Decisão arbitrária do STF em cortar ponto dos servidores é mais um motivo para ir à luta

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou por 6 a 4 que o poder público deve descontar o salários de servidores em greve. A decisão foi tomada um dia antes da data em que se comemora o Dia do Servidor Público, 29 de outubro.

bancoImagemFotoAudiencia_AP_328245-880x380-470x210Essa medida representa um ataque à democracia e ao direito de greve em nosso país e se dá em um momento em que os trabalhadores mais se mobilizam contra as políticas que o governo Temer vem apresentando, como a PEC 241, que prevê o congelamento do orçamento nos serviços públicos por 20 anos.

Em vídeo, o dirigente da CSP-Conlutas Paulo Barela ressalta que essa matéria sobre o direito de greve não foi ainda regulamentada, portanto, não é o STF tampouco a justiça que tem que fazer a regulamentação. “Essa matéria não foi votada até hoje no Congresso Nacional e o STF está se dando o direito, nesse momento, de puxar pra si a decisão de fazer descontos nos salários dos servidores. Os dias parados em uma greve são objeto de negociação; não pode, nem deve ser uma medida pré-estabelecida”, argumenta.

 

Barela alerta ainda que essa medida surge justamente em um momento de lutas dos servidores que tentam a todo custo, através de paralisações e protestos, barrar ataques aos seus direitos e que “portanto, é uma tentativa de calar e barrar as ações dos trabalhadores”.

Os ministros que decidiram por essa medida (vide quadro abaixo) foram indicados por Luiz Inácio Lula da Silva e por Dilma Rousseff, governos que se diziam democráticos e a serviço dos trabalhadores. “Nós achamos que esses ministros não estão voltados para os interesses dos trabalhadores. Justifica-se inclusive essa argumentação porque Dias Toffoli foi indicado pelo Lula e foi o relator da matéria que indicou o desconto dos dias parados, por outro, lado Luiz Fux, que foi indicado por Dilma Rousseff falou recentemente que é preciso que o ‘STF tome medidas contra os movimentos que pretendem paralisar o país’, ou seja, eles sabem que as medidas são extremamente amargas e, portanto, estão tomando ações que visam evitar que os trabalhadores se manifestem contra essas medidas”, ponderou Barela.

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A CSP-Conlutas não vai se dobrar a essa decisão do STF e vai continuar apoiando as greves em curso no país. Vamos continuar apoiando a greve dos técnicos administrativos das universidades, base da Fasubra, as mobilizações que estão sendo feitas pelos servidores e docentes dos IFES, base do Sinafese, assim como as manifestações dos professores das universidades federais, base do Andes-SN.

“Seguiremos construindo a grande jornada de lutas das Centrais Sindicais que começa no dia 11 com manifestações e paralisações em várias partes do país a partir dos servidores públicos. E no dia 25 uma grande paralisação nacional envolvendo um número maior de trabalhadores, desde o setor público, trabalhadores da iniciativa privada e os movimentos populares e estudantis. Vamos sim contraditar a posição do ministro Fux, vamos parar o país. Porque se não pararmos o país essas reformas tendem a ser impostas, o que vai significar um atraso nas conquistas dos trabalhadores. A CSP-Conlutas repudia a decisão do STF e estaremos construindo a jornada de lutas”, finalizou Barela.

A jornada de lutas e as mobilizações dos servidores públicos se enquadram em um processo de mobilização importante no país que, no entendimento de nossa Central, deve culminar com a realização de uma poderosa Greve Geral para derrotar os ajustes, as reformas e impor nas ruas o Fora Temer e todos os corruptos e reacionários do Congresso Nacional.

Fonte: CSP-Conlutas

 

Coordenação Nacional reafirma: Greve Geral, já! Contra as reformas da Previdência e Trabalhista! Não à PEC 241!; e calendário de lutas

A manhã de domingo (23) na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, em São Paulo, foi dedicada à aprovação da resolução política, dos relatórios dos setoriais e moções na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas.

Após a reunião de Coordenação Nacional a CSP-Conlutas volta ás ruas, aos locais de trabalho, às escolas, universidades, aos que lutam nos movimentos populares reforçando suas consignas de luta (leia a resolução na íntegra):

Greve Geral, já! Contra as reformas da Previdência e Trabalhista! Não à PEC 241! Por emprego e salário, contra o ajuste fiscal e a retirada dos direitos!

O setoriais de Negros e Negras, Saúde e Segurança no Locais de Trabalho, LGBT, Educação, Servidores Públicos, Internacional, trabalhadores dos Correios, Campo, Petroleiro e grupo de Comunicação aprovaram políticas para o setor e se incorporam as bandeiras gerais da Central.

O MML (Movimento Mulheres em Luta) exibiu um vídeo denunciando a cultura do estupro no Brasil pela campanha do 25 de novembro – Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

Partindo dessa armação incorporamos a defesa de um programa dos trabalhadores para enfrentar a crise:

Contra as demissões e o desemprego. Redução da jornada para 36h, sem redução de salário. Extensão do seguro desemprego para um ano para todos sem nenhum tipo de carência;

Não a carestia; Defendemos o controle e congelamento dos preços da cesta básica e tarifas públicas;

Não ao pagamento da dívida externa; Pela auditoria da Dívida Pública e suspensão imediata do pagamento da dívida;

Prisão e confisco dos bens de todos os corruptos e corruptores!

Nenhuma confiança na justiça do Estado burguês em defesa das liberdades democráticas;

Reforma agrária sob o controle dos trabalhadores;

Plano geral de obras públicas para construção de moradia popular, hospitais, creches e escolas;

Fim dos Despejos. Redução e Congelamento dos preços dos aluguéis;

Salário igual para trabalho igual. Chega de assédio aos setores oprimidos;

Basta de genocídio à população negra.  Desmilitarização da PM;

Unir os trabalhadores contra a violência à mulher, o feminicídio e os estupros;

Pela criminalização da LGBTfobia;

Não à PEC 241 e ao PLP 257;

Não à MP 746 (reforma do Ensino Médio) e o PL 867 (Escola Sem Partido);

Não a entrega do pré sal. Contra a PL 131. Petrobras 100% estatal;

Contra a resolução 739 do INSS que ataca direitos previdenciários.

Calendário de Mobilizações:

24 e 25 de outubro – Mobilização na Câmara Federal, em Brasília: Orientamos o deslocamento de representações de nossas entidades para esse dia; Colagem de cartazes com as fotos dos deputados por estado, mobilização nos aeroportos para pressão sobre os deputados, campanha de mídia de acordo com a possibilidade e realidade de cada entidade e participação nos atos de rua nos estados.

11 de novembro – Dia Nacional de Protestos, Mobilizações e paralisação: Impulsionaremos o envolvimento e participação do ativismo de nossa central em todos os estados, especialmente naquelas categorias que já deliberaram por paralisação nesse dia, bem como garantiremos a presença da central em atos unitários que sejam realizados;

20 de Novembro – Marcha da Periferia: (Ver resolução específica da coordenação);

25 de novembro – Dia Nacional de Protestos Paralisações e Greves: Nossa linha é debater e aprovar Greve nas bases de todas as organizações e categorias nesse dia Nacional de Protestos e Greves, e fazendo amplas ações conjuntas com o movimento popular, incorporando a luta contra a violência às mulheres como parte do dia latino-americano nesse processo de construção, seguir agitando a necessidade da Greve Geral.

PEC 241 é aprovada em 2° turno na Câmara e entidades intensificam pressão no Senado

andesnO plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira (25), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que visa congelar os investimentos públicos por vinte anos, com intuito de pagar juros e amortizações da dívida pública brasileira, que consome quase metade do orçamento do país. A matéria segue para análise no Senado, com previsão de que seja votada até o dia 13 de dezembro.

Por se tratar de uma alteração na Constituição Federal, a PEC 241/16 precisava ser aprovada por pelo menos três quintos dos deputados (308 dos 513). A matéria foi aprovada por 359 votos a 116, sete votos a menos que a votação realizada no primeiro turno.

“A PEC 241/16, se aprovada no Senado, será uma tragédia para o nosso país, que é marcado pela desigualdade social, altas taxas de desemprego, moradias precárias, deficiências na educação e saúde publica, falta de saneamento básico, e alto índice de violência. Mais uma vez, essa crise econômica recairá nas costas dos trabalhadores e o ajuste será feito as custas da miséria do povo brasileiro, porque este Congresso não taxará os mais ricos e suas grandes fortunas, não criará um processo de fiscalização para evitar sonegação de impostos e, muito menos, realizará a auditoria da dívida pública brasileira”, disse Francisco Jacob Paiva da Silva, 1º Secretário do ANDES-SN.

A votação que se iniciou na noite de terça terminou apenas na madrugada de quarta-feira (26), quando foram votados todos os destaques ao texto original. Os deputados rejeitaram todos as sugestões que pretendiam excluir as restrições previstas para o órgão ou Poder que descumprir o limite de gastos: como pagamentos de aumentos salariais ou aumento de auxílios a servidores, permitir a revisão dos limites antes de dez anos e excluir os gastos mínimos com saúde desses limites.

A PEC valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo ano, o presidente da República poderá propor uma nova base de cálculo ao Congresso. Em caso de descumprimento do teto, a PEC estabelece uma série de punições, como a proibição de realizar concursos públicos ou conceder aumento para qualquer agente público.

Um dos pontos mais polêmicos foi alterado do texto original. Inicialmente, a redação estabelecia que os investimentos em saúde e em educação deveriam seguir as mesmas regras que as demais áreas. Diante da repercussão negativa e da pressão realizada nas ruas, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas deverão obedecer ao limite somente em 2018, quando será utilizado o ano de 2017 como base para a correção dos orçamentos das pastas.

Tramitação da PEC 241

Com a aprovação da PEC 241/16 na Câmara, em segundo turno, a proposta segue para o Senado Federal, onde é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois pelo plenário da Casa, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se o Senado aprovar o texto como o recebeu da Câmara, a emenda é promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. Caso o texto seja alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma Casa para outra (o chamado pingue-pongue) até que o mesmo texto seja aprovado pelos órgãos legislativos.

O diretor do Sindicato Nacional ressalta que os docentes intensificarão as mobilizações em Brasília (DF) e nos estados, em conjunto com os demais servidores públicos federais, estaduais e municipais e com as categorias do setor privado para barrar a PEC 241/2016 que, agora, irá à votação no Senado. “Nós não podemos aceitar uma possível derrota. Temos ainda uma margem até a que a PEC seja votada no Senado e, para isso, precisamos intensificar o enfrentamento e as ações junto aos senadores nos estados e em Brasília de uma forma contundente e incisiva, denunciando para a sociedade o posicionamento dos parlamentares que estão contra a população do seu país”, afirmou.

Ocupações

Nas últimas semanas, as ocupações estudantis vêm crescendo nas escolas, institutos e universidades de todo o país. De acordo com levantamento das entidades estudantis, já são mais de 1100 escolas, 82 institutos federais e 96 campi universitários ocupados contra, principalmente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 e a contrarreforma do Ensino Médio.

Na segunda-feira (24), milhares de pessoas saíram às ruas para protestar e pressionar os deputados federais a votarem contra a PEC 241. Os estudantes aproveitaram o dia de mobilização para ocupar as reitorias das universidades federais de Alfenas (Unifal), São João del Rei (UFSJ) e do Paraná (UFPR) e prédios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e dos institutos federais do Maranhão (Ifma), de Mato Grosso (IFMT) e dizer não a proposta.

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Foto: Ascom ADUSC

Na terça-feira (25), durante a votação da PEC, estudantes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) ocuparam e reitoria e o prédio principal da universidade. Em Itabuna, um protestos reuniu professores (as), funcionários (as) técnicos (as) e estudantes da UESC, do IFBA e da UFSB e outros setores de trabalhadores, estudantes secundaristas e movimentos sociais  contra a PEC 241. No mesmo dia, estudantes ocuparam a reitoria da Universidade Regional do Cariri (Urca), no Ceará e o campus central da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), sediado em Marabá.

Imagem de Mídia Ninja

Fonte: ANDES-SN, com edição

Centrais sindicais aprovam Jornada de Lutas contra a PEC 241 e demais ataques

centraisAs centrais sindicais brasileiras se reuniram em São Paulo (SP), na quarta (19), e definiram um calendário de lutas contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/16, a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. A Jornada de Lutas iniciará com uma reunião das entidades do setor de transporte nesta sexta (21) e terminará com um grande Dia de Greves, Manifestações e Protestos em todo o país, no dia 25 de novembro.

Já na segunda-feira (24), em Brasília (DF), durante o segundo turno da votação da PEC 241 na Câmara, todas as centrais estarão presentes para realizar uma manifestação no Congresso Nacional. A medida pretende congelar por 20 anos o valor das verbas para as áreas sociais como saúde e educação, limitar o reajuste no salário mínimo e outros serviços públicos. O ANDES-SN está empenhado na construção de manifestações e paralisações nesse dia.

No dia 11 de novembro, haverá um Dia Nacional de Lutas e Paralisações de diversas categorias. No dia 25 de novembro será realizado novo Dia Nacional de Greves e Protestos com a participação de um número superior de categorias que o dia 11. Esse será o ponto alto da jornada de lutas, com a participação e convocação efetiva de todas as centrais sindicais e entidades de base. Haverá também um plantão permanente das centrais no Congresso Nacional neste período.

A CSP-Conlutas defendeu na reunião que a única forma de barrar os ataques promovidos pelo governo Temer é com a realização de uma grande Greve Geral. “Nós só conseguiremos barrar esses ataques com uma grande Greve Geral e a participação de todo mundo”, disse José Maria de Almeida, pela CSP-Conlutas. Mesmo assim, a CSP-Conlutas entende que o acúmulo de forças e unidade são fundamentais. “É importante que levemos essa resolução para discutir nas assembleias de base, com os trabalhadores”, reforçou Zé Maria.

Após a jornada, uma nova reunião entre as centrais será realizada para que sejam discutidos os próximos passos da mobilização.

Calendário:

Dia 21 de outubro – Reunião do setor de transporte.

Dia 24 de outubro – Mobilização na Câmara Federal, em Brasília.

Dia 11 de novembro – Dia Nacional de Protestos e Mobilizações.

Dia 25 de novembro – Dia Nacional de Protestos e Greves.

Edição de ANDES-SN com imagem de CSP-Conlutas

Fonte: CSP-Conlutas

Estudos e documentos denunciam os ataques contidos na PEC 241/2016

Na última semana (10), os deputados federais aprovaram, por 366 votos a 111, a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, que limita, por 20 anos, as despesas primárias da União aos recursos do ano anterior corrigidos apenas pela inflação do período, para aumentar o superávit primário e destinar recursos ao pagamento de juros e amortização da dívida pública. A PEC 241/2016 altera o regime fiscal, propondo o congelamento dos recursos destinados às áreas sociais, infraestrutura e despesa com pessoal por duas décadas.

Desde que a proposta foi apresentada, diversos materiais e estudos foram divulgados denunciando os riscos contidos na PEC 241/2016 e os impactos negativos para as políticas e direitos sociais, e consequentemente para a população brasileira, que tal medida terá caso aprovada e implantada.

A nota técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra as diferenças anuais entre as despesas realizadas em educação e saúde durante o período de 2002 a 2015, e as mesmas despesas calculadas caso a nova regra tivesse sido adotada durante o mesmo período. “Observa-se, por esta simulação, que os gastos com educação e saúde teriam sido significativamente menores se as regras propostas pelo governo tivessem sido implementadas desde 2003. No caso da educação, com a nova regra, a redução seria de 47%, no período. Já em relação às despesas com saúde, a redução seria de 27%11. Em relação ao montante de recursos, a perda na saúde, entre 2002 e 2015, teria sido de R$ 295,9 bilhões e, na educação, de R$ 377,7 bilhões”, aponta o estudo.

De acordo com a Nota do Dieese, “o pacote de medidas anunciado, até o momento, pelo governo com o objetivo de promover um ajuste nas contas públicas, leva a uma redução relativa do papel do Estado como indutor do desenvolvimento no país. Caracterizam-se, portanto, como medidas de caráter neoliberal e trata-se, na verdade, de uma reforma do Estado”. Leia aqui.

A Auditoria Cidadã da Dívida também divulgou artigos apontando os ataques contidos na PEC 241/2016 e a sua relação com outros projetos em tramitação no Congresso Nacional, como o PLS 204/2016, o PLP 181/2015 e o PL 3337/2015. Denuncia, por exemplo, que a PEC garante recursos para “empresas estatais não dependentes”, enquanto ficarão congelados por até vinte anos o conjunto de gastos e investimentos primários em saúde, educação, segurança, assistência. Confira aqui e aqui.

O Conselho deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se manifestou em nota, apontando que “hoje a literatura e as experiências internacionais apresentam evidências do fracasso das medidas de restrição de gasto público ou austeridade fiscal como estratégia de enfrentamento da crise e retomada do crescimento. Pelo contrário, cada vez mais são conhecidas experiências em que o reforço dos sistemas de proteção social gera maior rapidez na superação da crise, na retomada do crescimento e no combate ao desemprego”. Leia a íntegra.

A nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada em setembro, aponta os impactos do novo regime fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e para a efetivação do direito à saúde no Brasil. Leia aqui.

O ANDES-SN também vem produzindo vários materiais para informar e mobilizar a categoria sobre os ataques contidos na PEC 241/2016. Leia aqui o InformANDES de Setembro. Veja também o Manifesto do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. Confira o infográfico Vamos quebrar esse gelo!

Mobilização
Diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e estudantis estão ampliando a mobilização na perspectiva de construção da greve geral, para barrar a PEC 241 e demais ataques impostos pelo governo federal. Centenas de ocupações estudantis em escolas de todo o Brasil contra a reforma do Ensino Médio também incluíram a luta contra a PEC 241 em suas pautas.

A previsão é que a proposta seja votada em segundo turno na segunda-feira (24). Para intensificar as ações em Brasília, o ANDES-SN convocou a Comissão Nacional de Mobilização para participar de atividades na capital federal a próxima semana.

Tramitação da PEC 241

Para que a proposta seja aprovada, ainda deve passar por segunda votação na Câmara dos Deputados, anunciada pelo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (PMDB/RJ), para dia 24 de outubro. Se aprovada em segundo turno pelos deputados, a PEC segue para o Senado, onde é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo Plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos.

Se o Senado aprovar o texto como o recebeu da Câmara, a emenda é promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. Se o texto for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma Casa para outra (o chamado pingue-pongue) até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas Casas.

 

Fonte: ANDES-SN

O povo haitiano precisa de ajuda humanitária

O furacão Matthew atingiu o Haiti na última terça-feira (4) de forma catastrófica. Aproximadamente 900 mortos e 60 mil desabrigados, segundo autoridades locais ouvidas pela agência Reuters. Deslizamentos de terra, destruição de moradias, pontes, plantações, bairros inundados e árvores arrancadas. O Haiti se encontra no caos.

Segundo a ONU (Organizações das Nações Unidas), o governo haitiano calcula que pelo menos 350 mil pessoas precisam de assistência humanitária no país. Este é o primeiro saldo provocado pelos ventos de mais de 230 km num país agredido pela miséria e desigualdade social.

 

Segundo Didier Domenique, da organização Batay Ouvriye (Batalha Operária), a destruição é muito grande. “Vários companheiros nossos foram muito afetados na região noroeste do país. Alguns perderam tudo! É difícil explicar esse tudo, pois há anos que estão numa situação difícil. Mas, casas, animais domésticos e de criação, documentos, familiares, vizinhos, colheitas, terrenos inundados e não se sabe quando se poderá semear novamente”, diz, angustiado.

 

A tragédia pode ser pior, e há a possibilidade de doenças, como a cólera, se alastrar. Somente esse ano já foram registrados 28,5 mil casos da doença no país.

 

Campanha urgente – Ajuda humanitária

Mesmo tendo clareza de que a ajuda ao povo trabalhador haitiano é uma obrigação dos estados que estão intervindo militarmente naquele país, não podemos deixar de prover algum apoio aos nossos irmãos haitianos.

 

A CSP-Conlutas deverá fazer uma campanha junto às entidades filiadas para arrecadar recursos financeiros que ajudem um pouco aquele povo tão sofrido. “Mas, não podemos deixar de fazer todas as criticas à ONU e aos países que estão intervindo militarmente naquele país”, diz um dos integrantes do Setorial Internacional Wilson Ribeiro.

 

Será discutido na SEN (Secretaria Executiva Nacional) da Central a abertura de uma conta corrente para receber depósitos de entidades e ativistas, para o envio imediato ao Haiti.

 

“Num país com melhores condições econômicas a condição do povo, após um desastre como esse, sempre pode ser amenizada, seja pelos recursos dos próprios trabalhadores, seja pela ação do estado. No Haiti nenhuma das alternativas é possível”, reforça Wilson.

 

De acordo com Didier é imperativa a necessidade de sustentar de imediato companheiros da organização. “Estamos certos que eles repartirão o que têm com seus companheiros mais próximos, e no que pudermos ajudar mais”, afirma.

 

“Neste sentido, qualquer ajuda nos seria ótimo. No que puderem seria muito importante. Muchas gracias antecipadas”, frisa o dirigente haitiano à CSP-Conlutas.
Quem destrói mais o Haiti a natureza ou o imperialismo?

 

Há doze anos ocupado pelas tropas da ONU, por meio de pressões do governo norte-americano, o Haiti encontra-se um país que sofre com a superexploração dos trabalhadores por multinacionais e o povo continua vivendo na miséria a mercê da violência das tropas estrangeiras, a Minustah, capitaneadas pelo governo brasileiro. Tudo isto apesar do argumento de que a ocupação tinha cunho humanitário no país. A miséria não diminuiu. É fato.

 

Milhões de pessoas vivem numa situação de miséria no Haiti. Os trabalhadores não possuem quase nenhum direito, têm salários arrochados e jornadas extenuantes. Saúde, educação e previdência social são artigos raros. Os levantes contra essas condições são reprimidos pelas tropas da ONU.

 

O terremoto que destruiu o Haiti em 2010 deixando 316 mil mortos aprofundou a miséria no país.

 

Ao longo desses anos, trabalhadores que saíram do Haiti se espalharam pelo mundo em busca de recursos financeiros para mandar para suas famílias. No Brasil o número de imigrantes chegou a 70 mil.

 

“Infelizmente, nenhuma política de reparação foi feita nos 13 anos do governo do PT, nem sequer foi garantido aos haitianos uma sede para sua organização aqui no Brasil, um abrigo para recepcioná-los, nem o reconhecimento de seus diplomas profissionais”, denuncia Wilson.

 

A CSP-Conlutas mais uma vez levanta a defesa de que as tropas da Minustah saiam urgentemente do Haiti. Já ficou provado que não cumpriram papel de ajuda humanitária.

 

Docentes das Estaduais do Paraná entram em greve contra descumprimento de acordo

Professores da rede pública estadual de ensino e outras categorias do funcionalismo também paralisam as atividades

Docentes das universidades estaduais do Paraná iniciaram desde a última semana um movimento grevista contra o descumprimento, por parte do governo do estado, do acordo firmado com a categoria, que levou à suspensão da greve em 2015. No início de outubro, o governador do Paraná, Beto Richa, encaminhou à Assembleia Legislativa do estado uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) suspendendo o pagamento do reajuste salarial dos docentes e demais servidores públicos estaduais, previsto para janeiro de 2017.

O governador estabelece, no texto da emenda, que a reposição salarial dos servidores públicos não será paga “enquanto não forem implantadas e pagas todas as promoções e progressões devidas aos servidores civis e militares” e, ainda, condiciona o aumento à “comprovada disponibilidade orçamentária e financeira”. Nesta segunda (17), os docentes devem se reunir com representantes do governo do estado.

Na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), a greve foi retomada a partir da última segunda-feira (10). Já os docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) entraram em greve no dia 13, enquanto em os docentes da Estadual de Maringá (UEM) aderiram à paralisação a partir da última sexta (14). Na Estadual do Paraná (Unespar), os docentes entraram em greve a partir desta segunda (17), e devem realizar assembleia na próxima quinta, dia 20, para avaliar a negociação e a continuidade do movimento paredista. Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), os professores decidiram paralisar as atividades de segunda (17) a quarta (19).  Já na Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro), a assembleia para deliberação sobre deflagração da greve está marcada para quarta (19).

Para Roseli Rocha, da coordenação do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) do ANDES-SN a retomada da greve pelos docentes do Paraná é legítima. “Esperamos que o governo do Estado do Paraná cumpra o acordo feito com a categoria, assumido e descumprido de forma desrespeitosa com a Educação Pública e demais setores do serviço público do estado”, avalia Roseli.

As seções sindicais do ANDES-SN estão programando uma série de atividades locais e um grande ato, em conjunto com demais categorias e com o movimento estudantil, deve ser realizado na quarta (19), na capital do estado, Curitiba.

Além das Universidades, os professores e funcionários da rede pública estadual e a polícia civil também entraram em greve nesta segunda-feira (17). O movimento em defesa da educação no Paraná também envolve os estudantes, da rede básica e Universidades, que até o presente momento ocupam cerca de 500 escolas pelo estado e outros quatro campi de universidades: Toledo, Marechal Candido Rondon, Paranaguá e União da Vitória.

Segundo informativo da Adunioeste – Seção Sindical do ANDES-SN “a greve geral da educação é uma medida que revela o descontentamento de professores, funcionários e estudantes ao tratamento dado pelo governo para a educação. A receita corrente do Paraná cresceu, em termos reais, 27,28% (acima da inflação) no período de 2011 a 2015. Na hora de investir em educação o governo diz que há uma crise e que não dá para investir. Onde foi parar o dinheiro do Paraná?”, ressalta o documento.

Ainda de acordo com a Adunioeste SSind., nesta segunda (17), depois da reunião com governo, o Comando Estadual de Greve dos Docentes (Fórum das Associações Docentes) deverá indicar data unificada, na próxima semana, para realização de assembleia docente para avaliação do movimento.

*Com informações e imagens das Seções Sindicais

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Fonte: ANDES-SN

Docentes fazem mobilização na Câmara contra a PEC 241/2016

Durante todo o dia, representantes do ANDES-SN e das seções sindicais estiveram na Câmara, participando de mobilização contrária à PEC 241 que congela recursos para saúde e educação

Durante toda a segunda-feira (10), representantes da comissão nacional de mobilização (CNM), das seções sindicais e diretoria do ANDES-SN estiveram no Congresso Nacional, junto com demais representantes de entidades sindicais e de movimentos sociais participando de atividades de mobilização contrárias à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, que limita, por 20 anos, as despesas primárias da União aos recursos do ano anterior corrigidos apenas pela inflação do período.

Os docentes percorreram os gabinetes e as galerias da Câmara, pressionando parlamentares para votarem contra a PEC 241/2016 que impõe ataques aos direitos sociais edistribuindo o manifesto assinado por diversas entidades sindicais, entre elas, as que compõem o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais.

“A mobilização de hoje foi muito importante para dialogarmos com os parlamentares que ainda não estão com a posição fechada e apontarmos os prejuízos que a PEC vai trazer aos serviços públicos e, consequentemente, à população brasileira, caso seja aprovada”, explicou Eblin Farage, presidente do ANDES-SN.

A presidente do Sindicato Nacional ressaltou ainda o rito acelerado que os parlamentares da base do governo estão imprimindo na tramitação da PEC, demonstrando o caráter autoritário e intransigente do governo. “Os enfrentamentos vão continuar na Câmara, no Senado e nas ruas para barrar a PEC 241”, afirmou Eblin.

Votação
Quebrando o intervalo previsto de duas sessões entre a votação na Comissão Mista e no Plenário da Câmara, os deputados federais deram início à votação, nessa segunda-feira (10), da PEC 241/2016, que altera o regime fiscal, propõe o congelamento dos recursos destinados às áreas sociais, infraestrutura e despesa com pessoal por duas décadas, para aumentar o superávit primário e destinar recursos ao pagamento de juros e amortização da dívida pública.

De acordo com o regimento da Câmara, seria necessário o interstício de duas sessões entre a deliberação na Comissão Mista e no Plenário, mas os parlamentares votaram na manhã dessa segunda por suspender esse prazo.

Durante toda a segunda, deputados favoráveis e contrários à PEC 241/2016 discursaram sobre a proposta. Enquanto a base de apoio ao governo pressionava para votar a PEC ainda nessa segunda, os deputados de oposição ressaltavam a necessidade de ampliar o tempo para debate sobre a PEC 241, para expor à sociedade as arbitrariedades contidas na proposta. Até o encerramento dessa matéria, os deputados já haviam iniciado os debates, mas ainda não tinham concluído a votação em primeiro turno.

PGR pede arquivamento da PEC 241
A Secretaria de Relações Institucionais da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Congresso Nacional uma nota técnica contra a PEC 241/ 2016, de autoria do Poder Executivo, que pretende instituir o Novo Regime Fiscal. Segundo o documento, as alterações pretendidas são flagrantemente inconstitucionais, por ofenderem a independência e autonomia dos Poderes Legislativo e Judiciário, por ofenderem a autonomia do Ministério Público e demais instituições do Sistema de Justiça e, por consequência, o princípio constitucional da separação dos Poderes, o que justifica o seu arquivamento ou a alteração do texto.

“A PEC 241 institui o Novo Regime Fiscal pelos próximos 20 anos, prazo longo o suficiente para limitar, prejudicar, enfraquecer o desempenho do Poder Judiciário e demais instituições do Sistema de Justiça e, nesse alcance, diminuir a atuação estatal no combate às demandas de que necessita a sociedade, entre as quais o combate à corrupção, o combate ao crime, a atuação na tutela coletiva, a defesa do interesse público”, diz a nota. Confira aqui a íntegra.

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Fonte: ANDES-SN

Diretoria dos Correios da Bahia pune a ecetista Keila Fernanda

A ecetista Keila Fernanda – diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia (Sincotelba), ativista do Movimento Mulheres em Luta (MML/CSP Conlutas) e militante do PSTU – recebeu, no último dia 04, uma punição de 15 dias de suspensão de suas atividades laborais.

 

Keila Fernanda é perseguida pela direção dos Correios na Bahia por suas lutas em defesa de melhores condições de trabalho, direitos de saúde, segurança e o combate à gestão baseada no assédio para intimidar os/as trabalhador (as).

 

keila

 

A punição à keila Fernanda é parte da escalada de assédio moral na EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, que também tem vitimado milhares de outros trabalhadores e trabalhadoras em todas as diretorias regionais com transferências arbitrárias, advertências verbais e escritas, suspensões e demissões por “justa causa”.

 

Desde 2013, com sucessivos processos administrativos e penalidades desproporcionais, além da transferência arbitrária de setor, o assédio contra Keila Fernanda tem, cada vez mais, se escancarado.

 

No Rio de Janeiro, um parecer conclusivo de um processo administrativo (com diversos vícios processuais) recomenda a DISPENSA POR JUSTA CAUSA do ecetista e cipeiro Heitor Fernades, também ativista da CSP Conlutas e militante do PSTU. Assim como o processo administrativo de Heitor Fernandes, o de Keila Fernanda trata-se de um instrumento de perseguição política.

 

Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios estão realizando suas atividades profissionais sob péssimas condições de trabalho e sem condições humanas de seguir prestando um serviço de qualidade à população brasileira. É crescente a brutal sobrecarga de trabalho, causando sérios danos à saúde física e mental, além da falta de segurança que sempre resultam em acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e em condutas de assédio moral praticadas pelos gestores em nível nacional.

 

A atuação das representantes sindicais como a Keila Fernanda e de membros da CIPA como Heitor Fernandes tem sido fundamental na identificação, na ampla denúncia e na cobrança de soluções destes e de outros problemas. Infelizmente, como respostas não são encontradas as soluções cobradas. Ao contrário, na maioria das vezes, as respostas dos gestores tem sido o descaso, a arrogância, a truculência e ações de criminalização das atividades sindicais e das CIPAS, com aplicação crescente de Processos Administrativos Disciplinares e punições.

 

É preciso organizar uma campanha nacional contra as perseguições políticas na EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. Cobrir de solidariedade as trabalhadoras e trabalhadores perseguidos. Exigir da empresa o cancelamento dos processos administrativos e o fim do assédio moral que também tem vitimado milhares de outros trabalhadores e trabalhadoras em todas as diretorias regionais com transferências arbitrárias, advertências verbais e escritas, suspensões e demissões por “justa causa”.

 

  • TODO APOIO E SOLIDARIEDADE À KEILA FERNANDA E HEITOR FERNANDES!
  • CANCELAMENTO IMEDIATO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DAS PUNIÇÕES!
  • BASTA DE ASSÉDIO MORAL NA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS!

Ministério Público tenta proibir cartazes com ‘Fora Temer’ no Colégio Pedro II

O Ministério Público Federal encaminhou notificação à administração do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ), recomendando à Reitoria e às direções de dois campi – Humaitá e Realengo II – que retirem as faixas e cartazes do sindicato dos servidores afixadas nas dependências do CPII. O ofício diz que a “liberdade sindical não significa conferir um escudo para a salvaguarda da prática de atos ilícitos”, numa referência à afixação de cartazes e faixas com os dizeres ‘Fora Temer’.

A tentativa do MPF de proibir quaisquer manifestações favoráveis à campanha “Fora Temer” no Colégio Pedro II foi repudiada em reunião do Fórum das Entidades da instituição, atividade aberta à participação de técnico-administrativos, professores, estudantes e responsáveis. A investida do Ministério Público foi considerada autoritária e comparada ao período da ditadura empresarial-militar. A reunião ocorreu na noite dessa terça-feira (4), no campus Tijuca II.

O documento do MPF recomenda ainda ao reitor e aos diretores-gerais de Realengo II e Humaitá que: 1) adotem as devidas providências para a retirada imediata dos cartazes com a inscrição ‘Fora Temer’; 2) proíbam a colocação futura de cartazes, banners ou panfletos com o conteúdo político-partidário nas dependências do Colégio Pedro II; 3) apurem no âmbito administrativo a responsabilidade funcional dos agentes públicos que ordenaram e colocaram os referidos cartazes, bem como daqueles que permitiram tais atos; 4) informem ao Ministério Público Federal a comprovação das medidas adotadas no prazo de 72 horas, a contar do recebimento desta.”

O MPF ameaça os administradores públicos, todos eleitos para os cargos que ocupam, com ação de “improbidade administrativa” e crime de “prevaricação” caso não cumpram a ‘recomendação’.
Os participantes do fórum associaram termos usados pelo Ministério Público Federal no ofício enviado à administração do Colégio Pedro II a materiais do projeto ‘Escola Sem Partido’, que prega o fim da liberdade e do pensamento crítico nas escolas. Para técnico-administrativos e docentes, é nítida a semelhança no trecho em que justifica a medida dizendo que “a doutrinação política e ideológica de alunos atenta contra a integridade intelectual de crianças e adolescentes”.

*Com edição e imagem do ANDES-SN

 

Fonte: Sindscope