Fórum das ADs divulga “Nota de repúdio ao Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia”

Nota de repúdio ao Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia

O Fórum das ADs, que congrega as Associações Docentes das quatro universidades estaduais baianas – Seções Sindicais do Andes Sindicato Nacional (ADUFS, ADUSB, ADUSC, ADUNEB), repudia a conivência do Fórum de Reitores com a política do Governo Rui Costa, que impõe a redução do orçamento às universidades, não cumpre direitos trabalhistas consolidados em lei e ignora a pauta do movimento estudantil. Esta conivência se expressa publicamente na Nota à Comunidade Acadêmica, publicada em 11.05.2016, e no Ofício n.o 06 do dia 17.05.2016, ambos assinados pelo Fórum de Reitores.

Em primeiro lugar, aos reitores Paulo Roberto Pinto Santos (UESB), José Bites de Carvalho (UNEB), Evandro do Nascimento Silva (UEFS) e a reitora Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro (UESC) cumpre assumir a condição de representantes da comunidade universitária, posto que foram eleitos para exercerem esta função. Dessa maneira, soa estranho o teor do ofício n.o 06, encaminhado à coordenação do Fórum das ADs, uma vez que tergiversa sobre assuntos fundamentais, sem deixar claro um posicionamento em relação à gravidade da situação de penúria orçamentária das universidades estaduais baianas, que vem se aprofundando desde 2014, com uma perda real de 73 milhões de reais.

Colaborando ainda mais para o agravamento desta situação, os reitores e a reitora promovem localmente as políticas de ajuste fiscal dos governos federal e estadual, ao cortar serviços de transporte de servidores e demitir funcionários terceirizados de limpeza e vigilância, fundamentais para a execução das atividades-fim nas universidades estaduais baianas.

O Fórum das ADs vem há muito tempo denunciando à sociedade baiana, pagadora dos impostos que mantém o funcionamento das universidades estaduais, o descaso do governo Rui Costa com o ensino superior público e gratuito no Estado. A política se traduz numa prática perversa: falta de professores nas salas de aula e técnicos administrativos nos setores, ausência de material nos laboratórios e equipamentos de segurança, falta de papel e acervo bibliográfico defasado, suspensão de aulas de campo e serviços básicos como reprografia. Sem falar nos altos índices de evasão discente constituídos muito em função da inexistência de uma política de permanência estudantil.

Desde o ano passado, após uma greve de quase noventa dias, o movimento docente também tem relatado os problemas da categoria ao Fórum de Reitores, que incluem a retirada ilegal do adicional de insalubridade, extinção da licença sabática, não concessão de promoção, progressão na carreira e alteração de regime de trabalho e suspensão da contratação de professores substitutos para possibilitar o afastamento para qualificação.

O movimento docente também tem denunciado a inexistência de creches e residências universitárias que contemplem minimamente a demanda, além de apoiar o movimento estudantil em sua luta por um programa de permanência qualificado.

Enquanto isso, o Fórum de Reitores adota o silêncio público e mantém a aparência de absoluta normalidade nos sites e nos pronunciamentos institucionais. Numa atitude conivente com as políticas de ataques do governo Rui Costa (PT) aos direitos dos professores e professoras, em nota pública do dia 11 de maio, o Fórum de Reitores assumiu uma postura governista e atuou como assessoria de comunicação da Sefaz. Os gestores, legitimamente eleitos pela comunidade universitária, reproduziram o discurso da superação do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal para justificar a ordem do Governo de não autorizar a ampliação de carga horária e realização de concurso público para docentes e técnico-administrativos, sem mencionar os milhares de alunos que ficarão sem aula por inexistência de professor. Além disso, reafirmam sem questionar, a intromissão de órgãos burocráticos que não tem nenhuma relação com o cotidiano das universidades, como a PGE – Procuradoria Geral do Estado, para autorizar a promoção e progressão dos docentes.

Por fim, o Fórum de Reitores demonstra não ter compromisso com os professores e professoras ao não tomar uma atitude unificada por meio das procuradorias jurídicas das universidades que vise garantir o direito à concessão da licença sabática aos docentes já ingressos na carreira e com tempo de serviço para fruição da licença. Reitores e Reitora esquecem que a Lei n.o 13.471/15 viola o Estatuto do Magistério Superior e subscrevem a violência empregada pelo Governo no final do ano de 2015 para fazê-la aprovar na Assembleia Legislativa da Bahia. São direitos consolidados há mais de 10 anos, negados por aqueles e aquela que deveriam ser seus defensores intransigentes.

Dessa maneira, o Fórum das AD reitera que os compromissos dos reitores e da reitora devem ser com a comunidade acadêmica que os elegeu, e não com governos que agem contra os interesses das universidades estaduais baianas. Diante da crise política pelo qual passamos, é mister tirar lições de que os governantes, sejam eles do poder executivo ou de qualquer outro poder, devem sempre responder aos anseios daqueles que os elegeram, sob pena de serem responsabilizados pelas suas omissões e faltas com aqueles que são os legítimos detentores da vontade de representação política que lhes foi concedida, o povo.

Ilhéus, 13 de junho de 2016.

Plenária de servidores públicos baianos indica intensificar mobilização

IMG_5012Servidores públicos baianos de diversas categorias participaram da plenária realizada na terça-feira (7) sob coordenação da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (FETRAB) e da Associação dos Funcionários Públicos (AFPEB). Seguindo indicação da plenária de 17 de Maio (Leia aqui), o Fórum das ADs defendeu a realização de assembleias de base entre os dias 13 a 17 de Junho para pautar o indicativo de Greve Geral. As entidades presentes concordaram com chamada para assembleias, alterando as datas para 08 a 16 de Junho, mas não houve consenso quanto ao indicativo de greve. Ficou decidido intensificar a mobilização contra os ataques aos serviços públicos, representados pelo PLP 257/2016 e pela proposta de Reforma na Previdência. Uma nova plenária da FETRAB acontecerá no dia 30 de Junho.

Carta Aberta à direção nacional da CUT: É hora de construir a Greve Geral contra o Governo Temer e suas medidas contra a classe trabalhadora

Conforme deliberação da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, a Secretaria Executiva Nacional elaborou uma carta aberta dirigida à CUT. Esta carta faz um chamado à construção de uma mobilização unitária e de uma greve geral contra o governo Temer, em torno a bandeiras comuns em defesa dos direitos dos trabalhadores.

 

O texto da carta aberta segue abaixo para ampla divulgação nos meios de comunicação das entidades e movimentos:

 

Inscrições para o II Encontro Nacional de Educação (ENE) encerram sexta-feira (10)

00005634_1_20160603170952_Arte%20II%20ENE_pqAs inscrições para participar do II Encontro Nacional de Educação (ENE) foram prorrogadas até o dia 10 de junho. O prazo para pagamento da taxa do evento também encerra nesta data. A ADUSC enviará representantes ao evento, que acontecerá entre os dias 16 e 18 de junho, em Brasília (DF). Na Bahia, a etapa preparatória ocorreu entre 8 e 10 de abril, na Uefs.

O ENE é realizado pelo Comitê Nacional em Defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública, criado pelo ANDES-SN, seções sindicais e diversos movimentos sociais. Este ano, o tema será “Por um projeto classista e democrático da educação”. As discussões, que têm com referência o Caderno nº 26 do ANDES-SN e outros documentos elaborados pelo Comitê Nacional, se baseiam nos seguintes eixos: gestão; financiamento; formação e trabalho docente; avaliação; acesso e permanência; gênero, sexualidade e questões étnico-raciais.

Programação do II ENE

16 de junho

Tarde – Ato público em Brasília.

17 de junho

Manhã – Mesa de Abertura: Por um projeto classista e democrático de educação, contra o Ajuste Fiscal e a dívida pública.

Tarde e Noite – Grupos de Trabalho sobre os eixos do II ENE (gestão; financiamento; avaliação; trabalho e formação dos trabalhadores da educação; acesso e permanência; gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-raciais).

18 de junho

Manhã – Painéis Temáticos

Tarde – Plenária Final

Confira aqui o Folder do II ENE, com a programação do evento.

 

Fórum das ADs se prepara para construção da Greve Geral dos servidores público da Bahia

Reunião ocorreu no dia 3 de Junho. Foto: Ascom ADUFS
Reunião ocorreu no dia 3 de Junho. Foto: Ascom ADUFS

O Fórum das Associações de Docentes (ADs) das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) se reuniu na última sexta-feira (03), em Feira de Santana. Os representantes docentes trataram da construção da Greve Geral unificada entre os servidores públicos da Bahia. A realização de assembleias de base das diversas categorias do funcionalismo, entre os dias 13 e 17 Junho, para votar o indicativo de greve, está entre as indicações do Fórum. Esta e outras propostas serão debatidas na terça-feira, 07 de Junho, durante plenária da Federação de Trabalhadores do Serviço Público da Bahia (FETRAB), em Salvador.

O Fórum das ADs tem se empenhado na construção da unidade entre as diversas categorias do funcionalismo estadual, para combater os ataques aos serviços públicos e aos direitos trabalhistas. Em 2016, dois grandes atos realizados no dia 07 de Abril e 4 de Maio fortaleceram essa articulação. Foram cerca de 1200 pessoas ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), durante o primeiro protesto.

Apesar da mobilização, o Governo Rui Costa (PT) permanece intransigente e não dialoga com os servidores públicos. Cerca de 300 mil trabalhadores baianos encontram-se com os salários corroídos pela inflação, enquanto o governo desrespeita o direito constitucional de reajuste linear na data-base. Este governo também foi um dos primeiros a se posicionar favorável ao PLP 257/2016. De autoria do governo Dilma, o PLP tramita na câmara federal e propõe a renegociação da dívida pública dos estados à custa dos direitos dos trabalhadores.

Nesse contexto, o Fórum das ADs considera importante dar um salto na construção da unidade e aponta a construção da Greve Geral como único caminho para barrar todos estes ataques. O movimento unificado tem como pauta a recomposição inflacionária na data-base; o combate ao PLP 257/2016 e a reforma da Previdência Social prevista no pacote de ajuste fiscal de 2015 e também no plano “Ponte para o Futuro”, de Michel Temer.

Durante a plenária da Fetrab, além do calendário de assembleias locais para aprovação do indicativo de greve, entre 13 e 17 de Junho, os docentes também defenderão a realização de nova plenária no período entre 20 e 22 deste mês. Na data, as entidades que tiverem aprovado o indicativo, avaliarão a deflagração da Greve Geral já para o início do mês de julho.

Insalubridade

O Fórum das ADs, ainda na sexta-feira (3), acatou a proposta do GT Insalubridade da ADUFS de solicitar à presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) uma audiência pública para esclarecer o posicionamento do Judiciário baiano sobre a morosidade no julgamento dos processos de Insalubridade. Os docentes também questionam a impunidade ao governo estadual, por não cumpri as decisões do Judiciário.

Construir uma grande ato em Brasília por fora Temer, contras a reforma da Previdência e em defesa dos direitos dos trabalhadores

Esta data conta com o Dia Nacional de Lutas em Brasília, mas também em diversos estados

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No próximo 16 de junho estão previstas em Brasília (DF) as manifestações dos servidores públicos federais e também dos profissionais da Educação que se reúnem no II ENE (Encontro Nacional de Educação). Caravanas de categorias de diversos estados ligadas à CSP-Conlutas irão fortalecer essas manifestações transformando-as numa grande Marcha Nacional. Também será um dia de luta nos estados.

“Estamos trabalhando para que no dia 16 tenhamos uma ampla mobilização em todo o país, com paralisações, manifestações e um grande ato em Brasília, em protesto às políticas que atacam os direitos dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre”, informa o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

A luta é contra o ajuste fiscal e o PLC 257, que pretende congelar o salário dos servidores, restringir novas contratações e aumentar a contribuição previdenciária, além de outros ataques aos servidores e a quem ganha salário mínimo. Mas não é só isso, as reformas da Previdência e Trabalhista também são objeto de repúdio dos trabalhadores que vão exigir ainda 10% do PIB para a educação pública já e educação pública de qualidade.

Rizzo explica que este dia de luta é uma forma de unificar ações que já estão programadas. “Estaremos reunindo principalmente estudantes e trabalhadores em educação, que participarão do II ENE, e servidores que estão em luta contra o PLP 257/16 e contra a privatização do serviço público, com destaque para o assalto que o setor privado pretende dar sobre a Previdência Pública”.

Este dia nacional de lutas é uma iniciativa das entidades que organizam o Encontro Nacional da Educação e do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais. A CSP-Conlutas, que também está na organização dessas atividades, participará exigindo o Fora Temer, todos os corruptos e os reacionários do Congresso, a construção da Greve Geral contra os ajustes e por um governo dos trabalhadores, sem patrões. Tal política, votada na recente Coordenação Nacional da Central, reforçará bandeiras que serão levantadas por diversas entidades no dia 16, como reforça Rizzo: “Os lutadores vão protestar também por não reconhecerem neste governo e neste Congresso infestado de corruptos qualquer legitimidade para impor as medidas de ajuste. Será um momento de reunião de forças na perspectiva da continuidade da luta, que exige, ao nosso ver, a construção de uma greve geral”, conclama o presidente do Andes-SN.

 

A Coordenação Nacional da nossa Central orienta as suas entidades filiadas, as entidades sindicais e movimentos populares e estudantis a organizar a participação de caravanas dos ativistas para essas atividades e que se somem em uma grande marcha nacional nessa data em Brasília.

Fonte: CSP-Conlutas

 

ANDES-SN critica fusão dos ministérios da Ciência e Comunicações

A fusão dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o das Comunicações, por meio da Medida Provisória (MP) 727/16 no dia 12 de maio, resultou em protestos e mobilizações das comunidades acadêmica e científica pelo país. Docentes e pesquisadores avaliam a fusão entre os ministérios afetará diretamente a pesquisa, o ensino e extensão nas Instituições de Ensino Superior (IES) e institutos federais do país. As reitorias das universidades federais do ABC (UFABC) e do Rio de Janeiro (UFRJ), com o apoio da Associação dos Docentes da UFRJ (Adufrj – Seção Sindical do ANDES-SN) se posicionaram, em documentos distintos, contra a integração das pastas. 14 entidades científicas brasileiras divulgaram também um manifesto em que criticam a junção dos dois ministérios.

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, considerou um “absurdo total” a integração das duas pastas que possuem atribuições e naturezas substancialmente diferentes. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), criado em 1985, tem como principais atribuições fomentar a pesquisa científica e tecnológica e incentivar a formação de pesquisadores brasileiros. Já o das Comunicações regula os serviços dos meios de comunicação e trata do regime de concessões no país. “Assim como já nos manifestamos contra a transferência da Previdência Social ao Ministério da Fazenda, também somos contra a fusão dos ministérios de Ciência e Tecnologia com o das Comunicações, que são completamente diferentes nas suas funções. Um regulamenta a produção científica no país e o outro os meios de comunicação. Este governo interino não tem legitimidade para fazer essas mudanças”, criticou.

O presidente do Sindicato Nacional afirma que a junção ameaçará o financiamento da produção científica do país, que já vem sofrendo com os cortes orçamentários e um processo de privatização intenso, definido pelo Marco regulatório de ciência e tecnologia.

A Constituição Federal de 1988 prevê, no artigo 218º, que o Estado deve promover e incentivar o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação, devendo a pesquisa científica básica e tecnológica receber tratamento prioritário do Estado.

Cortes e Marco

Os cortes orçamentários realizados desde 2015, pelo governo federal, afetam o MCTI e consequentemente a transferência de verbas públicas para a pesquisa básica e tecnológica realizada nas instituições de ensino superior pública e nos institutos públicos de pesquisa. Os recursos destinados à ciência e a pesquisa e o número de bolsistas contemplados caíram  drasticamente nos últimos anos. Em abril de 2016, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação sofreu contingenciamento de R$ 1 bilhão, o que significou uma redução orçamentária de quase 25%. Segundo matéria publicada no Estadão, os cortes orçamentários nos últimos períodos afetaram 3,7 mil estudantes que recebiam bolsa no exterior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e 7,4 mil bolsas pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Para agravar a situação do desenvolvimento científico no Brasil, no início deste ano, a presidente Dilma Rousseff sancionou o Código de Ciência, Tecnologia e Inovação proveniente do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2015, que intensifica a privatização da ciência e tecnologia públicas, legalizando parcerias público-privadas na área e possibilitando transferência de recursos, estrutura, propriedade intelectual e pessoal de instituições públicas para usufruto da iniciativa privada.

Segundo Paulo Rizzo, o governo anterior e o interino só conseguem agir, diante da crise econômica, com enfoque no ajuste fiscal e no controle de gastos. Desta maneira, perpetuando a política de pagamentos de juros da dívida pública brasileira e beneficiando, principalmente, o Capital. “A resposta para o enfrentamento da crise é com a auditoria da dívida pública, com investimentos em educação e no desenvolvimento científico, e na garantia dos direitos dos trabalhadores, e não o contrário”, disse.

No 35° Congresso do ANDES-SN, realizado em janeiro deste ano em Curitiba (PR), os docentes deliberaram pela continuidade da política de reforçar a defesa de investimentos de verbas públicas exclusivamente em políticas e serviços públicos, inclusive quando se tratar de políticas de Ciência e Tecnologia.

Imagem de EBC

 

Fonte: ANDES-SN

ANDES-SN divulga Caderno de Textos do 61º Conad

O ANDES-SN divulgou nesta quarta-feira (1) o Caderno de Textos do 61º Conad, que acontecerá de 30 de junho à 3 de julho, em Boa Vista (RR). O encontro, que terá como tema central, “Defesa dos direitos sociais, da educação e serviços públicos”, também dará posse à nova diretoria do Sindicato Nacional, que estará à frente da entidade no biênio 2016/2018. Durante o 61º Conad, será lançada também a 58º edição da Revista Universidade e Sociedade.

O Sindicato Nacional recebeu 26 textos, entre contribuições da diretoria nacional e de sindicalizados. Conforme deliberação do 59º Conad, a apresentação de textos referentes ao Tema I – Movimento Docente e Conjuntura: avaliação da atuação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 35º Congresso – é restrita ao Caderno de Textos principal. Já os textos sobre as demais temáticas, que forem enviados até o dia 16 de junho integrarão o Anexo ao Caderno. Informações sobre os temas e formatos para os textos podem ser encontradas na circular de convocação.

 

Confira aqui todas as informações sobre o 61º Conad.

 

Fonte: ANDES-SN, com edição

Assembleia da ADUSC aprova o “Fora Temer, contra o golpe e pelos direitos”

 

Assembleia debateu a conjuntura e o Movimento Docente. Foto: Ascom ADUSC
Assembleia debateu a conjuntura e o Movimento Docente. Foto: Ascom ADUSC

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (02), foi discutida a conjuntura política no país e o papel do movimento docente. Foi encaminhado o posicionamento pelo “Fora Temer, contra o golpe e pelos direitos”. A assembleia aprovou ainda, por participar e impulsionar o “Comitê da UESC contra o golpe”, e o repúdio ao fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MC&TI). A diretoria também foi autorizada a defender a construção da greve geral dos servidores públicos da Bahia, na plenária da FETRAB, que acontece no dia 7 de Junho, em Salvador.

A análise sobre a conjuntura apresentada pela diretoria da ADUSC apontou a relação entre a crise política no Brasil com a crise internacional de produção de lucro pelo capital. Destacou-se a trajetória dos governos petistas na implementação da política de conciliação de classes, e os diversos ataques estruturais decorrentes dessa política. Um exemplo emblemático é o desmonte das universidades públicas, para favorecer o financiamento das faculdades privadas, que hoje representam a maior rubrica do MEC depois da folha de pessoal.

Para diretoria da ADUSC, a política de conciliação de classes foi eficiente para o capitalismo enquanto o governo era capaz de conter a mobilização da classe trabalhadora. Nesse sentido, a perda de apoio dos trabalhadores pelo governo e a necessidade do capital em acelerar os ataques aos serviços públicos e direitos trabalhistas, para manter seus lucros frente a crise, foram os responsáveis pelo afastamento da presidenta Dilma.

Os diretores da ADUSC reafirmaram a posição do Fórum das ADs, do ANDES-SN e da CSP-Conlutas, de que o afastamento se trata de uma manobra política, jurídica e também midiática. Reiterou que não cabe ao sindicato a defesa de governo e apresentou como encaminhamento o fortalecimento das lutas e unidade com a classe trabalhadora, para reagir aos ataques em curso.

Apontando divergência à centralidade da luta encaminhada pela diretoria, foram levantadas propostas no sentido de fortalecer a tese da ilegalidade do impedimento e defesa da democracia. Nesse sentido, foi aprovada a posição pelo “Fora Temer, contra o golpe e pelos direitos”. A assembleia também aprovou a participação da ADUSC no “Comitê da UESC contra o golpe”, e o repúdio ao fim do Ministério da Ciência e Tecnologia e da obrigatoriedade do licenciamento ambiental.

Em continuidade a assembleia, foi discutida a indicação da Federação dos Trabalhadores do Serviço Público da Bahia (FETRAB) pela construção da greve geral unificada, em defesa do reajuste linear e contra o PLP 257/16 (SAIBA MAIS). A diretoria foi autorizada a defender a construção da greve geral dos servidores públicos da Bahia, na plenária da FETRAB, que acontece no dia 7 de Junho, em Salvador.

França é tomada por greves contra Reforma Trabalhista

imp-ult-1638631556Na última quinta-feira (26), cerca de 300 mil pessoas foram às ruas da França em mais um dia de mobilizações contra a Reforma Trabalhista proposta pelo presidente François Hollande. Não diferente dos protestos anteriores, que tiveram início há três meses, as manifestações sofreram dura repressão da polícia.

A ofensiva da classe trabalhadora tem ganhado mais corpo com greves e paralisações que têm afetado o fluxo econômico no país. O próximo grande ato deve acontecer no dia 14 de junho, dias depois do início da Copa Europeia de Seleções de futebol (Eurocopa), que acontecerá em nove cidades francesas.

Neste último dia de ação dos movimentos organizados, trabalhadores das usinas nucleares se juntaram a outra categorias já em greve e paralisaram a produção, provocando escassez de combustível.

Com o voto favorável para a greve nas 19 usinas nucleares do país, o governo já acionou as reservas estratégicas de combustível, utilizando, na última quarta-feira, três dos 115 dias de reservas disponíveis. Há longas filas nos postos de gasolina, que, em muitos casos, racionam a distribuição, e os depósitos de quase um terço dos postos de combustível estão secos ou quase vazios. A maioria dos funcionários das refinarias também está em greve.

O movimento de protesto também tem provocado interrupções nos transportes. A companhia ferroviária SNCF realizou na semana de luta a quinta paralisação da categoria desde março. O setor da aviação recomendou redução em 15% dos voos realizados na última quinta-feira para o aeroporto Paris-Orly.

Ajuste fiscal à francesa

Entre as propostas da Reforma Trabalhista estão o aumento da duração máxima do trabalho diário de 10 para 12 horas; aumento da jornada semanal máxima de trabalho de 48 para 60 horas; a diminuição do pagamento de horas-extras, atualmente obrigatoriamente pagas a 25%, passam a ter apenas valor mínimo de 10%; flexibilização dos acordos coletivos de acordo com os resultados da empresa; criação da “demissão econômica”, que pode ser invocada pela empresa em caso de problemas financeiros; e, por fim, a diminuição do seguro-desemprego para trabalhadores há mais de 15 anos no mesmo emprego.

Em 10 de maio, François Hollande, presidente da França, aprovou por decreto o projeto. Apesar do decreto presidencial impedir que o projeto seja apreciado pelos deputados franceses, a Reforma ainda deve ser debatida no Senado. A decisão de usar poderes constitucionais especiais para forçar a reforma, além de indicar que o governo não tem a maioria para aprovar a medida, revela a ruptura no governista Partido Socialista – muitos deputados da legenda de Hollande já haviam declarado ser contra a mudança. Essa é a segunda vez que o presidente francês usa da manobra do decreto para forçar medidas. Em 2015, o presidente emitiu um decreto para aprovar a reforma de liberalização de diversas atividades econômicas.

Edição de ANDES-SN

Fonte: CSP-Conlutas