Neste 1° de Maio, trabalhadores de todo país vão à luta contra a terceirização e em defesa de direitos rumo à greve geral.

A classe trabalhadora tem muitos motivos para não considerar esse 1° de Maio como dia de festa e sim como dia de luta. Uma data tradicional de mobilizações em todo o mundo, mas que neste momento adquire um caráter específico no Brasil diante aos ataques que os trabalhadores vêm sofrendo.

Nós trabalhadores baianos, estaremos somando ao ato unificado do 1° de Maio, às 10hs na Praça Municipal (Praça Tomé de Souza), em Salvador. O caráter do ato é um ato Classista e Anticapitalista: Contra o PL4330; Contra as Mps 664 e 665; Contra o ajuste fiscal dos governos que atacam a vida dos trabalhadores; Contra a PEC 215 que demarca as terras indígenas; Contra a Redução da Maioridade Penal e Extermínio da Juventude Negra.

CSP-Conlutas com alterações da ADUSC.

Diante da postura desrespeitosa do Governo, ADUSC, ADUNEB, ADUFS e ADUSB deliberam data de assembleia e colocam greve em votação

Na última sexta-feira (24), em reunião realizada com o Governo, o Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (ADUSC; ADUNEB; ADUFS; ADUSB), reivindicaram mais uma vez, a atenção e o cumprimento da pauta 2015, em sua integralidade. O Movimento Discente também esteve presente na reunião e fez pressão ao Governo, expondo as necessidades estudantis.

Desde o último ato público, realizado no dia 08 de abril, o Governo vem midiatizando informações mentirosas acerca dos investimentos às Universidades Estaduais e desrespeitando os Movimentos Docente e Discente. O Governo afirmou que houve o aumento de 3,8% em recursos para as Instituições. Mas o cálculo camarada, não é esse! (Confira os dados em cartilha aqui).

“mais de 500 professores estão com promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho negadas. Estudantes não têm uma política de permanência adequada e não há recurso para atividades de ensino, pesquisa e extensão. O governo distorce as informações, mas a comunidade acadêmica conhece a realidade e está pronta para defender as Universidades Estaduais da Bahia”.

Sobre o Reajuste Linear, o Movimento Docente apresentou uma denúncia onde foram documentadas as lesões que os(as) professores(as) veem sofrendo com as negociações irresponsáveis do Governo acerca do direito à reposição das perdas inflacionárias. Na oportunidade, o Fórum também chamou a atenção para o descaso do Governo, em não convocar o Movimento Docente para as reuniões de negociações sobre o Reajuste Linear e protocolou um documento que questiona mais esse desrespeito aos direitos dos trabalhadores baianos, feito pelo Governo Rui Costa, que vem sustentando uma política nefasta de privilégios e privilegiados. O MD aproveitou para reafirmar em alto e bom tom, que a FETRAB não representa a categoria.

O resultado da reunião não marcou nenhum avanço à pauta de reivindicação 2015.

Mediante a conjuntura apresentada, em reunião nessa segunda-feira (27), o Fórum das ADs convocou Assembleia Geral para o dia 07 de maio em todas as ADs (ADUSC, ADUNEB, ADUFS e ADUSB), para entre outros pontos de pauta, colocar em votação a deflagração da Greve. (Breve mais informações.)

A ADUSC aproveita para comunicar que no dia 30/04, não haverá paralisação das atividades do Sindicato.

A LUTA PELO PL 4330 DEVE CONTINUAR

Isso é a desregulamentação absoluta do trabalho!!

A solução para barrar de vez o projeto das terceirizações será dada nas ruas pelos trabalhadores, por isso é importante dar continuidade à mobilização nacional”. Essa conclusão permitiu que as centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, UGT, Intersindical-CCT, que se reuniram nesta quarta-feira (22) para buscar estratégias conjuntas contra o PL 4330, apontem novas perspectivas para a luta nacional em defesa dos direitos trabalhistas. O Projeto de Lei 4330 foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite do mesmo dia da reunião e segue agora para o Senado.

As entidades sindicais presentes reafirmaram que continuarão lutando contra o PL 4330 e as medidas provisórias 664 e 665, que atacam as aposentadorias e o seguro-desemprego entres outros direitos.

Além disso, avaliou-se que é necessário que essa mobilização nacional caminhe em direção a uma Greve Geral no país. Para avançar no assunto, as centrais marcaram uma próxima reunião para quarta-feira (29) onde devem fechar propostas conjuntas. A Nova Central não esteve presente, mas está integrada ao processo.

Também foi feita a avaliação do dia 15 de abril – Dia de Paralisação Nacional – em que milhares de categorias pararam e realizaram protestos pelo país. A opinião coletiva é de que a iniciativa foi extremamente positiva chegando a atrasar a tramitação do projeto no Congresso e é possível construir lutas ainda maiores.

De acordo com as centrais, o 1º de Maio será uma data de mobilização nacional contra a retirada de direitos trabalhistas e já começou a ser organizado em diversos estados.

PL 4330 é aprovado na Câmara dos Deputados

O Projeto de Lei 4330 foi aprovado com 230 votos a favor e 203 contra na Câmara dos Deputados. A proposta prevê que as empresas privadas poderão terceirizar todas as atividades, e o setor público as consideradas atividades-meio. O PL que já ataca por si só os trabalhadores ao regulamentar a terceirização, agora amplia tal prática para os principais setores. O texto seguirá para o Senado e, se Casa o modificar, ele volta para apreciação dos deputados.

A versão final do texto autoriza ainda a subcontratação de serviços terceirizados, a chamada quarteirização, podendo contratar cooperativas, associações e empresas individuais para prestar serviços para as empresas.

Atualmente, no Brasil, cerca de 20% dos trabalhadores já são terceirizados, mesmo após uma década marcada pelo crescimento econômico. Este percentual poderá atingir praticamente a totalidade do mundo do trabalho, caso a lei seja aprovada em todos os trâmites necessários para tal.

Fonte: CSP-Conlutas

CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS: GOVERNO DA BAHIA DISTORCE DADOS SOBRE AS UNIVERSIDADES ESTADUAIS

Se o orçamento não aumentar, as universidades vão parar. 7% da RLI já!

O governo Rui Costa, em 08 de abril, na tentativa de responder a paralisação e ato público, realizado por mais de 500 pessoas da comunidade acadêmica das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas), divulgou uma nota à imprensa em que, omitindo a verdade dos fatos, fez um jogo de números para tentar enganar a sociedade.

Para colocar a opinião pública contra professores, professoras, estudantes e técnicos, que reivindicam 7% da Receita Líquida de Impostos para as universidades, o governo afirmou que aumentou os recursos deste ano em 3,8%. Todavia, seus representantes não explicam que para chegar ao valor divulgado, foram somadas as rubricas que constituem o orçamento das UEBAs: pessoal (salários de professores e técnicos), manutenção e finalística de custeio (recursos destinados ao pagamento das despesas com energia elétrica, material de limpeza e escritório, aquisição de passagem para apresentação de trabalhos, transporte para aulas de campo, compra de livros e equipamento de laboratório, etc). A denúncia feita pelos docentes refere-se aos cortes em manutenção e finalística de custeio, verbas que devem garantir as atividades de ensino, pesquisa e extensão. São nesses setores, ligados ao cotidiano da universidade, que a redução ultrapassa R$ 19 milhões nos últimos dois anos. Desafiamos o governo a desmentir esses números.

Por trás dos números absolutos, utilizados pelo governodo PT para enganar a sociedade, está o crescimento das universidades. Crescimento, aliás, que visa a ampliação do ensino superior na Bahia e é fruto das lutas da comunidade acadêmica nas diversas mesas de negociação e greves.

O Fórum das ADs não desconhece o crescimento do orçamento global das Universidades. Contudo, é importante ficar claro que o governo não tem realizado o equilíbrio entre os gastos com pessoal e as verbas que garantem o cotidiano da universidade. Isto significa que por força da lei, o governo garante a folha de pagamento e para compensar, reduz os gastos na rubrica de manutenção, investimento e custeio. O divulgado crescimento de 3,8% sequer repõe a inflação do ano passado de 6,4%.

O posicionamento apresentado pelo governo é um desrespeito ao povo baiano. Contra fatos não há argumentos: mais de 500 professores estão com promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho negadas. Estudantes não tem uma política de permanência adequada e não há recurso para atividades de ensino, pesquisa e extensão. O governo distorce as informações, mas a comunidade acadêmica conhece a realidade e está pronta para defender as Universidades Estaduais da Bahia.

Importância histórica

A Bahia tem índices de analfabetismo e de avaliação do ensino ainda inferiores ao resto do país. Conforme dados do censo IBGE de 2010 e do INEP de 2013, no Brasil a taxa de analfabetismo era de 9,6%, na Bahia era de 16,6%, sem contar com o índice de jovens em idade escolar: 2,5 % (Brasil) e 3,7 (Bahia). O IDEB para a 3.a série do Ensino Médio no Brasil em 2013 foi de 3,4, enquanto que na Bahia o índice foi de 3,0.
Mesmo com a falta de vontade política dos diversos governos para combater essa situação, e com poucos investimentos no ensino superior, as Ueba deram uma enorme contribuição para modificar esse quadro. A ampliação das vagas permitiu à juventude ingressar nas universidades estaduais em muitas regiões da Bahia e, com isso, ter mais opções e possibilidades de uma boa formação. Avançamos na pesquisa científica e na extensão, tendo como objetivo atender às necessidades da maioria da população. Nossa atuação científico-pedagógica possibilitou, apesar das enormes carências, uma fundamental contribuição ao desenvolvimento do Estado.

Precarização

Apesar da importância do papel das universidades baianas no desenvolvimento social do Estado, as condições de funcionamento das UEBA estão cada dia mais comprometidas. O orçamento insuficiente prejudica o dia a dia das universidades: faltam professores, falta material para os laboratórios, não temos salas de aulas na quantidade necessária, não temos espaço para o trabalho docente (infraestrutura), a verba para a permanência estudantil não garante as condições mínimas (moradia, transporte e alimentação). Soma-se a esse cenário, o total desrespeito às leis trabalhistas: os trabalhadores(as) terceirizados(as) sem receber salários, os técnicos têm suas condições de trabalho aviltadas, professores(as) que, com muito esforço, avançam na sua titulação, não são promovidos na carreira, ficando por anos em filas de espera. É um quadro de desolação e prejuízo total.

Cofre cheio

Apesar desse cenário de destruição da universidade pública baiana, o governo encontra-se numa situação econômica muito favorável. O Estado da Bahia tem aumentado muito a sua arrecadação. Dados do Portal Transparência Bahia mostram um superávit de R$ 1.623.386 (Um bilhão seiscentos e vinte e três milhões e trezentos e oitenta e seis mil reais), no ano de 2014. Esse número significa que houve o repasse de caixa da gestão do governo Jaques Wagner para o atual, Rui Costa. Nosso Estado tem se mantido distante dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, tendo inclusive, no momento, caixa para pagar o reajuste linear dos servidores públicos, de 6,41%, retroativo a janeiro, sem comprometer o planejamento.

O ICMS nos dois últimos anos cresceu mais e 11%, em termos reais(Fonte: J. Furquim do IAF), o que assegurou melhora nas contas públicas do Estado. Nos últimos dois anos o governo a Bahia destinou para o pagamento de amortizações e juros da dívida mais de 3,5 bilhões. O orçamento (estimativa) de 2015 será 8,3% maior que o de 2014. Já os recursos para educação passarão de R$ 4,804 bilhões para R$ 4,817 bilhões, implicando em um crescimento de menos de 0,5% (meio por cento) que não repõem a inflação do período que foi de 6,5%. Certamente o governo pretende com isso economizar para pagar juros a dívida. Essa tem sido a prioridade dos governos petistas na Bahia.

Contudo, nada disso tem contribuído para mudar a crise das universidades estaduais. A marca desses últimos 8 anos tem sido o aumento no superávit primário, ou seja, o dinheiro que “sobra” nas contas do governo depois de pagar as despesas no final do ano. A estimativa para 2015 é acumular R$ 812 milhões. Mas nada disso vai para a educação. O objetivo é repassar o dinheiro ao capital especulativo; cobrir o prejuízo fiscal causado pelas empresas que se estabelecerem na Bahia com isenção de impostos, quase sempre com baixas vagas de emprego; financiar obras enormes para beneficiar a infraestrutura, que possibilita ao setor empresarial ter negócios rentáveis na agricultura, na indústria e, principalmente, no setor de serviços das empreiteiras. Portanto, a Bahia tem sido um grande negócio para o empresariado.

Greve

Sabemos que as universidades estaduais, com o nosso trabalho qualificado, contribui há décadas para modificar os indicadores sociais do Estado. Da mesma maneira, sabemos que o único caminho para modificar a situação crítica em que as UEBA se encontram é a luta. Não abriremos mão dela. Lutaremos pela valorização do trabalho docente, pelo papel social das nossas universidades e para continuar a contribuir com o desenvolvimento da Bahia.
Conhecemos a prática desses últimos governos. Não adianta utilizar meios de comunicação para ameaçar o funcionalismo público e confundir a população. Estamos firmes na defesa do ensino público superior da Bahia. Se não negociar, as universidades vão parar!

Mais uma vez, apresentamos a nossa pauta de reivindicações 2015. Professoras e Professores exigem respeito e o inicio imediato das negociações. Relembramos que a categoria docente já aprovou o Estado de greve nas quatro universidades estaduais da Bahia e, caso o governo não responda ao movimento, na próxima rodada de assembleias, na primeira semana de maio, a aprovação da greve por tempo indeterminado será pautada.

Pauta de reivindicações da categoria docente para o ano de 2015

1. Revogação da lei 7.176/97;

2. Destinação de, no mínimo de 7% da Receita Liquida de Impostos do Estado da Bahia para o orçamento anual, com revisão do percentual a cada dois anos, de tal forma que o orçamento do ano não seja inferior ao executado no ano anterior e que seja assegurada a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial das Universidades Estaduais da Bahia;

3. Ampliação do quadro de vagas para professores e a sua desvinculação das classes;

4.Respeito aos direitos trabalhistas dos docentes, a exemplo de promoções, progressões, mudanças de regime de trabalho e insalubridade;

5. Alterações no Estatuto do Magistério Superior que valorizem o trabalho docente (aumento nos interstícios entre as Classes, Incentivos de Pós-graduação e Regime de Dedicação Exclusiva);

6. Reposição integral em única parcela da inflação, utilizando índice igual ou superior ao IPCA.

Salvador, 20 de abril de 2015

Fórum das Associações docentes do Estado da Bahia (ADUSB, ADUSC, ADUFS e ADUNEB).

DOCENTES APROVAM PARALISAÇÃO NO DIA 15 DE ABRIL CONTRA O PL 4330 DA TERCEIRIZAÇÃO

IMG_8975Assembleia dos Docentes da ADUSC, aprova por unanimidade, paralisação no dia 15 de abril!!!
Vamos a LUTA!!! Ato Público, às 15 horas, na praça Cairú, em Ilhéus!
CONTRA O PL 4330 da terceirização!!
E em Itabuna, o ATO será às 16 horas, em frente à Prefeitura Municipal!!

“É muito importante destacar que o dia 15/04 não é mais um dia de luta como tantos outros que a CSP-Conlutas já vem fazendo, precisa ser encarado como parte de uma resposta superior da classe trabalhadora aos ataques que o governo Dilma, o congresso e os patrões estão tentando aplicar contra nossos direitos, jogando a conta da crise econômica sobre nós.
Entra em cena com muita força a luta contra o PL 4330 das terceirizações, que devem se somar a luta contra as MPs 664 e 665 e contra o ajuste fiscal dos governos que atacam e retiram direitos”. (CSP- Conlutas)

Sobre a Paralisação Nacional do dia 15 de abril

Sobre a Paralisação Nacional do dia 15 de abril

“É muito importante destacar que o dia 15/04 não é mais um dia de luta como tantos outros que a CSP-Conlutas já vem fazendo, precisa ser encarado como parte de uma resposta superior da classe trabalhadora aos ataques que o governo Dilma, o congresso e os patrões estão tentando aplicar contra nossos direitos, jogando a conta da crise econômica sobre nós.
Entra em cena com muita força a luta contra o PL 4330 das terceirizações, que devem se somar a luta contra as MPs 664 e 665 e contra o ajuste fiscal dos governos que atacam e retiram direitos”. (CSP- Conlutas)

A ADUSC decidirá hoje (14), em Assembleia, por uma mobilização ou paralisação.
Conclamamos a presença de todos os(as) filiados(as)! Essa luta é nossa!1526695_797974286958514_9090614654076837784_n10.04.2015

A luta da educação pública e a inabilidade do Governo

A quarta-feira, do dia 08 de abril de 2015, foi diferente, marcada pela Paralisação das Universidades Estaduais Baianas (UESC, UNEB, UEFS e UESB), e o Lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública. Na sede da Secretária de Educação, na Assembleia Legislativa, nas ruas de Salvador, as vozes, as bandeiras, as camisas, os apitos, os gritos, e o suor de todas as 500 pessoas presentes no Ato Público em Defesa da Educação, denunciavam um Governo mentiroso e irresponsável, que se apropria de propagandas intituladas “Bahia Terra de Todos Nós”, e ignora a educação do seu povo, demonstrando a sua inabilidade em priorizar e reconhecer a singularidade da educação.

Após 04 meses indiferentes à tentativa de negociação do Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais Baianas, em meio às 500 vozes, pernas e braços, que se unificaram e somaram à luta em Defesa da Educação Pública, o Governo quebra o silêncio, e finalmente senta para escutar as pautas de reindicações dos Movimentos Docente (ensino superior e básico), Discente e Técnico-administrativo. As categorias foram recebidas pelo chefe de Gabinete da SEC – Secretaria de Educação, Wilton Cunha, Superintendente de Recursos Humanos da SAEB – Secretaria de Administração, Adriano Trombone e o representante da CODES- Coordenação do Ensino Superior, Paulo Fontes. Na Assembleia Legislativa, as categorias trocaram algumas palavras, com o deputado José Neto (PT), líder do atual Governo.

Em ambos os encontros, tanto na SEC, quanto na ALBA, os representantes não só apresentaram um discurso estéril aos direitos reivindicados, como alegaram que o orçamento da Universidade foi acrescido em 3,8%, (valor que sequer repõe a inflação do ano passado). Mas essa conta totalmente arbitrária refere-se ao total do orçamento da universidade, o que o governo não mostra é que para chegar a esse valor divulgado, somou os orçamentos de três setores: pessoal (salários de professores e técnicos), custeio (custos com luz, material de limpeza, escritório etc) e investimento (recursos destinados à passagem para apresentação de trabalhos, ônibus para aulas de campo, livros, materiais didáticos etc). O corte de R$ 19 milhões denunciados pela comunidade acadêmica refere-se às áreas de custeio e investimento, atingindo Ensino, Pesquisa e Extensão. Demanda que cresce a cada ano, respaldada na expansão alcançada de cada Universidade.

Os representantes do Governo que receberam as categorias, não só declararam a impossibilidade de atender a demanda orçamentária da Educação Pública, como descaracterizaram, ironicamente, a luta do Movimento Discente, alegando não conhecer a sua pauta de 1%11.

Reajuste Linear e o repasse de 100% para as Universidades

Após os docentes das quatro universidades aprovarem o Estado de Greve, e a realização do ato público, o Governo se reuniu com os reitores no dia 31 de março e garantiram o repasse de 100% do orçamento de 2015, e ainda, repor as quantias relativas aos meses de janeiro, fevereiro e março quando houve corte de 20% do previsto. Não existe avanço. É um retroativo. A verba já estava aprovada, mas o Governo ainda não havia liberado o repasse.

O Governo usa o dinheiro público para privilegiar os privilegiados. Crise financeira no Estado? Falta dinheiro, financiando carnaval, pensões vitalícias, regalias, aumentando orçamento dos gabinetes de deputados? O superávit, valor que sobra anualmente na conta do Governo, após quitação das despesas calculadas, atingiu em torno de R$ 812 milhões.

Enquanto a festa acontece no andar de cima, a educação pública pede socorro! As Universidades estão sem verbas para manutenção, investimento e custeio; Os estudantes estão sem receber bolsa permanência, não têm um Restaurante Universitário de qualidade, não têm creche, não têm residência universitária; Mais de 08 escolas, de Ensino Básico e Fundamental estão fechando as portas, na cidade de Itabuna. Os direitos trabalhistas dos Docentes estão sendo rasgados! Política de austeridade para quem? Não amoleceremos! Declaramos que a luta do Movimento Docente seguirá forte! Nenhum direito a menos!

Dia 24 de abril – Nova reunião com o Governo

A próxima tentativa de negociação do Movimento Docente com o Governo será no dia 24 de abril, na Secretária de Educação. É importante denunciar que o Governo convocou essa reunião apenas com os docentes, desconsiderando as outras categorias que compõe as mobilizações e estão presentes na luta unificada pela educação.

Previdência Pública e Privada

Você está conformado com as MPs 664 e 665?
Nós não estamos!!

Esclarecimentos, debates e formação, com a especialista em Previdência Pública e Privada, Sara Granemann.

17 de abril (sexta-feira), às 14horas, no Auditório de Direito, Pavilhão Adonias Filho – UESC.

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