Encontro de Lutadores propõe jornada nacional de mobilizações e lutas em outubro

imp-ult-996495935Cerca de 1200 representantes de 140 entidades e movimentos sociais, sindicais e populares se reuniram no Encontro Nacional dos Lutadores e Lutadoras, realizado neste sábado (19), em São Paulo. A proposta do encontro foi dar continuidade à organização de uma alternativa de luta em defesa dos trabalhadores, expressa na grande marcha, que levou mais de 15 mil manifestantes às ruas da capital paulista na sexta-feira (18). A Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadores foi organizada por 40 entidades, que também estiveram representadas no encontro.

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Durante a manhã foi realizada uma plenária de avaliação da conjuntura. No período da tarde, os participantes se dividiram em grupos de discussão temáticos autoconvocados. Após, na plenária de encerramento, foi feita a leitura da declaração consensuada, que aponta encaminhamentos e propostas de ações, como a realização da jornada “Outubro de Luta” com manifestações e atos nos estados.

Durante as falas e no documento síntese do encontro, foi reafirmado que os trabalhadores não aceitam pagar pela conta da crise, que deve ser imposta pelo governo àqueles que a geraram – os bancos, as empresas. Os presentes reforçaram o posicionamento contra os cortes do ajuste fiscal e contra a Agenda Brasil – considerada um plano para ajudar os patrões a manter os lucros. As entidades denunciam que a Agenda, composta por uma série de projetos de lei e medidas que tramitam no Congresso Nacional, regulamenta as terceirizações, avança na precarização e arrocho salarial dos servidores públicos, favorece o agronegócio ao invés de avançar na reforma agrária, amplia as privatizações, facilita as agressões ao meio ambiente e ataca os direitos dos povos indígenas, além de privatizar o SUS e promover nova reforma na previdência.

Na declaração consensuada ao final do encontro, as entidades propõe a suspensão do pagamento da dívida pública e realização de auditoria da mesma, a adoção de impostos fortemente progressivos, para taxar as grandes fortunas e os ganhos de Capital e da especulação financeira. Exigem também a proibição de remessas de lucros ao exterior.

Os movimentos cobram também, entre outras medidas, a estabilidade de emprego e redução de jornada sem redução salarial, o fim das privatizações, o fim da corrupção, a regulamentação das terras indígenas e quilombolas e o fim da violência e da criminalização dos ativistas e do povo pobre e se posicionam contrários à redução da maioridade penal.

“Ainda que a proposta tenha insuficiências, traz elementos fundamentais para uma alternativa distinta do que está posto. Sairmos daqui para organizar uma grande jornada de mobilização no mês de outubro, com atos e manifestações na primeira quinzena, reforçados com ações possíveis, como trancamento de rodovias, ocupações, paralisações”, disse Sebastião Pereira “Cacau”, da coordenação da CSP-Conlutas. Ele ressaltou ser necessário buscar as organizações locais e os setores que não estiveram no encontro e na marcha de sexta-feira (18), para ampliar a luta. Para dar continuidade à organização de uma alternativa de mobilização classista, o encontro sinalizou realizar uma jornada de mobilização chamada de Outubro de Lutas, com a realização de encontros locais e regionais para aprofundar a avaliação de conjuntura e a reação dos trabalhadores aos ataques impostos.

As entidades consideraram importante incorporar um caráter internacionalista somando-se à iniciativa da Rede Sindical de Solidariedade e de Lutas – da qual a CSP-Conlutas faz parte – em defesa e solidariedade dos imigrantes haitianos que se vincula ao flagelo dos refugiados na Europa, na luta contra os planos de austeridade em todos os países e na campanha em solidariedade ao povo palestino.

A resolução consensuada aponta necessidade de somar forças na reação dos trabalhadores ao ajuste fiscal e contra os ataques à classe e para isso irão retomar a exigência à CUT, CTB e Força Sindical e demais centrais sindicais que rompam com o governo e construam a greve geral.

 

“Eu considero que o encontro foi vitorioso por pelos menos três aspectos. O primeiro deles pela representatividade. Nós conseguimos trazer pra cá pelo menos 140 organizações de todo país, que além de uma belíssima marcha pelas ruas de São Paulo, fizeram um encontro muito forte, muito participativo, que aponta importantes inciativas para o próximo período. O segundo ponto é justamente pelas resoluções políticas do encontro. Vamos realizar uma jornada de mobilizações em outubro, centrando fogo em manifestações nos estados, com apoio às campanhas salariais e às greves em curso, às lutas do movimento popular, dos setores oprimidos e saímos daqui mais fortalecidos para essa iniciativa, mais confiantes de que é possível organizar essas atividades”, avalia Cacau.

Ele aponta que o terceiro aspecto, está na possibilidade de ampliação da unidade com outras entidades. “Ainda não vieram para esse campo todas as organizações com as quais a gente pretende trabalhar, mas eu acredito que pela força da marcha, pela força do encontro, pelas suas resoluções, nós vamos poder avançar no diálogo com essas organizações, entre elas a Intersindical e o MTST, para que se somem também a esse espaço unitário”, destaca.

Em defesa dos povos indígenas

Na abertura do Encontro Nacional de Lutadores e Lutadoras, a liderança guarani-kaiowá Valdenice Veron denunciou o massacre de seu povo, em especial no Mato Grosso do Sul (MS) e pediu aos presentes que se unam na luta contra o extermínio da população indígena. De acordo com Valdenice, neste sábado (19) seu povo sofreu um mais um ataque , o quarto desde quinta-feira (17), que deixou gravemente ferido o cacique Erpídio Pires.

Nesse sentido, o encontro aprovou o envio urgente de uma caravana ao MS, para prestar solidariedade e apoio aos povos indígenas, que enfrentam um duro e violento ataque dos fazendeiros e pistoleiros, com a conivência e omissão do poder público.

Fonte: ANDES-SN

Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública e articulação pró-Comitê Local preparam reuniões

O Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública volta a se reunir no próximo sábado (29), às 9h, no Auditório I do Módulo de Medicina da Uesb, campus de Vitória da Conquista. O objetivo é discutir a conjuntura de ataques a educação no país e planejar ações para este ano, como a construção do Seminário Estadual previsto para novembro. A ADUSC, em articulação com outras entidades de Ilhéus e Itabuna que constroem o Comitê Estadual, está organizando uma reunião para o dia 1º de Setembro, para discutir o documento “Pátria Educadora” e traçar estratégias para criação do comitê local.

O Seminário Estadual foi um encaminhamento da última reunião do comitê estadual, no dia 11 de julho, em Feira de Santana. A proposta é construir um Plano de Lutas para 2016 que fortaleça a unidade entre as mais diversas categorias na defesa da educação pública, gratuita, estatal, contextualizada e de qualidade.

Os Comitês Estaduais em Defesa da Educação Pública são resultantes do Encontro Nacional da Educação (ENE) ocorrido no Rio de Janeiro, entre 8 e 10 de agosto do ano passado. O ENE reuniu mais de dois mil professores, estudantes, sindicalistas e movimentos sociais, para elaborar uma proposta alternativa para a educação do país, em contraponto ao Plano Nacional da Educação (PNE) sancionado pela presidente Dilma Rousseff no dia 26 de junho de 2014.

Comitê Local

Apresentação1Para consolidar o Comitê Estadual na Bahia, e unificar a mobilização e intervenção localmente, a ADUSC junto a organizações de professores da educação básica, estudantis e movimentos sociais realizarão no dia 1º de Setembro uma reunião pró-Comitê Local, em Itabuna. A Atividade será ás 17 horas, no Centro de Cultura Adonias Filho, e contará com um debate sobre o documento provisório “Pátria Educadora: A qualificação do ensino básico como obra de construção nacional” elaborado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE). A atividade é aberta ao público, e a expectativa é reunir todos aqueles que estão comprometido com a educação pública e de qualidade.

Conheça a Cartilha com as resoluções do Encontro Nacional de Educação

Reitorias divulgam problemas financeiros por corte orçamentário

1 andesApós diversos cortes orçamentários da educação, que, juntos, somam mais de R$11 bilhões, o Comando Nacional de Greve (CNG) dos docentes federais iniciou a campanha “Abre as Contas Reitor(a)” – com o intuito de que as Instituições Federais de Ensino (IFE) divulguem publicamente como foram afetadas pela situação. Desde então, algumas reitorias têm divulgado o tamanho do impacto causado pelos cortes do governo federal no cotidiano das universidades.

O reitor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), por exemplo, divulgou recentemente à imprensa que a instituição corre o risco de fechar no segundo semestre por conta dos cortes. Segundo ele, a Ufma perdeu, com os cortes, R$38 milhões de reais. Essa quantia representa 10% das verbas de custeio e 50% do orçamento total da universidade, impossibilitando o prosseguimento de obras, o pagamento de trabalhadores terceirizados e, inclusive, o prosseguimento das atividades acadêmicas. 

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) também abriu as contas. De acordo com notícia divulgada no site oficial da instituição, a universidade teve cortes de R$30 milhões, o que impactou diretamente o andamento de obras e a aquisição de novos equipamentos. A Ufla ainda ressalta que a pós-graduação enfrenta uma grave crise. A universidade, que mantém 47 programas de mestrado e doutorado e sete mestrados profissionais, teve cortes de 75% na área. Além disso, apenas 20% dos 25% que deverão ser honrados foram repassados para a instituição, ou seja, apenas 5% do orçamento originalmente previsto.

Na Universidade Federal do Pará (Ufpa), os cortes chegaram a R$50 milhões. A reitoria, no entanto, insiste que eles afetarão apenas atividades-meio e as obras que estão sendo realizadas na universidade. Os docentes em greve, entretanto, discordam da administração da universidade. O corte das bolsas de extensão, que fez com que – inclusive – projetos de extensão fossem fechados, demonstra, na prática, que o corte orçamentário atinge atividades-fim da Ufpa.

A reitoria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi outra que abriu as contas após os cortes. Lá, o corte foi de R$26 milhões – 10% dos cerca de R$60 milhões em custeio e 50% dos cerca de R$ 40 milhões de investimento. Segundo o reitor, caso não haja a reversão dos cortes e suplementação orçamentária, não será possível pagar as contas de outubro, novembro e dezembro. Além dos cortes, há atraso nos repasses. Há uma dívida de R$ 1,6 milhão com a Imprensa oficial, atrasos no repasse a empresas terceirizadas, às empreiteiras, no pagamento de fornecedores de combustível, das contas de água, luz e telefone.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a reitoria manifestou preocupação com a política de Ensino à Distância (EAD), considerada uma das grandes prioridades do governo federal nos últimos anos. Para o segundo semestre deste ano, a UFSM teve que cancelar quatro cursos de Especialização devido à supressão orçamentária. Conforme o vice-coordenador da UAB na instituição, Reisoli Bender Filho, a parte de custeio do EAD está garantida, entretanto, não há garantia alguma de bolsas para professores e tutores.

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), a reitoria não abriu as contas, mas a situação financeira se mostra caótica. Na última quarta-feira (19), parte da universidade ficou sem luz por conta de atraso no pagamento das contas. A UFF deve mais de R$9 milhões em contas de energia elétrica.

Outras universidades já se pronunciaram

Outras instituições, como a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) já haviam divulgado como seriam afetadas com as restrições orçamentárias. Confira as matérias aqui e aqui.

*Com informações de Adufpa-SSind, Sedufsm-SSind, Adufcg-SSind, Ufla e Atual7

 

Fonte: ANDES-SN

 

Servidores estaduais gaúchos iniciam greve geral

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Em uma histórica assembleia geral que unificou mais de 40 categorias do serviço público estadual do Rio Grande do Sul, realizada na tarde desta terça-feira (18) em Porto Alegre (RS), os servidores gaúchos decidiram entrar em greve por três dias. Eles lutam contra o parcelamento de seus salários, medida promovida pelo governador José Ivo Sartori na tentativa de sanar as contas do estado. A assembleia unificada reuniu mais de 30 mil pessoas.

Antes, muitas categorias realizaram assembleias próprias, nas quais também deliberaram pela greve de três dias, que pode se estender caso não haja uma mudança de posição do governo estadual. O Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers – Sindicato), que representa professores e funcionários da educação básica estadual e é o maior sindicato do estado, teve sua assembleia na manhã de terça, reunindo mais de 20 mil pessoas em um ginásio da capital do estado, e também deliberando pela greve.

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, no último mês, o parcelamento do salário dos servidores estaduais e um pacote de ajuste fiscal que inclui a privatização de partes importantes do estado e uma reforma na previdência. Em resposta, os policiais militares convocaram um aquartelamento, e, agora, quase a totalidade dos servidores estaduais gaúchos entraram em greve.

*Com informações de Sul 21 e imagem de Cpers – Sindicato

 

Fonte: ANDES-SN

 

Encerramento do 60º Conad valoriza ações de luta do Sindicato Nacional

imp-ult-1451692181Entre os dias 13 e 16 de agosto, os 170 participantes da 60º edição do Conad estiveram reunidos na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) discutindo a conjuntura política atual, imersa em um cenário de ajuste fiscal, de cortes orçamentários e de retirada de direitos dos trabalhadores, avaliando as ações realizadas pelo Sindicato Nacional, encaminhadas desde o 34º Congresso do ANDES-SN, atualizando os planos de lutas de todos setores e aprovando uma agenda de seminários e debates para o próximo período.

De acordo com o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, “esse Conad teve muitos pontos aprovados por consenso, pois o 34º Congresso do Sindicato Nacional, realizado em janeiro de 2015, aprovou um plano de lutas que deu conta até agora das necessidades do ANDES-SN diante da conjuntura política. Desde o início do ano estamos sendo protagonistas de diversas greves nos estados, realizando uma forte greve nas federais, além de construir ações conjuntas com os servidores públicos federais, ao lado das demais categorias da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação”.

Os delegados do 60º Conad atualizaram o Plano de Lutas deliberado no 34º Congresso do ANDES-SN que aprovou como centralidade da luta para o ano de 2015, “avançar na organização dos docentes e na unidade com os movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais, para enfrentar a mercantilização da educação, combater as politicas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

A plenária de encerramento aprovou 16 moções, dentre apoio e repúdio, referente a diferentes temas, que permeiam questões como a retirada de direito dos trabalhadores, repressão e criminalização de movimentos sociais, demissão de trabalhadores, intransigência de governos estaduais em greves locais e apoio a processos de luta em curso.

Além disso, o documento que reúne a síntese das deliberações do encontro, a Carta de Vitória, foi apresentado aos participantes, através da leitura realizada pela secretária-geral da entidade, Claudia March. O texto destaca a trajetória ativa do Sindicato Nacional ao longo desse primeiro semestre de 2015, apontando que “o balanço das lutas empreendidas desde então, demonstrou a capacidade crescente de enfrentamento à destruição do caráter público da educação pública e aos ataques aos direitos dos trabalhadores. Em um período em que não houve sequer um dia sem greve nas instituições públicas de ensino a partir da implementação do plano de lutas organizações de base do ANDES-SN – as seções sindicais das estaduais e das federais – avançamos também na construção da unidade com os trabalhadores”.

Rizzo ressalta que “o 60º Conad definiu ações que tem início imediato após o encerramento desse espaço. Nesse momento, em que a greve dos docentes federais está próxima de completar três meses de duração, é dever dos docentes protagonizar a defesa da educação pública. É compromisso reafirmar a unidade de todos os setores do Sindicato Nacional na defesa da educação pública, que está sendo extremamente violentada pelas políticas de ajuste fiscal – que retiram recursos da educação pública e favorecem a lucratividade do capital”.

 

Fonte: ANDES-SN

Em todo o país, docentes cobram dos reitores transparência nas contas das IFE

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Alguns reitores revelaram que não há recursos para pagar as contas até o final do ano

Atendendo ao chamado do Comando Nacional de Greve dos docentes federais, os comandos locais de greve das mais de 40 instituições, que já aderiram à paralisação, intensificaram as atividades de mobilização nesta primeira semana de agosto (3 a 7), com a ação “ABRE AS CONTAS REITOR (A)!”, que tem como objetivo investigar os impactos, nas Instituições Federais de Ensino (IFE), dos cortes de recursos na Educação Federal promovidos pelo governo federal e dar ampla divulgação para o efeito da política de ajuste fiscal e corte em áreas sociais no desenvolvimento das atividades acadêmicas.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, destacou que esta foi uma semana vitoriosa de intensificação da luta, com atividades tanto em torno da pauta específica dos docentes federais, quanto em unidade com as demais categorias do funcionalismo federal. Rizzo destacou a grande adesão à campanha #DialogaJanine e à marcha do Fórum dos Servidores Públicos Federais realizada em Brasília, nesta quinta (6), que contou com a participação de professores de todo o país. Além disso, ressaltou a relevância das ações realizadas nas universidades, que contribuem para expor a crise vivenciada pela educação federal. “Ocorreram importantes manifestações e concentrações em diversas universidades federais, algumas com caravanas vindas do interior para as sedes das instituições. Em alguns locais, o movimento conseguiu diálogo com os reitores, mas tiveram casos em que não houve nehuma resposta efetiva. Houve situações como na Ufba, que o reitor mostrou a situação crítica das terceirizações, cujos contratos estão sendo renovados com menos funcionários até casos, como da reitora da UFMS, que sequer recebeu a comissão dos três segmentos [docentes, técnicos e estudantes], que foram até a reitoria fazer cobranças. As atividades tiveram boa repercussão e com isso, conseguimos expor para a sociedade a realidade em algumas instituições e a falta de transparência em relação às verbas em outras”, comentou.

Confira algumas das atividades realizadas:

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), dezenas de professores e estudantes realizaram uma bicicletada na quarta-feira (5). Eles saíram da Praça da Cantareira, em Niterói (RJ), em direção à reitoria. Os manifestantes denunciaram a expansão precarizada, que amplia o número de vagas, mas não oferece condições de trabalho e de estudo e as medidas de ajuste fiscal do governo, que resultaram em cortes nos recursos da Educação. O protesto criticou ainda a falta de diálogo do reitor da UFF, Sidney Mello, que após quase 70 dias de greve, não recebeu o movimento paredista, e também não respondeu as pautas do movimento.

Em Macapá, a comunidade acadêmica aderiu a campanha “Abre as contas, Reitor(a)” na quinta-feira (6). Desde o início da greve dos docentes e dos técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Unifap), os comandos de greve têm cobrado da administração da universidade a exposição e posicionamento público sobre os impactos dos cortes no orçamento na universidade. Hoje o comando local de greve dos professores e dos técnicos foram recebidos.

Já na Bahia, os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) realizaram na quinta-feira (6), um abraço simbólico à reitoria da instituição. Na Ufba, o reitor já abriu as contas e divulgou, através da pró-reitoria de planejamento, que a instituição tem apenas R$ 27 milhões em caixa, suficiente para manter as contas da universidade por apenas mais três meses. Além disso, a Ufba tem uma dívida de R$ 28 milhões e já suspendeu as atividades de pós-graduação devido à redução em 75% no repasse do Programa de Apoio à Pós Graduação (Proap). No Recôncavo Baiano, os docentes da UFRB também foram às ruas na quinta, denunciar para a população a situação precária da instituição.

Na Universidade Federal do Mato Grasso do Sul (Ufms), docentes, técnicos e estudantes protestaram em frente ao prédio da reitoria na quinta (6) contra a falta de transparência nos contratos da universidade e a falta de informações sobre o corte no Ministério da Educação, que resultou em um corte de R$ 24,9 milhões na instituição. José Carlos da Silva, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Mato Grasso do Sul (Adufms), afirma que a categoria já solicitou, por três vezes, uma audiência com a reitora Célia Maria Silva Corrêa Oliveira, para o detalhamento dos ajustes orçamentários sofridos pela universidade e até o momento não tiveram respostas. “Queremos saber quais cortes foram feitos, em quais setores”, disse. Ele ainda completou: “queremos saber o que será priorizado, quais obras irão parar, o que será afetado nos termos da educação”.

No Amazonas, os professores e técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizaram manifestação na entrada da instituição, com a realização também de uma assembleia geral na quarta-feira (5). Após a atividade, foram até à reitoria entregar uma carta aberta à reitora da instituição, Marcia Perales, solicitando esclarecimentos sobre o impacto real do corte orçamentário na universidade.

No campus de Cajazeiras da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), foi realizada uma audiência, convocada pelo Comando Local de Greve da Associação dos Docentes Universitários de Cajazeiras – Seção Sindical do ANDES-SN (Aduc –SSind.) e Comando de Greve Estudantil (CGE) de Cajazeiras, com o reitor Edmilson Amorim na quinta (6), que contou também com a participação do Comando Local de Greve (CLG) da Associação Docente da Universidade Federal de Campina Grande – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufcg SSind.). A comunidade acadêmica cobrou do reitor informações detalhadas sobre o impacto dos cortes na universidade. O reitor apresentou que o corte atinge 10% dos R$60 milhões em custeio e 50% dos R$ 40 milhões de investimento, totalizando o valor aproximado de R$26 milhões. Segundo o reitor, caso não haja a reversão dos cortes e suplementação orçamentária, não será possível pagar as contas de outubro, novembro e dezembro. O movimento grevista exigiu que o reitor apresente estas informações oficialmente, posicione-se contra os cortes e contra a possível contratação de professores terceirizados via Organizações Sociais (OS). O movimento também cobrou uma resposta às reivindicações da pauta local.

O CLG da Associação Docente da Universidade Federal de Alagoas – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufal – Ssind.) também conseguiu audiência com o reitor Eurico Lôbo, que expôs, de forma geral, percentuais e dados numéricos do orçamento anual para despesas de capital e custeio da instituição. “A audiência nos fez compreender melhor o impacto dos cortes e o posicionamento da reitoria diante da situação”, disse a integrante do CLG/Adufal, Georgia Cêa. Segundo ela, com base nas informações prestadas pelo reitor, o CLG vai elaborar um documento e encaminhar para o CNG.

Conforme as explicações do reitor, o orçamento anual da instituição aprovado pela Lei de Orçamentária Anual (LOA) de 2015 é de R$ 144 milhões, sendo R$ 90 milhões destinados ao custeio (manutenção da universidade como o pagamento de bolsas, contratos de limpeza, vigilância, material permanente, entre outros) e R$ 54 milhões para capital/investimentos.

Segundo o pró-reitor Pedro Valentim, com o decreto de maio deste ano foram cortados 50% dos recursos destinados ao capital, e para custeio, a redução será de 10%. “O aperto teve inicio em 2014, quando deixamos de receber em torno de R$ 20 milhões. Iniciamos o ano de 2015 com dívidas, o que complicou mais a nossa situação porque estamos pagando dívidas do ano passado com recursos do orçamento deste ano”, disse. Contudo, o reitor afirmou que todas as obras que estão em andamento têm orçamento para serem finalizadas, embora também tenha informado que algumas obras que deveriam ter sido entregues, ainda não foram, por conta de recursos que não foram liberados pelo Ministério da Educação (MEC). “Temos previsão de entregar pelo menos 18 obras ainda este ano, mas devido à situação não sabemos se vamos conseguir entregar”, expôs.

Abre as Contas, Reitor(a)!

Paulo Rizzo destaca a importância dos comandos locais de greve dar continuidade às ações para pressionar as reitorias a liberar as informações, que deveriam ser públicas, sobre o impacto dos cortes no funcionamento das universidades. Além de reivindicar que as reitorias repassem os dados posteriormente ao Comando Nacional de Greve, para que esse possa construir um quadro mais detalhado da real situação das IFE no país. “É fundamental continuar com essas manifestações, porque a pior coisa que pode acontecer para a universidade pública é escamotear a realidade que ela está vivendo. Nós estamos passando por uma situação de total precarização das condições de trabalho e ensino, que vem sendo encoberta em muitos lugares, como se isso fosse a solução para a universidade. Temos que fazer com que apareça a real situação das Instituições Federais de Ensino. Sem isso, nós não vamos ser capazes de ter o apoio necessário da sociedade para pressionar o governo a suspender os cortes e fazer os investimentos necessários na Educação Federal”, ressaltou o presidente do ANDES-SN.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufrj – SSind.) realizará neste sábado (8) um piquenique em frente ao Museu Nacional, no bairro de  São Cristovão, no Rio. Haverá uma pequena tenda armada nos jardins em frente ao Museu e a comunidade acadêmica fará panfletagem em defesa da educação pública de qualidade. Na terça-feira (4), os professores da Ufrj, juntos com os da UFF panfletaram na Praça XV, centro do Rio, e dialogaram com a população sobre os graves prejuízos dos cortes anunciados pelo governo federal para a educação pública.

Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), professores, servidores e estudantes realizaram um ato público na quarta (5) em frente ao campus Central da universidade, em Mossoró (RN) contra os cortes na educação promovidos pelo Governo Federal. O movimento faz referência aos 10 anos da transformação da Escola Superior de Agronomia de Mossoró (ESAM) em Universidade Federal Rural do Semiárido, comemorado no dia 1º de agosto. “Esta atividade nos propõe uma reflexão acerca do modelo de universidade que está sendo implementado no Brasil. Vamos rememorar o aniversário de 10 anos da Ufersa, pensando como os aspectos da precarização tem atingido diariamente o nosso trabalho, refletindo nas diferentes atividades acadêmicas (ensino, pesquisa e extensão, na graduação e pós graduação)”, afirmou o presidente da Associação dos Docentes da Ufersa – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufersa-SSind.), Joaquim Pinheiro.

Na Universidade Federal do Pará (Adufpa), professores em greve realizaram a Marcha em defesa da Educação Pública e contra os cortes de mais de 12 bi no orçamento do Ministério da Educação (MEC) em 2015. O protesto também contou com a participação dos técnico-administrativos, de coletivos do Movimento Estudantil, além dos estudantes do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com cartazes como “Educação é direito e não esmola” e denúncias sobre os efeitos do corte nas verbas da Universidade, as categorias caminharam até a instituição e seguiram para as reuniões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e Conselho Superior Universitário (Consun) para exigir apoio dos conselheiros à abertura imediata de negociação com o Ministro Renato Janine e cobrar da reitoria total transparência sobre o impacto dos cortes na UFPA.

Foto: Apur-SSind., Aduff SSind., Adufersa-SSind. e Adufms

Fonte: ANDES-SN

Assembleia elege representantes da ADUSC para o 60º CONAD

Em assembleia extraordinária desta quinta-feira (23) elegeu como delegado para o 60º Conselho Nacional do ANDES-SN (CONAD) o professor Marcelo Lins e como suplente a Professora Luciana Leitão, ambos da diretoria da ADUSC. A professora Maíra Mendes (DCB) foi eleita como observadora para o evento. O 60º Conad acontecerá em Vitória (ES), entre os dias 13 a 16 de agosto e terá como tema central a “Atualização da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da liberdade de organização sindical dos docentes para enfrentar a mercantilização da educação”.

Caderno de Textos

Para subsidiar as discussões e formulações preparatórias ao evento seções sindicais e docentes sindicalizados encaminharam até o dia 3 de julho 24 textos. Os materiais enviados após esse prazo comporão o Anexo do Caderno de Textos, que será divulgado no dia 31 de julho.

Nesta edição, as contribuições ao Caderno foram destinadas a quatro temas previamente definidos: Movimento Docente e Conjuntura: avaliação da atuação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 34° Congresso; Avaliação e atualização do plano de lutas: educação, direitos e organização dos trabalhadores; Avaliação e atualização do plano de lutas: Setores; Questões organizativas e financeiras. Confira aqui o Caderno de Textos do 60º Conad.

Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas divulga jornal especial

imp-ult-1762929643A Secretaria Executiva Nacional (SEN) da CSP-Conlutas lançou, nesse mês de julho, um jornal especial que aponta a necessidade da unidade das diferentes categorias de trabalhadores do serviço público e privado para a preparação de uma greve geral no país. “É hora das centrais governistas romperem com a sustentação que vem dando a essa po­lítica nefasta do governo Dilma e defenderem os direitos da classe trabalhadora”, aponta em texto.

O jornal destaca também que diante dos ataques aos direitos dos trabalhadores, é necessário convocar urgentemente a unidade das lutas, que já vêm ocorrendo no país, rumo à preparação de uma greve geral. “É hora das centrais governistas romperem com a sustentação que vem dando a essa política nefasta do governo Dilma e defenderem os direitos da classe trabalhadora”. O Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais (SPF) já aprovou organizar a Greve Geral de todos os seus segmentos como resposta ao arrocho que vem sofrendo.

A publicação denuncia ainda os impactos nefastos que a recente Medida Provisória (MP 680/15) – que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), assinada pelo governo federal – vai trazer para a classe trabalhadora, principalmente para os setores historicamente oprimidos (negros, mulheres e LGBT’s). O PPE permite a redução de salários, se somando a uma série de outros ataques do governo, como as MPs 664 e 665, que re­duzem direitos, como o seguro-desemprego, pensão por morte e abono do PIS; o projeto das terceirizações; e a nova fórmula para aposentadoria, o Fator 85/95.

Além disso, o jornal destaca a importância da realização do 2º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, no início de junho em Sumaré (SP) e da luta contra a redução da maioridade penal, pauta em curso no Congresso Nacional.

Acesse aqui o jornal

 

Fonte: ANDES-SN

ANDES-SN divulga o Caderno de Textos do 60º Conad

imp-ult-1518145438O Caderno de Textos do 60º Conselho Nacional do ANDES-SN (Conad) do ANDES-SN foi divulgado pelo Sindicato Nacional. O documento, que conta com 24 textos, foi encaminhado à todas as seções sindicais através da circular 158/15, para que seja utilizado como subsídio às discussões e formulações preparatórias ao evento e durante o Conad. Os textos publicados foram os enviados pelas seções sindicais e docentes sindicalizados até o dia 3 de julho, os materiais enviados após esse prazo comporão o Anexo do Caderno de Textos, que será divulgado no dia 31 de julho.

O 60º Conad acontece em Vitória (ES), entre os dias 13 a 16 de agosto e terá como tema central a “Atualização da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da liberdade de organização sindical dos docentes para enfrentar a mercantilização da educação”.

Caderno de Textos
O Caderno de Textos é base para os debates que serão realizados no Conad. Nesta edição, as contribuições ao Caderno foram destinadas a quatro temas previamente definidos: Movimento Docente e Conjuntura: avaliação da atuação do ANDES-SN frente às ações estabelecidas no 34° Congresso; Avaliação e atualização do plano de lutas: educação, direitos e organização dos trabalhadores; Avaliação e atualização do plano de lutas: Setores; Questões organizativas e financeiras. Confira aqui o Caderno de Textos do 60º Conad.

Participação e Credenciamento
Nesta quinta-feira, a secretaria do ANDES-SN encaminhou para as seções sindicais um lembrete com informações sobre os critérios de participação e credenciamento. Para o 60º Conad, ficou estabelecido o período de 13 de julho a 12 de agosto para o recebimento da documentação regimental para inscrição prévia de delegado e observadores. Confira aqui as informações.

 

Docentes da Bahia participam de ato em defesa da Educação Pública

O ato público faz parte do calendário de atividades dos comandos locais de greve das instituições estaduais e federais da Bahia como forma de fortalecer o movimento grevista.

imp-ult-1960629742Na quinta-feira, 2 de Julho, milhares de docentes das instituições estaduais e federais do estado da Bahia em greve, participaram, ao lado de representantes dos movimentos sociais, sindicatos e outras categorias de trabalhadores, de um grande ato “Em defesa da Educação Pública, contra os cortes no Orçamento e retirada de direitos”. O dois de julho é uma data que marca os 192 anos de Independência da Bahia, comemorada anualmente com um grande cortejo cívico na capital, Salvador.

“É uma data de resistência, que é feriado na Bahia, a população baiana se emancipou [em 1823] dos portugueses. É uma data festiva e todo ano o movimento docente participa protestando”, disse Milton Pinheiro, 1° tesoureiro da Regional Nordeste III do ANDES-SN.

O diretor do Sindicato Nacional contou que o ato teve não só uma ampla participação dos docentes e de demais categorias de trabalhadores, que estão na luta por seus direitos, como também recebeu apoio da população, que é contra as medidas que estão sendo adotadas pelos governos nos âmbitos federal, estadual e municipal, que atingem o acesso aos direitos trabalhistas já conquistados, como foi o caso das MPs 664 e 665, e o projeto das terceirizações – PLC 30/2015 (antigo PL 4330/04), ainda para ser votado no Senado Federal.

imp-ult-473280242As diversas entidades presentes na manifestação denunciaram que os governos têm respondido a crise econômica com ajustes fiscais, que atacam os trabalhadores. “Os cortes nos orçamentos dos governos Federal, Estaduais e Municipais atacam centralmente a educação pública, enquanto segue as benesses para a educação privada. Programas como o Pacto pela Educação ou o lema de ‘Pátria Educadora’ parecem uma piada de mau gosto, pois a educação pública não é prioridade dos governos de plantão. Na Bahia, diversos setores da educação estão em greve e, a partir dessa realidade, achamos muito importante a unificação com os demais setores que estão em luta nesse momento”, aponta o manifesto de convocação do ato.

Na Bahia, os docentes das universidades estaduais de Santa Cruz (Uesc), da Bahia (Uneb), de Feira de Santana (Uefs) e do Sudoeste da Bahia (Uesb) estão em greve desde o início de maio, enfrentando a intransigência do governo do estado. Além dos professores das universidades estaduais, os docentes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) também estão paralisados, em adesão à greve dos docentes federais, que teve início em 28 de maio.

Estaduais baianas aprovam continuidade da greve

Entre os dias 30 de junho e 1º de julho, os docentes das estaduais baianas realizaram uma rodada de assembleias para avaliar o andamento das negociações com o governo em relação à pauta de reivindicações da categoria. De acordo com Pinheiro, “todas as assembleias aprovaram a continuidade da greve, que já dura mais de 50 dias, e a contraproposta referente à pauta da greve 2015, sugerida pelo Fórum das ADs – que agrega as seções sindicais do ANDES-SN das quatro universidades (Adusc SSind, Aduneb SSind., Adufs SSind. e Adusb SSind.).

Além da contraproposta, os encaminhamentos deliberados nas assembleias de cada seção sindical serão imp-ult-465740141protocoladas na próxima segunda-feira no governo estadual, juntamente com um pedido de nova reunião para seguir as negociações”. O 1° tesoureiro da Regional Nordeste III do ANDES-SN explica que a contraproposta, que inclui as demandas gerais do movimento docente, engloba diferentes pautas, como “direitos trabalhistas; promoção, progressão e mudança no regime de trabalho; aumento doorçamento das universidades estaduais; a revogação da Lei 7176/97, que retira a autonomia das instituições baianas; e o apoio à proposta dos estudantes da permanência estudantil”.

Um dos objetivos do ato público foi intensificar a denúncia de descaso do governo com as Ueba, e exigir que o governador negocie a contraproposta, realizada pelo movimento docente, agendando o mais rápido possível uma reunião com a categoria.

Fonte: Adusc SSind, Aduneb SSind., Adufs SSind. e Adusb SSind.

Fotos:  Aduneb SSind.

Fonte: ANDES-SN