Assembleia da ADUSC pautará adesão à greve nacional das universidades nesta quinta-feira (25)

AssembleiaA assembleia da Associação de docentes da UESC (ADUSC) discutirá a adesão ao movimento nacional de greve nas universidades nesta quinta-feira (25), a partir das 8:30 horas no Centro de Estudos Universitários (CEU). O movimento paredista deve fortalecer a luta para barrar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 55 e a Medida Provisória (MP) 746. Esta é uma indicação da reunião realizada, em Brasília, nos dia 19 e 20 de novembro, entre as representações docentes das Instituições Municipais, Estaduais e Federais de Ensino Superior (IMES/IEES/IFES) filiadas ao ANDES-SN. Até a data, 25 seções sindicais havia aprovado a greve e mais de 15 aprovaram a indicação ao movimento paredista.

A iniciativa de uma greve unificada entre os setores da educação superior, representados pelo ANDES-SN, não acontece desde a reforma da previdência, em 2003. O movimento se soma à luta crescente no setor da educação, amplamente visibilizada a partir das ocupações de escolas, institutos federais e universidades. Acompanhando a iniciativa dos estudantes, professores e servidores técnicos de diversas instituições de ensino básico, técnico e superior também já deflagraram greve. Nesse sentido, além do grande desafio de enfrentar o desmonte do Estado, o movimento paredista pretende conscientizar a sociedade de que esta é uma luta de toda a população.

Na reunião realizada em Brasília, os docentes também indicaram que o movimento paredista seja construído na perspectiva de ocupações dos espaços públicos. Oficinas, aulas públicas, debates e demais ações nas ruas e praças, em amplo diálogo com estudantes, servidores técnicos, movimentos sociais como um todo, devem fazer parte das atividades de greve.

“Além de continuar pautando junto às centrais sindicais e os movimentos sociais a necessidade de construção da greve geral para barrar a PEC 55/2016 e as reformas da previdência e trabalhista, os docentes apontaram uma série de ações em relação à PEC, como fazer um levantamento dos estudos já realizados pelas IES sobre os impactos da PEC 55 nas Universidades e instar as reitorias que não realizaram tal estudo, que o façam com a maior brevidade, democratizando o debate sobre os orçamentos locais; ampliar a pressão sobre os senadores e senadoras nos estados e no Senado federal, para votarem contra a PEC 55, por meio do envio de e-mails, publicações nas redes sociais e atividades no Congresso Nacional com visitas em conjunto com as demais entidades que estão mobilizadas; panfletagem junto aos senadores no Senado Federal na segunda-feira (28), entre outras. Além disso, irão intensificar a divulgação das ações de combate à criminalização dos movimentos de resistência”, informa matéria no site do ANDES-SN. Confira aqui o relatório da reunião.

*Com informação do ANDES-SN

Fonte: ADUSC

 

 

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA

AssembleiaNo uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Extraordinária a realizar-se no dia 24.11.2016 (quinta-feira), às 08:30h em primeira convocação e às 09:00h, em segunda, no espaço CEU.

1) Informes gerais e conjuntura

2)  Deflagração da Greve Geral do ANDES-SN, por tempo indeterminado, contra a PEC 55/16 e a MP 746/16.

3)  Encaminhamentos

Campus Soane Nazaré, 21 de novembro de 2016.

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José Luiz de frança Filho

Presidente

 

Ocupação da UESC receberá Cid Benjamin para lançamento do livro “Reflexões Rebeldes”

reflexoesNa próxima terça-feira (22), a programação da ocupação na UESC será marcada pelo lançamento do livro “Reflexões Rebeldes” e o debate com o autor Cid Benjamim. O evento é organizado pelo Centro Acadêmico de Direito João Mangabeira (CAJAM) com o apoio do movimento #OcupaUESC, da ADUSC, e dos Centros Acadêmicos de Economia, Letras e História. Para o debate, que ocorrerá a partir das 19 horas, no CEU, o autor propõe refletir sobre “as relações entre 1964, 1988 e 2016 – Quais os novos caminhos possíveis?”.

Cid Benjamin é jornalista, foi dirigente estudantil nas jornadas de 68 e participou da luta armada contra a ditadura. Após o período de exílio, militou no PT e no PSol, e é considerado um intelectual crítico e independente. Na publicação “Reflexões Rebeldes”, Benjamin traz uma coletânea de artigos sobre a conjuntura política, os dilemas da esquerda e os retrocessos impostos pelo neoliberalismo.

– Os artigos são voltados para o debate na sociedade e não para quem já tenha posições próximas às minhas. Não estigmatizam quem não pensa como eu. Ao contrário, buscam dialogar com essas pessoas, muitas vezes a partir de suas próprias convicções, buscando trazê-las para uma reflexão mais aberta. Aliás, o debate na sociedade me atrai mais do que a luta interna na esquerda, ainda que esta seja também necessária – escreve o jornalista, na apresentação do livro.

Comitê Estadual divulga moção de repudio à criminalização dos movimentos sociais

O Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública do Estado da Bahia repudia a perseguição e criminalização de movimentos sociais, lideranças dos movimentos sociais, estudantes e professores que participam e apoiam o movimento de luta e resistência Ocupa Tudo.

MOÇÃO DE REPÚDIO

 

COMITÊ ESTADUAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA – BAHIA

 

O Comitê em Defesa da Educação Públicas do Estado da Bahia repudia a perseguição e criminalização de movimentos sociais, lideranças dos movimentos sociais, estudantes e professores que participam e apoiam o movimento de luta e resistência Ocupa Tudo e lideranças das instituições públicas ocupadas.

Repudiamos veementemente:

 A invasão da sede da Escola Nacional Florestan Fernandes, pela Polícia Civil, no dia 04/11/2016, em Guararema (SP), sem mandado judicial. Além disso, utilizou de intimidação pelo disparo de armas de fogo contra professores e demais trabalhadores da educação desarmados;

– A interferência do Ministério Público na gestão e autonomia educacional de escolas, Institutos e Universidades Federais e Estaduais, por meio de intimações, ameaças de condução coercitiva de seus dirigentes, entre outras ações. A ação tem a clara finalidade de reprimir a liberdade de expressão dos membros da comunidade escolar e o direito de organização dos estudantes, técnicos e professores em luta contra a retirada de direitos;

– Usos do aparato jurídico e policial e de truculência e técnicas de tortura para repressão do movimento estudantil Ocupa Tudo, que estende-se por todo o Brasil em escolas públicas, Institutos Federais, Universidades Estaduais e Federais contra a PEC 55, que propõe alteração à constituição determinando o congelamento dos gastos públicos com educação e saúde;

– Caça ao direito de greve dos servidores públicos, que lutam de forma justa contra o desmonte do Estado promovido pelos governos Federal e Estadual.

Por meio de tais ações, os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário evidenciam o firme propósito de quebra do estado de direito, convertendo as lutas e mobilizações de estudantes e trabalhadores em casos de polícia, retrocedendo às formas autoritárias de gestão da coisa pública e à negação dos direitos sociais via estado de exceção.

Diante do exposto, repudiamos as referidas ações e reafirmamos o nosso compromisso pela luta em defesa dos direitos e pela construção da greve geral para barrar a PEC 55 e as medidas truculentas deste nefasto governo.

Só a luta muda a vida!

 

Feira de Santana, 05 de novembro de 2016.

 

 

Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública- Bahia

Assembleia da ADUSC aprova indicativo de greve

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Foto: Ascom ADUSC

Diante do grave cenário de ataques aos direitos sociais os/as professores/as da UESC aprovaram, em Assembleia, no dia 9 de novembro, o indicativo de greve. A Assembleia também aprovou o apoio à ocupação estudantil da UESC e adesão ao calendário nacional de lutas, com paralisação nos dias 11 e 25 de novembro. As medidas fazem parte da mobilização do ANDES-SN por uma greve nacional das Universidades, que impulsione os demais setores da classe trabalhadora rumo à greve geral. A luta é pela derrubada da PEC 55 (antiga 241), defesa dos direitos trabalhistas e sociais, e contra a MP 746, que trata da reforma do ensino médio.

Indicativo de Greve

Atendendo ao chamado do ANDES-SN, seções sindicais em todo país estão realizando rodadas de assembleias, para discutir e encaminhar sobre o indicativo de greve da categoria docente. A ação pretende fortalecer a articulação com outros setores da Educação, contra a PEC 55 (PEC 241, na Câmara) e contra a MP 746/2016. Além do crescimento das ocupações, já estão em greve servidores técnicos e docentes dos institutos federais (pelo SINASEFE) e servidores técnicos das universidades federais (pela FASUBRA). Os/as docentes de vinte e cinco universidades também já deflagraram greve (saiba mais).

No dia 19 de novembro, representantes docentes das Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior (IFES/IEES/IMES), do ANDES-SN, se reunirão para avaliar os resultados da rodada de Assembleias e apontar novos encaminhamentos. As indicações da reunião serão levadas para apreciação das categorias em nova rodada de Assembleias.

Calendário nacional de lutas

As paralisações das atividades acadêmicas nos dias 11 e 25 de novembro fazem parte do calendário nacional unificado pelas Centrais Sindicais, pela construção da Greve Geral. No dia 11, os docentes da UESC participaram dos atos de rua que ocorreram em Ilhéus e Itabuna, fortalecendo a unidade com diversas categorias. Em Ilhéus, o ato teve início às nove horas, saindo da lateral do Estádio Mario Viana, em direção à Praça da Prefeitura. Já em Itabuna, o ato ocorreu à tarde, saindo às 16 horas do Jardim do “Ó”.

O dia 25 de novembro será o ponto alto da Jornada de Lutas rumo à Greve Geral, e contará com a participação de todas as Centrais Sindicais do país e suas entidades de base. Uma grande marcha à Brasília está agendada para o dia 29, data em que a PEC 55 estará em votação no Senado. A diretoria da ADUSC reforça o chamado à categoria para este importante calendário de lutas. “O momento é grave e exige de todos e todas o envolvimento e o compromisso com a luta. As paralisações e greves são ferramentas necessárias, para que nossas atividades não sejam permanentemente paralisadas pelo congelamento imposto pela sede de lucro de banqueiros e grande empresários. Não vamos pagar com nosso suor e sangue por essa crise que não é nossa!”, ressalta o presidente da ADUSC, José Luiz de França.

*Com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas

Fonte: ADUSC

Ocupação segue na UESC e recebe apoio da comunidade acadêmica

 

Debate sobre a PEC 55 é marcado pela presença de estudantes do Ensino Médio. Foto: Ocupa UESC
Debate sobre a PEC 55 é marcado pela presença de estudantes do Ensino Médio. Foto: Ocupa UESC

Aprovada em assembleia estudantil no dia 24 de outubro, a ocupação da UESC se soma ao movimento nacional da juventude em resistência ao crescimento do conservadorismo e a destruição de direitos sociais. O movimento tem recebido apoio da comunidade acadêmica e externa, através de doações materiais e mantimentos, e de contribuições à programação. A Assembleia de docentes da UESC, realizada no dia 09 de novembro, também aprovou apoio à ocupação, que luta contra a PEC 55 (antiga 241), a contrarreforma do ensino médio, e também reivindica orçamento adequado para as universidades baianas e uma política efetiva de permanência estudantil.

Cine-Debate Ocupa a praça do Salobrinho. Foto: Ocupa UESC
Cine-Debate Ocupa a praça do Salobrinho. Foto: Ocupa UESC

O movimento de ocupação crescente nas escolas, institutos federais e universidades representam o maior foco de resistência ao cenário de ataques impostos à classe trabalhadora. Na UESC, as atividades de ensino ganharam nova metodologia, com apoio de docentes, artistas regionais, movimentos sociais e os próprio ocupantes que realizam palestras, oficinas, rodas de conversas e programações culturais. As atividades de pesquisa e extensão acontecem mediante solicitação e aprovação de uma comissão de ética da ocupação.

Reforçando seu caráter truculento e antidemocrático, o governo ilegítimo de Temer tenta convencer a opinião pública, criminalizando o movimento com difamações e inverdades. Mesmo com a posição favorável à realização do ENEM, por parte dos movimento de ocupação, o MEC ameaçou cancelamento da prova e impôs adiamento nas instituições ocupadas sem o menor diálogo com os estudantes. Posteriormente, foi o próprio presidente ilegítimo que, de forma deselegante, tentou ironizar o movimento em rede nacional, sem de fato debater o teor da política prevista na PEC 55.

Foto: Ocupa UESC
Foto: Ocupa UESC

Para diretoria da ADUSC, a intolerância política e o conservadorismo crescente são elementos preocupantes, que tentam distrair a população dos verdadeiros riscos impostos ao país. O Brasil caminha para um cenário de graves retrocessos. Sob a justificativa da crise econômica, banqueiros e grandes empresários se somam ao Congresso corrupto e ao governo ilegítimo para defender seus lucros e privilégios através da retida de direitos do povo trabalhador. Utilizam da mídia empresarial para convencer a população de que é preciso congelar o orçamento de serviços essenciais, como saúde e educação, para salvar o Estado. Enquanto isso, aprova a sonegação de impostos, ampliam seus privilégios e destinam cerca de 50% do orçamento da união para o pagamento de uma dívida que deveria ser auditada, conforme previsto na constituição.

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Performance “Missívas” com Daniela Galdino, poeta, atriz e docente da UNEB. Foto: Ocupa UESC

É contra esses ataques que lutam os jovens através das ocupações em todo país. A disposição e a criatividade da juventude emergiram para reanimar e dar esperança àqueles setores que, apesar de denunciar o desmonte do Estado, esbarrava na apatia, manipulada pelo discurso hegemônico. Os e as estudantes estão na luta, mostrando conhecimento sobre seus direitos e resistência aos ataques. Por isso, a ADUSC reforça a posição da Assembleia em apoio às ocupações e convida os(as) associados(as) e a população à visitar as ocupações em apoio à  luta.

Fonte: ADUSC

 

Rumo à Greve Geral: atos acontecerão nesta sexta feira (11), em Ilhéus e Itabuna

unnamed (1)Nesta sexta-feira (11), sindicatos, estudantes e movimentos sociais de Ilhéus e Itabuna voltarão às ruas contra a PEC 55 (PEC 241), reforma do ensino médio e demais ataques do governo Temer à classe trabalhadora. A atividade é um chamado nacional das centrais sindicais rumo à greve geral no Brasil. A concentração para o ato público em Ilhéus acontecerá a partir das 9h, ao lado do Estádio Mário Pessoa. Em Itabuna, a concentração está marcada para as 15 horas no Jardim do “Ó”.

As entidades que constroem o movimento lutam contra as medidas do governo federal que têm como objetivo retirar direitos da população e piorar suas condições de vida. Salários, SUS, escolas, creches e programas sociais terão investimentos congelados até 2036 pela PEC 55. Direitos trabalhistas dos servidores públicos serão gravemente desrespeitados com a PLC 54. A reforma do ensino médio, em conjunto com os projetos do Movimento “Escola Sem Partido”, colocará fim ao pensamento crítico na educação pública, prejudicando a formação da juventude. Trabalhar mais, receber menos e não ter direito à aposentadoria serão a realidade do povo brasileiro se as reformas da previdência e do trabalho forem aprovadas.

Professores e servidores técnicos das universidades e institutos federais, do ensino básico, servidores da saúde, terceirizados, estudantes, trabalhadores do comércio, bancários são algumas das categorias mobilizadas para a atividade. Faça parte da resistência! Convoque seu sindicato, colegas de trabalho, amigos, família e participe do ato público da sexta-feira (11). Fortaleça as ocupações das escolas e universidades. Vamos parar o Brasil e barrar o ataque aos nossos direitos!

 

ANDES-SN encaminha rodada de assembleia para deliberar sobre indicativo de greve

assembleiaEm todo país, as sessões sindicais do ANDES-SN pautarão em assembleia o indicativo de Greve Geral docente contra a PEC 55 (PEC 241 na Câmara) e contra a MP 746/2016 (que trata da reforma educacional). As plenárias devem acontecer entre os dias 7 e 17 de Novembro conforme indicação da reunião de representantes docentes das Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior (IFES/IEES/IMES) do ANDES-SN. Assim, a diretoria da ADUSC conclama toda a categoria para a Assembleia Geral Docente, que será realizada nesta quarta-feira (09), às 8:30 horas, no CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho). A temporalidade da greve docente também estará em pauta. CONFIRA AQUI A CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA.

A Proposta de Emenda à Constituição 55 (que tramitou na Câmara como PEC 241) propõe a redução do investimento por 20 anos das despesas primárias da União, entre elas Saúde, Educação, Cultura, Infraestrutura, Saneamento, além de retirar da Constituição o percentual mínimo para destinação de recursos para Saúde e Educação Públicas. Se aprovada a PEC, os orçamentos das áreas sociais, já defasados e insuficientes, por exemplo, serão reajustados apenas com base na inflação do período. Já a Medida Provisória 746/2016 propõe, de forma autoritária, a contrarreforma do Ensino Médio.

Os resultados das assembleias deverão ser encaminhados para secretaria do ANDES-SN e serão apreciados e encaminhados na próxima reunião conjunta dos Setores das IEES/IMES e IFES nos dias 19 e 20 de novembro, em Brasília.

A deliberação de apontar às seções sindicais o debate sobre a construção da greve docente em unidade com o setor da educação foi resultado de um amplo debate e análise de conjuntura, no qual se evidenciou a necessidade de intensificar as ações radicalizadas em conjunto com demais setores da classe trabalhadora e apontar perspectivas de luta para o período próximo, diante do acirramento da conjuntura e da resistência, com a ampliação das ocupações de escolas, institutos e universidades e também a deflagração de greve dos técnico-administrativos e docentes dos Institutos Federais, da base da Fasubra e do Sinasefe. Confira aqui a íntegra da NOTA DOS SETORES DAS IFES e IEES/IMES.

“A reunião dos setores foi importante porque nos colocou num outro patamar. Diante da conjuntura e da dificuldade da maior parte das centrais sindicais de chegarem a um dia comum da greve geral, percebemos a necessidade de ampliar o nível de mobilização da categoria docente, em especial diante das ocupações dos estudantes, da greve da Fasubra, do Sinasefe e da deliberação de algumas seções sindicais pela greve. Nesse sentido, os setores avaliaram a necessidade de remeter às bases o debate sobre o indicativo de greve”, conta Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, reforçando que o Sindicato Nacional segue empenhado na construção da greve geral como ação necessária para envolver o conjunto da classe trabalhadora, tanto do serviço público como da iniciativa privada.
Eblin ressalta que os docentes tem absoluta clareza de que o enfrentamento contra a PEC 55 não deve se restringir ao setor da educação, mas que “o setor da educação pode ser um disparador, um motivador para que as outras categorias do setor público e da iniciativa privada possam aderir aos dias 11 e 25 como dias nacionais de paralisação, e também possam deliberar por greve nas suas bases”.

De acordo com a presidente do Sindicato Nacional, a orientação às seções sindicais, para além da rodada de assembleias, é intensificar a mobilização em articulação com os estudantes, técnico-administrativos e com os demais segmentos da classe trabalhadora por estado, para a realização de grandes atos de rua nos dias 11 e dia 25 de novembro, com paralisação da categoria, visando também a construção de uma grande marcha à Brasília, prevista para o dia da votação, em primeiro turno, no Senado, da PEC 55.

“É fundamental que nesse período, até o primeiro dia de votação no Senado, se intensifique a pressão sobre os senadores nos gabinetes estaduais, e também no Congresso Nacional, para que eles votem contra a PEC 55. Mas só a pressão sobre os senadores não é suficiente, por isso é necessário ocupar as ruas”, conclama a presidente do ANDES-SN.

Universidades em greve
Até o momento, já são sete universidades federais em que já foi deflagrada greve da categoria docente contra a PEC 55 e a MP 746/2016: Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Alfenas (Unifal), a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Os docentes da Universidade de Pernambuco (UPE), instituição estadual, também deflagraram greve com pauta local, e em protesto à PEC 55 e à MP 746/2016.

Ocupações
Enquanto os estudantes secundaristas são obrigados a sair de várias das escolas ocupadas devido a ordens de reintegração de posse, cumpridas com forte aparato de repressão policial, os estudantes universitários ampliam o movimento em todo o país.

Já são mais 60 universidades federais e estaduais ocupadas em todas as regiões, além de mais de 1100 escolas e institutos federais. Com a aprovação da PEC 241/16 na Câmara, e seu envio ao Senado, como PEC 55, os estudantes universitários intensificaram as ações. As ocupações contam com apoio das seções sindicais do ANDES-SN.

Além das universidades já divulgadas, entre quinta e sexta-feira (3 e 4), estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Amapá (Unifap), Oeste do Pará (Ufopa), Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais decidiram por ocupar campi das instituições.

AGENDA
07 a 17/11 – Rodada de AG para discutir e deliberar sobre o indicativo de greve docente, em articulação com o setor da Educação.
11/11 – Dia Nacional de Luta com mobilização, protestos e paralisações.
19 e 20/11 – Reunião dos Setores (IFES + IEES/IMES) para tratar do resultado da rodada de AG.
21 a 24/11 – Rodada de AG para deflagrar ou não a greve do ANDES-SN (a depender dos encaminhamentos dos setores dos dias 19 e 20/11);
25/11 – Dia Nacional de Luta com mobilização, protestos e paralisações.
28 e 29/11 – Marcha Nacional à Brasília (conforme indicação sendo construída com o setor da Educação e a ser construída com Fonasefe);

Leia também:

Diretoria do ANDES-SN divulga nota sobre corte de ponto de servidores em greve

 

Fonte: ANDES-SN, com alterações

RETIFICAÇÃO DE PAUTA: Convocação de Assembleia

assembleiaNo uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Ordinária a realizar-se no dia 09.11.2016 (quarta-feira), às 08:30h em primeira convocação e às 09:00h, em segunda, no CEU, com a seguinte pauta:
1)    Informes
2)    Avaliação da conjuntura nacional:
·         ocupações das escolas, institutos e universidades;
·          ataques aos direitos trabalhistas.
3)    Paralisação nos dias 11 e 25/11, rumo a greve geral;
3.1) Indicativo de Greve Geral por tempo indeterminado:
 
·         Contra as reformas da Previdência, Trabalhista e O PLC 30 da terceirização!
·         Contra o PLC 54(PL 257), a PEC 241/55 e PL 4567!
·         Contra o Ajuste Fiscal e pela Auditoria da Dívida Pública e redução da taxa de juros!
·         Em defesa do emprego!
·         Contra a Lei da Mordaça e a reforma do Ensino Médio!
4)    O que ocorrer.
 
 
 
Campus Soane Nazaré, 04 de novembro de 2016.
 José Luiz de França Filho
Presidente

Saúde Docente é tema de Encontro Nacional do ANDES-SN

imp-pop-660120063Nos dias 18 e 19 de novembro, o ANDES-SN realizará o VI Encontro Nacional de Saúde do Trabalhador Docente, em Feira de Santana (BA). Durante o encontro, que terá como tema central “A lógica gerencialista nas universidades e o impacto na saúde doente”, o Sindicato Nacional irá também lançar uma cartilha para instrumentalizar as Seções Sindicais na realização de uma pesquisa nacional sobre saúde docente. O material terá procedimentos detalhados, relacionados ao método de trabalho, para a aplicação da pesquisa e consolidação dos dados em âmbito nacional.

De acordo com João Negrão, 2º tesoureiro e da coordenação do Grupo de Trabalho de Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do Sindicato Nacional, a lógica gerencialista se inclui a quebra da autonomia universitária e na visão de gestão atual. “Os reitores já são chamados de gestores e, com isso, está se perdendo toda a concepção de universidade que a própria Constituição estabelece. Mas, além disso, é a submissão das universidades à lógica gerencial do Estado brasileiro, com o controle da produção acadêmica e do que se faz no ensino. É uma lógica bem produtivista, que tira o caráter de pesquisa da própria universidade, orientada para o mercado”, explica.

De acordo com Negrão, o Encontro Nacional será um momento de reflexão e de contato com a sociedade e com outros órgãos que também pesquisam a questão do trabalho e do adoecimento laboral. “Será importante para enriquecer o nosso debate e termos elementos mais profundos para poder discutir e alavancar a nossa pesquisa”, enfatiza o diretor do ANDES-SN. O evento será sediado pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Ferira de Santana (Adufs-BA, Seção Sindical do ANDES-SN).

A proposta de realização da Pesquisa Sobre Saúde Docente nas Instituições de Ensino Superior surgiu após a constatação da escassez de informações específicas sobre a saúde da categoria docente, além da necessidade do aprofundamento dos debates acerca dessa temática. A elaboração da cartilha de orientação, que será lançada durante o VI Encontro Nacional foi deliberada no 35º Congresso do ANDES-SN, realizado no início desse ano, em Curitiba (PR).