Na noite do último domingo (30), o estudante do curso de Ciências da Computação da UESC, Alisson Rocha, de apenas 20 anos, cometeu suicídio ao enfocar-se com uma corda no pescoço. De acordo com informações de amigos, o estudante estava dentro da casa em que residia no bairro Banco Raso, em Itabuna. A notícia que surpreendeu colegas e familiares. A ADUSC lamenta profundamente o acontecido, e se solidariza com os seus familiares e amigos.
Categoria: ADUSC
GT Saúde da ADUSC
Reativado em 20 de outubro de 2014, o GT Saúde – Grupo de Saúde do Trabalhador Docente foi criado para informar, mobilizar e organizar a categoria, acerca do tema. O GT é composto por docentes associados da ADUSC, o qual atualmente tem a professora Nairan Morais, como coordenadora, Kátia Guerreiro como vice e os companheiros, Carlos Vitório e Noélia Oliveira como membros do Grupo.
O GT é aberto para qualquer docente sindicalizado que queira participar das discussões e atividades, e de acordo com o regimento, não há restrição do número de participantes. O docente que desejar fazer parte do Grupo, e ainda não estiver associado à ADUSC, é só dirigir-se à entidade e realizar o cadastro.
As reuniões acontecerão uma vez ao mês, podendo o grupo reuni-se quando julgarem necessário. Ainda de acordo com o regimento, os encontros não tem caráter deliberativo, mas funcionará como instancia consultiva e indicativa para a diretoria da ADUSC e discussões em assembleias gerais da entidade. Assembleias essas, convocadas por um docente sindicalizado e um membro da diretoria a partir de um cronograma definido em sua primeira reunião.
Na última reunião do GT, realizada na segunda-feira(24), os membros discutiram sobre as possibilidades de ações que podem ser implementadas no ano de 2015, como rodas de conversas, panfletagem e palestras, relacionadas a qualidade de vida e alguns dos problemas que afetam a saúde do trabalhador docente. “Esperamos que em 2015 possamos amadurecer e implantar diversas ações relacionadas à saúde que assessorem os docentes na no seu ambiente de trabalho”, explica a coordenadora do GT, Nairan Morais.
Audiência Pública – Dia 09 de dezembro
A ADUSC convida docentes, alunos e funcionários a participar da audiência pública a ser realizada no dia 09.12, ás 11h, na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador.
Os interessados deverão dirigir-se à sede da ADUSC e confirmar presença. A entidade custeará a passagem e alimentação.
As representações docentes da UESC, UNEB, UEFS e UESB, congregadas no Fórum das ADs, reivindicam ao Governo do Estado da Bahia:
PAUTA DE REINVINDICAÇÕES 2015
- Revogação da lei 7176/97;
- Destinação de, no mínimo, de 7% da Receita Liquida de Impostos do Estado da Bahia para o orçamento anual, com revisão do percentual a cada dois anos e de tal forma que o orçamento do ano não seja inferior ao executado no ano anterior e que seja assegurada a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial das Universidades Estaduais da Bahia;
- Ampliação do quadro de vagas para professores e a sua desvinculação por Classe;
- Respeito aos direitos trabalhistas dos docentes, a exemplo de promoções, progressões, mudanças de regime de trabalho e insalubridade.
- Alterações no Estatuto do Magistério Superior que valorizem o trabalho docente (aumento nos interstícios entre as Classes, Incentivos de Pós-graduação e Regime de Dedicação Exclusiva).
- Reposição salarial integral em única parcela da inflação utilizando índice igual ou superior ao IPCA.
ADUSC ativa Grupo de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA)
A ADUSC convida todos os docentes associados a participar da reunião do Grupo de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA) da ADUSC,que será realizada no dia 28.11.14, na sede da entidade, às 10:30h, com a seguinte pauta:
1) Informes;
2) Instalação do GTPAUA;
3) Ações e estratégias do GT na UESC;
4) O que acorrer.
Convocação de Assembleia Extraordinária
CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA
No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Ordinária a realizar-se no dia 27.11.2014 (quinta-feira), às 08:30h em primeira convocação e às 9:00h em segunda, na sala de reunião do Departamento de Educação (SALA 2117),no 1º andar do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:
1) Informes;
2) Pauta da Campanha de reivindicações 2015: orçamento, ampliação do quadro de vagas e desvinculação, estatuto do magistério superior e respeito aos direitos trabalhistas;
3) Eleição de delegados para o 34º Congresso do ANDES;
4) O que ocorrer.
Reflexões e pautas sobre a saúde do trabalhador docente
Atualmente as universidades brasileiras passam por um intenso processo de mercantilização, que leva nesta pauta, de imediato, à intensificação e precarização do trabalho docente. Dessa forma, a Universidade está sendo transformada em instituição tutelada pelo capital na concepção do Estado mínimo, para que os recursos privados se apoderem do fundo público sob a nefasta ideologia do mercado.
Com as transformações do mundo do trabalho determinadas pelas mudanças contemporâneas do modo de produção capitalista, impõem-se mudanças objetivas e subjetivas nas relações do trabalho docente. No cenário de mudanças estruturais no modo de produção capitalista, segmentos de trabalhadores que não produzem diretamente a mais-valia são considerados trabalho improdutivo. Nessa categoria, estão os professores universitários, frutos da dinâmica da precarização, relacionado com a intensificação do trabalho docente, simultaneamente ao achatamento e perdas salariais, de captura da subjetividade do trabalhador e da retirada de direitos.
A estrutura da reprodução ampliada do capital e a situação de classe aparentemente diversa como os trabalhadores que realizam o trabalho produtivo e os que realizam o trabalho improdutivo os colocam em uma mesma condição: ambos precisam vender sua força de trabalho para viver, ambos estão submetidos à mesma lógica de exploração do trabalho, tanto em termos objetivos, quanto em termos subjetivos.
Criada as condições objetivas para o aprofundamento da nova hegemonia do capital na universidade pública, percebe-se uma grande aderência dos docentes a tal projeto. Neste cenário, campeia o individualismo e produtivismo despolitizador. Este produtivismo, não problematiza as relações e condições de trabalho, no âmbito da instituição universitária, e descontextualiza a produção científica do cenário político em que ela se dá. Dessa forma, ocorre uma feudalização e compartimentalização, dissociando de interesses de classe ou coletivos.
Vale destacar que, os docentes de ensino superior constituem um segmento que exerce especialmente o trabalho intelectual, independente de sua condição de classe. Tal segmento, por sua vez, muitas vezes não percebe que sua atividade vem sendo sobrecarregada paulatinamente por um projeto expropriador da mais valia. Essas “soluções” reformistas tendem chocar-se com um dos elementos da crise da educação, a separação entre o trabalho manual/intelectual, entre a teoria e prática. Dessa forma, isso se deve também a tradição imposta pela classe dominante que geralmente atribui um sentido de inferioridade ao trabalho manual, confrontando-se do ponto de vista do status com os segmentos que executam este tipo de trabalho. Isso muitas vezes tende a manter uma barreira político-ideológica e cultural na base do movimento docente, que dificulta alianças, articulações e ações integradas com os segmentos do movimento sindical associados ao trabalho manual.
Diante da realidade apontada, as relações do mercado com a Universidade pública se estreitam cada vez mais, verifica-se inúmeros casos da mercantilização de direitos sociais, a exemplo do PNE governista que destinará verbas publicas para as instituições de ensino superior privadas e da aprovação da EBSERH nos Hospitais Universitários. Dessa maneira, cresce a influencia da mercantilização no controle dos rumos da aprovação de projetos de pesquisas e consequentemente na produção científica. Os setores que não atendam diretamente as suas demandas imediatas tendem a ser marginalizados e pormenorizados, quando não extintos. São criados, assim, verdadeiros feudos dentro das Universidades.
A materialização da mercantilização é identificada em um ambiente laboral/profissional marcado por competitividade e pressões pelo desempenho docente, quase que unicamente quantitativo e o cumprimento de metas (gerenciais), geralmente valorizando a atividade de pesquisa frente à de ensino, valendo uma nova máxima “cão que não Lattes, não morde”. Isto, aliado à compressão salarial, à ampliação das exigências de produção e produtividade no campo da pós-graduação e pesquisa, ao produtivismo acadêmico, assédio moral e sexual, atividades de risco e violência no trabalho, perda ou burocratização para obtenção de direitos como insalubridade e Dedicação Exclusiva (DE), entre outros, tem intensificado a precarização do trabalho docente e consequentemente contribuído para desvalorização e adoecimento da categoria.
Na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), uma das quatro UEBAs, temos a informação oficial de 12 (doze) docentes afastados por licença médica em 2012 e 17 (dezessete) em 2013 (Dados potencialmente subnotificados). Esses dados demonstram um aumento no número de licenças na ordem de 41,7%, um aumento significativo de um ano para outro, evidenciando uma tendência ao adoecimento da categoria dentro desse sistema produtivista e meritocrático perverso.
A perversidade do projeto neoliberal para as universidades brasileiras tem conseguido impor aos professores a quimera de que se trabalharem seguindo os critérios, parâmetros e jornadas de trabalho que o capitalismo estabelece, poderão aumentar seus ganhos e projetar-se profissionalmente de maneira mais efetiva e atingir o “devido reconhecimento”. Ao absorver esta lógica, os docentes abrem mão de sua família, da sua humanidade, da qualidade de vida, da criação coletiva do conhecimento, e da responsabilidade pela sua disseminação para o conjunto da sociedade. O comprometimento da saúde física e mental são as principais consequências, além do embrutecimento das relações pessoais.
Dessa forma, as repercussões para a saúde física e mental do docente sobre essa realidade do trabalho destacam-se: aumento de consumo de álcool, drogas e tabaco – provocado doenças crônicas, principalmente cardiovasculares e respiratórias; depressão – abuso de ansiolíticos, hipnóticos e neurolépticos – suicídios; Síndrome de Burnout – exaustão mental, emocional, fadiga e depressão. Assedio moral – um processo de violência psicológica extremado contra o trabalhador.
Dentre as patologias que acometem a saúde dos docentes, a mais prevalente é a síndrome de Burnout que é caracterizada pela evolução lenta, com piora progressiva e severa; e por passar despercebida, no início, devido á negação de que algo de errado está acontecendo nas relações de trabalho. Contribui, também, para o surgimento dessa síndrome a desvalorização da profissão docente, a falta de autonomia e de participação nas definições das políticas de ensino; a inadequação salarial; a falta de oportunidades de promoções; o isolamento social e a baixa solidariedade; o baixo envolvimento associativo sindical; desinteresse em resolver as precárias e inadequadas condições físicas e matérias de trabalho.
Torna-se imperativo que as patologias advindas das transformações do trabalho docente sejam mais bem elucidadas e discutidas entre os docentes, como o desenvolvimento de um trabalho humanizado como prevenção de fatores estressores causadores de doenças, sob a pena de perderem profissionais valiosos. Dessa forma, o reconhecimento do docente como um trabalhador e, portanto, como um indivíduo submetido á grande máquina da exploração mundial capitalista, permitirá a reação a esta lógica político-econômica dominante.
No campo político, é preciso esclarecer a sociedade quanto ao caráter nefasto do processo em curso e organizar a luta necessária para reverter o quadro que se apresenta. Assim, a luta em defesa da saúde dos trabalhadores e por crescente melhoria nas condições de trabalho dos docentes deve sempre está pautada no cotidiano do movimento sindical e percebida como uma conquista que beneficia a toda uma sociedade.
Pauta de Reivindicações:
1 – Criar ou reativar o GT Saúde do Trabalhador em cada base sindical (espaço coletivo de discussão e denúncia);
2 – Denunciar a intensificação do trabalho docente, nos novos parâmetros de exploração do trabalho (sobrecarga da jornada de trabalho, mérito acadêmico por produção científica, outros);
3 – Desconstruir a cultura da “monetização do risco” no ambiente de trabalho e ter como meta a não exposição ao risco.
ADUSC
“As comissões da verdade pelo país deveriam trabalhar não só pelo direito à memória, mas principalmente pelo direito à justiça”
O Encontro Regional Nordeste da Comissão da Verdade do ANDES-SN, é parte dos três encontros regionais preparatórios que antecedem o Seminário Nacional, programado para ser realizado em dezembro, na capital Federal. E com ele, traz a frase de ordem ensaiada durante todo o encontro: “As comissões da verdade pelo país deveriam trabalhar não só pelo direito à memória, mas principalmente pelo direito à justiça”. O evento, que aconteceu nos dias, 13 e 14 de novembro, trouxe o subtema Ditadura Empresarial-Militar na Repressão aos Movimentos Rurais e às Universidades do Nordeste, criando um espaço de estudo e exercício em defesa da revisão da Lei da Anistia e a responsabilização dos autores da tortura e outros crimes de lesa-humanidade ainda impunes no nosso país.
De acordo com Paulo Rodrigues, professor e membro da Comissão da Verdade da UESC-ADUSC, na primeira intervenção foi feito um repasse histórico das demais Comissões, que relataram como saldo de pesquisas, cerca de 80 entrevistas com vitimas da ditadura, com as famílias, destacando a condição dos estudantes, como as principais vítimas (no meio universitário) da violência política da ditadura militar. Com raptos, prisões durante a madrugada que traumatizaram muitas famílias. Enfatizou também, a supressão da palavra justiça, e o reconhecimento da sobrevida de aspectos fortes da estrutura administrativa ditatorial identificada como entulho político e empecilho da democratização do país.
“Foi uma experiência importante, na minha condição de membro de uma comissão da verdade – a comissão da verdade da UESC, que está iniciando seus trabalhos. Os relatos de comissões que já concluíram a primeira parte dos seus estudos, apresentando suas metodologias, articulação repressão política na universidade com a repressão política na sub-região, fatos importantes locais, que sem dúvidas, nos auxilia nos embates”, explica o professor Paulo.
Seguindo a programação do evento, uma das mesas, trouxe o debate com o subtema “Ditadura, Oligarquias e Repressão aos Movimentos Rurais no Nordeste Brasileiro”, espaço em que o professor, pesquisador e membro da diretoria da ADUSC, Marcelo Lins, foi convidado a apresentar o seu projeto de pesquisa, acerca da formação da propriedade rural na região sul da Bahia e dos mecanismos de concentração da terra, expropriação e exploração do trabalhador rural.
Além da extrema exploração dos trabalhadores na lavoura cacaueira, o professor Marcelo falou das diferentes formas de organização e resistência, em diferentes períodos da História. E levantou a seguinte sinalização, alguns setores da sociedade brasileira, como trabalhadores camponeses e índios, sempre foram brutalmente perseguidos em suas organizações e lutas. “Essas movimentações dos trabalhadores eram o suficiente para justificar a repressão, prisões, assassinatos e desaparecimentos. Nesse contexto, vale lembrar, que parte significativa dos mortos em conflitos, quando são contabilizados, são considerados como conflitos agrários, e não entre os mortos pela ditadura”, explicou Marcelo.
Desde 2013, quando o ANDES-Sindicato Nacional criou sua própria Comissão da Verdade, a entidade vem estreitando estudos e lutas com movimentos sociais, no intuito de contribuir na busca da verdade dos fatos ocorridos na ditadura empresarial-militar e na luta pela revogação da anistia.
“Temos aprendido a voar como os pássaros (…) mas não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos”
20 de novembro – Dia da Consciência Negra
Martin Luther King
Imagem: Flávio Rebouças
Universidade, Povos Indígenas e Conjuntura
O Seminário Nacional dos Povos Indígenas do ANDES-SN teve início na tarde da última sexta-feira (14) na sede do Sindicato Nacional em Brasília (DF) e prosseguiu até domingo (16). Com a participação de entidades, pesquisadores e lideranças indígenas, o objetivo do evento foi realizar uma formação para os professores, dentro desta temática ainda pouco conhecida e debatida nas Universidades.
A mesa de abertura trouxe o tema “Universidade, Povos Indígenas e Conjuntura”, composta pelo professor doutor Carlos José Ferreira dos Santos, Casé Angatu, que é professor efetivo de História na UESC e participou como representante do Movimento Tubinambá da Luta Pela Terra e associado da ADUSC.
O professor Casé Angatu apresentou um relatório de demarcação de terra no Brasil e destacou também, o número crescente de genocídio e etnocídio dos povos indígenas no país. Relembrou da carta aberta que a presidente Dilma Rousseff quando reeleita, destinou aos movimentos indígenas, alertando que não avançará na demarcação de terras.
Segundo Casé Angatu o evento discutiu a necessidade do ANDES – e das entidades vinculadas, incluindo a ADUSC – de atuar de forma mais incisiva na Luta dos Povos Indígenas por seus direitos. A programação do encontro contou com debates sobre a violência do estado contra os povos indígenas; a educação e saúde; demarcação de terras; e mudanças socioculturais no contexto indígena.
O Seminário Nacional aprovou e levará para o Congresso do ANDES-SN (fevereiro/2015) a proposta de o ANDES compartilhar a realização do Seminário Índio Caboclo Marcelino nos dias 23 a 27 de setembro de 2015, a ser realizado no Território Indígena Tupinambá de Olivença, Ilhéus – Bahia. E de participar do Ato Nacional de Apoio aos Povos Indígenas do Brasil, em 26 de setembro, e da Caminhada Tupinambá, no dia 27 de setembro.
2º reunião do pró-Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública
Acontece hoje (11), às 17 horas, na Sede da Secretaria Regional Nordeste III do ANDES-SN, a 2º reunião do pró-Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública. Na pauta, além dos informes, estão:Avaliação da atividade realizada em 21.11; Atividades pró-Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública; Repasse do andamento dos Comitês em outros estados e Tarefas organizativas pró Comitê. Representando a ADUSC, o companheiro José Luiz de França participará da reunião.