Intenso debate marca Plenária sobre Questões Organizativas e Financeiras

 

Os participantes do 33º Congresso, realizado em São Luís (MA), protagonizaram uma ampla discussão que teve início na tarde desta sexta-feira (14) e se estendeu pelo resto do dia, durante a Plenária sobre Questões Organizativas e Financeiras. A qualidade e a intensidade do debate mostraram as opiniões divergentes acerca dos Textos de Resolução (TR) que integram o tema.

Os delegados aprovaram alterações no Estatuto do ANDES-SN, com 187 votos favoráveis, e do Regimento Eleitoral, momento em que foi anunciado o início do prazo de uma hora para a inscrição das chapas. Ao final da tarde, foi apresentada a única chapa concorrente às eleições do Sindicato Nacional para o biênio 2014-2016. Foram apresentados os docentes que estarão à frente dos 11 cargos da diretoria nacional, e os indicados para a Comissão Eleitoral Central – CEC.

Os delegados aprovaram ainda as prestações de contas do 58º Conad, questões relativas ao Fundo Único do Sindicato Nacional, além da manutenção do apoio financeiro à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e à Auditoria Cidadã da Dívida. A intensificação do apoio à luta dos povos indígenas, por meio de apoio político e financeiro e a realização, através do GTPCEGDS, de debate sobre a temática e demandas dos povos indígenas, como também a elaboração de uma proposta de encontro/seminário no segundo semestre de 2014, com a apreciação da planilha financeira no 59º Conad também foram aprovadas, o que resultou de ampla discussão na Plenária.

O formato dos encontros deliberativos do Sindicato Nacional – Congressos e Conad -, no que diz respeito à extensão dos debates, cronograma, entre outras questões, também foi amplamente discutido.

Os delegados aprovaram autorizar o 59º Conad a rever a metodologia adotada para o Congresso do ANDES-SN relacionada ao tema, pauta e cronograma, a fim de ajustar a cadência de trabalho no evento, garantindo condições para apreciação e deliberação das propostas submetidas.

Uma série de ações a serem conduzidas pela Comissão da Verdade do ANDES-SN também foram deliberadas.

No início da manhã deste sábado (15), os delegados do 33º Congresso aprovaram, durante a prorrogação da Plenária do Tema 4, a homologação de duas novas Seções Sindicais – Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Taubaté (Sindunitau) e Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Aduemg), unidade Ibirité (MG).

Também foram aprovados os nomes indicados pelas Seções Sindicais para inclusão nos grupos de Trabalho (GT) do ANDES-SN.

Prorrogação
A Plenária, iniciada às 15h, foi prorrogada e se estendeu até o meio da manhã deste sábado (15). No final da manhã, foram iniciadas as discussões relacionadas à Plenária do Tema 5 – Plano de Lutas – Geral, Educação, Direitos e Organização dos Trabalhadores. O cronograma prevê ainda a realização da Plenária 6 – Plano de Lutas – setores – e da Plenária de Encerramento.

 

– Confira a quarta edição do Informandes Especial do 33º Congresso do ANDES-SN

 

Fonte: ANDES-SN

 

Docentes reforçam ato em São Luís em defesa dos direitos sociais


Centenas de docentes, participantes do 33º Congresso do ANDES-SN, atenderam ao chamado dos movimentos sociais de São Luís (MA) e integraram, no início da noite desta quinta-feira (13), ato coordenado pela CSP-Conlutas em defesa dos direitos sociais e contra a política de opressão do governo estadual.

Ao longo de todo o percurso, representantes de movimentos sindicais, sociais, estudantil – como CSP-Conlutas, ANDES-SN, Quilombo Raça e Classe, Quilombo Urbano, Quilombo Charco, Associação Quilombo Cruzeiro, Moquibom, Anel, Movimento Mulheres em Luta (MML) – e a classe trabalhadora denunciaram os problemas vividos pela população maranhense, em relação à moradia, transporte, saneamento básico, alagamentos e a falta de acesso à educação e à saúde de qualidade, entre outros.

As lideranças dos movimentos quilombolas também relataram a repressão do governo, as ameaças que sofrem diariamente e as inúmeras tentativas de extinção das comunidades tradicionais. A presença dos docentes participantes do 33º Congresso foi destacada durante as falas, que saudaram os professores.

Durante a manifestação, a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, ressaltou a importância da unidade na luta e destacou a participação do Sindicato Nacional na atividade. “O ANDES-SN está reunido em São Luís com professores de todo o país, que representam instituições de ensino superior dos estados, e vem se somar a esta manifestação vitoriosa do povo maranhense, que reivindica o acesso a direitos sociais para esta população, que tem sido espoliada dos seus direitos”. Marinalva acrescentou ainda que os docentes estavam no ato por solidariedade à luta, e também na defesa da educação, pela aplicação dos 10% do PIB para a educação pública já, contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e por condições dignas de salários.

O presidente da Apruma, Seção Sindical do ANDES-SN, Antônio Gonçalves, ressaltou a presença do Sindicato Nacional na manifestação. “Agradeço ao ANDES-SN por se somar à classe trabalhadora do Maranhão nesta luta e exigir a saída deste governo. Vamos conseguir mudar a realidade do Maranhão em breve, não pelo voto, mas pela disputa e pela conscientização da classe trabalhadora. Estamos aqui para resistir”.

“O Maranhão esteve nas manchetes dos últimos dias por conta dos acontecimentos de Pedrinhas, mas o estado tem muitos outros problemas. Há meio século é dominado por uma oligarquia, responsável pelos problemas enfrentados pela população, mais de 60% passa fome. É o estado com a maior concentração de terras e com os piores indicadores de saúde, além de ter altos índices de analfabetismo. A população tem que lutar para conquistar suas reivindicações”, afirmou o representante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Saulo Arcangeli.

Percurso
Os manifestantes se concentraram na Praça Deodoro, em frente à Biblioteca Pública, e seguiram pelas ruas do centro histórico até a rampa do Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão. Várias palavras de ordem, como “Quilombo não vive cansado, melhor morrer na luta que viver escravizado”, “Mulheres em luta contra a opressão, abaixo ao machismo e à exploração” e “Da copa eu abro mão, eu quero o Sarney bem longe do Maranhão”, foram ditas ao longo do caminho, que se somaram às falas de representantes de vários segmentos – saúde, educação e movimentos sociais. Um forte esquema policial impediu a subida dos manifestantes à sede do governo do estado, que permaneceram no local por mais de uma hora.

Um veículo da imprensa local, que cobria o ato, denunciou as ameaças sofridas por parte da polícia, que tentou censurar e impedir a cobertura. Expressões da cultura maranhense também estiveram presentes na manifestação, como o Tambor de Crioula. O ato foi finalizado com uma intervenção artística, feita por um docente da delegação da Bahia, participante do 33º Congresso.

Fonte: ANDES-SN

Plenária de políticas sociais do 33º Congresso aprova 2014 como ano da educação

A Política Educacional do Sindicato Nacional foi destaque entres as deliberações da plenária do tema 3, que discutiu as políticas sociais do ANDES-SN para o ano de 2014, na tarde desta quarta-feira (12), durante o 33º Congresso da entidade, que acontece na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís.

O primeiro texto de resolução votado prevê, entre outras ações, a articulação com os movimentos classistas populares e sindicais para a construção de uma agenda de lutas e ações que evidencie 2014 como o ano da educação, com encontros preparatórios no primeiro semestre antecedendo o Encontro Nacional de Educação previsto para agosto. Os delegados aprovaram ainda reafirmar os princípios e estabelecer diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação da Sociedade Brasileira, visando à atualização deste instrumento de luta como proposta contrária a que vem sendo empreendida pelos governos.

Ainda em relação às políticas de educação, os docentes deliberaram por intensificar na base a discussão sobre as reformas na educação básica, em especial sobre o PL 6840/2013, reconhecendo a pluralidade de setores que compõem a base do Sindicato Nacional. O ANDES-SN deverá articular através do setorial de educação da CSP-Conlutas com outros sindicatos de profissionais da educação e movimentos sociais e populares espaços de discussão sobre a educação básica, profissional e tecnológica. Além disso, irá também incorporar-se ao debate nacional sobre Universidade Popular na busca de fortalecer os laços do movimento docente com os movimentos sociais.

A plenária de Políticas Sociais aprovou ainda intensificar a luta no combate ao assédio moral e sexual nas Instituições de Ensino Superior, com a realização de um seminário sobre o tema.

Para a vice-presidente da mesa coordenadora da Plenária do Tema 3 e diretora do ANDES-SN, Sônia Lúcia Lima, o 33º Congresso está sendo muito rico “porque está expressando opiniões diferentes da categoria acerca dos diversos temas que o Sindicato trata”. Ela acrescenta que o debate ocorrido nos grupos mistos mostra que houve uma preocupação da base de fazer o debate nas assembleias e de os delegados trazerem os acúmulos discutidos.

“Fizemos um esforço em garantir de forma democrática que essa diversidade de opiniões fosse apresentada e que se chegasse às melhores resoluções que orientem a categoria para sua luta em 2014. Fizemos uma plenária boa e vitoriosa, mas estamos apenas começando”, avaliou.

Confira abaixo os Informandes especiais que já foram distribuídos durante o 33º Congresso aos participantes:

 

Informandes Especial – 33º Congresso nº 1

Informandes Especial – 33º Congresso nº 2

 

Fonte: ANDES-SN

 

33º Congresso lança 53ª edição da Revista Universidade e Sociedade

A 53ª edição da Revista Universidade e Sociedade, que tem como tema Dimensões da luta: vozes da rua e as reflexões da universidade, foi lançada durante a plenária de abertura do 33º Congresso do ANDES-SN, realizada nesta segunda-feira (10), em São Luís, no Maranhão.

“Em todos os eventos que apresentamos uma nova edição, temos o orgulho de ter a Revista como um filho que tem uma trajetória própria. Trabalhamos durante seis meses em cada edição, e quando ela começa a ser distribuída e vai para as bases, vemos que tem vida própria e imortal, assim como são as palavras”, afirmou o 3º secretário do ANDES-SN, Rondon de Castro, membro da Editoria Executiva da 53ª edição, durante o lançamento. “No jornalismo se diz que a notícia de hoje embrulha o peixe amanhã. Não é o caso da Revista”, complementou.

De acordo com o diretor do ANDES-SN, a edição é composta por artigos que abordam as manifestações que marcaram o ano de 2013. “Temos artigos baseados, principalmente, nas jornadas de junho, em que a população foi às ruas. Vimos a necessidade de a universidade se posicionar para saber o que está acontecendo e fazer uma reflexão sobre este novo fato levando à discussão, porque possivelmente teremos novas jornadas este ano”, ressaltou.

Castro destacou ainda a qualidade dos artigos publicados. “Os artigos enviados para a Revista demonstram a qualidade dos companheiros e professores das universidades, que participam das atividades, para o futuro da nossa sociedade. Estamos trabalhando para a construção de uma universidade melhor e mais adequada para a sociedade”.

Sobre a capa da 53ª edição, ilustrada por um conjunto de corujas, o diretor do ANDES-SN explicou: “optamos pelo simbolismo da coruja, cujos olhos vermelhos demonstram a paixão pela verdade, pelo justo, pelo que é certo. São corujas manifestantes, caminhando pelas ruas. As capas partem do pressuposto de passar a mensagem para todos, de forma pensada e estudada”.

Em 124 páginas, a Revista apresenta oito artigos, além do ensaio fotográfico Vozes das Ruas, que mostram as manifestações e o poder da mobilização em várias partes do país, uma sequência de quadrinhos de Bira Dantas, entre outras publicações.

Campanha de Sindicalização

Durante a abertura, o 1º vice-presidente do ANDES-SN e encarregado de Imprensa do Sindicato Nacional, Luiz Henrique Schuch, fez uma apresentação da última etapa da Campanha de Sindicalização do Sindicato Nacional. Além de apresentar o conjunto de peças que integram esta fase – display, balão e artes para cartaz, banner e adesivos -, foi exibido um vídeo, aplaudido com entusiasmo pelos participantes do 33º Congresso (confira o vídeo).

Os materiais apresentados possuem espaço para a inserção das logomarcas das Seções Sindicais do Sindicato Nacional. possuem espaço para a inserção das logomarcas das Seções Sindicais do Sindicato Nacional.

Abertura

A abertura do 33º Congresso do ANDES-SN reuniu mais de 400 pessoas no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão. Sob o tema central “ANDES-SN na defesa dos direitos dos trabalhadores: organização e integração nas lutas sociais”, a 33ª edição do Congresso reúne docentes – delegados, observadores e convidados – de todo o país, até o próximo sábado (15).

A mesa da plenária de abertura contou com a presença de representantes do Movimento Quilombo Urbano e Moquibom, da CSP-Conlutas, da Fasubra, da Frente Nacional Contra a Privatização

da Saúde, do DCE da UFMA, da Anel, além da presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, do secretário-geral, Márcio Antônio de Oliveira, do tesoureiro do ANDES-SN, Fausto de Camargo, do 2º vice-presidente da Regional Nordeste 2 do ANDES-SN, Daniel de Oliveira Frauco, e do presidente da Apruma, Antônio Gonçalves.

Fonte: ANDES-SN

 

Amplo debate na Plenária de Conjuntura do 33º Congresso aponta rumo para a luta

Sob o tema Movimento Docente e Conjuntura, os delegados, observadores e convidados do 33º Congresso do ANDES-SN participaram, na noite desta segunda-feira (10), da Plenária que discutiu e analisou os desafios postos à classe trabalhadora para o ano de 2014. A quantidade e a qualidade das contribuições que integram o Caderno e Anexo ao Caderno de Textos do 33º Congresso – 13 no total – demonstrou a mobilização empreendida pelas Seções Sindicais para apresentar suas análises que localizem com precisão as estratégias de atuação a serem seguidas pelo Sindicato Nacional.A reflexão sobre as lutas internacionais, protagonizadas pelos trabalhadores na Europa, Norte da África, Palestina, América Latina, entre outras, foi considerada fundamental para a compreensão do contexto de lutas em que os brasileiros estão inseridos, e um quadro da crise econômica que se agrava. As falas destacaram ainda a importância das greves ocorridas em 2012, as manifestações intensificadas a partir de junho de 2013 e sua continuidade em 2014, as formas de inserção do movimento docente nos atos em defesa dos direitos sociais e contra a política do governo que favorece cada vez mais o capital.Os participantes ressaltaram ainda a importância da unidade e da organização da classe trabalhadora para os enfrentamentos de 2014. As intervenções também debateram sobre a possibilidade da construção de uma greve em 2014, e a necessidade de que a questão envolva toda a categoria, para fortalecer a luta em busca de vitórias para o movimento.

”Esta Plenária foi muito rica e está sustentada na qualidade e na quantidade das teses apresentadas, em um total de 13. Após a apresentação das teses, as 20 intervenções desenvolveram elementos que serão aprofundados nas discussões em relação à Centralidade da Luta e aos outros temas do 33º Congresso”, avalia o coordenador da mesa da Plenária 1, Josevaldo Cunha.
Fonte: ANDES-SN

 

Em reunião ampliada, servidores apontam novo ato unificado para março

Representantes de várias entidades de todo o país que participaram da Reunião Ampliada do Fórum dos SPF em Brasília, nesta sexta-feira (7), apontam a necessidade de construção da greve unificada como instrumento para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria

A importância da mobilização, da integração e da unificação das entidades que representam os servidores públicos federais (SPF) de todo o país como forma de pressionar e exigir do governo o atendimento da pauta que compõe a Campanha Unificada de 2014, além das pautas específicas de cada setor, foi ressaltada durante a reunião ampliada do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF), realizada na manhã desta sexta-feira (7), em Brasília. O auditório do Sindsep-DF, local da reunião, permaneceu lotado.

Entre as respostas de encaminhamentos está a realização de uma atividade unificada nacional em março, com data prevista para dia 19, e a possibilidade de a atividade se tornar uma marcha (questões que serão definidas na próxima reunião do Fórum dos SPF); a manutenção da indicação do início da greve para a segunda quinzena de março, e a elaboração de três moções de apoio: à greve dos rodoviários em Porto Alegre, à greve dos servidores da saúde do Rio de Janeiro; e à greve dos trabalhadores dos Correios.

Representantes de dezenas de entidades que compõem fórum participaram da reunião, que fez uma avaliação das atividades do calendário de  lutas já realizadas, como o lançamento nacional e nos estados da Campanha, nos dias 5 de fevereiro e 22 de janeiro, respectivamente; e o seminário da Auditoria Cidadã da Dívida, na quinta-feira (6) –, além de discutir o prosseguimento das atividades. Apesar de não ter caráter deliberativo e das pequenas polêmicas que surgiram durante as falas em relação à mobilização e a construção da greve, não houve posição contrária à paralisação.

Durante as falas, os participantes apontaram a greve como o instrumento da classe trabalhadora para garantir conquistas para o movimento. “A Reunião foi positiva na medida em que todos se manifestaram pela unidade dos servidores públicos federais e sobre a necessidade de construir a luta unificada neste primeiro semestre de 2014. Todos se mostraram comprometidos em discutir a necessidade e construção da greve unificada dos SPF, que pode ter início no fim de março ou no início de abril. O ANDES-SN estará no seu 33º Congresso, que será realizado entre 10 e 14 de fevereiro, em São Luís, discutindo o plano de lutas para 2014, e deverá aprovar a forma de sua unificação com os servidores públicos federais, e o seu calendário próprio articulado com os servidores como um todo”, explica o 2º secretário do ANDES-SN, Paulo Rizzo.

O diretor do Sindicato Nacional avalia ainda que a reunião foi bastante expressiva, com representações de várias bases de entidades de todo o país que estavam presentes e participaram das atividades em Brasília, previstas no calendário dos SPF. “Algumas entidades, como a Fasubra, ainda têm plenária neste fim de semana para discutir os encaminhamentos do indicativo de greve. Outras já têm indicativo, como a Condsef e o Sinasefe”, contextualiza Rizzo. Os representantes das entidades nacionais fizeram informes sobre como as ações têm sido organizadas junto às bases e divulgaram seus calendários de atividades para os próximos meses.

AVALIAÇÃO
Para o coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, o movimento obteve importantes conquistas no ato do último dia 5. A pressão dos servidores, presentes no ato em frente ao Bloco K, resultou em reunião entre dirigentes de 10 entidades e das três centrais sindicais que compõem o fórum e o chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Planejamento, André Bucar, além do secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e sua equipe técnica.

“Tivemos duas respostas importantes: foi assumido o compromisso tácito de responder formalmente, ponto a ponto, as oito reivindicações que compõe a Campanha, e a equipe do governo afirmou que buscará garantir uma audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e as entidades dos servidores públicos federais”, afirmou Barela. Segundo ele, os dirigentes cobraram a abertura imediata de negociações em torno da pauta unificada dos servidores federais e rechaçaram a argumentação do governo de que enfrenta dificuldades em atender o pleito dos trabalhadores do serviço público.

*Foto: Fasubra

Fonte: ANDES-SN

 

CSP-Conlutas pede atuação do MTE sobre denúncias de trabalho escravo em SP

Em audiência realizada nesta quarta-feira (28), representante dos operários resgatados pela CSP-Conlutas relatou as condições vividas pelo grupo na obra e no alojamento, e problemas como atrasos no pagamento, retenção da carteira, e ameaças de morte

Após denúncia e solicitação ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) feita pela CSP-Conlutas sobre o caso dos seis operários piauienses resgatados pela Central, que estavam vivendo sob condições de trabalho análogas à escravidão em São Paulo, a entidade participou, na manhã desta quarta-feira (29), de uma audiência com o secretário de Relações de Trabalho do MTE, Manuel Messias Melo, em Brasília.

A reunião contou com a presença do 1º vice-presidente da Regional Norte 2 do ANDES-SN, José Queiroz Carneiro, que representou a CSP-Conlutas na ocasião, e de um dos operários resgatados, que fez um relato sobre as condições em que o grupo estava vivendo durante o tempo em que trabalharam para a empreiteira Netão de Construções Ltda e as ameaças que os trabalhadores sofreram. O secretário de Inspeção do Trabalho do MTE, Paulo Sérgio de Almeida, e a auditora Fabíola Oliveira, encarregada das questões relacionadas ao trabalho escravo, também participaram da audiência.

De acordo com Carneiro, Manuel Messias afirmou que o caso é de responsabilidade da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo, e deve ser encaminhado para que as providências sejam tomadas por esta instância do MTE. “Após pressionarmos o Ministério, o secretário se comprometeu em fazer uma articulação com o Medeiros [superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo] para agilizar a reunião com as empresas envolvidas para resolver o problema dos seis trabalhadores, que foram resgatados no dia 19, e dos outros que ainda estão sob esta situação, mas orientou a CSP-Conlutas a também pressionar a Superintendência”, explica o diretor do ANDES-SN.

Os operários, que permanecem provisoriamente em São Paulo e recebem o apoio da CSP-Conlutas e do Sindicato dos Metroviários de SP, aguardam, desde 20 de janeiro – data em que a CSP-Conlutas protocolou denúncia diretamente no Gabinete do superintendente da SRT-SP, Luiz Antônio de Medeiros – a realização de uma “mesa redonda” para tentar solucionar o problema. Entretanto, ainda não houve nenhum agendamento.

O operário Antônio José da Silva, que esteve presente na audiência desta quarta-feira (29), afirma que uma primeira denúncia já havia sido feita ao MTE, em São Paulo, no dia 12 de janeiro. “Apesar da denúncia, nada foi feito, e não teve nenhuma fiscalização. Achei que eles iriam à obra para ver as irregularidades, mas o processo não andou em São Paulo. Não foram nem no alojamento e nem na obra. Passamos a ser ameaçados de morte pelo dono da empreiteira, que soube da denúncia que fizemos e, por medo, paramos de trabalhar no dia 16”, relata.

“O Ministério afirmou que não pode configurar a condição de trabalho escravo porque não houve fiscalização pela Superintendência em São Paulo. Eles admitiram que houve falha, e que esta situação faz com que as fiscalizações passem a ser realizadas neste e em outros locais”, acrescenta o diretor do ANDES-SN.

Segundo Silva, no dia 17 de janeiro, eles foram resgatados por representantes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e pela CSP-Conlutas, e passaram a ficar em um alojamento cedido pelo Sindicato. O operário acrescenta que, além dos seis colegas que foram resgatados, outros seis passaram pela mesma condição, e ainda há denúncias de que outros trabalhadores, que deixaram a empreiteira em dezembro de 2013, ainda estão com a carteira de trabalho retida, situação vivida atualmente por Silva.

Atrasos no pagamento dos salários e desrespeito aos direitos trabalhistas, as péssimas condições de trabalho a que estavam sendo submetidos em uma obra em Poá, na Grande São Paulo, além das constantes ameaças de morte recebidas após o dono da empreiteira ter conhecimento da denúncia feita no MTE, fez com que os operários procurassem a CSP-Conlutas para pedir ajuda. As empresas denunciadas são: Empreiteira Netão de Construções LTDA e Construtora e Incorporadora Fareinos.

Os operários relatam que o empregador os obrigava a cavar horas a fio sob o sol quente em buracos de quase dois metros de profundidade, sem os equipamentos de proteção necessários. Os trabalhadores reclamaram ainda da falta de uniforme de trabalho, de estrutura no alojamento.

“Espero que as coisas se acelerem e que eles recebam seus direitos e indenizações, possam retornar para as suas famílias, recompor as forças e encarar novamente os desafios da vida. Mas também espero que haja punição direta às empresas e atravessadores responsáveis por este crime”, disse Atnágoras Lopes, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, às vésperas da audiência.

Entre sonhos e ameaças
Antônio José da Silva, casado e pai de uma criança de quatro anos, decidiu sair da cidade de Barras, no Piauí, após saber de uma proposta de emprego em São Paulo. Depois de dois dias de viagem, um grupo de trabalhadores chegou à cidade no dia 8 de setembro de 2013. Dois dias depois, o operário começou a trabalhar em uma obra em Poá, com outras 120 pessoas. Já no segundo mês, os problemas começaram. Atrasos no pagamento e falta de informação por parte do empregador, espaço inadequado para alimentação e falta de estrutura e equipamentos que garantissem a segurança integral dos operários. “Na obra, além das filas enormes, a comida ficava misturada no meio da obra, com muita sujeira e restos de comida no chão, além de muita lama. No alojamento, tínhamos que percorrer dois quilômetros para almoçar e jantar, para chegar ao restaurante que arrumaram. Não tinha comida no alojamento, só água”, conta.

E depois de dois meses sem receber, dezembro e janeiro, o grupo resolveu fazer a primeira denúncia, no dia 12 de janeiro. “Assim que soube da denúncia, o dono da empresa passou a nos ameaçar de morte, dizendo que ia dar um tiro na nossa cara. ‘Como vocês querem acertar: na bala ou na briga’, dizia ele”, relata Antônio. O operário afirma ainda que outro grupo, que começou a trabalhar em depois, recebeu apenas R$ 150 “para não ficar sem dinheiro nas festas do fim do ano”. Após serem ameaçados por pelo menos três vezes, os seis operários decidiram pedir ajuda para a CSP-Conlutas.

Antônio conta que só continua em São Paulo até a situação ser resolvida com a empresa, e espera um acordo. Ele quer receber os salários atrasados, e os direitos que possui e não foram pagos. Depois, afirma que “vai passar um tempo sem ir a São Paulo”. “Quero voltar para casa e ir atrás de outro emprego”. Esperançoso, o operário já faz planos: pensa em buscar uma boa oportunidade em Recife, após conversa com um amigo.

Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo
A audiência foi realizada dois dias depois do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado em 28 de janeiro. Pelo país, atos e debates realizados por entidades públicas e organizações da sociedade civil marcaram a data, com o objetivo de chamar a atenção para o problema e exigir a erradicação desta forma degradante de trabalho.

A data de 28 de janeiro foi oficializada como Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo em homenagem aos auditores fiscais do trabalho Nélson José da Silva, João Batista Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira, que foram brutalmente assassinados nessa data, em 2004, durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG), a mando de fazendeiros que haviam sido autuados por usarem trabalho escravo.

Em Brasília, um ato público em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) lembrou o décimo aniversário desse episódio, que ficou conhecido como a “Chacina de Unaí”, exigindo celeridade no julgamento dos envolvidos no crime.

Situação comum
Em outubro de 2013, a CSP-Conlutas resgatou 37 trabalhadores em condição suspeita à de escravidão em um alojamento no Riacho Fundo 2, no Distrito Federal. Alojados em condições precárias e com a carteira de trabalho retida, o grupo era submetido a jornadas de trabalho de cerca de 15 horas diárias.

* Com informações da CSP-Conlutas e Instituto Ethos

* Imagem: extraída do site Instituto Ethos

Fonte: ANDES-SN

 

Rumo ao VI Congresso, MST defende novo tipo de reforma agrária

Passados 30 anos da fundação do Movimento, as configurações do campo brasileiro sinalizam para a agudização das contradições sociais que se acumulam como uma dívida histórica Nos dias 10 a 14 de fevereiro, mais de 15 mil militantes de uma das maiores organizações populares de massas do planeta, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), estarão reunidos em seu VI Congresso, em Brasília. A instância máxima de direção do Movimento se debruçará sobre as táticas e estratégias na atual conjuntura para a consolidação da luta por uma Reforma Agrária Popular. Passados 30 anos da fundação do MST, as configurações do campo brasileiro sinalizam para a agudização das contradições sociais que se acumulam como uma dívida histórica, desde a concentração das terras como mercadorias em oligopólios privados, a continuidade da expulsão do homem e da mulher do campo para inchar as grandes cidades, bem como a inundação de agrotóxicos que o modelo do agronegócio despeja anualmente nas mesas de cada brasileiro. Sinais claros dessas contradições estão expressos nas cifras de acampados hoje à espera de acesso à terra, que ultrapassa as 186 mil famílias, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Tão alarmante quanto é a quantidade de veneno ingerida por cada pessoa no Brasil atualmente por meio da alimentação contaminada: uma média de 5,2 litros ingeridos por pessoa ao ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isto para não mencionar a existência no Brasil de trabalho em condições análogas à escravidão em pleno século XXI, sustentado dentro das cercas de latifúndios país afora. Esta situação sustenta o questionamento às promessas do desenvolvimento capitalista no campo brasileiro, engendrado desde os governos militares através do pacote tecnológico implantado impositivamente nos países do Sul. “O período da ditadura teve como um dos seus eixos a implantação do que se chamou de Revolução Verde. Com a ‘modernização’ da agricultura, introduziu-se um pacote de máquinas, químicos e tecnologias, além de uma série de medidas, dentre elas o crédito rural condicionado a este modelo, medidas que causaram uma forte expulsão do povo do campo brasileiro”, sustenta Débora Nunes, da coordenação nacional do MST. Na contramão da lógica do capitalismo dos países centrais, que realizaram Reformas Agrárias como base de desenvolvimento de suas indústrias e mercados internos (a exemplo de EUA e Alemanha), no Brasil o modelo político permeado pela velha oligarquia latifundiária impediu qualquer divisão de terras. Não foi realizada a dita Reforma Agrária clássica. “Passados 30 anos da criação do MST, chegamos à primeira década deste século com a compreensão de que a possibilidade da realização de uma Reforma Agrária do tipo clássica não mais se viabiliza e nem responderia as atuais necessidades dos camponeses. Com a hegemonia do agronegócio sobre a agricultura, os desafios colocados estão em outro patamar e isso exige que nossas proposições também estejam”, completa Débora. Segundo a militante, o programa agrário defendido hoje pelo MST ainda se funda na divisão e democratização das terras, ampliando o acesso a este meio de produção fundamental para a massa Sem Terra, mas vai além deste primeiro passo. Reforma Agrária Popular: um contraponto ao sistema A chamada Reforma Agrária Popular, defendida pelo MST, busca responder às demandas da conjuntura atual. Débora se refere ao programa não como uma cartilha a ser seguida, mas como uma ferramenta que orienta a militância e dialoga com a sociedade o que o movimento quer para o Brasil. “O MST apresenta um programa agrário que extrapola a reivindicação de condições e medidas coorporativas apenas para os camponeses. Apresenta-se como uma alternativa aos problemas estruturais do campo e de toda a sociedade brasileira”, diz. Indo além da concepção de democratização do acesso à terra, o MST, por meio da luta por uma Reforma Agrária Popular, tem avançado no confronto ao modelo do Capital no campo em outras frentes: na ressignificação do trato dado pela sociedade à natureza, hoje mercantilizada; no estabelecimento de novas relações de produção e assumindo o desafio da transição para uma nova matriz tecnológica no campo, a agroecologia; e na disputa das instituições do Estado para que estas reorientem sua atuação, que hoje apenas privilegia o agronegócio, em detrimento da agricultura camponesa. “O processo de agroindustrialização defendido e praticado pelo MST, por exemplo, dentro do contexto de Reforma Agrária Popular, tem confrontado a forma de apropriação capitalista da indústria agrícola convencional, bem como suas formas de gestão – além de estar circunscrito a um projeto de sociedade”, explica Débora. O movimento tem, em um processo de lutas e conquistas, confrontado e pautado o Estado, como ente público coletivo, para que cumpra seu papel decisivo na estruturação desta via de desenvolvimento popular para o campo que reflete em toda sociedade. Débora afirma que “temos pressionado o Estado para que assuma esta nova política agrícola, com financiamento público da produção primária, da agroindustrialização, de implantação das infraestruturas (equipamentos, estruturas públicas, sociais e produtivas – acesso à terra, escola, telecentros, estradas, abastecimento de água e energia, mecanização etc), crédito, comercialização (com abastecimento regulado pelo estado e não desordenado pelo mercado)”, defende citando o caso da alta dos preços do tomate em 2013. Acúmulos que preparam um salto maior O MST tem defendido que a luta, o enfrentamento pressionando e pautando Estado e governos, tem alterado estruturas produtivas e sociais, como alicerce para mudanças maiores, em nível global na sociedade. Seja a partir da própria divisão e uso das terras, seja no estabelecimento de concepções de trabalho associado e cooperado, ou ainda na elevação da consciência e organização de classe através de sucessivos programas de formação popular, o movimento tem acumulado forças para impulsionar as transformações sociais no campo e na cidade. “Queremos transformar o campo num lugar melhor para se viver, tanto para que quem está lá tenha esse sentimento, como para que quem está na cidade saiba que o meio rural é onde se produz alimento e vida e onde o povo se coloca em marcha pra concretizar esse sonho” resume Débora. E conclui: “no atual estágio da luta de classes é preciso inovar na percepção e no programa que esteja além do campo. Essa proposição não está restrita ao campo, é um projeto de agricultura para o campo, mas que resolveria problemas estruturais da sociedade brasileira”.

Fonte: ANDES-SN

 

Entidades representativas dos SPF protocolam pauta da Campanha de 2014 no MPOG

A pauta composta pelos eixos da Campanha Salarial Unificada de 2014 dos Servidores Públicos Federais (SPF) foi protocolada no Ministério do Planejamento na última sexta-feira (24) pelas entidades que compõem o Fórum dos SPF. No documento, foi solicitada ainda uma reunião com a ministra Mirian Belchior para a próxima quarta-feira (5), data do ato público que marcará o lançamento nacional da Campanha em Brasília.

No documento, as entidades apresentam os eixos que compõem a pauta de reivindicações (confira abaixo) e afirma que estes “vêm buscar a valorização do servidor e o fortalecimento dos serviços públicos”.

Confira os eixos da Campanha Salarial Unificada 

– Definição de data-base (1º de maio);
– Política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;
– Cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolo de intenções firmados;
– Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores;
– Retirada por PL’s, MP’s, decretos contrários aos interesses dos servidores públicos;
– Paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas;
– Reajuste dos benefícios;
– Antecipação para 2014 da parcela de reajustes de 2015.

Lançamento campanha nos estados

Servidores públicos federais integraram os atos e atividades promovidos nos estados no último dia 22, quarta-feira, durante lançamento da Campanha Salarial 2014, a partir da realização de um Dia Nacional de Lutas. Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraná e Rio Grande do Sul estão entre os estados que promoveram atividades a fim de divulgar a Campanha, realizadas também em Brasília. Com o mote “Jogando juntos a gente conquista”, a campanha reforça a importância da unidade das entidades que integram o Fórum dos SPF.

 

Fonte: ANDES-SN

 

 

Governo federal suspende realização da 2ª Conae em fevereiro

imp-ult-2002635920O Ministério da Educação (MEC) suspendeu 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), prevista para ocorrer em meados de fevereiro de 2014. Em nota, o ministério avisa que o adiamento teve razões financeiras porque, com a confirmação de quatro mil pessoas, ganhou grande dimensão e, com isso, os custos com logística apresentados pela organizadora do evento se tornaram incompatíveis com as condições do MEC. 

O Fórum Nacional de Educação (FNE) informou, na sexta-feira (24), que a nova dada será em novembro, após as eleições presidências. Também por meio de nota pública, o FNE lamenta o adiamento e diz que todas as etapas necessárias para a promoção da Conae 2014, na data anteriormente prevista, foram cumpridas. A conferência deveria discutir a implantação do PNE que segue marcando passo no Congresso Nacional há mais de três anos. O texto, aprovado pelo Senado no fim de 2013, voltou para a Câmara dos Deputados a fim de que os deputados analisem as mudanças.

“O adiamento tem mais importância para o governo conseguir acordo com os seus aliados e chegar à Conae com o PNE já resolvido e também para não ter evento de grande porte em período pré-Copa do Mundo do que propriamente uma questão político-administrativa. Continuamos a exigir 10% do PIB para a educação pública, já!”, afirma o 3º tesoureiro do ANDES-SN e coordenador do Grupo de Trabalho de Políticas Educacionais (GTPE), João Negrão.

O sindicalista diz ainda que, para ele, esse adiamento irá favorecer o Encontro Nacional de Educação, previsto para ocorrer em agosto deste ano, uma vez que fica cada vez mais explícito  o caráter tutelado da Conae. “Vai ser melhor porque vamos poder fazer o debate e construir propostas para a educação brasileira  de forma independente e ampliar a denúncia a vertente oficialista imposta à Conae antes de ela acontecer. O papel da gente é continuar a fazer a mobilização e o debate, chamando e abrindo a oportunidade às entidades que não concordam com essas conferências do governo de participar”, analisa.

Na avaliação do professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, o objetivo do MEC com isso é desmobilizar e aprisionar as entidades do Fórum Nacional de Educação (considerado uma tribuna oficialista pelos movimentos sociais de oposição ao governo) nos empecilhos da institucionalização. Os movimentos docente e estudantil independentes já vinham denunciando a postura oficialista de impedir o debate e construindo seus próprios fóruns, como o movimento que exige 10% do PIB para a Educação Pública, Já! e o Encontro Nacional de Educação, em agosto de 2014.

“O FNE realizou vários encontros em prol da CONAE, enquanto, ao mesmo tempo, o governo operava para aprovar o PNE que poderá destruir as condições para a existência da educação pública. A iniciativa do MEC tem o propósito de aprovar sem marolas o PNE”, analisa Leher. Ele acredita que, agora, mais do que nunca, é hora de pôr em prática a principal tarefa que o ANDES-SN apontou no seu último congresso: “a reorganização das lutas autônomas pela educação pública. As entidades sindicais combativas e classistas, os estudantes, e os movimentos antissistêmicos têm um papel decisivo nessa reorganização”.

*Com informações do Fórum Nacional de Educação e Ministério da Educação

 

 

 

Fonte: ANDES-SN