas bases de nossas organizações para fazer o apoio ativo a partir de segunda-feira;

 

  • Buscar unificar no dia 29 as lutas das diversas categorias e em apoio aos caminhoneiros e contra a intervenção do Exército;

 

  • Orientar a confecção de materiais, cartaz, adesivos de apoio aos caminhoneiros;

 

  • Orientar aos nossos sindicatos e oposição petroleiros a propor antecipação a greve nacional e exigir o mesmo as FNP/FUP/CUT/CTB pela redução e congelamento dos preços dos combustíveis e gás. Contra a privatização, por uma Petrobrás 100% Estatal sob controle dos trabalhadores;

 

  • A CSP-Conlutas incorpora ao seu calendário as datas unificadas das diversas categorias (FONASEFE e outras e as demandas aprovadas nos setoriais)

 

Colocando suas forças nas mobilizações em solidariedade aos caminhoneiros e construindo a greve geral, apontamos um programa unitário:

 

  • Contra a intervenção do Exército! Abaixo a repressão! Fora o Exército das refinarias, das estradas e do Rio de Janeiro!
  • Apoio a greve dos caminhoneiros
  • Redução e congelamento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha!
  • Defesa da Petrobrás 100% estatal com controle dos trabalhadores. Não à privatização!
  • Contra a privatização da Eletrobrás!
  • Contra o desemprego, redução de jornada de trabalho para 36 horas semanais sem redução de salário
  • Revogação da Reforma Trabalhista! Seguimos dizendo não a qualquer reforma da Previdência!
  • FORA TEMER!

 

A CSP-Conlutas também se apresentará com suas propostas e programa e defende que pela ação direta possamos botar para fora Temer e todos os corruptos, construindo uma alternativa dos trabalhadores e trabalhadoras. Neste sentido, combaterá e denunciará as falsas saídas de conciliação de classes, bem como as alternativas antidemocráticas dos setores que pregam a intervenção militar.

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia ordinária a realizar-se no dia 29.05.2018 (Terça-feira), às 13:30h em primeira convocação e às 14:00h em segunda, no CEU, no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

1) Informes;

2) Avaliação da conjuntura;

3) Campanha salarial: radicalização das lutas;

4) Escolha de delegado para o 63º CONAD;

5) O que ocorrer.

Campus Soane Nazaré, 24 de Maio de 2018.

Arte e cultura marcaram dia de luta na UESC

09Unindo música, poesia e luta, a ADUSC realizou nesta terça-feira (22) mais um dia de mobilização em defesa das Universidades Estaduais da Bahia (UEBAs). Entre as apresentações do cantor Cijay, do Coletivo Xota073 e do poeta e rapper Billy Fat, docentes e estudantes denunciaram o descaso do governo para com as demandas da comunidade acadêmica. Um móbile ilustrando #RuiCorta, “mãos de tesoura”, completou o cenário da mobilização e foi fotografado por quem participou da mobilização. O boneco vai ficar exposto na área de convivência do CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho) a fim de ampliar a campanha.

Temas como racismo, machismo e homofobia, também foram pautados na mobilização que fez parte do calendário nacional de Lutas das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) do ANDES-SN.

Denuncia

Para abrir os trabalhos do dia de luta, após panfletagem pelo Campus, foi exibido um vídeo denúncia produzido pelo Fórum das ADs. No vídeo, o coordenador do Fórum, Sergio Barroso, denuncia o silêncio do Governo frente à pauta da categoria, protocolada em dezembro de 2017, e novamente nos dias 20 de março e 15 de maio deste ano. Os docentes amargam o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos, já que nem mesmo a reposição inflacionária tem sido cumprida pelo governo. As filas para promoção e progressão já acumulam cerca de 900 processos de docentes à espera do cumprimento do direito já garantido. O orçamento das universidades também não dá conta das demandas básicas para ensino, pesquisa e extensão.

UEBAs Resistem

Para o presidente da ADUSC, José Luiz de França, o silêncio do governo é um desrespeito sem precedentes e pede uma reação enérgica da categoria. “Já foram diversas as iniciativas do movimento docente com o objetivo de abrir o diálogo; estamos preparando uma rodada de assembleias que acontecerá na próxima semana, nas quatro universidades estaduais baianas, para discutir com a categoria uma saída para esse impasse; a indicação do Fórum das ADs é para fortalecer a mobilização rumo à greve”, afirma França.

Desemprego bate novo recorde: segundo IBGE, 28 milhões querem trabalhar, mas não conseguem

Os dados divulgados ontem (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam um quadro desolador do mercado de trabalho no Brasil. Segundo a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), 27,7 milhões de pessoas estão desempregadas no país. É o maior índice da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

 

 

Os dados, do primeiro trimestre de 2018, referem-se à taxa de subutilização da força de trabalho (que inclui os desempregados, os subocupados por insuficiência de horas e aqueles que desistiram de procurar emprego). Em relação ao 4º trimestre de 2017, a taxa de desocupação subiu em todas as regiões do país.

 

No caso dos chamados “desalentados”, ou seja, os trabalhadores que estão fora do mercado de trabalho e deixaram de procurar emprego por não conseguirem nenhuma oportunidade há muito tempo, o número também é recorde. Segundo o IBGE, a taxa de desalento ficou em 4,1% da força de trabalho ampliada do Brasil, a maior da série histórica. São 4,6 milhões de pessoas nessa situação.

 

A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, pessoas que gostariam de trabalhar em um período maior, mas não tinham trabalho à disposição, representa 6,2 milhões de trabalhadores.

 

Mulheres e negros(as) nas piores condições

Refletindo o quadro perverso onde o machismo e o racismo servem para aumentar a exploração e a opressão sobre a classe trabalhadora, mulheres e negros(as) são maioria nessa realidade.

 

No primeiro trimestre de 2018, as mulheres eram maioria na população em idade de trabalhar tanto no Brasil (52,4%). Porém, o nível da ocupação dos homens, foi estimado em 63,6% e o das mulheres, em 44,5%, no primeiro trimestre de 2018. Já na população desocupada, as mulheres eram maioria (50,9%).

 

A taxa de desemprego dos que se declararam brancos ficou em 10,5% no 1º trimestre, abaixo da média nacional (13,1%), enquanto a dos pretos (16,0%) e a dos pardos (15,1%) ficou acima. Os pardos representavam 48,1% da população fora da força, seguidos pelos brancos (42,5%) e pelos pretos (8,4%).

 

Resultado das políticas de ajuste e ataques

Segundo o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP- Conlutas, Paulo Barela, o drama dos trabalhadores brasileiros é resultado das políticas de ajuste que os governos vêm aplicando no país.

 

“Ao analisar a pesquisa do IBGE, podemos verificar que desde 2012, ou seja, com Dilma (PT) e Temer (MDB), o mercado de trabalho passa a sentir com mais força os efeitos da crise e de políticas econômicas, em que vemos o governo privilegiar os lucros de grandes empresários, banqueiros e ruralistas, enquanto para os trabalhadores aumentaram os ataques contra os direitos e a precarização das condições de trabalho. Esse quadro de desemprego é consequência dessa situação”, disse.

 

“No recente 3° Congresso da CSP-Conlutas avaliamos essa guerra social que governos e patrões têm feito contra os trabalhadores e apontamos que o caminho é a luta. Os trabalhadores precisam lutar para mudar essa lógica. Nesse sentido, lutar por medidas como a revogação da lei da terceirização e Reforma Trabalhista, a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário, a proibição das demissões, a suspensão do pagamento da Dívida Pública, etc. Os patrões é que devem pagar pela crise que criaram”, concluiu Barela.

 

 

Informações: IBGE