Categoria: Andes-SN
Diante da postura desrespeitosa do Governo, ADUSC, ADUNEB, ADUFS e ADUSB deliberam data de assembleia e colocam greve em votação
Na última sexta-feira (24), em reunião realizada com o Governo, o Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (ADUSC; ADUNEB; ADUFS; ADUSB), reivindicaram mais uma vez, a atenção e o cumprimento da pauta 2015, em sua integralidade. O Movimento Discente também esteve presente na reunião e fez pressão ao Governo, expondo as necessidades estudantis.
Desde o último ato público, realizado no dia 08 de abril, o Governo vem midiatizando informações mentirosas acerca dos investimentos às Universidades Estaduais e desrespeitando os Movimentos Docente e Discente. O Governo afirmou que houve o aumento de 3,8% em recursos para as Instituições. Mas o cálculo camarada, não é esse! (Confira os dados em cartilha aqui).
“mais de 500 professores estão com promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho negadas. Estudantes não têm uma política de permanência adequada e não há recurso para atividades de ensino, pesquisa e extensão. O governo distorce as informações, mas a comunidade acadêmica conhece a realidade e está pronta para defender as Universidades Estaduais da Bahia”.
Sobre o Reajuste Linear, o Movimento Docente apresentou uma denúncia onde foram documentadas as lesões que os(as) professores(as) veem sofrendo com as negociações irresponsáveis do Governo acerca do direito à reposição das perdas inflacionárias. Na oportunidade, o Fórum também chamou a atenção para o descaso do Governo, em não convocar o Movimento Docente para as reuniões de negociações sobre o Reajuste Linear e protocolou um documento que questiona mais esse desrespeito aos direitos dos trabalhadores baianos, feito pelo Governo Rui Costa, que vem sustentando uma política nefasta de privilégios e privilegiados. O MD aproveitou para reafirmar em alto e bom tom, que a FETRAB não representa a categoria.
O resultado da reunião não marcou nenhum avanço à pauta de reivindicação 2015.
Mediante a conjuntura apresentada, em reunião nessa segunda-feira (27), o Fórum das ADs convocou Assembleia Geral para o dia 07 de maio em todas as ADs (ADUSC, ADUNEB, ADUFS e ADUSB), para entre outros pontos de pauta, colocar em votação a deflagração da Greve. (Breve mais informações.)
A ADUSC aproveita para comunicar que no dia 30/04, não haverá paralisação das atividades do Sindicato.
A LUTA PELO PL 4330 DEVE CONTINUAR
Isso é a desregulamentação absoluta do trabalho!!
A solução para barrar de vez o projeto das terceirizações será dada nas ruas pelos trabalhadores, por isso é importante dar continuidade à mobilização nacional”. Essa conclusão permitiu que as centrais sindicais CSP-Conlutas, CUT, CTB, UGT, Intersindical-CCT, que se reuniram nesta quarta-feira (22) para buscar estratégias conjuntas contra o PL 4330, apontem novas perspectivas para a luta nacional em defesa dos direitos trabalhistas. O Projeto de Lei 4330 foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite do mesmo dia da reunião e segue agora para o Senado.
As entidades sindicais presentes reafirmaram que continuarão lutando contra o PL 4330 e as medidas provisórias 664 e 665, que atacam as aposentadorias e o seguro-desemprego entres outros direitos.
Além disso, avaliou-se que é necessário que essa mobilização nacional caminhe em direção a uma Greve Geral no país. Para avançar no assunto, as centrais marcaram uma próxima reunião para quarta-feira (29) onde devem fechar propostas conjuntas. A Nova Central não esteve presente, mas está integrada ao processo.
Também foi feita a avaliação do dia 15 de abril – Dia de Paralisação Nacional – em que milhares de categorias pararam e realizaram protestos pelo país. A opinião coletiva é de que a iniciativa foi extremamente positiva chegando a atrasar a tramitação do projeto no Congresso e é possível construir lutas ainda maiores.
De acordo com as centrais, o 1º de Maio será uma data de mobilização nacional contra a retirada de direitos trabalhistas e já começou a ser organizado em diversos estados.
PL 4330 é aprovado na Câmara dos Deputados
O Projeto de Lei 4330 foi aprovado com 230 votos a favor e 203 contra na Câmara dos Deputados. A proposta prevê que as empresas privadas poderão terceirizar todas as atividades, e o setor público as consideradas atividades-meio. O PL que já ataca por si só os trabalhadores ao regulamentar a terceirização, agora amplia tal prática para os principais setores. O texto seguirá para o Senado e, se Casa o modificar, ele volta para apreciação dos deputados.
A versão final do texto autoriza ainda a subcontratação de serviços terceirizados, a chamada quarteirização, podendo contratar cooperativas, associações e empresas individuais para prestar serviços para as empresas.
Atualmente, no Brasil, cerca de 20% dos trabalhadores já são terceirizados, mesmo após uma década marcada pelo crescimento econômico. Este percentual poderá atingir praticamente a totalidade do mundo do trabalho, caso a lei seja aprovada em todos os trâmites necessários para tal.
Fonte: CSP-Conlutas
A luta da educação pública e a inabilidade do Governo
A quarta-feira, do dia 08 de abril de 2015, foi diferente, marcada pela Paralisação das Universidades Estaduais Baianas (UESC, UNEB, UEFS e UESB), e o Lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública. Na sede da Secretária de Educação, na Assembleia Legislativa, nas ruas de Salvador, as vozes, as bandeiras, as camisas, os apitos, os gritos, e o suor de todas as 500 pessoas presentes no Ato Público em Defesa da Educação, denunciavam um Governo mentiroso e irresponsável, que se apropria de propagandas intituladas “Bahia Terra de Todos Nós”, e ignora a educação do seu povo, demonstrando a sua inabilidade em priorizar e reconhecer a singularidade da educação.
Após 04 meses indiferentes à tentativa de negociação do Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais Baianas, em meio às 500 vozes, pernas e braços, que se unificaram e somaram à luta em Defesa da Educação Pública, o Governo quebra o silêncio, e finalmente senta para escutar as pautas de reindicações dos Movimentos Docente (ensino superior e básico), Discente e Técnico-administrativo. As categorias foram recebidas pelo chefe de Gabinete da SEC – Secretaria de Educação, Wilton Cunha, Superintendente de Recursos Humanos da SAEB – Secretaria de Administração, Adriano Trombone e o representante da CODES- Coordenação do Ensino Superior, Paulo Fontes. Na Assembleia Legislativa, as categorias trocaram algumas palavras, com o deputado José Neto (PT), líder do atual Governo.
Em ambos os encontros, tanto na SEC, quanto na ALBA, os representantes não só apresentaram um discurso estéril aos direitos reivindicados, como alegaram que o orçamento da Universidade foi acrescido em 3,8%, (valor que sequer repõe a inflação do ano passado). Mas essa conta totalmente arbitrária refere-se ao total do orçamento da universidade, o que o governo não mostra é que para chegar a esse valor divulgado, somou os orçamentos de três setores: pessoal (salários de professores e técnicos), custeio (custos com luz, material de limpeza, escritório etc) e investimento (recursos destinados à passagem para apresentação de trabalhos, ônibus para aulas de campo, livros, materiais didáticos etc). O corte de R$ 19 milhões denunciados pela comunidade acadêmica refere-se às áreas de custeio e investimento, atingindo Ensino, Pesquisa e Extensão. Demanda que cresce a cada ano, respaldada na expansão alcançada de cada Universidade.
Os representantes do Governo que receberam as categorias, não só declararam a impossibilidade de atender a demanda orçamentária da Educação Pública, como descaracterizaram, ironicamente, a luta do Movimento Discente, alegando não conhecer a sua pauta de 1%11.
Reajuste Linear e o repasse de 100% para as Universidades
Após os docentes das quatro universidades aprovarem o Estado de Greve, e a realização do ato público, o Governo se reuniu com os reitores no dia 31 de março e garantiram o repasse de 100% do orçamento de 2015, e ainda, repor as quantias relativas aos meses de janeiro, fevereiro e março quando houve corte de 20% do previsto. Não existe avanço. É um retroativo. A verba já estava aprovada, mas o Governo ainda não havia liberado o repasse.
O Governo usa o dinheiro público para privilegiar os privilegiados. Crise financeira no Estado? Falta dinheiro, financiando carnaval, pensões vitalícias, regalias, aumentando orçamento dos gabinetes de deputados? O superávit, valor que sobra anualmente na conta do Governo, após quitação das despesas calculadas, atingiu em torno de R$ 812 milhões.
Enquanto a festa acontece no andar de cima, a educação pública pede socorro! As Universidades estão sem verbas para manutenção, investimento e custeio; Os estudantes estão sem receber bolsa permanência, não têm um Restaurante Universitário de qualidade, não têm creche, não têm residência universitária; Mais de 08 escolas, de Ensino Básico e Fundamental estão fechando as portas, na cidade de Itabuna. Os direitos trabalhistas dos Docentes estão sendo rasgados! Política de austeridade para quem? Não amoleceremos! Declaramos que a luta do Movimento Docente seguirá forte! Nenhum direito a menos!
Dia 24 de abril – Nova reunião com o Governo
A próxima tentativa de negociação do Movimento Docente com o Governo será no dia 24 de abril, na Secretária de Educação. É importante denunciar que o Governo convocou essa reunião apenas com os docentes, desconsiderando as outras categorias que compõe as mobilizações e estão presentes na luta unificada pela educação.
Previdência Pública e Privada
ADUSC CONVOCA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA PARA 14.04
Inicia Seminário Nacional da Comissão da Verdade do ANDE-SN
Começou ontem(31), o Seminário Nacional da Comissão da Verdade do ANDE-SN e a ADUSC está presente no debate! A representação está sendo feita pela professora, Aline Prado Atassio.
No primeiro dia, docentes e demais participantes, debateram a luta pela memória e justiça e a repressão e resistência dos movimentos sociais. O Seminário continua nessa quarta-feira(01), e segue com as discussões acerca do Autoritarismo; Luta por memória e justiça; Movimentos sociais: repressão e resistência ontem e hoje; Exploração indígena; Protagonistas de seus direitos e a Fragilidade da Democracia.
“O encontro é o ponto culminante de uma série de eventos regionais em todo o país, organizados pela entidade, e que procuram dar conta do debate sobre a necessidade de resgatar fatos e efeitos relacionados ao período ditatorial junto à universidade, mas também a relação desses com outros segmentos da sociedade. O tema geral do seminário é ”A Universidade e a Ditadura Empresarial-Militar no Brasil: Luta por Memória, Verdade e Justiça”. Fala do presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo.
Confira aqui toda a programação
Fotos: ANDES-SN
MML lança vídeo pela aplicação de 1% do PIB para o combate à violência contra mulher
O Movimento Mulheres em Luta (MML) lançou nessa semana um vídeo alusivo à campanha nacional pelo investimento de 1% do PIB nas políticas de combate à violência contra mulher. “Hoje, o governo federal destina apenas 0,003% do PIB para o combate a violência, o que representa o gasto de apenas R$ 0,26 para cada mulher agredida”, ressalta o material de divulgação. Dessa forma, o baixo investimento faz com que o Brasil seja o 7º país, entre 80 países, onde mais se matam mulheres, sendo que 61% das vítimas são negras.
Liliane Machado, uma das coordenadoras do GTPCEGDS (Grupo de Trabalho Política e Classe para as questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual), afirma que “o combate à violência contra as mulheres tem que ser constante, uma vez que a agressão acontece cotidianamente, em diversas classes sociais e ambientes, principalmente no meio doméstico”.
Diante da realidade de cortes no orçamento público, que estão sendo implementados pelo governo federal, Liliane também aponta a importância da campanha. É fundamental para esclarecer e conscientizar a população de que a violência de gênero existe e precisa ter fim”, reforça. Dessa forma, a coordenadora do GTPCEGDS do Sindicato Nacional ressalta o papel do ANDES-SN e de suas seções sindicais em fortalecer a campanha e pressionar para que mais políticas de combate à violência contra mulher sejam efetivadas.
Confira o vídeo e o abaixo-assinado para que seja destinado 1% do PIB para políticas de combate a violência contra a mulher.
Fonte: ANDES-SN
“Estamos em Estado de Greve e queremos um diálogo”.
“Estamos em Estado de Greve e queremos um diálogo”.
Foi por maioria, que a Assembleia Geral de Docentes da ADUSC, aprovou ontem(25) o Estado de Greve!
A aprovação soma forças às lutas dos Docentes da UESB e UEFS, que nessa semana, também declararam Estado de Greve.
A aprovação seguirá com a paralisação no dia 08 de abril, com um ato na Secretária de Educação (SEC) e na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em Salvador. Será uma paralisação conjunta com o Lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública.
No ato estarão presentes, Movimento Sindical, Social e Popular, denunciando e defendendo suas pautas e lutas.
As Universidades Estaduais Baianas (UESC, UESB, UEFS e UNEB), pautam a(o):
1. Revogação da lei 7.176/97;
2. 7% da receita líquida de impostos para educação;
3. Ampliação do quadro de vagas;
4. Valorização do trabalho docente;
5. Respeito aos direitos trabalhistas;
6. Reposição salarial em parcela única.
Durante a Assembleia de Docentes da ADUSC, a plenária também aprovou um Comando de Mobilização Local de Professores: Luana Rosário, Maíra Tavares, Verbena Córdula, Paulo Rodrigues, Elvis Barbosa, José Luis e Luiz Henrique Blume.
Para ampliar este comando, estão convidados estudantes e servidores técnicos administrativos, para somar às atividades que unifiquem a luta.
As mobilizações iram para as ruas, e se ainda sim, o Governo não abrir um canal de diálogo, as Universidades Estaduais Baianas, irão parar.
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2º Congresso Nacional da CSP-Conlutas
A CSP-Conlutas, lança a segunda edição do boletim do seu 2º Congresso Nacional. O boletim traz o lançamento do site, onde estão todas as informações sobre esse evento: cronograma do Congresso, valores das taxas e os contatos para esclarecer dúvidas. Além dos materiais de divulgação, como cartaz, adesivo e manifesto.
O 2º Congresso da CSP-Conlutas acontece entre os dias 4 e 7 de junho, em Sumaré (SP). Confira aqui.
*Com edição da ADUSC