Assembleia da ADUSC aprova paralisação contra ataques do Governo Rui Costa

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Em assembleia realizada nesta sexta-feira (04), os professores da UESC aprovaram a paralisação das atividades acadêmicas no dia 09 de Dezembro. A decisão é uma resposta aos ataques do governo Rui Costa (PT) aos servidores públicos baianos, como o corte arbitrário ao adicional de insalubridade e um conjunto de leis que altera direitos historicamente conquistados. Na data, os docentes também participarão do ato conjunto com diversas categorias dos(as) servidores(as) públicos(as) estaduais, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A assembleia da ADUSC também aprovou a realização de uma aula pública seguida de panfletagem no dia 8 de Dezembro, a constituição de uma comissão para levantamento de problemas internos da universidade e a realização de um CONSU extraordinário para debate da pauta. Interessados(as) em participar do Ato Público em Salvador devem entrar em contato com a secretaria da ADUSC até o dia 07 de dezembro às 17h.

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Ordinária a realizar-se no dia 04.12.2015 (sexta-feira), às 09:30h em primeira convocação e às 10:00h em segunda, no CEU no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

1) Informes;

 2) Um dia de luta com paralisação;

3) O que ocorrer.

Campus Soane Nazaré, 02 de Dezembro de 2015.

 

Governo federal corta mais R$ 11,2 bilhões do Orçamento de 2015

Educação sofrerá novamente com os cortes: R$ 189,4 milhões

imp-ult-206032413O governo federal publicou no Diário Oficial da União de segunda-feira (30) um novo decreto que prevê corte de gastos no Orçamento da União de 2015. A medida é a terceira do ano e foi expedida em razão da não aprovação do projeto que altera a meta fiscal deste ano pelo Congresso Nacional. Com esse corte adicional, o contingenciamento total do Poder Executivo em 2015 atinge a ordem de R$ 89,6 bilhões.

De acordo com o decreto publicado (nº 8.580), os limites de movimentação e empenho foram contingenciados em mais R$ 11,2 bilhões de despesas discricionárias (não obrigatórias), em relação ao decreto de julho, que já havia feito corte de dezenas de bilhões nos gastos do governo. Desse valor, R$ 500 milhões são de emendas parlamentares impositivas e R$ 10,7 bilhões em despesas que inclui, por exemplo, gastos destinados ao investimento, à manutenção do funcionamento dos órgãos do governo federal, pagamento de aluguel, água, luz, transporte, passagens e diárias.

A Educação sofrerá novamente com os cortes: R$ 189,4 milhões. O maior corte diz respeito às despesas do Ministério das Cidades, com R$ 1,6 bilhão, seguido pelo Ministério dos Transportes, com R$ 1,4 bilhão, e Ministério da Integração Nacional, R$ 1,09 bilhão. O Ministério do Planejamento, em nota, afirmou que todas as despesas obrigatórias, tais como salários de servidores, benefícios previdenciários e sociais, pagamento do Bolsa Família, despesas com o mínimo da saúde e da educação, seguro desemprego e abono salarial estarão salvas.

No início do ano, o governo tinha estipulado a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública aos bancos – em R$ 55 bilhões. Com o déficit nas contas públicas, recentemente, o governo enviou ao Congresso Nacional uma proposta de Projeto de Lei alterando a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, particularmente, em relação às metas fiscais. O projeto está na pauta do Congresso para ser votado nesta terça-feira.

Cortes

Este é o terceiro corte no Orçamento de 2015. O primeiro foi anunciado pelo governo em maio deste ano, quando foi publicado o Decreto nº 8.456, que resultou em um corte orçamentário de quase R$ 70 bilhões, R$ 9,42 bilhões apenas na área da Educação, o que aprofundou a crise nas Instituições Federais de Ensino (IFE). Veja aqui.

No final de julho, o valor foi acrescido em R$ 8,6 bilhões, quando o governo publicou outro decreto o que elevou para R$ 79,4 bilhões os cortes nas áreas sociais desde o anúncio do pacote de ajuste fiscal, com o orçamento do Ministério da Educação sendo novamente atingido, na ordem de R$ 1 bilhão. Veja aqui.

Além dos cortes apresentados recentemente, no início do ano o governo já havia limitado a verba das IFE a 1/18 avos do orçamento por mês, o que implicou num corte mensal de R$ 586,83 mi. Veja aqui.

Fonte: ANDES-SN

Divulgado o Caderno de Textos do 35º Congresso do ANDES-SN

O ANDES-SN divulgou na quarta-feira (25), por meio da Circular 290/2015, o Caderno de Textos do 35º Congresso do Sindicato Nacional, que será realizado em Curitiba (PR) de 25 a 30 de janeiro de 2016. O congresso, organizado em conjunto com a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Sindutf-PR – Seção Sindical do ANDES-SN), terá como tema central “Em defesa da educação pública e gratuita e dos direitos dos trabalhadores”.

O Caderno de Textos foi encaminhado a todas as seções sindicais para que seja utilizado como subsídio às discussões e formulações preparatórias ao evento e durante o 35º Congresso. Os textos publicados foram os enviados pelas seções sindicais e docentes sindicalizados até o dia 13 de novembro. Os materiais enviados até 8 de janeiro de 2016 comporão o Anexo do Caderno de Textos, que será divulgado no dia 15 de janeiro de 2016.

Jacob Paiva, 1º secretário do ANDES-SN, afirma que é grande o desafio colocado pela conjuntura de retirada de direitos para o conjunto dos sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais e populares, e que, nesse cenário, o 35º Congresso deve servir como um instrumento para organizar a luta dos docentes. “Há um brutal e avassalador ataque acontecendo, com retirada de direitos sociais e ataque ao caráter público da educação. Em 2015 essa conjuntura ficou clara. Quase não tivemos dias sem greve na base do ANDES-SN, seja de docentes federais ou estaduais”, diz o docente.

“O Caderno de Textos aponta para uma vontade muito grande da categoria de participar dos debates. Temos nove textos sobre movimento docente, conjuntura e centralidade da luta, e muitos outros textos sobre os demais temas. Várias seções sindicais contribuíram, e, com certeza, teremos um adensamento dos debates com o Caderno Anexo”, completa Jacob.

“Esperamos uma grande participação, com muitos delegados e observadores. Isso é importante para enraizar o sindicato, para dar consequência aos planos de lutas. A possibilidade efetiva de barrarmos as contrarreformas que estão em curso depende do envolvimento e da participação concreta dos docentes na base”, conclui o 1º secretário do ANDES-SN.

Credenciamento prévio

Os delegados e observadores do 35° Congresso do ANDES-SN têm de 30 de novembro de 2015 a 21 de janeiro de 2016 para fazerem o credenciamento prévio, a fim de facilitar o processo de inscrição. O credenciamento poderá ser feito também durante o evento, no dia 25 de janeiro de 2016, das 9h às 12h e das 14h às 18h.

Confira aqui o Caderno de Textos do 35º Congresso do ANDES-SN.

Fonte: ANDES-SN

CSP-Conlutas organiza caravana a MS em solidariedade aos povos Guarani Kaiowa

A CSP-Conlutas está organizando uma caravana para os dias 10, 11, 12 e 13 de dezembro próximo a Mato Grosso do Sul. O objetivo é se solidarizar e conhecer o dia a dia e a luta do povo Guarani Kaiowa, que morre sob intensa violência por defender a demarcação das terras indígenas.

Segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 390 índios foram assassinados somente em MS nos últimos 12 anos. 41 deles somente no ano passado, de 2014. O que acontece no MS é um verdadeiro genocídio. O massacre sofrido por esse povo é decorrência da ganância dos grandes pecuaristas, dos latifundiários e do agronegócio na região, que não respeitam as terras indígenas e avançam a cada dia sobre essas terras nem que para isso precisem matar esses povos por meio de bala ou outros métodos.

Ataques relâmpagos, espancamentos, estupros de mulheres adultas e adolescentes, morte de crianças, terror psicológico. Todas essas são armas usadas pelos fazendeiros para acabar com os povos originários daquela região.   Fazendeiros, pistoleiros, policiais do Departamento de Operações de Fronteiras (DOF), policia civil e, segundo lideranças, o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB),  todos são ameaças contínuas.   “Os ataques são constantes, não sabemos a hora que vão atacar. Não temos onde fazer boletim de ocorrência pedindo proteção efetiva pela vida. Tentamos passar alegria e amor, mas a todo momento temos que estar prontos. Tortura física, psicológica. Essa é nossa vida no MS”, diz Valdelice Verón, uma das lideranças dos Guarani Kaiowa a uma equipe de jornalistas da CSP-Conlutas e do jornal Opinião Socialista que foi à região antes da ida da caravana para conhecer essa realidade desses povos.

A equipe percorreu aldeias, participou do Aty Guassu – reunião de caciques e lideranças indígenas, e conversou com diversas pessoas.   Tão grave quanto a violência física, constatou-se que há outra, mais velada. Daniela Jorge, filha do cacique Ezequiel Jorge que está jurado de morte, cursa o terceiro ano do ensino médio e diz que depois de um ataque a sua aldeia não merenda mais na escola porque tem medo de envenenamento, “principalmente no suco”, diz. Esse cuidado é praticado por muitos indígenas quando estão nas cidades e se intensifica no caso das lideranças e caciques.   Julia Verón, a matriarca da Takuara, aldeia que já está demarcada a espera de homologação pelo governo, mostra uma espiga de milho totalmente ressecada. “Isso é por causa do veneno que eles jogam nas nossas plantações”, denuncia. Os aviões que pulverizam os pesticidas nas plantações das fazendas locais sobrevoam também as aldeias e o que tudo indica é que jogam agrotóxicos em excesso para danificar as plantações indígenas. Acontece com milho, mandioca, laranjas e leguminosas. As crianças também costumam passar mal, relatam.

Além dos assassinatos, um dado chama atenção: já ocorreram mais de 700 suicídios, também segundo relatório publicado pelo Cimi. Somente em 2014 foram 48.   Isso sem falar das mortes por desassistência à saúde e mortalidade infantil por desnutrição e desassistência médica. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) só atende os que vivem em aldeias já demarcadas, deixando desassistidos os que vivem nas terras que foram retomadas por eles.   Oficialmente, muitos dos suicídios são justificados pelo alcoolismo e por brigas passionais. Valdelice rebate os que justificam os suicídios a partir dessas causas. “Quando os nossos se suicidam, é porque não conseguem lidar com a humilhação, com a violência que sofremos, que tira a nossa dignidade. Dizem que mulheres se suicidam por brigas com os maridos. É mentira. As mulheres se suicidam porque não suportam os estupros dos pistoleiros, a violência física. Isso fica marcado na nossa alma. Isso não é suicídio. É assassinato”, acusa.

PEC 215 decretará morte dos Guarani Kaiowa

“A PEC 215 vai decretar a nossa morte”, sentencia o cacique Ládio Verón sobre a Proposta de Emenda Constitucional aprovada em final de outubro  pela Comissão Especial da Demarcação das Terras Indígenas da Câmara dos Deputados, que entre outras questões, transfere da União para o Congresso Nacional o poder de demarcação dessas terras.   A morosidade na demarcação dá tempo aos ruralistas buscarem formas de alteração dos procedimentos demarcatórios. A PEC 215/2000 é uma delas.   Valdelice, irmã do cacique Ládio, lamentou a decisão porque disse que implicará em novos ataques aos direitos indígenas no Brasil. “As conquistas que tivemos foi a base do sangue do nosso povo, se não houver a demarcação imediata das nossas terras, vamos continuar a ser massacrados, assassinados e destinados ao genocídio e extermínio.”   De acordo com o jurista Dalmo Dallari, o governo federal é omisso na questão da demarcação. “As terras indígenas são patrimônio da União, o governo teria por obrigação fazer a demarcação”, afirmou durante seu parecer no Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus, que aconteceu no último dia 9 de novembro na Faculdade de Direito do largo de São Francisco, em São Paulo.   Segundo Dallari, a demarcação deveria ter ocorrido até cinco anos após a promulgação da Constituição de 1988, mas não avançou por causa de interesses econômicos. “Governos não podem vender ou negociar  o patrimônio da União e a demarcação já deveria ter sido feita”, salientou.   O jurista foi mais longe e disse que um dos motivos da Constituição não ser respeitada é que “há ministros cujas famílias são invasoras de terras indígenas”.

Uma luta determinada  

A determinação dos Guarani Kaiowa faz com que não desistam dessa luta e busquem se articular cada vez mais.   Ainda em outubro último, estiveram na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que integra a Organização dos Estados Americanos (OEA), onde denunciaram os crimes cometidos no Mato Grosso do Sul. Entre os presentes na audiência estava a liderança Eliseu Lopes que denunciou como “genocídio” as mortes naquele estado. A audiência levou a instituição a questionar o governo brasileiro sobre as tais denúncias.   Valdelice denunciou ainda no início de outubro último, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, os crimes cometidos contra os indígenas e a necessidade da demarcação das terras.   Neste episódio, conforme matéria publicada pela própria Agência da Câmara, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) saiu em defesa dos fazendeiros. “Aquelas terras estão com os fazendeiros, compradas do estado por meios legais, há 30, há 50 anos. Os senhores (índios) realmente acham que vão entrar naquelas terras na marra? Então, já que é na marra, olho por olho e dente por dente, então, os senhores não podem reclamar do conflito. Nós já temos uma área maior do que a região Sudeste inteira demarcada como terra indígena. O que mais os senhores querem?”   Os Guarani Kaiowa tem apoio de setores da Igreja, de organizações e entidades de esquerda, de organizações não governamentais e de personalidades públicas. Criou-se uma rede em sua defesa.   “Nós somos o povo originário desse lugar e somos um incomodo pra agronegócio, mas na beira da estrada não vamos aceitar ficar, vamos continuar demarcando a nossa própria terra com o nosso próprio sangue”, diz o cacique Eliseu Lopes.

Caravana Tekoha

A Caravana Tekoha contará com a presença de representantes dos movimentos sindical, sociais, da juventude e dos que lutam contra as opressões. A ideia é que vá um ônibus com saída no dia 9 dezembro, à noite, de São Paulo.   Essa iniciativa promovida pela CSP-Conlutas pretende contribuir para o fortalecimento da luta dos Guarani Kaiowa, mas também chamar a atenção para a luta em defesa da demarcação das terras indígenas no Brasil e denunciar a PEC 215 que em detrimento de interesses econômicos provocará a morte de parte significativa do povo originário de nosso país, de quilombolas que também lutas por suas terras e a destruição do meio ambiente.   A ganância de grandes fazendeiros e do agronegócio não é diferente da ganância de empresas como Samarco/Vale/BHP que se utilizam de nossas terras e riquezas naturais apenas em seu benefício próprio – o lucro, ainda que seja sobre o assassinato de povos, comunidades e trabalhadores e o aniquilamento do meio ambiente.

Fonte: CSP-Conlutas

 

Assembleia da ADUSC aprova paralisação e ato público no dia 1° de Dezembro

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A assembleia docente da UESC aconteceu nesta quinta-feira (26) e foi marcada por um clima de forte indignação. Diante de duros ataques do governo Rui Costa (PT) às universidades públicas e aos direitos trabalhistas, os docentes aprovaram por unanimidade a paralisação das atividades no dia 1° de Dezembro. Na mesma data, serão realizados na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) uma audiência pública e um ato unificado das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). O decreto nº 16.417/15 e o corte do adicional de insalubridade na folha de novembro também foram pautados na assembleia.

01Contextualizando o cenário em que a paralisação docente é proposta, a diretoria da ADUSC advertiu a categoria quanto à redução sucessiva dos orçamentos referentes à manutenção, custeio e investimento das universidades. A previsão orçamentária para 2016 na Lei Orçamentária Anual (LOA) também não atende a demanda das instituições, somando com as perdas impostas desde 2013, um déficit de R$73 milhões. Na UESC, o problema se expressa na deficiência de laboratórios e equipamentos dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção, por exemplo.

O Governo Rui Costa também tem imposto alterações aos direitos constituídos dos servidores públicos. Apenas este ano acabou com a integralidade das aposentadorias, rebaixou os salários com o parcelamento do reajuste linear e restringiu o acesso a pensão por morte. Com a publicação do decreto 16.417/15, o governo suspende qualquer possibilidade de negociação sobre planos de cargos e salários. De forma autoritária e indevida, também suspendeu o adicional de insalubridade dos servidores públicos, já na folha de Novembro.

Tais medidas demonstram o alinhamento de Rui Costa à política de ajuste fiscal que impõe retrocessos à classe trabalhadora enquanto privilegia o capital financeiro e as grandes empresas. Com a precarização das condições de trabalho, restrição e retirada de direitos, acelera o desmonte dos serviços públicos. Por isso é importante a participação de todos no ato e audiência pública na ALBA. Os interessados em participar do ato público devem dirigir-se à sede da ADUSC, para que sejam providenciados transporte e alimentação.

Visando construir a unidade com os servidores públicos baianos, em defesa de um reajuste linear que reponha as perdas inflacionárias, o Fórum das ADs esteve presente na plenária da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), 24 de novembro, último. Com uma pauta extensa, a reunião aprovou a unificação da luta pelo reajuste e um novo encontro específica em torno da pauta no dia 1° de Dezembro, às 15 horas, em Salvador.

Insalubridade

Os professores das UEBA foram notificados, na tarde de quarta-feira (25), do corte no adicional de insalubridade na2fd51e50d4280300b6a627d74d4b08b8_xl folha do mês de Novembro. A situação é inadmissível, pois os docentes que recebem o adicional de insalubridade passaram por todo processo burocrático de comprovação da concessão do direito. Portanto, qualquer tipo de revisão deve também seguir o percurso burocrático convencional.

Confira aqui a notificação da SAEB

Em vista da possibilidade de corte, a diretoria da ADUSC tem feito esforços para garantir os direitos aos professore(a)s. Além das orientações de contestação presentes na notificação enviada pelo governo, a assessoria jurídica da ADUSC solicita àqueles que já trouxeram os documentos para o mandado de segurança (Cópias do RG e CPF, Laudo pericial e formulário com os dados que atestam as condições insalubres ou periculosas), que tragam a cópia do contracheque de Novembro 2015, que atesta o corte.

O Fórum das ADs se reunirá com o Superintendente da Secretaria de Administração, Adriano Tambone, no dia 1º de dezembro às 14:30, em Salvador, para discutir a retirada do adicional de insalubridade. Diante disto, a assembleia encaminhou a realização de uma reunião entre os professores atingidos, a diretoria da ADUSC, a assessoria jurídica e a Gerência de Recursos Humanos, para que novas decisões sobre o assunto sejam tomadas. A reunião acontecerá na quinta-feira (03) às 10 horas, na sede da ADUSC. Uma nova assembleia docente está prevista para o dia 04 de Novembro.

A diretoria da ADUSC reitera o convite à mobilização da categoria, com paralisação das atividades acadêmicas e participação no ato na ALBA no dia 01.12, terça-feira. “As medidas burocráticas e jurídicas estão sendo providenciadas, mas sabemos que esta, assim como as demais medidas, são parte de um projeto político. Apenas a mobilização será capaz de reverter a situação”, afirmou o presidente da ADUSC, José Luiz de França.

Confira a agenda de mobilização

01/12 –  PARALISAÇÃO DAS ATIVIDADES ACADÊMICAS
10 horas  Aula pública e ato público na ALBA;
14 horas – Reunião com o Superintendente de Recursos Humanos da SAEB, Adriano Tambone, para tratar do tema: insalubridade;
15 horas Reunião com a FETRAB para tratar da unificação da defesa do reajuste linear integral da inflação;
03/12 – REUNIÃO DA ADUSC E ASSESSORIA JURÍDICA COM OS PROFESSORES ATINGIDOS PELO CORTE DA INSALUBRIDADE ( 10 HORAS);
04.12 – ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA ADUSC.

Pela vida das mulheres trabalhadoras!

Treze é o número de mulheres que morrem por dia vítimas de homicídio e o Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo, perdendo somente para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. Muitas pessoas ficaram surpresas com a divulgação dos dados do Mapa da Violência 2015, que demonstrou que o número de homicídios de mulheres aumentou nos últimos anos.

25 de novembro

Um país governado há cinco anos por uma mulher, ou há 13 anos pelo PT e que teve aprovada a Lei Maria da Penha em 2006 e neste ano a Lei do Feminicídio não deveria estar vendo uma diminuição dos assassinatos de mulheres? Por mais incrível que pareça a resposta é negativa.

Os dados mostram que de 2007 a 2013, as taxas passaram de 3,9 homicídios para cada 100 mil mulheres, para 4,8 por 100 mil, ou seja, um aumento de 23,1%. Houve uma queda nos homicídios de mulheres no ano de 2007, logo após a promulgação da Lei Maria da Penha, mas já a partir do ano seguinte os números continuaram num crescente. E pelas estimativas, o ano de 2014 confirma a tendência ao crescimento, pois foram 4.918 mulheres assassinadas, 156 a mais do que em 2013.

Mulheres Negras são as principais vítimas

A ilusão da “democracia racial” cai por terra e o racismo se revela, quando vamos verificar quem são as mulheres que estão sendo assassinadas. No intervalo de uma década, de 2003 a 2013, o número de homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%, enquanto no mesmo período, os homicídios de mulheres negras aumentaram 54,2%!

São as mulheres trabalhadoras, negras, pobres e moradoras da periferia que têm pago com suas próprias vidas o preço pela omissão total do Estado, comandado por um governo que não dá a mínima para a vida destas mulheres.

Somente Leis não salvam vidas!

O governo Dilma sempre se apoiou na existência da Lei 11.340/2006, ou Lei Maria da Penha, para fazer discurso que o Brasil era exemplo de combate à violência contra a mulher ou mesmo com a promulgação este ano da lei 13.104/2015, a Lei do Feminicídio. Só que a questão é que as Leis, sem os investimentos necessários, se tornam letra morta e só servem para incrementar discursos. São milhares de casos de homicídios de mulheres que não chegam a ser julgados por ineficiência do sistema. As poucas delegacias especializadas que existem ficam abarrotadas de boletins de ocorrência e de processos que não são encaminhados. É mais do que provado que a impunidade é aliada do aumento de casos.

Quando vamos tratar da prevenção da violência, então é possível entender porque as mulheres, e na sua maioria mulheres negras, estão morrendo. Os casos mostram que a recorrência e a repetição da vitimização é constante na vida das mulheres, ou seja, o ciclo da violência não começa com um homicídio. A cada dia de 2014, 405 mulheres deram entrada em uma unidade de saúde, por alguma violência sofrida. O número de agressões físicas é muito superior às mortes e muitas mortes poderiam ser evitadas se para cada denúncia houvesse de fato mecanismos adequados de proteção. Muitas mulheres denunciam o agressor e depois são obrigadas a voltar para casa ou para situações de exposição que poderão levar ao homicídio.

Mas o Brasil conta com apenas 77 casas abrigo, 226 centros de referência e 497 delegacias especializadas, sendo que muitos destes equipamentos se encontram sucateados. Os recursos federais, que já eram mínimos, destinados à Secretaria de Políticas para Mulheres foram cortados pela metade e a própria Secretaria foi eliminada com a reforma ministerial. Foram prometidas a entrega de 27 “Casas da Mulher Brasileira”, mas o governo federal só entregou duas até agora e provavelmente com os cortes, pare por aí. O ajuste fiscal de Dilma, e de todos os governos estaduais e municipais que também estão aplicando, está produzindo mais mortes de mulheres.

Quem necessita dos mecanismos de proteção são justamente as mulheres trabalhadoras, na sua maioria negras, pois são elas que não tem pra onde ir quando o próprio parceiro é o agressor, sendo que metade das vítimas de homicídios em 2013 foram praticados por um familiar. São elas que estão expostas o tempo todo, pois no dia seguinte à violência sofrida, vão ter que ir trabalhar, pegar o transporte público e andar nas vias públicas. São elas que são agredidas na frente dos filhos e muitas vezes os filhos são agredidos junto com as mães. Por isso, a falta de políticas de proteção e prevenção é fatal para estas mulheres. Cada corte no orçamento é seletivo, vai acabar com a morte de uma mulher trabalhadora e negra!

É este país que retira do Plano Nacional e da maioria dos Planos Municipais de Educação, a educação para a igualdade de gênero, outra política preventiva que os deputados e políticos não estão preocupados em garantir, ao contrário, expressões como o machista, racista e LGBTfóbico Eduardo Cunha, tem sido a regra das casas legislativas.

Por isso não estranhamos os dados alarmantes do aumento dos homicídios de mulheres. É por isso que o caminho para as mulheres trabalhadoras só pode ser a luta contra o governo Dilma, contra Cunha e o Congresso Nacional e contra todos os governos!

*Silvia Ferraro, do Movimento Mulheres em Luta

Fonte: CSP-Conlutas

Uerj suspende aulas por falta de recursos financeiros

imp-ult-165301183A reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou, em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (23), a suspensão de todas as atividades acadêmicas da instituição de 24 de novembro até 1º de dezembro. O motivo para a suspensão é a grave condição financeira da Uerj, decorrente de uma série de cortes orçamentários realizados pelo governo fluminense, que impede a universidade de pagar seus trabalhadores terceirizados de limpeza e segurança, assim como bolsas de permanência para estudantes.

Lia Rocha, presidente da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a universidade não tem condições de manter suas atividades acadêmicas, e cita ainda casos de corte de internet por falta de pagamento e de desabamento de telhado por conta da descontinuidade das obras de infraestrutura na Uerj como exemplos dos problemas pelos quais a instituição passa.

“Os cortes orçamentários tornaram a situação insustentável, e o governo ainda quer cortar mais verbas de custeio para 2016. Nosso embate é para que o orçamento da Uerj seja aumentado”, afirma a docente. Lia ainda critica a reitoria da universidade, pela forma como encaminhou o processo de suspensão das atividades acadêmicas. “O reitor desrespeita os canais institucionais ao suspender as atividades por meio de uma nota. Esse é o momento em que toda a Uerj deveria estar unida em prol da luta por mais orçamento”, completa a presidente da Asduerj-SSind.

Uezo também sofre com falta de verbas

Também no Rio de Janeiro, a Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) enfrenta uma série crise financeira. Faltam professores para 80 disciplinas e materiais de laboratório. Com dificuldade da universidade de pagar os trabalhadores terceirizados da limpeza, os docentes realizam “vaquinhas” para manter a Uezo limpa. O governo fluminense propõe, para 2016, uma redução de mais de R$ 2 milhões no orçamento da Uezo. Caso isso ocorra, o reitor da instituição já avisou que não tem condições de receber as novas turmas de estudantes de graduação.

Na Bahia, governo apresenta decreto de contingenciamento

Um novo decreto de contingenciamento (nº 16.417/15) foi publicado no dia 16 pelo governo do estado da Bahia. O documento “estabelece medidas para a gestão das despesas e controle dos gastos de custeio e de pessoal”. Apesar de afirmar que a educação não está incluída nas determinações, experiências anteriores demonstram outra realidade. Decretos com a mesma finalidade, em momentos passados, foram utilizados como justificativa para negar utilização dos recursos de projetos de pesquisa e extensão, por exemplo. A situação intensifica a crise orçamentária vivida pelas Universidades Estaduais Baianas (Ueba).

Desde 2011, o governo da Bahia tem aplicado decretos que ferem a autonomia das Ueba e restringem direitos dos servidores. Contudo, o decreto 16.417/15 é ainda mais severo, pois inclui a suspensão da “reestruturação ou qualquer revisão de planos de cargos, carreiras e vencimentos da Administração direta, autárquica e fundacional, bem como planos de cargos e salários”.

O artigo 9º institui também o “registro de assiduidade e pontualidade dos servidores públicos”, que fere a autonomia dos departamentos, responsáveis por acompanhar o plano de trabalho docente. Além disso, o governo baiano não estipula data limite de valor da publicação e reforça o contingenciamento do decreto 15.924/15. Significa dizer que as medidas adotadas a partir de novembro podem se estender por tempo indeterminado.

Na avaliação do Fórum das ADs, que agrega as seções sindicais do ANDES-SN nas Ueba, o governo utilizará o decreto 16.417/15 para reforçar os argumentos da indisponibilidade financeira do estado da Bahia para garantir o reajuste linear.

Docentes da Uece lutam contra cortes orçamentários

O governo do Ceará cortou 20% das verbas de custeio das três universidades estaduais, o que representa, somente na Universidade Estadual do Ceará (Uece), a subtração de pelo menos R$ 3 milhões do orçamento. Em pouco mais de três meses, o corte já inviabiliza a compra de materiais diversos e condena a universidade à situação de colapso expressa no fato de, hoje, já acumular dívidas no valor R$ 7 milhões. Se o corte continuar, a Uece poderá parar em 2016 por falta de recursos para manter os serviços básicos, adquirir materiais imprescindíveis ao seu funcionamento e pagar empresas terceirizadas.

*Com informações de Uerj, Adusb-SSind, Sinduece-SSind e G1. Imagem de Uerj.

 

Fonte: ANDES-SN

Fórum das ADs critica novo decreto do governo Rui Costa, propõe dia de luta e unidade entre os servidores baianos

forum

O governo Rui Costa (PT) publicou no Diário Oficial do Estado (DOE), na segunda-feira (16), um novo decreto de contingenciamento de despesas e controle de gastos do serviço público. De forma ambígua, o decreto nº 16.417/15 exclui de suas determinações as áreas relacionadas à Saúde, Educação e Segurança Pública, porém condiciona os respectivos serviços à existência de orçamento e controle das Secretarias da Administração (SAEB) e da Fazenda (SEFAZ).

O Fórum das Associações Docentes (ADs) avaliou o decreto durante reunião realizada na terça-feira (17), entendendo tratar-se de uma manobra voltada a coagir os servidores, do que a busca de contenção de gastos. Os representantes docentes reafirmaram o indicativo de paralisação e ato público em Salvador, no dia 1º de Dezembro, ao tempo em que buscam a unidade com outras categorias em prol de uma defesa conjunta do serviço público.

Decreto nº 16.417/15

A aplicação de decretos para contingenciamento dos serviços públicos tem sido prática dos governos petista desde 2011. Apesar de excluir a Educação de suas determinações centrais, os decretos de contingenciamento geram impacto na utilização dos recursos das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Dentre os exemplos estão o bloqueio de recursos para projetos de pesquisa e extensão e a não liberação de viagens dos docentes para participação em atividades científicas, artísticas e culturais.

O novo decreto publicado pelo governo Rui Costa apresenta medidas ainda mais preocupantes. Além de não estipular um prazo de vigência para o contingenciamento, impossibilita a abertura de negociação para reestruturação de cargos e salários. A medida nega a todas as categorias do serviço público baiano o direito a questionar as relações de trabalho com o Estado. Outra novidade é o “registro de assiduidade e pontualidade”, uma medida que fere a autonomia dos departamentos, setores responsável por acompanhar o plano de ensino, pesquisa e extensão, próprios a docência.

Fórum das ADs indica mobilização

Atento a trajetória de ataques à autonomia universitária pelos diversos governos baianos, o Movimento Docente (MD) buscou garantir, entre os pontos do acordo que finalizou a última greve, o impedimento a qualquer tipo de contingenciamento de recursos orçamentários no exercício fiscal da universidade. Para o acordo de greve seja respeitado, o Fórum das ADs solicitará reunião com a Secretaria de Educação e o Fórum de Reitores. Uma reunião com a SAEB para tratar dos ataques aos direitos trabalhistas está sendo agendada.

O indicativo do Fórum das ADs para um “Dia de Luta” com paralisação das atividades acadêmicas e ato público na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), no dia 1º de Dezembro, ganha novo peso frente ao Decreto. A proposta será apreciada em Assembleia da ADUSC, na próxima quinta-feira (26), conforme convocatória (disponível aqui). Para o coordenador do Fórum das ADs, Luiz Blume, a crise financeira imposta às UEBAs ficará ainda mais grave, com a submissão das demandas universitárias ao parecer da SAEB, SEFAZ e ao próprio governador.

Unidade dos trabalhadores do serviço público

Além da unidade entre docentes e estudantes em defesa das UEBAs, o Fórum das ADs também está buscando a unidade com os demais servidores públicos em defesa dos direitos trabalhistas. Este ano, o governo petista instituiu a previdência complementar (PrevBahia) acabou com a integralidade da aposentadoria dos servidores; o reajuste linear foi parcelado  e rebaixado e  o regime de previdência social alterado com prejuízo principalmente para viúvas e pensionistas. Confira aqui o vídeo de denúncia veiculado pelo Fórum das ADs.

Visando construir a unidade entre os servidores públicos baianos, o Fórum também participará da plenária da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), a ser realizada no dia 24 de novembro às 14h, em Salvador.