Assembleia da ADUSC aprova paralisação e ato público no dia 1° de Dezembro

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A assembleia docente da UESC aconteceu nesta quinta-feira (26) e foi marcada por um clima de forte indignação. Diante de duros ataques do governo Rui Costa (PT) às universidades públicas e aos direitos trabalhistas, os docentes aprovaram por unanimidade a paralisação das atividades no dia 1° de Dezembro. Na mesma data, serão realizados na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) uma audiência pública e um ato unificado das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). O decreto nº 16.417/15 e o corte do adicional de insalubridade na folha de novembro também foram pautados na assembleia.

01Contextualizando o cenário em que a paralisação docente é proposta, a diretoria da ADUSC advertiu a categoria quanto à redução sucessiva dos orçamentos referentes à manutenção, custeio e investimento das universidades. A previsão orçamentária para 2016 na Lei Orçamentária Anual (LOA) também não atende a demanda das instituições, somando com as perdas impostas desde 2013, um déficit de R$73 milhões. Na UESC, o problema se expressa na deficiência de laboratórios e equipamentos dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção, por exemplo.

O Governo Rui Costa também tem imposto alterações aos direitos constituídos dos servidores públicos. Apenas este ano acabou com a integralidade das aposentadorias, rebaixou os salários com o parcelamento do reajuste linear e restringiu o acesso a pensão por morte. Com a publicação do decreto 16.417/15, o governo suspende qualquer possibilidade de negociação sobre planos de cargos e salários. De forma autoritária e indevida, também suspendeu o adicional de insalubridade dos servidores públicos, já na folha de Novembro.

Tais medidas demonstram o alinhamento de Rui Costa à política de ajuste fiscal que impõe retrocessos à classe trabalhadora enquanto privilegia o capital financeiro e as grandes empresas. Com a precarização das condições de trabalho, restrição e retirada de direitos, acelera o desmonte dos serviços públicos. Por isso é importante a participação de todos no ato e audiência pública na ALBA. Os interessados em participar do ato público devem dirigir-se à sede da ADUSC, para que sejam providenciados transporte e alimentação.

Visando construir a unidade com os servidores públicos baianos, em defesa de um reajuste linear que reponha as perdas inflacionárias, o Fórum das ADs esteve presente na plenária da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), 24 de novembro, último. Com uma pauta extensa, a reunião aprovou a unificação da luta pelo reajuste e um novo encontro específica em torno da pauta no dia 1° de Dezembro, às 15 horas, em Salvador.

Insalubridade

Os professores das UEBA foram notificados, na tarde de quarta-feira (25), do corte no adicional de insalubridade na2fd51e50d4280300b6a627d74d4b08b8_xl folha do mês de Novembro. A situação é inadmissível, pois os docentes que recebem o adicional de insalubridade passaram por todo processo burocrático de comprovação da concessão do direito. Portanto, qualquer tipo de revisão deve também seguir o percurso burocrático convencional.

Confira aqui a notificação da SAEB

Em vista da possibilidade de corte, a diretoria da ADUSC tem feito esforços para garantir os direitos aos professore(a)s. Além das orientações de contestação presentes na notificação enviada pelo governo, a assessoria jurídica da ADUSC solicita àqueles que já trouxeram os documentos para o mandado de segurança (Cópias do RG e CPF, Laudo pericial e formulário com os dados que atestam as condições insalubres ou periculosas), que tragam a cópia do contracheque de Novembro 2015, que atesta o corte.

O Fórum das ADs se reunirá com o Superintendente da Secretaria de Administração, Adriano Tambone, no dia 1º de dezembro às 14:30, em Salvador, para discutir a retirada do adicional de insalubridade. Diante disto, a assembleia encaminhou a realização de uma reunião entre os professores atingidos, a diretoria da ADUSC, a assessoria jurídica e a Gerência de Recursos Humanos, para que novas decisões sobre o assunto sejam tomadas. A reunião acontecerá na quinta-feira (03) às 10 horas, na sede da ADUSC. Uma nova assembleia docente está prevista para o dia 04 de Novembro.

A diretoria da ADUSC reitera o convite à mobilização da categoria, com paralisação das atividades acadêmicas e participação no ato na ALBA no dia 01.12, terça-feira. “As medidas burocráticas e jurídicas estão sendo providenciadas, mas sabemos que esta, assim como as demais medidas, são parte de um projeto político. Apenas a mobilização será capaz de reverter a situação”, afirmou o presidente da ADUSC, José Luiz de França.

Confira a agenda de mobilização

01/12 –  PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES ACADÊMICAS
10 horas  Aula pública e ato público na ALBA;
14 horas – Reunião com o Superintendente de Recursos Humanos da SAEB, Adriano Tambone, para tratar do tema: insalubridade;
15 horas Reunião com a FETRAB para tratar da unificação da defesa do reajuste linear integral da inflação;
03/12 – REUNIÃO DA ADUSC E ASSESSORIA JURÍDICA COM OS PROFESSORES ATINGIDOS PELO CORTE DA INSALUBRIDADE ( 10 HORAS);
04.12 – ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA ADUSC.

Pela vida das mulheres trabalhadoras!

Treze é o número de mulheres que morrem por dia vítimas de homicídio e o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, perdendo somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. Muitas pessoas ficaram surpresas com a divulgação dos dados do Mapa da Violência 2015, que demonstrou que o número de homicídios de mulheres aumentou nos últimos anos.

25 de novembro

Um país governado há cinco anos por uma mulher, ou há 13 anos pelo PT e que teve aprovada a Lei Maria da Penha em 2006 e neste ano a Lei do Feminicídio não deveria estar vendo uma diminuição dos assassinatos de mulheres? Por mais incrível que pareça a resposta é negativa.

Os dados mostram que de 2007 a 2013, as taxas passaram de 3,9 homicídios para cada 100 mil mulheres, para 4,8 por 100 mil, ou seja, um aumento de 23,1%. Houve uma queda nos homicídios de mulheres no ano de 2007, logo após a promulgação da Lei Maria da Penha, mas já a partir do ano seguinte os números continuaram num crescente. E pelas estimativas, o ano de 2014 confirma a tendência ao crescimento, pois foram 4.918 mulheres assassinadas, 156 a mais do que em 2013.

Mulheres Negras são as principais vítimas

A ilusão da “democracia racial” cai por terra e o racismo se revela, quando vamos verificar quem são as mulheres que estão sendo assassinadas. No intervalo de uma década, de 2003 a 2013, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, enquanto no mesmo período, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54,2%!

São as mulheres trabalhadoras, negras, pobres e moradoras da periferia que têm pago com suas próprias vidas o preço pela omissão total do Estado, comandado por um governo que não dá a mínima para a vida destas mulheres.

Somente Leis não salvam vidas!

O governo Dilma sempre se apoiou na existência da Lei 11.340/2006, ou Lei Maria da Penha, para fazer discurso que o Brasil era exemplo de combate à violência contra a mulher ou mesmo com a promulgação este ano da lei 13.104/2015, a Lei do Feminicídio. Só que a questão é que as Leis, sem os investimentos necessários, se tornam letra morta e só servem para incrementar discursos. São milhares de casos de homicídios de mulheres que não chegam a ser julgados por ineficiência do sistema. As poucas delegacias especializadas que existem ficam abarrotadas de boletins de ocorrência e de processos que não são encaminhados. É mais do que provado que a impunidade é aliada do aumento de casos.

Quando vamos tratar da prevenção da violência, então é possível entender porque as mulheres, e na sua maioria mulheres negras, estão morrendo. Os casos mostram que a recorrência e a repetição da vitimização é constante na vida das mulheres, ou seja, o ciclo da violência não começa com um homicídio. A cada dia de 2014, 405 mulheres deram entrada em uma unidade de saúde, por alguma violência sofrida. O número de agressões físicas é muito superior às mortes e muitas mortes poderiam ser evitadas se para cada denúncia houvesse de fato mecanismos adequados de proteção. Muitas mulheres denunciam o agressor e depois são obrigadas a voltar para casa ou para situações de exposição que poderão levar ao homicídio.

Mas o Brasil conta com apenas 77 casas abrigo, 226 centros de referência e 497 delegacias especializadas, sendo que muitos destes equipamentos se encontram sucateados. Os recursos federais, que já eram mínimos, destinados à Secretaria de Políticas para Mulheres foram cortados pela metade e a própria Secretaria foi eliminada com a reforma ministerial. Foram prometidas a entrega de 27 “Casas da Mulher Brasileira”, mas o governo federal só entregou duas até agora e provavelmente com os cortes, pare por aí. O ajuste fiscal de Dilma, e de todos os governos estaduais e municipais que também estão aplicando, está produzindo mais mortes de mulheres.

Quem necessita dos mecanismos de proteção são justamente as mulheres trabalhadoras, na sua maioria negras, pois são elas que não tem pra onde ir quando o próprio parceiro é o agressor, sendo que metade das vítimas de homicídios em 2013 foram praticados por um familiar. São elas que estão expostas o tempo todo, pois no dia seguinte à violência sofrida, vão ter que ir trabalhar, pegar o transporte público e andar nas vias públicas. São elas que são agredidas na frente dos filhos e muitas vezes os filhos são agredidos junto com as mães. Por isso, a falta de políticas de proteção e prevenção é fatal para estas mulheres. Cada corte no orçamento é seletivo, vai acabar com a morte de uma mulher trabalhadora e negra!

É este país que retira do Plano Nacional e da maioria dos Planos Municipais de Educação, a educação para a igualdade de gênero, outra política preventiva que os deputados e políticos não estão preocupados em garantir, ao contrário, expressões como o machista, racista e LGBTfóbico Eduardo Cunha, tem sido a regra das casas legislativas.

Por isso não estranhamos os dados alarmantes do aumento dos homicídios de mulheres. É por isso que o caminho para as mulheres trabalhadoras só pode ser a luta contra o governo Dilma, contra Cunha e o Congresso Nacional e contra todos os governos!

*Silvia Ferraro, do Movimento Mulheres em Luta

Fonte: CSP-Conlutas

Uerj suspende aulas por falta de recursos financeiros

imp-ult-165301183A reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou, em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (23), a suspensão de todas as atividades acadêmicas da instituição de 24 de novembro até 1º de dezembro. O motivo para a suspensão é a grave condição financeira da Uerj, decorrente de uma série de cortes orçamentários realizados pelo governo fluminense, que impede a universidade de pagar seus trabalhadores terceirizados de limpeza e segurança, assim como bolsas de permanência para estudantes.

Lia Rocha, presidente da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a universidade não tem condições de manter suas atividades acadêmicas, e cita ainda casos de corte de internet por falta de pagamento e de desabamento de telhado por conta da descontinuidade das obras de infraestrutura na Uerj como exemplos dos problemas pelos quais a instituição passa.

“Os cortes orçamentários tornaram a situação insustentável, e o governo ainda quer cortar mais verbas de custeio para 2016. Nosso embate é para que o orçamento da Uerj seja aumentado”, afirma a docente. Lia ainda critica a reitoria da universidade, pela forma como encaminhou o processo de suspensão das atividades acadêmicas. “O reitor desrespeita os canais institucionais ao suspender as atividades por meio de uma nota. Esse é o momento em que toda a Uerj deveria estar unida em prol da luta por mais orçamento”, completa a presidente da Asduerj-SSind.

Uezo também sofre com falta de verbas

Também no Rio de Janeiro, a Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) enfrenta uma série crise financeira. Faltam professores para 80 disciplinas e materiais de laboratório. Com dificuldade da universidade de pagar os trabalhadores terceirizados da limpeza, os docentes realizam “vaquinhas” para manter a Uezo limpa. O governo fluminense propõe, para 2016, uma redução de mais de R$ 2 milhões no orçamento da Uezo. Caso isso ocorra, o reitor da instituição já avisou que não tem condições de receber as novas turmas de estudantes de graduação.

Na Bahia, governo apresenta decreto de contingenciamento

Um novo decreto de contingenciamento (nº 16.417/15) foi publicado no dia 16 pelo governo do estado da Bahia. O documento “estabelece medidas para a gestão das despesas e controle dos gastos de custeio e de pessoal”. Apesar de afirmar que a educação não está incluída nas determinações, experiências anteriores demonstram outra realidade. Decretos com a mesma finalidade, em momentos passados, foram utilizados como justificativa para negar utilização dos recursos de projetos de pesquisa e extensão, por exemplo. A situação intensifica a crise orçamentária vivida pelas Universidades Estaduais Baianas (Ueba).

Desde 2011, o governo da Bahia tem aplicado decretos que ferem a autonomia das Ueba e restringem direitos dos servidores. Contudo, o decreto 16.417/15 é ainda mais severo, pois inclui a suspensão da “reestruturação ou qualquer revisão de planos de cargos, carreiras e vencimentos da Administração direta, autárquica e fundacional, bem como planos de cargos e salários”.

O artigo 9º institui também o “registro de assiduidade e pontualidade dos servidores públicos”, que fere a autonomia dos departamentos, responsáveis por acompanhar o plano de trabalho docente. Além disso, o governo baiano não estipula data limite de valor da publicação e reforça o contingenciamento do decreto 15.924/15. Significa dizer que as medidas adotadas a partir de novembro podem se estender por tempo indeterminado.

Na avaliação do Fórum das ADs, que agrega as seções sindicais do ANDES-SN nas Ueba, o governo utilizará o decreto 16.417/15 para reforçar os argumentos da indisponibilidade financeira do estado da Bahia para garantir o reajuste linear.

Docentes da Uece lutam contra cortes orçamentários

O governo do Ceará cortou 20% das verbas de custeio das três universidades estaduais, o que representa, somente na Universidade Estadual do Ceará (Uece), a subtração de pelo menos R$ 3 milhões do orçamento. Em pouco mais de três meses, o corte já inviabiliza a compra de materiais diversos e condena a universidade à situação de colapso expressa no fato de, hoje, já acumular dívidas no valor R$ 7 milhões. Se o corte continuar, a Uece poderá parar em 2016 por falta de recursos para manter os serviços básicos, adquirir materiais imprescindíveis ao seu funcionamento e pagar empresas terceirizadas.

*Com informações de Uerj, Adusb-SSind, Sinduece-SSind e G1. Imagem de Uerj.

 

Fonte: ANDES-SN

Fórum das ADs critica novo decreto do governo Rui Costa, propõe dia de luta e unidade entre os servidores baianos

forum

O governo Rui Costa (PT) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), na segunda-feira (16), um novo decreto de contingenciamento de despesas e controle de gastos do serviço público. De forma ambígua, o decreto nº 16.417/15 exclui de suas determinações as áreas relacionadas à Saúde, Educação e Segurança Pública, porém condiciona os respectivos serviços à existência de orçamento e controle das Secretarias da Administração (SAEB) e da Fazenda (SEFAZ).

O Fórum das Associações Docentes (ADs) avaliou o decreto durante reunião realizada na terça-feira (17), entendendo tratar-se de uma manobra voltada a coagir os servidores, do que a busca de contenção de gastos. Os representantes docentes reafirmaram o indicativo de paralisação e ato público em Salvador, no dia 1º de Dezembro, ao tempo em que buscam a unidade com outras categorias em prol de uma defesa conjunta do serviço público.

Decreto nº 16.417/15

A aplicação de decretos para contingenciamento dos serviços públicos tem sido prática dos governos petista desde 2011. Apesar de excluir a Educação de suas determinações centrais, os decretos de contingenciamento geram impacto na utilização dos recursos das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Dentre os exemplos estão o bloqueio de recursos para projetos de pesquisa e extensão e a não liberação de viagens dos docentes para participação em atividades científicas, artísticas e culturais.

O novo decreto publicado pelo governo Rui Costa apresenta medidas ainda mais preocupantes. Além de não estipular um prazo de vigência para o contingenciamento, impossibilita a abertura de negociação para reestruturação de cargos e salários. A medida nega a todas as categorias do serviço público baiano o direito a questionar as relações de trabalho com o Estado. Outra novidade é o “registro de assiduidade e pontualidade”, uma medida que fere a autonomia dos departamentos, setores responsável por acompanhar o plano de ensino, pesquisa e extensão, próprios a docência.

Fórum das ADs indica mobilização

Atento a trajetória de ataques à autonomia universitária pelos diversos governos baianos, o Movimento Docente (MD) buscou garantir, entre os pontos do acordo que finalizou a última greve, o impedimento a qualquer tipo de contingenciamento de recursos orçamentários no exercício fiscal da universidade. Para o acordo de greve seja respeitado, o Fórum das ADs solicitará reunião com a Secretaria de Educação e o Fórum de Reitores. Uma reunião com a SAEB para tratar dos ataques aos direitos trabalhistas está sendo agendada.

O indicativo do Fórum das ADs para um “Dia de Luta” com paralisação das atividades acadêmicas e ato público na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), no dia 1º de Dezembro, ganha novo peso frente ao Decreto. A proposta será apreciada em Assembleia da ADUSC, na próxima quinta-feira (26), conforme convocatória (disponível aqui). Para o coordenador do Fórum das ADs, Luiz Blume, a crise financeira imposta às UEBAs ficará ainda mais grave, com a submissão das demandas universitárias ao parecer da SAEB, SEFAZ e ao próprio governador.

Unidade dos trabalhadores do serviço público

Além da unidade entre docentes e estudantes em defesa das UEBAs, o Fórum das ADs também está buscando a unidade com os demais servidores públicos em defesa dos direitos trabalhistas. Este ano, o governo petista instituiu a previdência complementar (PrevBahia) acabou com a integralidade da aposentadoria dos servidores; o reajuste linear foi parcelado  e rebaixado e  o regime de previdência social alterado com prejuízo principalmente para viúvas e pensionistas. Confira aqui o vídeo de denúncia veiculado pelo Fórum das ADs.

Visando construir a unidade entre os servidores públicos baianos, o Fórum também participará da plenária da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), a ser realizada no dia 24 de novembro às 14h, em Salvador.

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

Apresentação1No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Extraordinária a realizar-se no dia 26.11.2015 (quinta-feira), às 13:30h em primeira convocação e às 14:00h em segunda, no CEU no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

1) Informes;

2) Ato público na ALBA com paralisação das atividades acadêmicas no dia 01 de dezembro.

 
Campus Soane Nazaré, 19 de novembro de 2015.

Acesse a convocatória aqui

 

Luta dos estudantes suspende fechamento de escolas em São Paulo

imp-ult-2088602856Após meses de intensa mobilização e da ocupação de mais de 70 escolas, os estudantes conseguiram, na tarde desta quinta-feira (19) suspender o processo de reorganização da educação básica paulista, com o qual o governo estadual fecharia 94 escolas no próximo ano. A suspensão ocorrerá 48 horas após a desocupação das escolas.

O anúncio da suspensão do fechamento das escolas foi feito pelo secretário de educação paulista, Herman Voorwald, que afirmou que não sabe como seguirá o processo de reorganização da educação. O governo paulista afirmou que, agora, ouvirá as escolas sobre possíveis alternativas ao fechamento das unidades.

A força da luta estudantil foi fundamental para derrotar o projeto de fechamento das escolas, assim como o apoio de familiares, professores, funcionários, sindicatos e movimentos sociais e populares. No dia 12 de novembro, o governo havia conseguido, na justiça, uma liminar para desocupar as escolas, com uso da força se necessário. No entanto, a mobilização e as ocupações cresceram e, em sete dias, além de derrubar a liminar, obrigaram o governador Geraldo Alckmin a recuar em sua política de precarização da educação.

O projeto de “reestruturação”

O governador Geraldo Alckmin apresentou um projeto de “reestruturação” da educação básica que previa o fechamento de 94 escolas com a justificativa de “especializar” cada instituição em apenas um ciclo de ensino: o primeiro abrange os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, dos alunos do 6º ao 9º ano do fundamental, e o terceiro reúne os três anos do ensino médio.

A medida teve amplo rechaço entre estudantes, familiares, professores e servidores das escolas, que desde então organizam massivas mobilizações contra o projeto. Entre as consequências mais perversas da “reestruturação” estavam a demissão de professores e funcionários temporários e o aumento da distância entre a casa dos alunos e as escolas.

*Com informações de O Mal Educado e Folha de São Paulo. Imagem de EBC

Fonte: ANDES-SN

Estudantes ocupam mais de 60 escolas em São Paulo

imp-ult-1621726480A onda de ocupações de escolas estaduais em São Paulo cresce vertiginosamente. O movimento que começou, na última semana, com três escolas ocupadas contra o projeto de “reestruturação” da educação básica no estado – que prevê o fechamento de 94 centros de ensino – já chega a 67 ocupações na tarde desta quarta-feira (18), e segue crescendo.

Nem mesmo as ameaças do governo do estado de realizar reintegrações de posse com uso de força policial surtiu efeito para desmobilizar os estudantes que lutam por seus direitos. Após a decisão judicial que suspendeu todas as reintegrações de posse, o movimento aumentou. A pressão de governo e Polícia Militar continua, mas a participação da comunidade, de pais, professores e movimentos sociais e populares nas ocupações tem se mostrado fundamental para que o processo de lutas continue.

As ocupações, que iniciaram na capital do estado, e apenas em escolas que o projeto de “reestruturação” prevê fechar, se expandiram para a região metropolitana, litoral e interior. A Escola Técnica Guaracy Silveira, em Pinheiros, na capital, também foi ocupada.

O projeto de “reestruturação”

O governador Geraldo Alckmin apresentou um projeto de “reestruturação” da educação básica que prevê o fechamento de 94 escolas com a justificativa de “especializar” cada instituição em apenas um ciclo de ensino: o primeiro abrange os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, dos alunos do 6º ao 9º ano do fundamental, e o terceiro reúne os três anos do ensino médio.

A medida teve amplo rechaço entre estudantes, familiares, professores e servidores das escolas, que desde então organizam massivas mobilizações contra o projeto. Entre as consequências mais perversas da “reestruturação” estão a demissão de professores e funcionários temporários e o aumento da distância entre a casa dos alunos e as escolas.

*Com informações de Educação Integral e imagem de EBC

 

 

Fonte: ANDES-SN

UFRJ pode suspender aulas por falta de dinheiro

imp-ult-899425858O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou uma nota na última quinta-feira (12) na qual afirma que a instituição não terá condições de manter suas atividades caso não haja uma suplementação orçamentária de R$ 140 milhões, justamente o valor que foi contingenciado pelo governo federal por conta da política de ajuste fiscal e cortes orçamentários.

A nota ressalta que a UFRJ é a maior universidade federal do país, com 56 mil estudantes em 175 cursos de graduação e 114 programas de pós-graduação, além de cinco hospitais de ensino, e que os cortes orçamentários têm afetado diretamente a qualidade da educação, apontando para uma “possibilidade concreta de descontinuidade de atividades-fins da instituição”. “O documento, divulgado pela universidade, diz que os cortes no orçamento do MEC, superiores a R$ 11 bilhões, repercutiram diretamente no custeio e nos investimentos em todas as universidades federais.

Os cortes na UFRJ, que somaram R$ 140 milhões, agravaram a situação financeira da universidade, em especial o pagamento de trabalhadores terceirizados – mais de cinco mil, atualmente. “Como não há mais concursos para as atividades de apoio – limpeza, segurança, portarias etc. – a universidade foi obrigada a contratar empresas que prestam esses serviços, pagando os mesmos com os recursos que deveriam ser destinados ao custeio da UFRJ. Atualmente, o custo dos terceirizados é de R$ 219 milhões, correspondendo a 59% do total de recursos de custeio”, afirma a nota do conselho.

O texto termina afirmando que, caso não haja o repasse de, pelo menos, R$ 140 milhões, a UFRJ não terá condições de seguir suas atividades. Isso se dá porque a universidade não pode atrasar em mais do que três meses o pagamento das empresas que terceirizam serviços, e ainda garantir o pagamento das verbas de assistência estudantil. Mesmo que todas essas ações reduzam parcialmente a dívida da instituição, estimada em R$ 310 milhões, elas não permitem a solução dos “graves problemas orçamentários da universidade”, de acordo com o texto.

Caso haja apenas a suplementação proposta pelo Ministério da Educação (MEC), de R$ 33 milhões, a UFRJ terá um déficit emergencial em 2015 da ordem de R$ 87 milhões. Como o período acadêmico será concluído em março, o déficit emergencial projetado será de R$ 107 milhões.

Com informações e imagem de UFRJ

Fonte: ANDES-SN

Entidade regionais fundam Comitê em Defesa da Educação Pública em Itabuna

Foto: Ascom SIMPI
Foto: Ascom SIMPI

Diante do cenário de descaso e intensos ataques à educação pública, movimentos sociais, sindicais, populares e estudantis fundaram o Comitê Local em Defesa da Educação Pública, em Itabuna. O evento ocorreu no dia 11 de Novembro, na sede do Sindicato do Magistério Público Itabunense (SIMPI) e contou com uma palestra ministrada pelo professor Philipe Carvalho, do IFBA/Ilhéus.  Uma nova reunião do Comitê acontecerá no dia 26 de Novembro, às 14 horas, também na sede SIMPI.

Comitê Local em Defesa da Educação Pública

Os Comitês Locais em Defesa da Educação Pública fazem parte das resoluções do I Encontro Nacional da Educação (ENE), realizado em 2014, no Rio de Janeiro. O evento reuniu mais de 2 mil representantes de diversas categorias, com a tarefa de contrapor o projeto privatista de educação, presente no Plano Nacional de Educação(PNE) do governo. Como resultado do ENE, além dos comitê locais, foi elaborada uma Cartilha Nacional com uma proposta da sociedade em defesa da Educação Pública (disponível aqui).

Reunião Pró Comitê Local discutiu o documento provisório "Pátria Educadora".
Reunião Pró Comitê Local discutiu o documento provisório “Pátria Educadora”.

Em Itabuna a construção do Comitê Local em Defesa da Educação Pública teve início em 1º de Setembro com debate do documento provisório “Pátria Educadora”, Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE). Com duras críticas ao documento, os presentes falaram dos ataques à educação, tendo como exemplo os corte de orçamento, o descaso com a estrutura das escolas e universidades, o assédio moral sofrido por professores e demais trabalhadores da educação, entre outros.

"Bloco da Educação" denunciou os ataques a Educação Pública de Itabuna.
“Bloco da Educação” denunciou os ataques a Educação Pública de Itabuna.

As entidades mobilizadoras do Comitê também organizaram um Bloco da Educação no “Grito dos Excluídos”, durante o 7 de Setembro. O bloco denunciou os problemas sofridos pela educação pública de Itabuna e recebeu amplo apoio dos presentes no desfile cívico.

Durante o lançamento do Comitê, a palestra ministrada pelo professor Philipe Carvalho apresentou diversos dados que denunciam a mercantilização da educação. Segundo Philipe, a ausência de financiamento adequado, a precariedade das condições de trabalho e a falta de autonomia, são alguns dos mecanismo deste processo.

O presentes também apresentaram suas contribuições apontando a necessidade de identificarmos estes ataques como parte de um projeto que olha para educação como uma fonte de lucro. Uma nova reunião acontecerá no dia 26 de Novembro para definir um calendário de estudos da Cartilha Nacional e um mapa para que as reuniões sejam itinerantes.

O lançamento do Comitê em Itabuna também faz parte da mobilização para o II Encontro Nacional da Educação (ENE 2016). O II ENE terá o tema “Por um projeto de educação classista e democrático” e seis eixos de debate: gestão; financiamento; formação e trabalho docente; avaliação; acesso e permanência; gênero, sexualidade e questões étnico-raciais.

Conquista da Greve: PL que revogará a Lei 7.176/97 é enviado à AL-BA

O Projeto de Lei (PL nº 21.599/2015) que prevê a alteração da Lei 7.176/97 foi enviado, em regime de urgência, à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) (Veja aqui). O documento tramita na Comissão de Constituição e Justiça (Veja aqui). A sanção do PL efetivará mais um item do acordo assinado durante a vitoriosa greve docente de quase 90 dias.

Para garantir a agilidade na discussão e aprovação do documento segundo as propostas defendidas pelos professores, o Fórum das ADs acompanhará de perto a tramitação. Com a promulgação da lei, caberá a comunidade acadêmica discutir e deliberar sobre o conjunto de leis internas que regem o funcionamento da universidade.

Este processo chamado Estatuinte é um momento importante para o exercício da democracia com participação ampla da comunidade acadêmica. A ADUSC elegeu um Grupo de Trabalho (GT) sobre a pauta, cuja convocação será divulgada em breve.

Breve histórico sobre o PL
O PL em substituição à Lei 7.176/97 foi amplamente discutido em diversas reuniões pelo Grupo de Trabalho (GT) instituído (Veja aqui) por cobrança do Movimento Docente (MD). O Grupo foi composto por representantes do Fórum das ADs e do governo.

A redação do PL foi finalizada pelo GT no dia 16 de setembro e remetida para análise da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Em seguida, foi aprovada nas assembleias docentes nas quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA).

Outras conquistas da greve
No dia 24 de setembro deste, foi sancionada a lei que altera o quadro de vagas nas Ueba. (Veja aqui) A partir de então, as vagas existentes ficaram disponíveis para as promoções que foram represadas, algumas desde 2012, porque o quadro estabelecido na Lei 7.176/97 impôs a vinculação das vagas às classes.

Além das promoções, foram garantidas algumas progressões e mudança de regime de docentes nas quatro Ueba.

Fonte: ADUFS, com edição