Omissão, ao contrário do que alguns pensam, não é deixar de tomar posição. Ao se omitir, toma-se a posição de defesa, ainda que velada, pelo lado mais forte, o do opressor. É isso que vem acontecendo por parte do Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) em relação à crise nas instituições de ensino superior do Estado.
Desde que a greve dos professores das Ueba foi deflagrada em 13 de maio do corrente ano, os professores organizados nas Associações Docentes (AD) apontavam para um movimento que levantava duas bandeiras: “a defesa da Universidade pública e a valorização do trabalho docente”. Ao incorporar a bandeira dos discentes – por uma política de permanência estudantil- defendíamos que esta era uma luta de toda universidade. Correndo o risco de esvaziamento por não tratar diretamente de uma pauta corporativa da categoria, embora tivesse todos motivos para isso, o movimento Docente (MD) apresentou grande maturidade em pautar uma luta contra aquilo que era mais latente no momento, ou seja, a intensa precarização das Ueba e o forte ataque ao Estatuto do Magistério Superior.
As três categorias dentro das Universidades Estaduais da Bahia entenderam a lógica do movimento paredista. A exceção foram os Reitores e a Reitora que optaram pela omissão frente ao franco ataque do Governo do Estado, Rui Costa – PT.
O caso mais marcante foi quando o Governador (ou seus prepostos), em 17 de julho, encaminhou a PM (Rondas Especiais- Rondesp) para “negociar” com os professores a desocupação da Secretaria de Educação. A ocupação foi imperativa diante dos poucos avanços nas negociações. Um(a) gestor(a) não pode se omitir em um momento tão delicado, especialmente quando aqueles que não se omitem e se levantam contra a política desastrosa do Governo Petista tem sua integridade colocada em risco. Lamentável!
Vale ressaltar que o mesmo Fórum de Reitores que assinou, em outubro de 2014, documento exigindo que o governo do Estado se comprometesse com a ampliação de recursos orçamentários, apontando para a necessidade de 7% da Receita Líquida de Impostos para as UEBA, foi acometido por uma súbita amnésia política. Em todo processo de negociação entre o movimento grevista e o governo do Estado os gestores institucionais se calaram. Mesmo quando o Fórum de Reitores foi constrangido pelos representantes do Governo e proibido de participar, como observadores, do processo de negociação, não houve qualquer manifestação de indignação por parte destes.
Mesmo reconhecendo a diferença entre a luta sindical, estudantil e a burocracia institucional, ainda assim, lamentamos o não posicionamento das reitorias em defesa da comunidade universitária. Não reivindicamos participações pontuais, aparições condicionadas à pressão dos grevistas e dos estudantes. O que se espera de um gestor comprometido com a “coisa pública” é a defesa intransigente e explícita desta.
A redução do orçamento das Ueba, bem como o ataque aos direitos trabalhistas e estudantis, constitui-se enquanto um ataque à autonomia das universidades, principio consagrado na Constituição Brasileira de 1998. Motivo suficiente para a participação ativa dos gestores e não sua omissão. A impressão é que a aparência da crise – que deve ser escondida- é mais grave e incômoda do que a crise em si.
Por estes motivos, além de repudiarmos de forma veemente a politica do Governo Rui Costa – PT para as Universidades Estaduais da Bahia, denunciamos a negligência dos Reitores e da Reitora das Ueba. Ao mesmo tempo, exigimos posicionamento público do Fórum de Reitores sobre a situação das universidades por eles geridas.
Categoria: ADUSC
Docentes aguardam assinatura do acordo para o fim da greve
Em assembleia desta quinta-feira (30), os docentes da UESC aprovaram a proposta de minuta de acordo entregue pelo governo e a possibilidade de término da greve nesta sexta-feira (31). Para o retorno das aulas o governo deve assinar a “Minuta de Acordo” e o “Termo de Compromisso” com agenda de reuniões para construção de um novo quadro para 2016. A condição para retorno as aulas também foi aprovada nas assembleias da ADUNEB, ADUFS e ADUSB.
Termo de compromisso
Entendendo que o número de vagas proposto para o remanejamento no quadro docente resolve o problema das promoções apenas em curto prazo, o Movimento Docente propôs agenda para discussão de um novo quadro. Em reunião no dia 27 de julho, o governo resolveu por um “Termo de Compromisso” que garantiria esta agenda. O documento seria enviado por escrito juntamente com os ajustes à “Minuta de Acordo”, até o fim da tarde do dia 28 de Julho. O documento, porém, não foi encaminhado até o momento.
Para os docentes, o documento é imprescindível para que a discussão do novo quadro de vagas considere as projeções de solicitações de promoções, progressões, mudança de regime de trabalho, necessidade de concurso público, afastamento de professores para pós-graduação.
Neste sentido, a assembleia avaliou como inquestionável que o desfecho da greve esteja condicionado à assinatura dos dois documentos. A reunião acontece nesta sexta-feira (31). Caso o governo cumpra com acordado em reunião na segunda-feira (27), as aulas serão retomadas na segunda-feira (3).
Após cerca de 80 dias em greve, os docentes consideraram as propostas conquistadas como importantes conquistas do movimento. Caso os documentos sejam assinados os docentes terão garantidos o cumprimento de todas as promoções, sem prejuízo para o orçamento de manutenção, custeio e investimento. Outra conquista histórica é a revogação da Lei 7.176/97, que fere a autonomia das universidades, nos termos do acordo.
Confira abaixo a “Minuta de Acordo” aprovada em assembleia hoje.
ADUSC encaminha documento para discussão em assembleia
Em reunião no dia 27 de julho, o governo se comprometeu a encaminhar por escrito os ajustes à minuta de acordo e um “Termo de Compromisso” com agenda de reuniões para construção de um novo quadro para 2016. O novos quadros devem ser elaborados a partir da análise da projeção de solicitações de promoções, progressões, mudança de regime de trabalho, necessidade de concurso público, afastamento de professores para pós graduação.
Além de encaminhar os documentos com atraso, o governo não cumpriu com o acordo da reunião, e não encaminhou “Termo de Compromisso”. Segue abaixo documentos encaminhados até o momento, para discussão em assembleia nesta quinta-feira (30), ás 13:30 horas no CEU.
Proposta de alteração do quadro de vagas
Quadro comparativo das propostas para revogação da lei 7176/97
Fórum das ADs veicula moção de repúdio ao governo Rui Costa por criminalização do movimento grevista
A moção de repúdio do Fórum das Associações Docentes (ADs), veiculada nesta quarta-feira(29) no jornal “A Tarde”, denuncia a truculência do governo Rui Costa (PT) nas negociações com os docentes, em greve a mais de 80 dias. Os movimentos docente e estudantil, que ocuparam a Secretaria da Educação do Estado (SEC) entre os dias 15 e 18, foram cercados por cinco viaturas da RONDESP na noite do dia 17. Sem mandado de reintegração, a ordem era para que a PM desocupasse o prédio utilizando os meios necessários.
A firmeza e unidade do Movimento fez com que o governo destravasse o impasse e garantiu um acordo para desocupação em segurança. Entretanto, Fórum reafirma seu repúdio a truculência do governo e exige respeito aos que lutam em defesa da universidade publica.
CONFIRA A NOTA ABAIXO!
MOÇÃO DE REPÚDIO AO GOVERNO RUI COSTA
Não à criminalização do movimento grevista
Os professores e as professoras das quatro Universidades Estaduais da Bahia (Uneb, Uesb, Uefs e Uesc), em greve desde o dia 13 de maio de 2015, vêm a público repudiar a truculência do governo Rui Costa (PT) nas negociações com a categoria. Para os docentes, a presença da Rondesp na Secretaria da Educação do Estado (SEC), durante a ocupação pacíca do prédio, entre os dias 15 e 18 de julho, expressa a incapacidade política do Governador e do Secretá- rio de Educação, Osvaldo Barreto, para dialogar com os movimentos sociais.
Durante a ocupação da SEC, professores e estudantes, em luta pela defesa da universidade pública, enfrentaram a nova tática do governo Rui Costa. Na noite do dia 17 de julho, diversas viaturas da Rondesp cercaram o prédio público. O governador Rui Costa deu ordens para que a PM desocupasse o prédio, utilizando os meios que fossem necessários. O que nos surpreendeu foi que somente após a intervenção do coronel é que os representantes do governo sentaram-se à mesa de negociação com os professores e estudantes. Fomos constrangidos e ameaçados pela Polícia Militar na presença do chefe de gabinete da SEC, Wilton Cunha, e com a conivência do Secretário de Educação do Estado. Aqueles que deveriam zelar pela educação foram os mesmos que nada zeram para evitar a intervenção militar que poderia ter levado a uma tragédia.
Trata-se de uma nova forma política implementada pelo PT para resolver os conitos com os movimentos sociais e suas reivindicações. No entanto, professores e estudantes não se intimidaram com essa truculência. Só desocupamos a Secretaria da Educação quando o governo saiu da sua zona de conforto e, na madrugada do dia 18 de julho, enviou seus secretários de Estado e a comissão de negociação para destravar o impasse.
Tal conduta parece ser a prática corrente do governo petista. No dia 22 de julho, vários estudantes das quatro universidades estaduais da Bahia, reunidos em frente à governadoria, aguardando reunião agendada com o Secretário das Relações Institucionais (SERIN), para tratar da política de permanência estudantil, também foram recebidos pelo aparelho repressor do Estado. Jovens, lutando em defesa dos seus direitos, criminalizados e reprimidos na Bahia administrada por Rui Costa.
Alertamos a população do nosso Estado. Na Bahia está faltando compromisso do governo com as mínimas garantias da democracia formal e o governador Rui Costa demonstra total desinteresse pela crise orçamentária das universidades estaduais. Além disso, o governo manifesta a séria intenção de criminalizar o movimento grevista, inclusive cortando os salários dos professores em greve, sem nenhuma decisão judicial.
Mas, como fazemos questão de armar, só a luta transforma a vida. Continuamos rmes e não nos abalamos com a nova política do Partido dos Trabalhadores para negociar com os professores em greve: a repressão. As universidades estaduais são um patrimônio do povo baiano, e a contribuição dos docentes é fundamental para que as instituições baianas estejam entre as melhores do país.
Repudiamos essa forma de fazer política do governo Rui Costa, sua truculência contra os movimentos sociais e exigimos respeito para aqueles que lutam em defesa da universidade pública e voltada para os interesses do seu povo. Não nos calarão!
Após novas discussões, proposta de Minuta de Acordo será encaminhada aos professores nesta terça
Nesta segunda-feira (27), professores(as) em greve há quase 80 dias das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e os representantes do governador Rui Costa tiveram mais uma rodada de negociações. Em pauta, após a reunião da última sexta-feira (24), estava a discussão sobre os ajustes à proposta de minuta de acordo.
Após as discussões e o tensionamento do Movimento Docente (MD) para o cumprimento da pauta, os representantes das secretarias da Educação e Administração se comprometeram em entregar ao MD, até o final da tarde desta terça-feira (28), a proposta de Minuta de Acordo com os ajustes debatidos. Os(As) professores(as) aguardam o envio do documento para a análise do material. Uma reunião ampliada do Comando de Greve da ADUSC para avaliação da proposta e discussão de um novo calendário acadêmico acontecerá na quarta-feira (29) às 14h, no CEU.
Governo realiza reuniões em prédio privado
Além dos(as) docentes ensinarem aos representantes de Rui Costa a importância de se defender a educação pública, também foram obrigados(as) a ensinar questões relacionadas à ética e ao uso responsável do dinheiro público. Pela segunda vez consecutiva a negociação com os(as) professores(as) das Ueba aconteceu em uma sala de reuniões de um hotel particular, no bairro de Patamares, em Salvador. Questionado sobre o fato o superintendente do setor de recursos humanos da SAEB, Adriano Tambone, informou que devido à ocupação realizada na SEC, as reuniões aconteceriam naquele local. O comentário de Tambone gerou duras críticas do MD. Para os(as) docentes, na tentativa de afastar o Movimento Grevista do prédio da SEC, os gestores passaram a utilizar um espaço privado, pago com recursos públicos. Os(As) professores(as) exigiram que a próxima reunião volte a ocorrer em um prédio público, visto que as atividades em andamento são entre servidores(as) estaduais.
Fonte: Aduneb com edição da ADUSC
CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA
No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia extraordinária a realizar-se no dia 30.07.2015 (quinta-feira), às 13:30h em primeira convocação e às 14:00h em segunda, no CEU no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:
1) Informes;
2) Avaliação da greve;
Campus Soane Nazaré, 27 de julho de 2015.
CONFIRA AGENDA DO COMANDO:
29.07 – 14 horas: Reunião ampliada do Comando de Greve;
30.07 – 13:30 horas: Assembleia Geral Extraordinária
INFORME JURÍDICO
A fim de garantir a legalidade da greve e o pagamento salarial da categoria neste perÍodo, uma medida preventiva foi impetrada pela assessoria jurídica da ADUSC logo após cumprimento dos prazos para deflagração do movimento paredista. Frente a ameaça de corte, anunciada pelo governo Rui Costa (PT) no ultimo sábado (25), uma nova medida reiterando a primeira ação já foi providenciada.
A GREVE CONTINUA!
Uma nova rodada de negociação acontece na tarde desta segunda-feira(27). Nesta, o governo deve apresentar uma resposta aos pequenos ajustes, aprovados por unanimidade nas assembleias docentes de quinta-feira (23), à proposta de minuta para acordo.
#GreveNasUEBA
#aBahiaQuerResposta
Após mais uma rodada de negociações, Movimento Docente exige resposta do governo
O governo Rui Costa (PT) prolonga a greve dos professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Na reunião desta sexta-feira (24), entre o Movimento Docente (MD) e os representantes do estado, os professores apresentaram aos gestores os ajustes à proposta de minuta de acordo, deliberados pelas quatro assembleias docentes e, posteriormente, consolidado pelo Fórum das ADs. A expectativa do movimento grevista era avançar nas negociações ainda nessa sexta-feira. Porém, os representantes do governo informaram que não tinham autonomia de decisão e precisavam analisar as propostas vindas do conjunto dos professores. As assembleias docentes, que decidiram pelos ajustes, e pela continuidade da greve, sem nenhum voto contrário nas quatro Ueba, aconteceram na quinta-feira (23).
De maneira responsável o MD tencionou sobre a necessidade de uma resposta do governo ainda nesta sexta. A atitude seria em respeito à comunidade acadêmica, visto que já são mais de 70 dias em greve e o governo Rui Costa, até o momento, demonstra pouca vontade em negociar. Diante da pressão e força do movimento grevista, os gestores se comprometeram em marcar uma nova reunião o mais rápido possível. A sugestão indicada pelos professores é que seja já nesta segunda-feira.
A greve dos docentes e a luta estudantil seguem fortes. A aprovação da continuidade da greve nas assembleias docentes, sem nenhum voto contrário, na Uneb, Uesb, Uefs e Uesc, são provas da união e poder de mobilização da categoria. Os professores continuam abertos à negociação, exigem celeridade do governo no agendamento da próxima reunião e reafirmam a necessidade de uma resposta positiva ao conjunto dos ajustes feito na minuta de acordo. Os docentes reforçam ainda que é de Rui Costa e do Secretário da Educação, Osvaldo Barreto, a responsabilidade pela deflagração da greve e sua permanência.
Repúdio
Durante a reunião o Movimento Docente foi incisivo ao informar aos gestores sobre o veemente repúdio das quatro assembleias das Ueba, à truculência de Rui Costa nas negociações. Durante os dias de ocupação pacífica da Secretaria Estadual da Educação, de 15 a 18 deste mês, o governador tentou intimidar os manifestantes colocando a Polícia Militar, inclusive a Rondesp para negociar com professores e estudantes. Para os professores, tal atitude evidencia o despreparo político de Rui Costa para o cargo, sua falta de compromisso com a democracia, desinteresse pela crise orçamentária das Ueba e intenção em criminalizar o movimento grevista. Firmes na luta e sem se abalar com a presença da PM, a categoria docente, apoiada pelos discentes, mostrou a força da classe trabalhadora e arrancou do governo importantes avanços na pauta.
Foto: Ascom ADUNEB
Assembleia elege representantes da ADUSC para o 60º CONAD
Em assembleia extraordinária desta quinta-feira (23) elegeu como delegado para o 60º Conselho Nacional do ANDES-SN (CONAD) o professor Marcelo Lins e como suplente a Professora Luciana Leitão, ambos da diretoria da ADUSC. A professora Maíra Mendes (DCB) foi eleita como observadora para o evento. O 60º Conad acontecerá em Vitória (ES), entre os dias 13 a 16 de agosto e terá como tema central a “Atualização da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da liberdade de organização sindical dos docentes para enfrentar a mercantilização da educação”.
Caderno de Textos
Para subsidiar as discussões e formulações preparatórias ao evento seções sindicais e docentes sindicalizados encaminharam até o dia 3 de julho 24 textos. Os materiais enviados após esse prazo comporão o Anexo do Caderno de Textos, que será divulgado no dia 31 de julho.
Nesta edição, as contribuições ao Caderno foram destinadas a quatro temas previamente definidos: Movimento Docente e Conjuntura: avaliação da atuação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 34° Congresso; Avaliação e atualização do plano de lutas: educação, direitos e organização dos trabalhadores; Avaliação e atualização do plano de lutas: Setores; Questões organizativas e financeiras. Confira aqui o Caderno de Textos do 60º Conad.
Docentes sugerem alterações a proposta do governo e condicionam fim da greve a assinatura de acordo
Em assembleia realizada nesta quinta-feira (23), os Docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) aprovaram por unanimidade a manutenção da greve. Após avaliação positiva às ações do movimento grevista, os docentes propuseram ajustes à proposta de acordo apresentada pelo governo na madrugada do ultimo sábado (18). A categoria defende a garantia dos princípios para revogação da Lei 7.176/97, reposição da verba de manutenção, custeio e investimento e prazos para o cumprimento dos direitos trabalhistas. A manutenção da greve também foi aprovada nas assembleias docentes da UESB, UNEB e UEFS.
A assembleia avaliou como acertos a postura do movimento grevista e a decisão pela ocupação da Secretaria de Educação, nos dias 15 a 18 de Julho. Os presentes também repudiaram a postura do Governo Rui Costa (PT), que tratou a luta por direitos e a defesa da educação pública como caso de polícia. Neste sentido, a minuta de Termo de Acordo arrancada do governo pela resistência do movimento também foi considerada uma importante conquista da categoria.
Após análise da proposta do governo a assembleia aprovou as alterações indicadas como necessárias pelo Forum das ADs. Conforme minuta o governo se comprometeu em enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em 60 dias, o PL que revoga a lei 7.176/97. Os docentes acrescentaram ao documento a exigência de não haver qualquer texto que restrinja, reduza ou diminua a autonomia universitária conforme estabelecido na Constituição Federal.
A Assembleia também aprovou que o PL que efetiva o remanejamento das vagas no quadro docente para execução das promoções em 2015 seja encaminhado a ALBA em Regime de Urgência. Entendendo que o número de vagas proposto para remanejamento resolve o problema apenas em curto prazo, uma agenda para discutir um novo quadro também foi solicitada.
Para a pauta orçamentária o governo se comprometeu em garantir orçamento para efetivação dos direitos trabalhistas fruto do acordo sem compromisso das verbas de custeio e investimento. Para os docentes também é necessário garantir que estes recursos não comprometem os demais direitos trabalhistas e a verba de manutenção. Também foram acrescidas as exigências de suplementação para o orçamento de manutenção, investimento e custeio em 2015, o compromisso de recomposição do orçamento retirado das rubricas nos últimos dois anos e a participação da categoria no GT da Lei Orçamentária Anual de 2016.
A luta continua
Para garantir estes avanços o Movimento Docente das quatro universidades baianas aprovaram em assembleia a manutenção da greve. A postura foi considerada necessária pela categoria até que seja firmado um acordo . O Fórum das ADs se reúne na manhã desta sexta-feira (24) para sistematizar o resultado das assembleias. A reunião com o governo acontecerá às 15h do mesmo dia, em Salvador. Na UESC, uma nova assembleia está agendada para quinta-feira, 30 de julho.