ADUSC prepara mobilização contra a votação em segundo turno da PEC 55

CAFEO dia 13 de dezembro será marcado por atos, mobilizações e paralisações em todo país. Os protestos são contrários à votação, prevista para a mesma data, do segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, no Senado. Na UESC, a ADUSC realizará um café da manhã no Pórtico, a partir das 07:30 horas, seguido da aula pública: “Os ataques neoliberais ao mudo do trabalho: uma discussão sobre ajuste fiscal”. Na data, os docentes da UESC podem paralisar as atividades acadêmicas, a depender da avaliação da assembleia que acontece na segunda-feira (12). Confira a convocação.

#OcupaUESC: Juiz marca audiência para decidir sobre reintegração de posse na UESC

Em resposta ao pedido de reintegração de posse imediata por parte da reitoria da UESC, o juiz Alex Vinicius Campos Miranda, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, marcou uma audiência para dia 14 de dezembro de 2016, às 13h, na sala de audiências da Vara da Fazenda Pública. A resposta foi remetida ao Diário de Justiça Eletrônico, nesta quarta-feira (07), e foi considerada uma conquista pelo movimento. No relatório, o magistrado reconhece a luta em defesa da educação pública e contra a PEC 55, que congela o orçamento da União por 20 anos, e reivindica: “Neste momento, ao Poder Judiciário, um dos poderes instituídos constitucionalmente, cabe o papel de trazer equilíbrio, enfrentamento à crescente intolerância e, principalmente, ponderação”.

CONFIRA NA INTEGRA A DECISÃO DO JUIZ PUBLICADA NESTA QUARTA-FEIRA (7):

 

Em resposta Despacho/Decisão remetido ao Diário de Justiça Eletrônico
Relação: 0146/2016 Teor do ato: Vistos. UESC Universidade Estadual de Santa Cruz devidamente qualificada e representada, ajuizou AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE DECISÃO LIMINAR contra TAMILES BATISTA MESSIAS E OUTROS, alegando em síntese que desde 24/10/2016 teve seu campus ocupado por integrantes do Movimento Ocupa UESC e que tal ocupação está obstando o regular funcionamento da parte administrativa da Instituição, gerando a estagnação da atividade-fim da Instituição e causando prejuízos das mais diversas naturezas, mormente aqueles alunos que tem a expectativa de conclusão de seus cursos ao final do presente ano .Fundamenta seu pedido nos arts. 560 e ss do CPC, alegando ainda que os integrantes do movimento trancaram as entradas dos corredores dos Pavilhões Pedro Calmon, Adonias Filho, Manoel Nabuco e Jorge Amado. E mais: travaram os dois elevadores no sexto andar e trancaram o portão de acesso pela escada à Torre Administrativa, estagnando de vez o funcionamento do ente público. A autora tentou, de forma extrajudicial, a desocupação com os integrantes do movimento, mas alega que não foi obtido êxito, conforme documentado na fl. 08. Junta documentos (15/47) e pede a expedição de mandado liminar. É o relatório. Antes de qualquer argumentação, aduzo que, na data de ontem, estive in loco no Campus da Universidade Estadual Santa Cruz. Observei as condições físicas da Instituição e colhi junto à segurança da Torre Administrativa que os serviços estão funcionando normalmente, finalizando às 16h, de segunda à sexta. Vivemos um momento de extrema instabilidade política e social. A retirada de uma presidente eleita democraticamente pelo voto popular bem demonstra esse clima instalado no país. Historicamente, talvez só o início do ano de 1964 tenha colocado o país nesse quadro de insegurança. Neste momento, ao Poder Judiciário, um dos poderes instituídos constitucionalmente, cabe o papel de trazer equilíbrio, enfrentamento à crescente intolerância e, principalmente, ponderação. Outra não foi a intenção da Presidente do STF, a Ministra Cármen Lúcia, ao discursar na abertura do 10º Encontro Nacional do Poder Judiciário quando fez questão de frisar a palavra pacificar como obrigação preponderante do Poder Judiciário nestes tempos. In casu, temos um movimento que, lutando contra cortes na educação propostos pela PEC nº 55 antiga PEC nº 241 passou a ocupar centros de ensino, sejam escolas de nível médio, sejam universidades, como uma forma de reivindicar a não aprovação destes cortes por 20 (vinte) anos no orçamento público da União. Aqui surgem um sem número de questões que, obviamente, fogem ao contexto deste pedido. Assim, penso, neste momento, ser o papel que como magistrado devo assumir: o de pacificar. Recente caso envolvendo outra instituição de ensino a UESB teve os efeitos da liminar concedida em primeiro grau suspensos por decisão monocrática do TJBA, determinando que fosse realizada audiência de justificação, nos termos do art. 562, 2ª parte do CPC. Nesta toada, motivado pelo espírito pacificador que, especialmente neste particular momento de extrema instabilidade cabe a nós, juízes, determino, nos termos do art. 562, 2ª parte, do CPC, a realização de audiência de justificação a ser realizada em 14 de dezembro de 2016, às 13h, na sala de audiências desta Vara da Fazenda Pública da Comarca de Ilhéus, oportunidade em que a decisão liminar será analisada. Citem-se os réus, observando-se os §§ 1º e 2º do art. 554. Proceda-se à intimação do representante da Autora, do Órgão do Ministério e, ad cautelam, a intimação do (a) Ilustre Representante da Defensoria Pública. As partes poderão trazer até 03 (três) testemunhas, que poderão ser dispensadas caso as partes logrem êxito na conciliação que será realizada previamente à justificação. Publique-se. Cumpra-se com urgência. Ilhéus (BA), 07 de dezembro de 2016 Advogados(s): JOSÉ MESSIAS BATISTA DIAS (OAB 11860/BA)

 

Convocação de Assembleia Geral

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA ORDINÁRIA 

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Ordinária a realizar-se no dia 12.12.2016 (segunda-feira), às 08:30h em primeira convocação e às 09:00h, em segunda, no CEU, com a seguinte pauta: 

1) Informes

2)  Avaliação da conjuntura de ataques aos direitos

3) Dia Nacional de Mobilização e Paralisação: contra a PEC 55, MP 746 (atual PLV 34) e PEC 287(Contrareforma da Previdência);

4) Pauta de reivindicação 2017

5) O que ocorrer.

 

 

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA

 No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Extraordinária a realizar-se no dia 12.12.2016 (segunda-feira), às 10:30h em primeira convocação e às 11:00h, em segunda, no CEU, com a pauta única: 

1) Escolha de delegados pro 36º Congresso do ANDES-SN.

 

Campus Soane Nazaré, 08 de Dezembro de 2016.

José Luiz de frança Filho (Presidente)

Audiências nas Câmaras de Vereadores de Ilhéus e Itabuna debaterão a PEC 55 e as Ocupações Estudantis

audiencia-ocupacoesA realização da audiência pública é uma deliberação do Comando de Mobilização de Docentes da UESC, para dar conhecimento à população sobre os riscos da PEC 55 (antiga PEC 241), e discutir o movimento de ocupação promovido pela categoria estudantil em todo país. Em Itabuna, a Audiência Pública acontecerá na próxima quarta-feira (7), logo após sessão ordinária da Câmara de Vereadores, às 15 horas. Em Ilhéus, a Audiência acontecerá na quinta-feira (08), também às 15 horas.

O movimento de ocupação crescente nas escolas, institutos federais e universidades representam o maior foco de resistência ao crescimento do conservadorismo e a destruição de direitos sociais. Entre os principais pontos de reivindicação estão o combate a PEC 55 e a MP 746 (Reforma do Ensino Médio).

A PEC 55 é uma emenda constitucional proposta pelo ilegítimo governo TEMER e estabelece, para os próximos 20 anos, um teto de investimento limitado às despesas do ano anterior, corrigido pela inflação. Mesmo que o orçamento do Estado cresça, não haverá aumento de investimento nos serviços essenciais à população.

Por outro lado, a PEC garante recursos para “empresas estatais não dependentes” (Projeto de Lei do Senado 204/16). A ação faz parte de um esquema fraudulento que pretende transferir recursos públicos para o setor privado. Temer quer fazer um ajuste fiscal, cortando investimentos em saúde, educação, aposentadorias e outros serviços básicos, para continuar engordando os bolsos de banqueiros e grandes empresários.

É contra esses ataques que lutam os jovens através das ocupações em todo País. A disposição e a criatividade da juventude emergiram para reanimar e dar esperança àqueles setores que, apesar de denunciar o desmonte do Estado, esbarrava na apatia, manipulada pelo discurso da mídia empresarial. Os e as estudantes estão na luta, mostrando conhecimento sobre seus direitos e resistência aos ataques. Na região, estão ocupadas a UESC, a UFSB, o Instituto Federal de Ilhéus e o Centro Estadual Educação Profissional (CEEP) de Itabuna.

Neste sentido, a realização das Audiências Públicas visa trazer para realidade local as consequências destes ataques e também os caminhos para resistência. Participarão da mesa inicial da Audiência em Itabuna Philipe Santana (Professor do IFBA), além de Paulo Rodrigues (Professor da UESC) e um representante do Ocupa UESC, que também participarão da audiência em Ilhéus juto com Sérgio Ricardo (Economista e professor da UESC).  Após as falas iniciais a palavra será franqueada aos presentes.

 

Fonte: ADUSC

ADUSC faz campanha em apoio ao movimento #OcupaUESC

APOIONa ultima sexta-feira (02), a comunidade acadêmica foi surpreendida com o pedido de reintegração de posse solicitado pela reitora Adélia Pinheiro, contra a ocupação estudantil na UESC. Caso o julgamento seja favorável, a reintegração poderá ser imediata. Para a diretoria da ADUSC e o Comando de Mobilização Docente eleito em assembleia, no dia 24 de Novembro, a ação é equivocada, antidemocrática e criminaliza o movimento tão necessário diante dos graves ataques impostos pelo governo ilegítimo de Temer.

Confira a nota de repúdio da ADUSC

Em resposta a atitude da reitoria e reafirmando a posição da assembleia do dia 09 de Novembro, os representantes docentes convocam a categoria para uma campanha em apoio ao movimento. Alguns professores (as) estão se revezando, vindo dormir na ocupação. Vamos fortalecer essa participação docente, dormindo com os estudantes na universidade e enviando fotos com plaquinhas de apoio à ocupação para o Facebook da ADUSC.

#ContraPECdoFIMdoMUNDO!

#OcupaUESC!

#OcupaTUDO!

Movimento #OcupaUESC lança nota em repúdio à reitoria

NOTA DE REPÚDIO À REITORA DA UESC

 

15319552_1219727914776364_1485422174_nNós, integrantes do movimento OCUPA UESC, viemos por meio desta repudiar a ação autoritária da reitoria da UESC. No último dia dois de dezembro, durante o período da tarde, o Movimento #Ocupauesc tomou ciência de um pedido de reintegração de posse solicitado pela reitoria da UESC, esta na figura de Adélia Pinheiro. Para nós essa ação é arbitrária e vai na contramão do posicionamento da ABRUEM – Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais, da qual a reitora é vice-presidente. É uma postura no mínimo incoerente com a decisão tomada em reunião ordinária realizada no dia 20 de Outubro na UESC, quando a ABRUEM posicionou-se contrária às medidas de austeridade do governo e favorável às mobilizações.

Nesse sentido, repudiamos a forma como o Movimento de Ocupação vem sendo fortemente criminalizado pela reitoria desta universidade. A administração central pede reintegração de posse para um movimento legítimo e democraticamente construído, caracterizando-o como uma invasão e apontando a Ocupação como “um ato de violência e intolerância que não se coaduna com a legislação posta nem com os ideais de um Estado Democrático de Direito”.

Compreendemos que o alicerce do Estado Democrático de Direito se dá através do livre exercício do direito de manifestação, exercido pelos estudantes organizados em suas instâncias representativas asseguradas por lei que decidiram por meio de Assembleia soberana e legítima pela ocupação da universidade contra os recentes ataques do Governo Federal – a PEC 55, a MP 746.

Não aceitaremos que o movimento seja acusado de causar prejuízos para a comunidade acadêmica, bem como de nos negarmos ao diálogo com a reitoria. Entendemos que o diálogo é construído numa via de mão dupla e não por meio de coações ou tentativas escusas de desocupar a universidade, condicionando a efetivação das pautas internas conquistadas, por esse movimento à desocupação.

Para além disso, ressaltamos que as atividades fim desta universidade não foram suspensas, visto que, por lei, a universidade tem de cumprir o Ensino, a Pesquisa e a Extensão e, de forma alguma essas atividades estão sendo impedidas pelo movimento de ocupação. Vários eventos de extensão e de pesquisa, tais como o Seminário de Iniciação Científica da UESC, bancas e seleções de pós-graduação estão sendo realizados.

A reitoria afirma que a ocupação traz “fragilidade para o patrimônio público” baseando-se no relatório de segurança 353\2016 de teor racista, corroborando com o estereótipo de tratar ocupantes negros enquanto criminosos em potencial. Nosso movimento é construído de forma democrática nos princípios de que todos têm direito à educação, onde repudiamos quaisquer posicionamentos que reforcem a segregação histórica que distancia o povo negro da universidade.

A reintegração de posse é uma clara coerção judicial acompanhada de coerção econômica, uma vez que pede uma multa de milhares de reais, indo na contramão da realidade dos estudantes a fim de intimidar aos membros da ocupação.

Diante do todo exposto, repudiamos veementemente a postura adotada pela reitora da universidade Estadual de Santa Cruz, já que esta conduta vai na contramão dos que lutam por uma educação emancipatória verdadeiramente inclusiva e sócio referenciada.

Ilhéus, 04 de Dezembro 2016.

Gigantesca marcha contra PEC 55 é duramente reprimida em Brasília

Representantes da UESC, UFSB e IFBA participaram do ato e já retornam para casa em segurança

imp-pop-1314183062de Mais de 30 mil pessoas participaram, nesta terça (29), da marcha Ocupa Brasília, para lutar contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/16, que corta investimentos em educação e saúde por vinte anos. A resposta de Michel Temer e da Polícia Militar do Distrito Federal à manifestação foi uma enorme repressão, com centenas de bombas e balas de borracha, que feriram dezenas de jovens e idosos.

A concentração da manifestação começou às 14h, em frente ao Ministério da Educação (MEC). Maria Lúcia Fatorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, deu uma aula pública sobre os perigos decorrentes da aprovação da PEC, explicitando como o projeto serve para retirar direitos da população mais pobre, enquanto garante lucros maiores aos grandes empresários e banqueiros.

Às 16h, os manifestantes se dirigiram ao Museu Nacional, onde já se concentravam milhares de pessoas. Nem a chuva que caiu afastou da manifestação os milhares de docentes, estudantes e demais categorias de trabalhadores que chegaram a Brasília de todos os cantos do país, muitas vezes enfrentando dias de ônibus para poder protestar contra a PEC 55.

Adolfo Oliveira Neto, docente da Universidade Federal do Pará (Ufpa) que compõe o CNG, afirma que a motivação da manifestação é a intransigência do governo federal em relação à política de ajuste fiscal. “Viemos pra rua, para a frente do Congresso Nacional, para mostrar que o Brasil está mobilizado contra essa PEC. A PEC vai destruir a universidade pública. Com ela, não consolidaremos cursos novos, não teremos dinheiro para pesquisa e extensão, vai acabar a assistência. Ela vai desmontar a universidade, e precisamos nos manifestar”, disse o docente, que ressaltou a presença de manifestantes de todos os estados do país, citando todas as dificuldades que muitos deles enfrentaram para chegar a Brasília.

A manifestação saiu com tranquilidade do Museu, e percorreu toda a Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, onde os senadores apreciavam a proposta em primeiro turno. Considerando o número expressivo de participantes, a marcha foi o maior ato na capital federal, em unidade entre trabalhadores e estudantes, desde a aprovação da Reforma da Previdência, em 2003.

A PM do DF, em conjunto com a Polícia Legislativa, não demorou meia hora para iniciar a repressão. Os policiais jogaram gás de pimenta nas pessoas e começaram a lançar bombas do alto, para em todas as direções da manifestação, o que provocou correria. Várias pessoas caíram e foram atingidas pelas bombas e estilhaços.

Mesmo com o recuo dos manifestantes, a repressão aumentou. A polícia avançava contra as pessoas com a Tropa de Choque e a Cavalaria e seguia atirando bombas para todos os lados. Nem o carro de som, onde estava a coordenação do ato e jornalistas, passou ileso do ataque policial, sendo impedido de seguir independente da repressão que ocorria a metros dali.

Os manifestantes, uma hora depois, se reagruparam próximo ao Museu Nacional, mas a repressão seguiu. A PM demonstrava clara intenção de levar a marcha o mais longe possível do Congresso Nacional, sem se importar com os meios para conseguir tal objetivo. A polícia militar, ironicamente, também não demonstrou se importar com a grave crise econômica pela qual passa o Distrito Federal, gastando milhares de reais em equipamentos de repressão.

Dezenas de idosos e jovens ficaram feridos pela ação policial. Algumas pessoas foram detidas. O Comando Nacional de Greve (CNG), a diretoria do ANDES-SN e a Assessoria Jurídica Nacional (AJN) estão tomando todas as medidas necessárias para minimizar os problemas causados pela polícia.

De acordo com Amauri de Medeiros, tesoureiro do ANDES-SN, o ato foi muito importante, com grande protagonismo dos estudantes. “Eles estão dando uma lição de resistência à população brasileira. Estamos sofrendo grandes ataques aos nossos direitos. O governo Temer, junto com o Legislativo, o Judiciário e a mídia, tenta convencer o povo da necessidade de um ajuste que não é necessário ser feito através de ataques aos trabalhadores. A PEC 55 é uma farsa que vai congelar todos os direitos dos trabalhadores, e diminuir o estado brasileiro”, afirmou.

O diretor do Sindicato Nacional ressaltou que o objetivo do ato era mostrar aos senadores que há setores da sociedade que se colocam contra a essa proposta e reagem à ela. “Conseguimos mostrar essa resistência, juntamos mais de 30 mil pessoas em Brasília, foi a maior manifestação com presença sindical da última década. Foi um ato muito bonito, democrático e pacífico. Porém, na frente do Congresso, a polícia reagiu com uma repressão que caracteriza o Estado de Exceção que está crescendo no país”, completou.

A matéria foi encerrada enquanto os senadores ainda votavam a PEC 55.

Fonte: ANDES-SN, com edição

Nota da ADUSC sobre arrombamento e tentativa de furto na UESC

Neste domingo (27), a notícia da tentativa de furto na UESC foi explorada de forma sensacionalista por parte da mídia empresarial e de contrários à ocupação da UESC, na tentativa de criminalizar o movimento. A diretoria da ADUC repudia tal postura e endossa a nota do movimento, que alerta “que o caso em questão se tratou de um fato isolado, unilateral e individual e que não coaduna com os valores defendidos pela ocupação”. Leia a nota.

A ocorrência de furtos e arrombamentos na UESC não é um privilégio ao período de ocupação, e a disposição do movimento em solucionar o problema dá conta de seu desacordo com tal prática. Portanto, se utilizar desse fato para criminalizar e questionar a legitimidade do movimento é rebaixar o debate político, de forma irresponsável e oportunista, sobre a questão do método de ocupação.

É inegável a relevância do movimento de ocupações promovido pela juventude de todo país, no enfrentamento aos ataques impostos à educação pública no atual cenário. Além de lançar um farol sobre a PEC 55 e a política de ajustes do ilegítimo governo Temer e demonstrar a disposição para a luta, as ocupações têm apontado o modelo de educação que atende aos interesses populares. Também proporciona formação e organização para os integrantes e apoiadores das ocupações.

É também legítima a preocupação quanto à abordagem da Polícia Militar. O Brasil possui a polícia que mais mata e mais morre no mundo. Uma polícia permeada por ideologias discriminatórias, acentuadas por discursos como o do Dep. Federal Jair Bolsonaro, que reforça preconceitos inclusive sobre os movimentos organizados pela classe trabalhadora. Isso se expressou na utilização da violência física contra acusado e contra o representante do movimento, mesmo sem resistência à apreensão.

A diretoria da ADUSC repudia tal abordagem, e se soma à preocupação em garantir que o infrator seja “responsável por seus  atos com a garantia de respeito ao devido processo legal”, e disponibiliza sua assessoria jurídica para tanto.

Por fim, o movimento Ocupa UESC completou, no dia 24 de novembro, último, um mês de ocupação com a realização de uma vitoriosa assembleia. Após avaliação das ações do movimento, 179 estudantes votaram favoráveis à continuidade da ocupação. Isto demonstra o reconhecimento das ações do movimento, bem como sua força para lutar, resistir e barrar a PEC 55, a MP 746 e a política de ajuste do ilegítimo governo Temer. A ADUSC reforça seu apoio aprovado em assembleia da categoria no dia 9 de novembro e reafirma seu compromisso com esta luta.

 

Professores da UESC não aprovam greve, mas mantêm mobilização

10A Assembleia geral da ADUSC, realizada nesta quinta-feira (24), não aprovou adesão à greve nacional das universidades municipais, estaduais e federais, conforme indicação do ANDES-SN. Conforme deliberação da Assembleia, o Movimento Docente (MD) seguirá mobilizado, impulsionando o calendário nacional de lutas. Além da paralisação nesta sexta-feira (25), os docentes participarão da Marcha à Brasília, no dia 29 de Novembro.

Para impulsionar às atividades de mobilização a Assembleia definiu um comando de permanente que se unirá a diretoria da ADUSC para discutir estratégias de mobilização da categoria. O comando se reunirá nesta sexta-feira (25), às 9 horas, na sede do sindicato, e está aberto à participação de outros interessados.

15205762_10211621508717456_1571613605_oOs docentes também deliberaram por fortalecer o ato público que acontece nesta exta-feira (25), a partir das 15 horas, com saída do Jradim do “Ó”, em Itabuna e pela realização de uma nova Assembleia após o retorno da Caravana à Brasília, no dia 29.  As/os docentes interessadas/os em integrar a caravana da Bahia, que irá de ônibus à Brasília, devem enviar nome completo e RG à ADUSC, pelo e-mail contatoadusc@gmail.com. Os dados devem ser enviados até às 18h, do dia 26 de novembro. A Caravana sairá dia 28, no período da manhã, de local ainda a ser divulgado.

Rumo à Greve Geral: atos acontecerão nesta sexta feira (25)

15205762_10211621508717456_1571613605_oNesta sexta-feira (25), sindicatos, estudantes e movimentos sociais de Itabuna voltarão às ruas contra a PEC 55 (PEC 241), reforma do ensino médio e demais ataques do governo Temer à classe trabalhadora. A atividade é um chamado nacional das centrais sindicais rumo à greve geral no Brasil.  Em Itabuna, o ato terá como linha de frente a referência ao “dia internacional de luta pelo fim da violência contra mulher”. A decisão foi aprovada durante reunião ampliada do Comitê em Defesa da Educação Pública de Itabuna, realizada na segunda-feira (21), na ocupação do CEEP.   A concentração do ato está marcada para as 15 horas no Jardim do “Ó”.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam há alguns anos o aumento dos casos de violência sexual, física e assassinatos de mulheres no país. O de 2015 constatou que houve 45.460 casos de estupro, o que corresponde a 125 vítimas por dia. Esses números, entretanto, estão longe de serem os reais, posto que no Brasil apenas 10% das vítimas de estupro notificam a violência.

Assim como em outros países, esses números são reflexos do aprofundamento da crise econômica e da total precarização das condições de vida da classe trabalhadora. Por isso, combater à violência machista para também por combater a política do governo Temer de transferir para as costas dos trabalhadores, em especial das mulheres o preço da crise.

Neste sentido, a reunião ampliada do Comitê Local em Defesa da Educação Pública, definiu a adesão do “Dia internacional de luta pelo fim da violência contra a mulher”, como tema central do ato desta sexta-feira (25). A luta das mulheres também estará presente nos atos que ocorrerão em todo país nesta data. A reunião também encaminhou por uma coluna das ocupações, com faixa unificada entre o IFBA, UESC, CEEP e UFSB, para dar visibilidade e combater a criminalização do movimento dos estudantes. Os professores da UESC já aprovaram paralisação para a data.

Professores e servidores técnicos das universidades e institutos federais, do ensino básico, servidores da saúde, terceirizados, estudantes, trabalhadores do comércio, bancários são algumas das categorias mobilizadas para a atividade. Faça parte da resistência! Convoque seu sindicato, colegas de trabalho, amigos, família e participe do ato público da sexta-feira (11). Fortaleça as ocupações das escolas e universidades. Vamos parar o Brasil e barrar o ataque aos nossos direitos!