Assembleia Docente aprova Campanha Salarial 2016

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A proposta do Fórum das ADs para a Campanha Salarial 2016 foi aprovada nesta quinta-feira (18), na Assembleia Geral da ADUSC. Na pauta de reivindicações está o reajuste de 15,5%, orçamento adequado para as universidades e o respeito aos direitos trabalhistas. A assembleia também elegeu os delegados para o 35º Congresso do ANDES-SN e encaminhou por uma nova Assembleia no dia 4 de Dezembro para tratar do “Pacote de Ruindades” e a luta unificada pela reposição inflacionária.

O índice de reajuste salarial de 15,5% foi o resultado alcançado após diversas reuniões e estudos dos professores do Fórum das ADs.  A diretoria da ADUSC explicou que o valor comporta a reposição inflacionária do ano de 2015 e a média das conquistas salarias arrancadas do governo pelo Movimento Docente (MD) nos últimos oito anos. Não se trata de ganho real, mas de uma política de recomposição salarial. Segundo cálculos do DIEESE (veja aqui) para repor as perdas acumuladas pelos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), desde dezembro de 1990 à dezembro de 2015, seria necessário um reajuste de 79,76%.

A pauta de reivindicações para 2016 também manteve a luta em defesa dos direitos trabalhistas e do Estatuto do Magistério Superior, com a garantia das promoções, progressões, alterações de regime de trabalho e adicionais de insalubridade. Para tanto, os docentes insistem na necessidade da desvinculação das classes às vagas do quadro docente, garantindo maior autonomia às universidade. Dede 2014, um Projeto de Lei elaborado entre representantes docentes, reitores e governo, encontra-se emperrado na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Segundo o governo, há um impedimento técnico, porém o parecer da procuradoria nunca foi apresentado (conteúdo no PL).

A ampliação do repasse orçamentário do estado às UEBA para 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) também permanece na pauta. Atualmente o governo disponibiliza apenas 5% (RLI), um percentual insuficiente que não garante o cumprimento dos direitos trabalhistas nem as demandas vinculadas às atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.

Pacote de Ruindades

Durante a assembleia, a categoria foi informada das manobras do governo para garantir a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 148/15, em primeiro e segundo turno, nesta quarta-feira (17). Os representantes de Rui Costa tentaram antecipar a votação da PEC para uma sessão extraordinária, com início às 12h05, mas, com a presença e a pressão dos servidores, e a atuação da bancada de oposição a PEC não foi votada. O primeiro turno foi votado em plenária ordinária e a previsão é de que o segundo turno ocorra na quarta-feira (23).

Com estes informes, a proposta de paralisação para 6 e 7 de Janeiro foi retirada de pauta pela diretoria, que apresentou como alternativa a realização de uma Assembleia Docente imediatamente após  retorno do recesso, dia 4 de janeiro de 2016. A assembleia abordará, além da PEC, a mobilização contra o PL 21.631/15 que versa sobre alterações e perdas de direitos trabalhistas como licença-prêmio, estabilidade econômica, férias, entre outros.

O assunto também foi pauta de reunião com o Superintendente da SAEB, Adriano Tambone, realizada na quarta-feira (16). O coordenador do Fórum das ADs, Luiz Blume, informou à Assembleia, que Tambone abordou algumas propostas de emenda encaminhadas pelo governo, referente à regulamentação das regras de estabilidade financeira e licença prêmio. Segundo ele, até o momento as propostas são apenas especulação, pois não constam no documento apresentado pelo relator.

35º Congresso do ANDES-SN

A Assembleia também escolheu os delegados para o 35º Congresso do ANDES-SN, que acontece entre os dias 25 a 30 de janeiro de 2016, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Foram eleitos o docente Paulo Rodrigue, representando a diretoria da ADUSC, a docente Maíra Mendes e o docente Emerson Lucena pela base. O 35º Congresso do ANDES-SN terá como tema:Em defesa da educação pública e gratuita e dos direitos dos trabalhadores”. O caderno de textos do evento já está disponível. (Acesse aqui)

Fórum das ADs exige celeridade da SAEB na reposição da insalubridade

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O Fórum das ADs se reuniu com o superintendente da Secretaria de Administração (SAEB), Adriano Tambone, para discutir o corte do adicional de insalubridade e outras questões trabalhistas nesta quarta-feira (16). O representante do governo apresentou a instrução normativa a ser encaminhada as reitorias, mas reafirmou a posição do governo em manter o corte até a conclusão do processo de revisão. Os representantes docentes fizeram duras críticas à posição do governo e exigiram celeridade na reposição do direito para evitar maiores prejuízos à categoria.

O documento de “instrução normativa” apresentado durante a reunião foi uma resposta a exigência do Fórum das ADs. A medida visa sanar o problema apresentado pelo governo de que os processos anteriormente encaminhados não atendiam às orientações da SAEB. Apesar da solicitação explicita do movimento, durante a reunião, ainda foram necessários ajustes a “instrução normativa” para evitar dúvidas quanto à documentação necessária. Os docentes também criticaram a demora no envio do documento, que foi solicitado durante reunião realizada no dia 1º de Dezembro.

A disposição em que os processos serão encaminhados pelas reitorias ao governo também consta no documento. Segundo o superintendente da SAEB o envio dos processos em bloco por local de trabalho e similaridades será importante para acelerar a avaliação. Uma central de atendimento para esclarecimento e acompanhamento de docentes e demais servidores atingidos pelo corte será criada.

O Fórum das ADs reiterou a disposição da categoria para garantia dos direitos e as medidas jurídicas adotadas pelas Associações Docentes, solicitando que o direito seja restituído com brevidade. O superintendente reafirmou que diante da metodologia do governo que não há possibilidade de restabelecimento do pagamento antes da conclusão do processo de revisão, mas garantiu que será pago com retroatividade.

Mandado de segurança

Além da pressão política, a ADUSC também deu entrada num mandado de segurança pela imediata restituição do pagamento. No mandado consta documentação comprobatória a respeito da ilegalidade do procedimento adotado pelo governo Rui Costa, e encontra-se em apreciação, nas mãos do magistrado Maurício Kertzman Szporer. (Confira o processo)

PEC que altera direitos dos servidores públicos tem votação adiada na ALBA

Foto: Sergio Barroso
Plenário da ALBA. Foto: Sergio Barroso

O dia foi agitado durante terça-feira (15) na Assembleia legislativa da Bahia (ALBA). A sessão conjunta das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle (CFOFC) e de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo (CIDET), que aprovara a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 148/15 em 10 de Dezembro, havia sido anulada pelo presidente da casa. A decisão foi tomada após bancada da oposição denunciar ilegalidades ocorridas durante votação.

Sessão Conjunta das Comissões Técnicas. Foto: Sergio Barroso
Sessão Conjunta das Comissões Técnicas. Foto: Sergio Barroso

Uma nova sessão conjunta teve início na manhã da terça-feira (15), mas foi interrompida para cumprimento da ordem do dia no plenário da Assembleia Legislativa.  As comissões voltaram a se reunir à noite, quando aprovaram a Proposta de Emenda. A movimentação dos deputados foi acompanhada de perto pelo coordenador do Fórum das ADs, Luiz Blume, e representantes das quatro associações docentes baianas, também de outras categorias do serviço público estadual.

Servidores públicos estaduais acompanham ações dos deputados. Foto: Sergio Barroso
Servidores públicos estaduais acompanham ações dos deputados. Foto: Sergio Barroso

Segundo o líder do governo, deputado José Neto, a PEC 148/15 deverá passar pelo primeiro turno de votação antes do recesso da casa, para garantir o segundo turno de votação e a aprovação do Projeto de Lei 21.631/15 no início de Janeiro. Para o presidente da ADUSC, a tentativa de burlar os trâmites legais  é um exemplo do potencial truculento do governo Rui Costa (PT) contra os trabalhadores, e precisa ser respondido com intensa mobilização. “Foi assim com o corte do direito a insalubridade, ao invés de detectar as situações ilegais, cortou o adicional sem direito a defesa”, afirma.

INSALUBRIDADE

O Fórum das ADsvolta a se reunir com representantes do governo nesta quarta-feira (16), para pressionar o governo a dar celeridade na reposição dos adicionais de insalubridade devidamente justificados. Na oportunidade os representantes docentes também tratarão do pacote de maldades e da situação orçamentária das universidades.

Fonte: ADUSC

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA
 
17.12 AssembleiaNo uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Extraordinária a realizar-se no dia 17.12.2015(quinta-feira), às 13:30h em primeira convocação e às 14:00h em segunda, no auditório do Pavilhão Max de Menezes, no 1º andar, com a seguinte pauta:
 
1) Informes;
2) Eleição de delegados para o Congresso do ANDES/Janeiro 2016;
3) Discussão e deliberação da pauta de reivindicações/2016;
4) Paralisação nos dias 06 e 07 de janeiro.

Campus Soane Nazaré, 14 de dezembro de 2015.

José Luiz de frança Filho
Presidente

MOÇÃO DE REPÚDIO

A diretoria da ADUSC vem a publico repudiar com veemência a violência cometida pela policia militar e pela segurança da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), durante manifestação de docentes, estudantes e funcionários técnico-administrativos das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), no dia 9 de dezembro de 2015. Os atos de truculência aconteceram por ordem do próprio presidente da Assembleia, deputado Marcelo Nilo, e a conivência de demais deputados da base governista.

Repudiamos o uso de qualquer tipo de violência contra as vidas de quem luta defendendo os seus direitos. Também não aceitaremos essa campanha de desqualificação do serviço público e de ataques aos direitos dos trabalhadores.

NENHUM DIREITOS A MENOS.

Confira abaixo moções de apoio:

Associação de Docentes da UESB

Moção UFBA

Moção UNEB

Servidores públicos mantêm mobilização contra ataques do governo

Uma nova mobilização será realizada nesta terça-feira (15) na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) para barrar a votação da primeira sessão da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 148/15. Os manifestantes também exigem o arquivamento do Projeto de Lei (PL) nº 21.631/2015 que, junto com a PEC, retiram direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores. A proposta de mobilização foi aprovada pelo Fórum das ADs junto com outras categorias dos servidores reunidos na quinta-feira (10) na sede da Associação dos Funcionários Públicos da Bahia (AFPEB), após garantir o adiamento da votação das medidas com forte ato na quarta-feira (9) na ALBA.

A reunião na AFPEB também aprovou a paralisação das atividades por 48h a partir do dia 15 e a elaboração de uma carta aos servidores, retratando as propostas do governo e reforçado a importância da mobilização. Os docentes da UESC não participarão da paralisação por falta de tempo hábil para convocação de assembleia, mas estarão representados pela diretoria da ADUSC na mobilização desta terça. Na quarta-feira (16) o Fórum das ADs vota a se reunir com representantes do governo para tratar das medidas e ainda, do corte arbitrário ao adicional de insalubridade.

Votações da PEC 148/15 e do PL 21.631/2015

A PEC 148/15 foi aprovada na quinta (10), em reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle (CFOFC) e de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo (CIDET). Nesta terça-feira (15), entrará em primeira sessão de votação no plenário da assembleia, e caso aprovada deve retornar para segunda votação após recesso. Em seguida a aprovação da PEC148/15, o PL 21.631/2015 poderá ser votado. O que deve ocorrer em 7 de Janeiro, após recesso da ALBA, conforme afirmação do líder do governo Zé Neto.

Mobilização unificada retira de pauta na ALBA projetos que alteram direitos trabalhistas

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Protesto na área externa da ALBA. Foto: Ascom ADUNEB

A paralisação unificada dos servidores públicos baianos e o ato conjunto na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) garantiram uma importante vitória à categoria, nesta quarta-feira (9).  O Projeto de Lei 21631/2015 (aqui) e a Proposta de Emenda Constitucional 148/2015 (aqui) enviados pelo governo Rui Costa (PT), que alteram direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores, foram retirados de pauta . Nesta quinta-feira (10), representantes sindicais de diversos setores do serviço público se reunirão para discutir os próximos passos da luta. O PL 21.624/2015 (aqui), que dispõe sobre o  Projeto Estadual de Auxílio à Permanência dos estudantes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) foi votado, apesar de intensos protestos de estudantes e professores.

Unidade na Luta

Presidente da ADUSC, José Luiz de França, durante mobilização na ALBA . Foto: Ascom ADUNEB
Presidente da ADUSC, José Luiz de França, durante mobilização na ALBA . Foto: Ascom ADUNEB

Policiais civis, servidores do Judiciário, da saúde, das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), dentre outros setores do serviço público, paralisaram as atividades nesta quarta-feira (9) em protesto aos ataques do governo sobre o setor público.  Mobilizados, o trabalhadores realizaram uma forte mobilização na ALBA e garantiram que a votação do PL 21631/2015 e da PEC 148/2015 fosse adiada. Caso fossem votadas e aprovadas as propostas alterariam direitos como a concessão de férias, licença prêmio, estabilidade econômica, além de extinguir a licença sabática dos docentes.

O adiamento da pauta foi uma conquista significativa dos trabalhadores que foram vítimas de diversos outros ataques ao longo do ano, a exemplo do corte arbitrário do adicional de insalubridade, no mês de Novembro. A ação denuncia o critério político do governo Rui Costa de ataque a direitos dos trabalhadores, para gerar economia de recursos aos cofres públicos.

Mobilização ocupou saguão da ALBA. Foto: Ascom ADUNEB
Mobilização ocupou saguão da ALBA. Foto: Ascom ADUNEB

Nesse sentido, os servidores permanecem mobilizados e realizam uma nova reunião nesta quinta-feira (10), para discutir os próximos passos da luta. A partir das 17 horas, representante de diversos sindicatos e associações retornarão a ALBA para pressionar os deputados da Comissão de Constituição e Justiça, que irão discutir a PEC e o PL. O objetivo é de pressionar os deputados para barrarem definitivamente os projetos.

Programa Estadual de Auxílio à Permanência Estudantil

O PL 21.624/2015, aprovado nesta quarta-feira (9), foi considerado pelo Movimento Estudantil, presente no protesto, um grave ataque às demandas da categoria. O Programa Estadual de Auxílio à Permanência Estudantil descrito no PL foi apresentado pelo governo como resposta à mobilização estudantil durante a última greve das universidades baianas. O programa, apresenta diversos problemas que precisam ser discutidos amplamente com a comunidade acadêmica.

Após mobilização no plenário, interrompida por dura repressão, a categoria realizou uma reunião com o relator do projeto, Eduardo Sales, quando foram elaboradas propostas de emendas ao PL. O acordo porem, não foi respeitado pelos deputados que aprovaram o projeto conforme encaminhado pelo executivo.

Davidson Brito, Militante do Coletivo Retomada (ANEL) foi agredido enquanto exigia emendas ao Projeto de Auxílio a Permanência Estudantil. Foto: Ascom ADUNEB
Davidson Brito, Militante do Coletivo Retomada (ANEL), um dos estudantes agredidos enquanto exigiam emendas ao Projeto de Auxílio a Permanência Estudantil. Foto: Ascom ADUNEB

Segundo Davidson Brito, um dos estudantes covardemente agredidos pela PM, o governo apresenta uma chantagem aos estudantes que, ao serem atendidos pelo programa, ficam impossibilitados de disputar programas acadêmicos como os de Iniciação Científica e PIBID. “O estudante é obrigado a escolher entre permanecer e ter uma formação qualificada”, afirmou. A ADUSC se solidariza com a luta estudantil e repudia a falta de diálogo e a truculência do governo Rui Costa (PT) frente às lutas da juventude e dos trabalhadores.

Comunicado: professoras e professores da UESC vão paralisar suas atividades

Apresentação1

A Associação dos Docentes da UESC vem a público informar os motivos que levaram a categoria a aprovar em sua última assembleia a paralisação das atividades no dia 9 de dezembro. Professoras e professores protestam contra retirada de direitos trabalhistas, crise orçamentária das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) e em defesa de uma permanência estudantil adequada. A categoria entende a luta como única forma possível de enfrentar a política de desmonte do serviço público e das UEBA, promovida pelo governo Rui Costa (PT) com a conivência dos deputados governistas na Assembleia Legislativa (ALBA).

Direitos trabalhistas

O ano de 2015 foi marcado por ataques aos direitos constituídos do funcionalismo público baiano. Foram aprovadas a criação do PREVBAHIA – regime de previdência complementar que pôs fim à aposentadoria integral dos servidores –, alterações das regras da pensão por morte e mudanças no PLANSERV – diminuição da contribuição do Estado e ampliação da parcela dos trabalhadores. No dia 27 de novembro, o governo enviou à ALBA uma série de projetos de lei, o “pacote de maldades”, que pretende alterar a concessão de férias, licença prêmio, estabilidade econômica e extinguir a licença sabática.

Os professores universitários sofreram ainda com a publicação de uma portaria da Secretaria de Administração de grande repercussão midiática, responsável por acusar centenas de docentes, sem qualquer averiguação prévia, de burlarem o regime de dedicação exclusiva. Além disso, o adicional de insalubridade foi cortado de forma arbitrária no mês de novembro. O governo não seguiu nenhum trâmite legal para a revisão do direito.

Crise orçamentária

Há três anos, as Universidades sofrem com a redução das verbas de manutenção, investimento e custeio. Em uma comparação entre os valores repassados em 2013 e a previsão para 2016, a defasagem, considerando a inflação do período, ultrapassa R$ 73 milhões. A falta de recursos interfere em toda a vida universitária, desde a infraestrutura básica das atividades, como pagamento de água e luz, aos serviços prestados à sociedade, tais como atendimento médico e odontológico. O Movimento Docente pleiteou uma emenda à Lei Orçamentária Anual que destinasse 7% da receita líquida de impostos para as Universidades. Contudo, a proposta foi negada pelo relator da Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Leal (PSL).

Além de se recusar a investir o necessário nas Universidades, o governo aplica decretos de contingenciamento, agravando a situação de precariedade das Instituições. Os decretos restringem consumo de energia, telefone, correio, xerox, impedem negociação salarial e de planos de carreira, bem como desrespeitam a autonomia universitária.

Pauta estudantil

Os estudantes também são altamente prejudicados pelas atitudes do governo. Além da falta de professores, salas de aula, materiais para laboratórios e aulas de campo, a categoria é atingida pela falta de condições materiais de continuarem seus estudos. Durante a greve dos professores, os discentes conquistaram um programa estadual de permanência estudantil.

Todavia, a proposta foi criada sem o devido diálogo com a comunidade universitária e pretende instaurar um sistema de bolsas-auxílio em lugar da criação de restaurantes universitários, creches e residências. O programa apresenta diversos problemas, como a cobertura de apenas 2/3 da graduação, não permitir que o aluno tenha outras bolsas (iniciação científica e monitoria) ou possuir emprego. O comitê responsável pela gestão do Programa não terá a representação das Universidades. O projeto de lei 21.624/15, que cria tal programa está incluído no “pacote de maldades”.

ALBA

Para a instauração desse cenário crítico, a Assembleia Legislativa tem ocupado um papel fundamental. Sob o mando do governador Rui Costa, os deputados governistas têm aprovado diversos projetos contra os interesses da população, inclusive em regime de urgência, método em que não se faz necessária a passagens dos PL nas Comissões da ALBA. A falta de diálogo é comprovada também com a recusa em agendar audiências públicas com o Movimento Docente para o debate dos direitos trabalhistas e situação das Universidades. Um momento emblemático desse tipo de prática foi a sessão plenária do dia 1º de dezembro, quando a comunidade universitária esteve na ALBA para protestar contra o “pacote de maldades” e os deputados governistas não se prestaram nem mesmo a estarem presentes no plenário para discutirem os projetos. Confirmavam apenas a presença pelo sistema eletrônico a cada contagem de quórum solicitada. Uma vergonha! Quórum artificial para votar projetos que contrariam os interesses da população e usurpam direitos de milhares de baianos.

Mobilização

Os professores da UESC não aceitam essa situação e permanecerão mobilizados contra qualquer tipo de ataque ao serviço público, aos direitos trabalhistas e às Universidades Estaduais. E estará presente em Salvador para o ato conjunto com as demais categorias do serviço público na Assembleia Legislativa. Vamos barrar o “pacote de maldades” e lutar por mais verbas para as Universidades. Em defesa do serviço público e contra o sucateamento da educação. Juntos somos fortes!

FONTE: ADUSB, com alteração

Licença prêmio: direito adquirido e requerimento preventivo

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Com o envio do projeto de lei 21.631/15, na última sexta-feira (27 de novembro), para a Assembleia Legislativa, as regras para a concessão da licença prêmio e outros direitos correm o risco de mudar. Em resposta ao PL, a reitoria da UESB publicou, no dia 30 de novembro, uma nota na qual informa sobre a possibilidade dos(as) professores(as), que já possuem o direito à licença, de preencherem um Requerimento de Direitos e Vantagens (RDV) com intuito de terem seu direito reconhecido para utilização em momento oportuno. A ADUSC é terminantemente contrária a aprovação do projeto 21.631/15, bem como dos demais presentes no “pacote de Ruindades” do governo e está em luta para a derrubar as propostas. Contudo, diante do contexto de ataques aos trabalhadores(as), o sindicato recomenda aos docentes a efetuarem a medida preventiva indicada pela reitoria da Universidade.

Confira a nota da reitoria da UESB na íntegra. 

Fonte: ADUSB, com edição

Participe da mobilização em defesa dos Serviços Públicos

 

 

 

Participe das atividades de mobilização da UESC. Professores, estudantes e funcionários técnicos interessados em participar do ato público em Salvador devem entrar em contato com a secretaria da Adusc até o dia 7 de dezembro às 17h.

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