DENÚNCIA! Reajuste linear já!

Reposição integral e retroativa a janeiro

A política salarial do governo petista na Bahia não tem respeitado a integralidade da reposição inflacionária (vide o caso do reajuste de 2014), muito menos a reposição integral na data-base da categoria. Trata-se de uma política deliberada de achatamento salarial, tendo em vista a aplicação de políticas neoliberais em nosso estado para proteger os interesses do grande capital. São pacotes de benefícios para as empreiteiras e para as empresas que aqui vem se instalar com forte apoio do fundo público. No entanto, nada de novo no front, o “novo” governador petista, deu as costas para as universidades públicas da Bahia: reconhecidamente um patrimônio do povo baiano na luta pelo conhecimento e formação superior.

A Bahia continua com a abusiva política de superávit primário, cuja meta para este ano é de 812 milhões, sabendo que em 2014 o superávit ultrapassou a meta. Tudo isso para remunerar o capital financeiro com o pagamento de juros. Além disso, o gasto com o funcionalismo público na Bahia – em relação ao orçamento do estado – foi, em 2014, o segundo menor do Brasil.

Portanto, não se justifica a política do governador Rui Costa que avançou no corte orçamentário sobre custeio e investimento das universidades estaduais (Uneb, Uesb, Uefs, Uesc). Para além dessa triste realidade, as condições de trabalho dos professores têm se degradado.

A inflação de 2014, calculada pelo INPC, ficou em 6,41%. Portanto, o mínimo que os professores das estaduais baianas exigem é um reajuste linear com base na reposição da inflação. Trata-se do mínimo necessário para repor as perdas do período.

A política de reposição linear tem sido um instrumento paliativo para minorar os danos da inflação. No entanto, consideramos que ela não é suficiente para dar dignidade salarial ao papel que desempenhamos na educação pública da Bahia.

Todavia, o conjunto dos professores conta com essa reposição. Portanto, não abriremos mão dessa luta: reposição integral e de uma única vez, em nossa data base.

Texto do professor Milton Pinheiro, doutor em Ciência Política da Uneb e membro da  Associação Docente de Professores da UNEB

ANDES-SN divulga Carta de Brasília com síntese do 34º Congresso da entidade

imp-ult-1728512819O ANDES-SN divulgou nesta segunda-feira (9) a Carta de Brasília, documento síntese do 34º Congresso do Sindicato Nacional, realizado na capital federal, entre 23 e 28 de fevereiro. O encontro contou com a presença de 441 participantes, entre delegados, observadores, convidados e diretores nacionais da entidade. O documento foi enviado às seções sindicais através da circular 032/2015.

O documento lembra que o 34º Congresso aconteceu “vinte anos depois do 14º Congresso que, em 1995, aconteceu nesta mesma cidade, no contexto do ajuste neoliberal que respondia a imperativos da crise do capital e impunha as privatizações, a contrarreforma do Estado, a desregulação dos mercados e duros ataques aos direitos e às organizações dos trabalhadores, a exemplo da criminosa ação estatal contra a greve dos petroleiros. O movimento sindical e social contrapôs frontalmente o projeto neoliberal por meio da articulação de amplo leque de forças políticas”.

“Hoje, o 34º Congresso se realiza numa conjuntura em que os ajustes neoliberais continuam num novo patamar, e os ataques aos diretos dos trabalhadores como resposta à crise em curso se aprofundam. Isso exige dos trabalhadores ações políticas que estejam à altura”, continua o texto.

A carta destaca as principais deliberações do 34º Congresso, que darão concretude à centralidade da luta para 2015, definida pelos participantes do encontro “avançar na organização dos docentes e na unidade com os movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais, para enfrentar a mercantilização da educação, combater as politicas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

Confira aqui a íntegra da Carta de Brasília.

ADUSC participará do Seminário Nacional da Comissão da Verdade do ANDES-SN

002222O ANDES-SN, por intermédio da sua Comissão da Verdade, convoca os(as) companheiros(as) a participarem do Seminário Nacional com o tema  “A Universidade e Ditadura Empresarial-Militar no Brasil: Luta por Memória, Verdade e Justiça”, a ser realizado em 31 de março e 1º de abril de 2015, em Porto Alegre- RS, nas dependências da UFRGS.

O evento objetiva aprofundar o conhecimento das ações da ditadura empresarial-militar no Brasil e o enfrentamento das lutas da classe trabalhadora, dos setores oprimidos e especialmente da luta dos professores das IES

A ADUSC fará a deliberação em assembleia para definir um membro de sua base, para representar o Sindicato no Seminário Nacional, em Porto Alegre.

Confira a programação do Seminário Nacional da Comissão da Verdade do ANDES-SN:

 Dia 31 de março

9h – Abertura do evento pelo presidente do ANDES-SN, prof. Paulo Rizzo

9h30 – Os movimentos em luta por memória e justiça

– Representante da Comissão da Verdade do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos – Sindmetal

– Representante do Conselho Federal de Serviço Social – CFSS

– Representante do Conselho Indigenista Missionário – CIMI

– Representante do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública – ASFOC-SN (Fiocruz)

– Representante da Rede de Comissões da Verdade Universitárias

Debates

12h – Almoço

14h – Exibição do filme “Ainda Existem Perseguidos Políticos no Brasil”, da ONG Acesso – Cidadania e Direitos Humanos e Coletivo Catarse

15h30 – Movimentos sociais: repressão e resistência ontem e hoje

– Representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto

– Representante do Conselho Nacional dos Povos Indígenas

– Representante do Movimento Negro (quilombola)

– Representante do Movimento dos Atingidos por Barragens

Debates

Dia 1º de abril

9h – Superar a herança ditatorial: o futuro da luta no Brasil

– Representante da Comissão da Verdade do ANDES-SN

– Representante do Movimento Tortura Nunca Mais

– Representante do Comitê Gaúcho da Memória, Verdade e Justiça Carlos de Ré

Debates

12h – Almoço

14h – Luta por memória e justiça na América Latina

– Representação do Uruguai

– Representação da Argentina

– Representação do Chile

Debates

17h – Ato final em homenagem a personalidades que resistiram durante o período ditatorial, com a presença dos representantes latino-americanos.

18h – Encerramento do evento

Deliberações do 34º Congresso do ANDES-SN

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Com o tema central, “Manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilizarão da educação” chegou ao final o 34º Congresso do ANDES-SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Realizado em Brasília, entre os dias 23 a 28 de fevereiro, o 34º Congresso do ANDES-SN, articulou movimentos, sindicatos, coletivos e educadores de todo o Brasil, que debateram sobre os ataques à educação pública gratuita e de qualidade e a retirada dos direitos da classe trabalhadora, totalizando 441 participantes.

Foram seis dias de intensos debates e deliberações, onde foram organizadas as Políticas Sociais e o Plano Geral de Lutas para 2015. A ADUSC esteve presente com a maior delegação da sua história no Congresso do ANDES, com seis delegados e um observador. Os diretores Emerson Lucena e Marcelo Lins, e os membros, José Luiz de França, Carlos Vitório de Oliveira, Tiago Nicola Lavoura, Luiz Henrique S. Blume, Paulo Rodrigues dos Santos.

O professor José Luiz de França, um dos delegados representantes da ADUSC, presente no Congresso, relata sua experiência: “foi uma oportunidade muito significativa, com implicações na formação e na qualificação do compromisso com as lutas dos trabalhadores, em especial com as lutas dos professores. Tratou-se de um momento rico onde se discutiu a universidade, a realidade brasileira e mundial. A lição que trago comigo é de que estamos no caminho certo quando nos empenhamos, através da ADUSC, com as lutas por uma UESC comprometida com um fazer engajado politicamente e referenciado socialmente; e de que, para isso, ainda temos um longo caminho a ser percorrido em nossa universidade. A ADUSC sempre foi de luta, mas com o empenho de poucos. Eis a sua fraqueza: somos poucos engajados nas lutas da categoria. Isso porque a nossa prática acadêmica é acompanhada de um grande equivoco: de que a sala de aula e os laboratórios definem, exclusivamente, o ser e o fazer acadêmico do professor. Nesse sentido, quem participa dos Congressos do ANDES-SN não deixa de vislumbrar com bastante clareza a natureza político-transformadora do ser professor, finaliza o professor José Luiz.

Entre as reflexões e discussões, está a aprovação de luta por creches e espaços de convivência infantil em tempo integral, pública e gratuita dentro das instituições de ensino superior e a garantia de espaços de convivência infantil em todas as atividades do ANDES-SN. Outra resolução, aprovada sob aplausos da plenária, foi o posicionamento do Sindicato Nacional pela descriminalização do aborto.

Na discussão sobre políticas educacionais, aprovaram a realização de um Seminário Nacional para aprofundar o debate sobre a precarização pela política de Educação à Distância (EAD) e que o ANDES-SN continue denunciando a crescente mercantilização da educação, intensificação e precarização do trabalho docente e a ressignificação do caráter público da educação. Ambos, presentes no PNE (2014-2024).

Foi deliberada ainda, a realização do IV Seminário Estado e Educação e o fortalecimento, e criação nos estados onde ainda não existam, dos comitês estaduais e/ou regionais para a construção e realização, neste ano, dos encontros preparatórios para o II Encontro Nacional de Educação, previsto para 2016.

Dentre as deliberações sobre políticas sindicais, os delegados aprovaram a realização de um CONAD (Conselho do ANDES) extraordinário para deliberar sobre a atuação do Sindicato Nacional no 2º Congresso da CSP Conlutas, que acontece em junho, na cidade de Sumaré (SP).

A luta contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e contra os fundos de previdência complementares para os servidores federais (Funpresp) e para os servidores estaduais e municipais permanecem como centrais na pauta do plano de lutas geral do ANDES-SN, assim como o combate ao adoecimento docente.

Na temática Classe, Etnia, Gênero e Diversidade Sexual, foram aprovadas as resoluções contra a violência de gênero, étnico-racial e moral.

O Sindicato Nacional ainda incorporou à sua pauta, o combate ao racismo institucional, a intensificação nas ações pela aplicabilidade da legislação que tipifica racismo como crime, a luta pela liberdade religiosa, a atuação em conjunto com outros movimentos sociais e sindicais pela desmilitarização da polícia, contribui ainda para o fortalecimento da luta contra o genocídio da população negra, e ainda incorpora a suas políticas sociais a luta pela descriminalização das drogas.

Durante a plenária do Plano de Lutas dos Setores, foi deliberado o Plano de Lutas do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes). Nas resoluções aprovadas, constam os debates do setor sobre financiamento, federalização, democracia, autonomia, entre outros.

No âmbito geral, foi aprovada a construção e/ou fortalecimento dos fóruns dos três segmentos acadêmicos (docentes, técnico-administrativos e estudantes) para fortalecer as lutas nas instituições estaduais e municipais. No debate, ressaltou-se a importância de fortalecer também a luta dos trabalhadores terceirizados dessas instituições. Além disso, foi aprovada a luta contra o produtivismo acadêmico.

Foi deliberada também a realização do XIII Encontro do Setor das Iees/Imes, com a indicação do tema “expansão, multicampia e precarização” para definição na próxima reunião do setor. O Seminário Nacional sobre Federalização e Financiamento das Iees/Imes também foi aprovado. Ambos os eventos deverão ser realizados no segundo semestre de 2015.

Sobre financiamento, os docentes presentes debateram a necessidade de aumento das verbas para a educação em geral e para as instituições estaduais e municipais de ensino superior, intervindo por mobilizações nos processos de decisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Foi deliberada também a realização de levantamento, nos planos estaduais e municipais, da situação orçamentária das Iees e Imes.

O Plano de Lutas do Setor das Iees/Imes também reafirmou a participação nas jornadas de lutas e comitês locais pelos “10% do PIB para educação pública, já!”, e o combate nos estados e municípios contra a transferência de recursos públicos para a educação privada, além da luta pelo financiamento público da saúde pública e suas consequências para os cursos de saúde e os Hospitais Universitários (HUs).

Quanto à democracia e autonomia, definiu-se a defesa da realização de processos estatuintes democráticos, da eleição direta para os cargos dirigentes das instituições, e da autonomia dentro das instituições e nas suas relações com os respectivos governos.

Para as Instituições Federais foi deliberado uma pauta de ações que compõem o plano de lutas específico do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes). Na pauta de reivindicações aprovada, a defesa do caráter público da educação e a garantia da função social das instituições federais de ensino, a defesa do projeto de carreira única do ANDES-SN para o magistério federal, condições de trabalho e salário e a luta contra a reforma da previdência e pela revogação das medidas provisórias 664 e 665, entre outros pontos. Assembleias de base irão discutir a possibilidade de construção de greve durante o mês de março

O 34º Congresso do ANDES-SN também deliberou o Plano de Lutas do Setor das Instituições Particulares de Ensino Superior (Ipes). Ficou definido que as secretarias regionais do Sindicato Nacional são responsáveis pela organização de reuniões para debater as condições de trabalho docente nessas instituições, o fortalecimento da organização do setor, a criação de arquivo sobre as atividades do setor, a realização de estudo sobre as condições de trabalho docente nas particulares e o acompanhamento de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre o tema.

Por fim, foi aprovada uma resolução que busca fazer levantamento sobre as consequências do produtivismo no trabalho docente. No debate, ressaltou-se a pressão sofrida pelos docentes que não aceitam submeter-se aos critérios produtivistas externos e internos, e que o ANDES-SN deve ter protagonismo nessa luta.

FONTE: ADUSC 

Com informações do ANDES

ADUSC marca presença no 34º Congresso do ANDES-SN e participa de debate sobre a Educação

Inicia o 34º Congresso do ANDES-SN, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Movimentos, sindicatos, coletivos e educadores de todo o Brasil debatem os ataques à Educação e a retirada dos direitos da classe trabalhadora. Além da socialização de conteúdos e discussões, é também, um espaço para a organização coletiva de um 2015 que promete muita luta e mobilização.

A ADUSC está presente!

O Congresso segue até o dia 28 de fevereiro.

Breve mais informações.

 

Após pressão dos servidores do Paraná, governo retira da pauta votação de pacotaço

O governo do Paraná teve que recuar e retirou da pauta a votação do pacote de medidas que atacam os direitos dos servidores públicos. Com a Assembleia Legislativa ocupada desde terça-feira (10) e mais milhares de servidores do lado de fora do prédio do poder legislativo, os deputados não aguentaram a pressão popular e suspenderam a seção de quinta-feira (12).

As medidas que governador do Paraná de Beto Richa (PSDB) quer empurrar para os servidores mexem com a previdência, com a carreira do funcionalismo, e frontalmente com a autonomia das universidades, entre outros ataques.  Esses projetos põem fim ao quinquênio (adicional por tempo de serviço), às progressões e o plano de desenvolvimento das carreiras dos docentes, com cursos periódicos.

Outras medidas também rechaçadas pelos servidores são o fim do auxílio-transporte em períodos de férias e afastamento, e a fusão dos dois planos da ParanáPrevidência, o fundo privado de aposentadoria aos moldes do Funpresp. Esse último item considerado um dos mais polêmicos, visto que num futuro próximo os servidores correm o risco de não receberem suas aposentadorias.

Na tarde de quinta-feira os parlamentares chegaram à Assembleia Legislativa (Alep) escoltados pela tropa de choque, e só assim conseguiram entrar no interior do local, o que causou indignação nos servidores. Enquanto os parlamentares realizavam uma reunião às escondidas na Alep, os manifestantes entravam em confronto com a polícia, que usou gás de pimenta e bombas. Os trabalhadores conseguiram, após muita tensão, entrar no local em que os parlamentares se reuniram e devido a isso a sessão foi suspensa.

Após o ocorrido, por meio de nota, o governo do Estado anunciou que vai retirar o projeto de votação. De acordo com a nota divulgada pela Casa Civil, a retirada é em virtude das manifestações ocorridas e para assegurar a integridade física e segurança dos parlamentares. Os servidores, entretanto, permanecem no local até que seja assinado um requerimento que garanta que o projeto irá mesmo ser retirado de votação.

Mary Sylvia Miguel Falcão, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, considera a retirada do projeto uma vitória do movimento. “Ontem ficou demonstrado que a pressão e mobilização política desestabilizou o governo estadual e sua base na Assembleia. O governo não esperava tamanha mobilização”, disse. A docente ressalta que é grande a possibilidade do pacote voltar ao legislativo, dessa vez fatiado. “O governo quer fatiar o projeto para desgastar o movimento, mas não conseguirá, os servidores públicos paranaenses estão na luta em unidade”, completa.

Fonte: ANDES /CSP-Conlutas

Imagem de APP-Sindicato

MANIFESTO DE PESAR

Em nome da ADUSC e dos companheiros que constroem o Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais Baianas, nossos sinceros sentimentos a companheira Maslowa Freitas, pela perda da sua mãe. 

O ANDES-Sindicato Nacional divulgou uma nota lamentando a perda:

“O ANDES-Sindicato Nacional lamenta a perda de sua progenitora e manifesta seus sentimentos, solidarizando-se com sua família neste momento de profunda tristeza”.

                                                                Diretoria e funcionários do ANDES-SN

 

 

 

 

34º Congresso do ANDES-SN

De 23 a 28 de fevereiro será realizado o 34º Congresso do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), que nessa edição traz o tema: Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação.

O credenciamento prévio poderá ser realizado até o dia 06 de fevereiro. Para àqueles que não conseguirem se cadastrar antecipadamente, a inscrição presencial será disponibilizada no dia 23, quando se iniciará o Congresso.

Confira a programação:

PROGRAMAÇÃO ANDES

Anel exige solução do MEC para corte no orçamento das universidades

A Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel) fez uma vigília neste domingo (1°) em frente ao Ministério da Educação (MEC) depois de realizar uma manifestação em frente ao Congresso Nacional em defesa do Passe-Livre e contra as Medidas Provisórias 664 e 665, editadas pelo governo federal recentemente, que retiram direitos históricos dos trabalhadores. Os estudantes exigiam uma audiência com o ministro da Educação, Cid Gomes, para discutir a crise orçamentária nas universidades federais decorrente do corte na Educação no valor de R$ 7 bilhões para 2015.

Na segunda-feira (2), pela manhã, Marinalva Oliveira, 1ª vice-presidente do ANDES-SN, e Maria Lúcia Fattorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, estiveram presentes no acampamento em frente ao MEC para apoiar as reivindicações dos estudantes e realizaram uma aula pública sobre os ataques à educação pública, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, seguindo a cartilha do Banco Mundial, até os governos do PT, através do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Elas falaram também sobre a mercantilização da educação, através do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos (Prouni).

Com a pressão do movimento, no mesmo dia, Dilvo Ristoff, Secretário da Educação Superior (Sesu/MEC) recebeu os estudantes em frente ao ministério para uma reunião. A Anel cobrou transparência sobre a situação orçamentária da Educação Federal, e relatou a crise que se alastra nas universidades federais. “Em um primeiro momento, o Dilvo não quis assumir que existia uma crise na Educação, mas depois reconheceu a situação em que vivem as universidades. Ele disse que até meio do ano tudo estaria resolvido”, contou Lucas Brito de Lima, integrante da executiva da Anel.

Os estudantes argumentaram que seria difícil, pelo atual cenário econômico do país, resolver a crise nas universidades em tão pouco tempo, e que nove universidades já estão sentindo os efeitos do corte orçamentário, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre as reivindicações do movimento estão a de que nenhum trabalhador terceirizado sofra com atraso salarial e demissão, o compromisso do governo em não atrasar as bolsas de assistência estudantil, condições de estrutura na rede federal pública universitária, e o investimento imediato de 10% do PIB para a Educação Pública. Ainda em reunião, os estudantes criticaram a contradição do lema do governo de colocar a educação no centro da gestão, “Brasil, Pátria Educadora”.

Antes do término da reunião, Dilvo Ristoff se retirou e nenhum encaminhamento foi realizado. Na ocasião, os estudantes entregaram uma carta ao secretário da Sesu (confira aqui), informou Lima.

Fonte: ANDES-SN  – com informações da Anel e Agência Brasil

Foto: Anel