Comunidade participa da elaboração do novo Estatuto da Uefs

Foto: Ascom ADUFS
Foto: Ascom ADUFS

Os trabalhos do Congresso Estatuinte começaram na tarde da última segunda (8), com cerimônia de abertura, leitura e aprovação do Regimento. A Adufs, que conta com 50 delegados, foi representada na mesa pela professora Maslowa Freitas. Os debates seguem até o próximo sábado (13), com apreciação das propostas elaboradas pela Comissão Geral da Estatuinte, composta por estudantes, técnicos e docentes. Ao final, o que for aprovado comporá os termos do novo Estatuto. O evento acontece das 8h30 às 12h e das 14h às 18h, no Auditório Central, e é aberto à participação de toda a comunidade.

Iniciado em 2009, com ampla participação da comunidade acadêmica, o processo Estatuinte foi um importante passo para a consolidação da democracia e da autonomia na Uefs. Para Jaqueline Carneiro, diretora da Adufs e membro da Comissão Organizadora do congresso, a aprovação do novo Estatuto “representa um grande marco na história da instituição, pois reitoria e entidades assumiram o compromisso de, coletivamente, construírem as normas que devem regulamentar a universidade. Agora, temos que travar uma nova luta pela sua aprovação por parte do Executivo.” O atual Estatuto da Uefs está em vigor desde 1976, portanto, bastante defasado para atender as atuais demandas institucionais.

Fonte: ADUFS

Estaduais do Ceará se mobilizam para cobrar acordo não cumprido por governador

As universidades estaduais cearenses estão mobilizadas para cobrar do governo do estado o cumprimento do acordo realizado durante a greve das universidades em janeiro de 2014, no qual o governador se comprometeu, entre outras pautas, a realizar concursos públicos para 577 vagas de professores efetivos. Oito meses depois do acordo, e ainda esperando que o governador Cid Gomes cumpra sua palavra, os docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece), da Universidade Regional do Cariri (Urca) e da Universidade Estadual Vale do Acaraú (Uva) voltam a se mobilizar por seus direitos.

Silvia Monteiro, presidente do Sindicato dos Docentes da Ueva (Sindiuva – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que o momento é retomada de mobilização para cobrar o cumprimento do acordo. “Estamos indo às rádios e à universidade para convencer os professores a voltarem a se mobilizar por nossas pautas, como a realização de concursos públicos e o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV)”, afirma a docente.

Na Uva, uma assembleia será realizada no dia 10 de setembro, e os docentes debaterão a possibilidade de retornar à greve. Além das pautas gerais das estaduais cearenses, os professores da Uva também lutam pela realização de uma Estatuinte na universidade.

Já na Urca, a mobilização também tem aumentado. Francisco Augusto Nobre, presidente do Sindicato dos Docentes da Urca (Sindurca – Seção Sindical do ANDES-SN) afirma que o sindicato têm denunciado a posição do governo por meio de outdoors e idas às rádios, e que uma assembleia docente está marcada também para 10 de setembro. Na pauta, está a possibilidade de retomada da greve.

Uece

Uma assembleia docente da Uece realizada na terça-feira (2) deliberou pela realização de mobilizações em defesa da universidade por conta do não cumprimento de acordos realizados com o governo. A assembleia iniciou com o informe sobre a reunião dos três sindicatos dos docentes das universidades estaduais cearenses, Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN), Sindurca e Sindiuva com o governo estadual.

Os docentes avaliaram que a posição do governo de pedir às universidades que fizessem cálculos das cargas horárias dos docentes, para que se pudesse discutir a disponibilização de vagas para concurso, foi insuficiente, pois adia novamente a resolução dos problemas. Também foi lembrado que a ampliação do campus Itapipoca, também prometida pelo governo, segue sem acontecer.

Como forma de cobrar o governo estadual a cumprir o acordo da greve de janeiro, a assembleia decidiu por reuniões de docentes em todas as unidades da Uece que discutirão a possibilidade de retorno à greve. Outra assembleia docente está marcada para o dia 16 de setembro pela manhã.

“Esse é o momento da retomada da nossa mobilização. Queremos dar uma resposta à inércia do governador, que não cumpriu parte do acordo. É um descaso dele frente à luta das universidades estaduais. A nossa saída será a mobilização conjunta com as demais categorias da Uece, e com as demais universidades estaduais”, afirmou Elda Maciel, presidente do Sinduece.

Elda ainda afirmou que o governador Cid Gomes está fazendo provocações absurdas às universidades estaduais, ao propor a redução das horas-atividade para aumentar as horas-aula dos docentes como forma de suprir a carência de concursos públicos. Segundo a presidente do Sinduece, a real solução, ainda que emergencial, para as três universidades estaduais é a realização é de concursos públicos para 577 professores, e não diminuir as horas-atividade e o tempo que o professor pode destinar à pesquisa e à extensão.

Leia aqui a moção aprovada no 59º Conad do ANDES-SN sobre as estaduais cearenses.

Imagem de Sinduece – SSind

Fonte: ANDES-SN

Ato SOS USP em defesa da universidade pública reuniu 3 mil pessoas na terça (2)

imp-ult-764473769A comunidade acadêmica da Universidade de São Paulo (USP) foi novamente às ruas nesta terça-feira (2) para integrar o ato público de lançamento da campanha “SOS USP em defesa da universidade pública”, que contou ainda com a participação de personalidades da universidade, parlamentares, entidades sindicais como a CSP-Conlutas e o ANDES-SN, além da presença da Filarmônica de Pasárgada, Toninho Carrasqueira (flautista), Tom Zé e Quinteto. De acordo com a Adusp, Seção Sindical do ANDES-SN, cerca de 3 mil pessoas integraram à atividade, na luta pelo atendimento das reivindicações.

O protesto reuniu servidores, docentes e estudantes na Praça do Relógio da Cidade Universitária, no Butantã, contra as propostas de desvinculação dos hospitais universitários, demissões incentivadas, cobranças de mensalidades e outros ataques à educação pública e de qualidade. “O ato foi um sucesso, e reuniu um amplo espectro de personalidades da universidade, parlamentares e entidades sindicais, como a CSP-Conlutas, todo mundo defendendo as nossas pautas”, avaliou o presidente da Adusp, Ciro Correia, que ressaltou ainda a quantidade de pessoas que participaram do ato.

Para o diretor da Adusp, também ficou claro que “o que ocorre na USP atualmente não é muito diferente do que tem sido as propostas oficiais dos diferentes governos para as universidades”, relacionadas à precarização, falta de perspectiva contínua de carreira, arrocho salarial, terceirizações para a iniciativa privada dos hospitais universitários, “o que não é novidade nenhuma nas universidades federais, por exemplo, com a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares”, acrescentou. “Também ficou evidente a importância de unir força nesta luta”, destacou Correia.

De acordo com a Seção Sindical, a “USP está ameaçada de um verdadeiro ‘desmanche’. Os ataques partem da própria Reitoria da instituição, que pretende cortar 3 mil de seus funcionários mais experientes, por meio de um programa de ‘demissão voluntária’, e transferir para o governo estadual os dois hospitais da universidade: HU (de São Paulo) e HRAC (de Bauru)”.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo participou do ato e apresentou a proposta, que foi acolhida por todas as entidades presentes, de que seja articulado, através das centrais sindicais e dos sindicatos, uma audiência com o governador Geraldo Alckmin para buscar a abertura de negociações. “A intransigência não é só dos reitores, mas também do governo de São Paulo que até o momento não deu resposta à pauta de reivindicações protocolada pelo movimento junto executivo estadual”, explicou.

O ato foi realizado em meio à greve das universidades estaduais iniciada em 27 de maio, e que completa 100 dias nesta quarta-feira (3), contra o arrocho salarial que o reitor da USP, Marco Antônio Zago, e o Conselho de Reitores (Cruesp) tentam impor a milhares de professores e funcionários.

Unicamp e Unesp

A Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) segue paralisada pela greve de professores e técnico-administrativos em grande parte dos seus campi. Já na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) os técnico-administrativos seguem em greve, e os professores estão mobilizados na luta em defesa das universidades estaduais paulistas.

*Imagem: DCE Livre da USP.

 Fonte: ANDES-SN

ANDES-SN divulga Carta de Aracaju

O ANDES-SN divulgou nesta terça-feira (2) a Carta de Aracaju, documento síntese do 59º Conad, por meio da Circular nº 157/2014. O documento traz um resumo dos temas e deliberações do encontro realizado na capital sergipana, que teve como tema central “Luta em Defesa da Educação, Autonomia da Universidade, 10% do PIB exclusivamente para a educação pública”.

Ao todo, 202 docentes – sendo 46 delegados, 117 observadores e seis convidados -, participaram do 59º Conad ANDES-SN entre os dias 21 e 24 de agosto, com a representação de 58 Seções Sindicais de todo o país, para analisar a conjuntura nacional e internacional, fazer um balanço das atividades do Sindicato Nacional e atualizar o Plano de Lutas para 2014.

Lido durante a Plenária de Encerramento pela secretária-geral do ANDES-SN, Claudia March, a Carta de Aracaju ressaltou as deliberações e debates do 59º Conad e fez um registro sobre a posse da Diretoria gestão 2014-2016, que assume o Sindicato Nacional com o desafio de “dar continuidade ao processo de construção coletiva e democrática que se expressa nas definições políticas e nas ações de luta”. De acordo com o documento, a análise de conjuntura destacou o aprofundamento da crise mundial, cuja resposta do capital tem se dado a partir da intensificação das medidas de austeridade, que implicam no acirramento dos ataques aos direitos dos trabalhadores.

“Nesse marco conjuntural, a intensificação da contrarreforma do Estado e sua expressão na política educacional demandam a ampliação da mobilização de trabalhadores e estudantes, e o tema da defesa da educação pública ganha centralidade, tal como definido no tema do evento”, diz um trecho do documento.

A Carta de Aracaju destaca ainda que “a realização do Encontro Nacional de Educação, no início de agosto, reunindo mais de dois mil participantes, representou um marco e um importante passo no processo de reorganização do campo classista em defesa da educação pública. Segundo as proposições aprovadas no 59º Conad, enraizar nossa ação em defesa da educação pública passa por dar continuidade à agenda de lutas e ações em curso, incluindo os encaminhamentos do Encontro, como a constituição dos comitês estaduais em defesa da escola pública, a realização de um dia de luta em defesa da escola pública em outubro de 2014, a realização do II ENE em 2016, precedido de encontros estaduais e regionais, a manutenção e ampliação do Comitê Nacional em defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública, já”.

O documento finaliza com o registro de que o 59º Conad cumpriu com seu papel em atualizar o plano de lutas e “manteve acesas a chama de um sindicato autônomo, laico e com referência social”.

Confira o documento na íntegra

 

Fonte: ANDES-SN

CSP-Conlutas divulga resolução que ressalta posição da Central sobre plebiscito

No documento publicado pela Coordenação Nacional da Central no último domingo (31), a CSP-Conlutas reafirma a posição de não apoiar e nem participar desta iniciativa, e expõe motivos

No último domingo (31), a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas divulgou uma resolução sobre sua posição em relação ao plebiscito popular, que questiona se o cidadão é “a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político”, que está sendo realizado entre os dias 1º e 7 de setembro deste ano com o empenho de diversas organizações sindicais e populares, entre elas a CUT, MST, UNE e CTB.

“A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, reunida em São Paulo entre os dias 29 e 31 de agosto, reafirma a posição de não apoiar nem participar desta iniciativa do Plebiscito chamado pelas centrais e demais organizações que apoiam o governo Dilma”, afirma a Central na resolução, que acrescenta: “não somos contra a realização de consultas e plebiscitos populares como instrumentos de mobilização e diálogo com a classe trabalhadora. Já o fizemos em ocasiões como os plebiscitos sobre a Alca (Área de Livre Comércio da Américas), a propriedade da terra e a dívida externa, por exemplo. Nós também consideramos importante promover mudanças no sistema político brasileiro, que é totalmente controlado pelos grandes grupos econômicos. É para esses grupos que o Legislativo elabora a maioria das leis e o Executivo governa. A redução dos salários dos políticos, a prisão e o confisco dos bens dos corruptos e corruptores; a proibição de financiamento das campanhas por empresas; a revogabilidade dos mandatos, dentre outras medidas, são de interesse dos trabalhadores”, explica a CSP-Conlutas no texto. Para a Central, não é esse o debate que cumprirá o plebiscito e tampouco estará colocado em uma eventual Constituinte exclusiva, como propõem os organizadores do plebiscito.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, explica que a decisão se deu em razão da proposta para a constituinte ignorar questões centrais para a população brasileira. “O ANDES-SN não participa do plebiscito porque essa é uma questão que não está tratando dos problemas gerais que a sociedade brasileira vive. Não há sentido convocar uma constituinte exclusiva para a reforma política. Por que não convocar uma constituinte para tratar de questões como o sistema econômico, a dívida pública, saúde e educação?”, explica. Durante o 33º Congresso do ANDES-SN, realizado em fevereiro deste ano em São Luís (MA), os delegados rejeitaram amplamente proposta que indicava a participação do Sindicato Nacional e de suas Seções Sindicais no plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana para fazer a reforma do sistema político, com a participação da entidade na organização dos comitês estaduais e municipais.

A Central acrescenta ainda que não se pode “dar aos parlamentares, que serão eleitos com as regras antidemocráticas atuais, nenhuma carta branca para reformar o sistema político, nesse momento. O mais provável numa Constituinte, na correlação de forças atual no Congresso Nacional, é que se imponha um retrocesso ainda maior às poucas conquistas democráticas que ainda temos”. Para a CSP-Conlutas, o plebiscito não cumpre um papel progressivo, e mais confunde que esclarece. “Não tem nenhuma relação com apontar uma saída que questione o modelo econômico atual, que promova as mudanças que as manifestações de rua trouxeram à tona”, diz.

De acordo com a resolução da Central, o plebiscito não aborda quais seriam as mudanças que a reforma política deveria fazer, “o que mistura as proposta dos setores de esquerda e democráticos com as propostas da direita, que também quer uma reforma para diminuir a participação popular e o direito de representação ou mesmo existência de partidos de esquerda que tem conteúdo ideológico e programático”.

Confira a resolução na íntegra.

*Com informações da CSP-Conlutas

 

Fonte: ANDES-SN

Reunião da Coordenação da CSP-Conlutas avalia e prepara ações para o 2º semestre

imp-ult-728477757A partir da reflexão acerca dos acontecimentos do primeiro semestre deste ano, a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, realizada em São Paulo no último final de semana (29 e 31 de agosto), fez um balanço das ações realizadas no período e discutiu a organização das lutas até o final de 2014.

Ao longo dos três dias, representantes de diversas entidades filiadas à Central Sindical e Popular participaram de debates e ressaltaram algumas das principais lutas empreendidas no primeiro semestre. Também aprovaram resoluções e relatórios apresentados pelos grupos de setoriais dos servidores públicos federais, educação, saúde do trabalhador, campo, negros e negras, mulheres e LGBT e moções que expressam apoio às diferentes lutas da classe trabalhadora e juventude. A programação contou ainda com a presença dos candidatos de esquerda à Presidência da República, que participaram de um debate no sábado.

No primeiro dia (29), os participantes avaliaram em suas intervenções que houve forte mobilização em 2014, não comparável a junho de 2013, mas expressiva e tão importante quanto, por ter sido alavancada pelos movimentos mais organizados da classe trabalhadora. O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Paulo Barela, relembrou que a Central teve como tarefa assumir o enfrentamento ao governo federal, sobretudo durante a realização da Copa do Mundo. Também citou a presença constante da CSP-Conlutas em lutas de peso no país, como a greve dos garis do Rio de Janeiro, dos rodoviários de Porto Alegre, dos trabalhadores do Comperj, e em outras ações do movimento popular.

“Estivemos mobilizados e apoiando trabalhadores contra as burocracias e direções dos sindicatos, e também na luta urbana, em defesa por moradia, por meio do Luta Popular, mantendo a Ocupação William Rosa de Minas Gerais, a Esperança de Osasco, fortalecendo os assalariados rurais. Continuamos vivendo uma situação política em avanço, que segue dentro de um processo de disposição da classe contra a burguesia e pela defesa de suas reivindicações”, disse Barela. Na ocasião, também foram citadas outras importantes greves, como a dos técnico-administrativos, do Judiciário federal, de servidores municipais e estaduais, trabalhadores e educação.

A criminalização dos trabalhadores e movimentos sociais, a exemplo da greve histórica dos metroviários de São Paulo, com a demissão de 42 trabalhadores, dos quais 10 foram readmitidos recentemente, e da violência do Estado contra os movimentos, com perseguições, ataques e prisões de militantes, como no caso do Bloco de Lutas, em Porto Alegre; a crise econômica mundial; o genocídio na Palestina, que tem sofrido com os ataques do Estado Sionista de Israel; e a luta LGBT estão entre os temas destacados no primeiro dia de reunião.

Debates
Na manhã de sábado (30), segundo dia da reunião, os três candidatos de esquerda à Presidência da República – Zé Maria (PSTU), Jorge Paz (vice na chapa do PSOL, representando Luciana Genro) e Mauro Iasi (PCB) – debateram os principais pontos que compõem seus programas políticos. O debate contou com a presença de 154 participantes, de 62 entidades, com 18 estados representados no plenário.

Entre os temas discutidos, tiveram destaques a qualidade e o direito aos serviços públicos, como transporte, saúde, educação e moradia, a necessidade de construir a reforma agrária, a garantia dos empregos e a criminalização dos movimentos sociais da classe trabalhadora. Os candidatos abordaram ainda a dívida pública, reforma tributária, mudanças no sistema político, econômico e social do país, as manifestações ocorridas em 2013, a desmilitarização da polícia, genocídio do povo negro, além de outras questões abordadas.

Na ocasião, Marcela Azevedo, da Secretaria Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta (MML), entregou um documento com as demandas do movimento deliberadas durante o último Seminário Nacional do MML, realizado em São Paulo em agosto deste ano. Os candidatos expressaram concordância com as exigências e planejamento de luta, e se colocaram à disposição de adicionar a pauta a seus programas políticos.

Vídeos do debate estão disponíveis no canal da CSP-Conlutas no youtube

Resoluções, políticas setoriais e moções
A manhã de domingo (31) foi dedicada à aprovação das resoluções, relatórios apresentados pelos grupos e moções. Foram apresentados os relatórios dos setoriais dos servidores públicos federais, educação, saúde do trabalhador, campo, negros e negras, mulheres e LGBT.

A resolução política “Conjuntura e atividades” fez balanço da atuação da Central no primeiro semestre e acusou a criminalização das lutas, movimentos sociais e população das periferias, apontando também o aumento da instabilidade

econômica em países da América Latina, que no Brasil tem se expressado principalmente no setor automotivo com anúncio de demissões, férias coletivas e suspensão temporária de contrato de trabalho, chamado de lay off, o que implica na luta de resistência nas bases das categorias afetadas.

Como política para o segundo semestre, ainda na resolução de conjuntura, está a proposta de unificação das campanhas salariais que começam a ocorrer; o apoio às lutas do movimento popular e as demais mobilizações; manter resistência contra as tentativas de flexibilização das leis trabalhistas; construção de um plano de lutas que inclui a participação nas atividades dos Gritos dos Excluídos, em 7 de setembro, e a realização de um dia nacional de lutas contra a criminalização das lutas, movimentos sociais e população das periferias; além da solidariedade ao povo palestino.

A partir do debate com os presidenciáveis, foi aprovada uma resolução eleitoral com a rejeição da CSP-Conlutas às três candidaturas que detêm maior intenção de voto neste momento – Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves. Assim, a Central destaca os programas alternativos de esquerda que defendem, entre outros aspectos, a suspensão imediata do pagamento das dívidas externa e interna; fim do fator previdenciário; defesa do emprego, fim das demissões imotivadas, contra flexibilização trabalhista e a terceirização; respeito aos direitos dos trabalhadores assalariados do campo e agricultores; 10% do PIB para a educação pública, já.

Também foi aprovada resolução em apoio à greve das universidades estaduais paulistas conclamando o fim das punições, contra a privatização, pelo atendimento da pauta unificada e outras reivindicações dos profissionais em luta, e a convocação do II Congresso Nacional da CSP-Conlutas para os dias 4 a 7 de junho de 2015, em Sumaré, São Paulo, com delegação de preparação à Secretaria Executiva Nacional.

Plebiscito 
No primeiro dia da reunião, Barela citou a armadilha do plebiscito propagado pelos setores governistas neste período eleitoral, e salienta que é necessário “regimentar forças, buscar unidade, fazer exigências e enfrentar a contradição dos setores burocráticos”. Neste sentido, considera como um caminho sólido “a construção de lutas com os movimentos populares e sindicatos no sentido contrário do plebiscito”.

No domingo (31), a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas aprovou resolução específica sobre o plebiscito popular por uma Constituinte que faça uma reforma política que está sendo realizado esta semana, entre os dias 1º e 7 de setembro. A Central não apoiará o plebiscito por entender que, diante das regras eleitorais antidemocráticas atuais, não se pode dar carta branca aos parlamentares para reformar o sistema político neste momento. De acordo com o documento aprovado, “o mais provável numa Constituinte, na correlação de força atual do Congresso Nacional, é que se imponha um retrocesso ainda maior às poucas conquistas democráticas que ainda temos”.

Homenagens
Na manhã do dia (29), os participantes prestaram homenagem aos militantes Joel Soares e Tiago Batista, destaques em relação ao trabalho desempenhado nos movimentos, recentemente falecidos.

* Com edição do ANDES-SN

* Fotos: Sinasefe

Fonte: CSP-Conlutas

ANDES-SN: Posse da nova diretoria e atualização do plano geral de lutas marcam o 59ºCONAD

Realizado entre os dias 21 e 24 de Agosto, em Aracajú (SE), o 59ºCONAD foi marcado por forte emoção desde sua abertura, com a posse da nova diretoria, e reafirmou o caráter autônomo e democrático do ANDES-SN. Também fez parte da programação o lançamento da edição 54 da revista Universidade e Sociedade, a plenária de conjuntura, a atualização do plano geral de lutas e da agenda de lutas dos setores para o próximo semestre. A capital capixaba, Vitória, foi escolhida pelos delegados do 59º Conselho do ANDES-SN (Conad) para sediar a próxima edição do encontro, em 2015.

Emoção marca plenária de abertura

Durante a mesa de abertura, realizada na manhã de quinta-feira (21), Marinalva Oliveira, presidente da entidade no período 2012/2014, em seu balanço de encerramento da gestão, ressaltou os desafios em assumir o Sindicato Nacional durante um período de fortes greves e de adversidades no que tange a organização sindical. “Tema este, enfrentado pelo sindicato nacional em conjunto com a categoria, resultando em intensificação de nossa inserção e ação na categoria, associadas às alterações estatutárias para permitir uma participação e maior presença de segmentos da categoria docente no SN. Também avançamos em ações jurídicas na defesa da legitimidade e legalidade do ANDES-SN”, afirma, apontando a necessidade de fortalecer a unidade para enfrentar não somente aos ataques impostos a educação, mas o acirramento da repressão aos movimentos sociais e das organizações da classe trabalhadora como um todo.

Na sequência, foram empossados os 83 membros da diretoria para o biênio 2014/2016. Paulo Rizzo, que assumiu a presidência do Sindicato Nacional, ressaltou a importância desse CONAD na atualização do plano de lutas, no momento em que se discute repensar o processo organizativo da entidade. Rizzo lembrou que o ANDES-SN não é um sindicato pronto e que está em constante processo de reorganização, diante dos novos desafios e ataques impostos a categoria docente, com a mercantilização e monopolização da educação, que expõe os docentes à situações aviltantes de exploração da sua força trabalho.  A ADUSC também estará representada na nova diretoria, tendo o professor Luiz Henrique Blume como 1º Secretário da Regional Nordeste III.

Após a posse, o professor Márcio Antônio de Oliveira (Apes-JF) foi homenageado como uma referência do Movimento Docente. Logo após, foi de responsabilidade do mesmo o lançamento da nova edição da revista Universidade e Sociedade, do ANDES-SN. A 54ª edição traz como tema: “50 anos do Golpe Militar – Dores, Sonhos e Resistência: uma história inacabada”. Segundo Márcio, “Esta é uma luta política necessária, que faz parte do projeto de democracia que perseguimos. Essa revista é um importante instrumento nessa disputa”.

Conjuntura, Plano Geral  e de Luta dos Setores 

Já no fim da tarde de quinta (21), os participantes do 59º CONAD debateram a conjuntura política atual e os desafios. Durante as intervenções, ficou evidente a intransigente defesa da educação pública com financiamento público, pelo fim da mercantilização da educação e por melhorias das condições de trabalho e salário para os professores, reforçando e ampliando para outros setores a unidade nesta luta. O acirramento da crise econômica, que tem efeito direto na retirada de direitos da classe trabalhadora, com destaque para criminalização das lutas e judicialização das greves também foram ressaltadas nas falas dos participantes.

Em consonância as avaliações da conjuntura, nove Textos de Resoluções (TRs) foram aprovados na plenária de Avaliação e Atualização do Plano de Lutas. Para aprofundar sobre possíveis mudanças estatutárias que permitam o enfrentamento dessa nova realidade, os delegados aprovaram a realização do Seminário Nacional sobre a estrutura organizativa do ANDES-SN. O encontro acontecerá nos dias 31 de outubro, 1 e 2 de novembro. Os textos preparatórios do Seminário comporão um caderno de textos. A data limite para envio de contribuições é 9 de outubro.

Sobre políticas educacionais foram aprovadas a articulação com demais entidades para efetivação dos encaminhamentos do Encontro Nacional de Educação (ENE), e fortalecer o enfrentamento ao processo de privatização no campo da Ciência e Tecnologia.

Para o plano de luta sobre seguridade social e aposentadoria, ficou definido intensificar o enfrentamento a Ebserh e outras formas de privatização da previdência, mas também a luta pela aprovação da PEC 555 que beneficia diretamente os docentes aposentados. Uma campanha nacional de divulgação do endividamento e pauperização dos trabalhadores, inclusive dos professores das IES também foi aprovada, bem como a planilha para a realização, nos dias 14, 15 e 16 de novembro, do Seminário Nacional sobre os Povos Indígenas.

No último dia do 59º Conad (24), os delegados presentes no encontro avaliaram e atualizaram os planos de lutas específicos dos setores das Instituições Federais (Ifes), Estaduais e Municipais (Iees/Imes) e das Particulares (Ipes) deliberando por uma série de atividades para intensificar a atuação do Sindicato Nacional. “Nas Estaduais, apesar da diversidade que as instituições vivenciam com cada governo do estado, o que foi aprovado uma costura para que este Setor continue fazendo uma ação coordenada pelo ANDES-SN, tendo a referência no Sindicato Nacional, para aprofundar o debate sobre carreira, financiamento, democracia e autonomia”, ressaltou O 1º secretário do ANDES-SN, Jacob Paiva, que presidiu a plenária.

Números
O 59º Conad reúniu 202 participantes de 58 seções sindicais, sendo 46 delegados e 117 observadores, além 33 diretores e seis convidados.

Saiba mais sobre o 59ºCONAD aqui

*Com informações do ANDES-SN

 

USP e Unesp continuam em greve por melhores salários e mais verbas

Em assembleia realizada na última quinta-feira (7), os docentes da USP aprovaram a continuidade da greve, iniciada em maio desse ano. Além de promoverem atividades de recepção aos estudantes das várias unidades, com foco no movimento e na situação financeira da USP, os professores discutiram táticas de resposta ao corte de ponto e confisco de salários pela reitoria. Na próxima quinta (14) haverá um ato, com concentração no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, onde os manifestantes reivindicarão audiência com o governador para discutir a crise nas universidades e a necessidade de mais recursos públicos. Na Unicamp, os docentes suspenderam o movimento após aceitar o abono de 21% proposto pelo reitor, mas darão sequência às ações públicas até a retomada da negociação da campanha salarial com a Cruesp.

*Saiba mais no site do andes

Fonte: ADUFS

Encontro nacional reforça unidade na luta em defesa da educação pública

imp-ult-474751537Quase três mil pessoas de todas as regiões do país, entre estudantes, trabalhadores da educação e de outros setores, participaram do Encontro Nacional de Educação (ENE), ocorrido no último final de semana (8 a 10), no Rio de Janeiro. Uma grande marcha em defesa da educação pública encheu o centro da capital carioca, dando início às atividades do encontro. Na manhã de sábado, a mesa de abertura discutiu o Plano Nacional de Educação, sancionado pela presidente Dilma, e que aprofunda mercantilização e precarização da educação. Pela tarde os grupos de discussão lotaram as salas da UERJ e UFRJ onde foram debatidos os eixos do Encontro. Já no domingo (10), na plenária final, foi aprovada a Carta do Rio de Janeiro, que propõe o fortalecimento de comitês estaduais em defesa da escola pública, a realização, de um dia de luta em defesa da educação pública, na segunda quinzena de outubro, e em 2016, do II Encontro Nacional de Educação, precedido de encontros estaduais.

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Foto: Luiz Blume

Segundo o coordenador da mesa de encerramento e diretor do ANDES-SN, Paulo Rizzo o ENE fortaleceu a unidade na luta em defesa da educação e garantiu que, apesar das divergências, os consensos fossem prioritários “para construir o enfrentamento às políticas governamentais e à visão privada da educação”. Para Rizzo, desta forma “vamos ter a possibilidade de repercutir muito mais as lutas em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada” Da Bahia, participaram, aproximadamente, 200 pessoas, entre docentes e estudantes das universidades e demais setores da educação, além de movimentos sociais e populares. Moções de apoio ao povo palestino, à greve das universidades estaduais de São Paulo, à greve dos trabalhadores da educação do Piauí, contra a criminalização dos movimentos sociais, entre outras, também foram aprovadas.

*Com informações do ANDES-SN

Fonte: ADUSC

Adusc será representada em caravana regional para o Encontro Nacional de Educação

Foto: Laíse Galvão
Foto: Laíse Galvão

Após grade mobilização nacional, com diversos encontros preparatórios, caravanas de norte a sul do país se preparam para o Encontro Nacional de Educação (ENE), que acontecerá entre os dias 8,9 e 10 de Agosto próximo, no Rio de Janeiro. A relevância do ENE foi destaque na fala do presidente da ADUSC, Emerson Lucena Durante a mesa de abertura do Seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), promovido pelo Departamento de Ciências da Educação (DCIE) e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) da Universidade Estadualde Santa Cruz (UESC), em conjunto com a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação, nesta segunda-feira (4), no Auditório Paulo Souto.

Segundo Lucena, o encontro se constitui num espaço democrático, horizontal e norteado por consensos a partir dos movimentos de base envolvido na discussão da educação pública e de qualidade. Diferente dos espaços institucionais e engessados, como a Conferência Nacional de Educação (CONAE), que apenas legitimam as políticas privatistas expressas no PNE sancionado recentemente pelo governo Dilma, o ENE, que já conta com mais 3,5 mil inscritos, pretende agregar as lutas dispersas e definir uma agenda nacional em defesa da educação que expresse os anseios dos trabalhadores.

Para garantir a representatividade regional, a ADUSC, em conjunto com outros movimentos sociais, promoveu três reuniões preparatórias, consolidando uma delegação com cerca de 18 pessoas. Essas, vão se somar ao ônibus rateado com os movimentos articulados pela ADUNEB e a CSP-Conlutas na Bahia, que sai nesta quinta-feira (7). Outros dois ônibus também saem da Bahia, sendo um de estudantes da UEFS e um rateado entre a ADUSB e a ADUFS.

Saiba mais sobre o Encontro aqui.