Conquistas da greve: Projeto que altera quadro de vagas é aprovado

Fórum das ADs acompanhou a votação no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Foto: Murilo Bereta
Fórum das ADs acompanhou a votação no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Foto: Murilo Bereta

Nessa terça-feira (15), o projeto de lei 21.420 foi aprovado pela Assembleia Legislativa. Com isso, fica estabelecida a alteração do quadro de vagas das Universidades Estaduais da Bahia de forma a permitir as promoções na carreira. O PL faz parte do termo de acordo e sua aprovação é mais uma vitória do movimento grevista.

Confira o termo de acordo e o texto do PL 21.420.

O Fórum das ADs acompanhou toda tramitação do projeto e esteve presente na votação para garantir que o quantitativo de vagas estabelecido no termo de acordo fosse criteriosamente respeitado. A partir da publicação da lei, o governo tem até 60 dias para implementar as promoções com bancas já realizadas. As ADs esperam que as reitorias tenham cumprido seu papel e encaminhado os processos que se encontravam na Universidade para a Secretaria de Administração.

Fonte: ADUSB

Foto: Murilo Bereta

PROFESSORES DE ITABUNA RETOMAM A GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO

Aconteceu na tarde de quarta-feira (09) no espaço da USEMI, uma assembleia geral dos professores da rede municipal de Itabuna para discutir e deliberar sobre a decisão da liminar pelo TST – Tribunal Superior do Trabalho que determinou a suspensão do acórdão proferido pelo TRT- 5º Região em Salvador. A classe que se manteve em estado de greve, enquanto ficava no aguardo dessa decisão, aprovou a retomada da greve geral por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira, 14/09, sob o discurso de que o governo não vem demonstrando nenhuma vontade política em querer negociar a proposta defendida de 13,01%.
A luta entre os Professores e o Governo de Itabuna ainda está longe de terminar. Para a presidente do SIMPI, Profa. Carminha Oliveira, a decisão tomada pela categoria vem comprovar que estes profissionais buscam pelo devido respeito e valorização que merecem, pois apesar das ameaças, assédios sofridos e pressões psicológicas causadas pela atual gestão, eles se mantém firmes e não aceitam retroceder na luta por direitos conquistados. Mesmo havendo a aprovação de um novo calendário com término do ano letivo em 27 de fevereiro de 2016, os professores não aceitam atravessar este ano sem o devido reajuste: “Esta luta é por respeito e também para dizer ao governo que não aceitamos mais mentiras, pois os professores, assim como a educação municipal, estão agonizando na desesperança e este prefeito não assume a devida responsabilidade com as escolas, os alunos e todos os profissionais da educação. Este é um ano em que tudo vem sofrendo aumentos, desde a cesta básica e outros produtos essenciais como o gás e a energia, digo que não é possível atravessarmos 2015 sem o nosso reajuste”, declarou a profa. Laura Andrade.
A direção do sindicato  oficializou o governo e a Secretaria da Educação nesta quinta-feira, 10/09, isto porque a prefeitura não funciona no turno vespertino.

Fonte: Diretoria de Imprensa do SIMPI, com edição.
Foto: Norma Guimarães

Fórum das ADs vai à AL-BA cobrar agilidade na aprovação do PL do quadro de vagas

Passada a etapa de cobrar do executivo estadual o envio à Assembleia Legislativa (AL-BA) do Projeto de Lei (PL) 21.420/2015(Veja aqui) que estabelece o quadro de vagas das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), o Movimento Docente (MD) tem a tarefa de vencer a morosidade da Casa Legislativa para garantir que o documento tramite em regime de urgência, segundo consta no Termo de Acordo (Veja aqui) responsável pelo fim da greve de quase 90 dias dos professores. Na última terça (1º), conforme divulgado no Boletim da Adufs, o Fórum das ADs esteve no gabinete de alguns deputados para cobrar agilidade no processo.

Os docentes foram aos gabinetes dos líderes do governo, José Neto, e da oposição, Sandro Régis, e confirmaram a necessidade de fiscalizar a discussão sobre o PL, pois a aprovação da matéria em caráter de urgência depende também de acordo político entre os parlamentares. Caso contrário, segue em tramitação ordinária com passagem pelas comissões de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle; Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público; Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho; além de Constituição e Justiça.

Durante conversa com os professores, José Neto demonstrou desconhecer o PL entregue pelo Fórum. Divagando, na tentativa de se isentar da responsabilidade com a pauta, falou da necessidade de planejar o crescimento das universidades e, após cobrança, se comprometeu a verificar o andamento do Projeto na Casa.

Atento, o Movimento Docente (MD) cobrará rapidez na votação, pois, politicamente, o projeto não é de interesse dos deputados. Uma prova contundente disso tem sido a articulação na tramitação do PL 21.435/2015 (Veja aqui), que propõe mudanças no Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos da Bahia, restringindo direitos do trabalhador. Não por acaso, o documento foi encaminhado para reunião conjunta entre as comissões de Constituição e Justiça, de Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho, de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Públicos.

No intuito de pressionar o governo, o Fórum das ADs voltará à AL-BA na tarde desta terça-feira (8). A atividade deve se repetir na próxima semana. Pela manhã, as seções sindicais se reuniram com o objetivo de discutir o trabalho do GT responsável pela construção do PL que revogará a lei 7176/97, as estratégias para pressionar o governo a aprovar, em regime de urgência, o PL que altera o quadro de vagas, mais a articulação política com outras entidades e sindicatos do funcionalismo público para tentar unificar uma proposta para o reajuste linear em 2016.

CONTINUIDADE DA MOBILIZAÇÃO
Findada a greve, o MD das Ueba reafirma a necessidade de garantir o cumprimento do acordo responsável pelo fim do movimento paredista, mais a ampliação do orçamento para o próximo ano. Foram definidas como frentes de trabalho a defesa da revogação da lei 7176/97; política de permanência estudantil e ampliação do debate sobre Lei Orçamentária Anual (LOA); reajuste linear com reposição das perdas inflacionárias; Estatuinte e Orçamento Participativo; PrevBahia e PL 21.435/2015. VTs, spots de rádio, nota, infográficos, banners e memes para redes sociais reforçarão a campanha.

A construção do processo Estatuinte já em fase final na Uefs, que também tem experiência com a implantação do Orçamento Participativo para gestão dos recursos das universidades.

PL 21.435/2015

Durante ida à AL-BA, nesta terça (8), o Fórum das ADs protocolará ofício junto à presidência da Comissão de Constituição e Justiça solicitando uma audiência pública para debate do PL 21.435/2015. A proposta é realizar a atividade ainda este mês, com as presenças de representantes da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado (Fetrab) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Bahia.

 Fonte: ADUFS
Foto: Murilo Bereta

 

Nem oposição de direita e nem governo do PT, trabalhadores vão às ruas dia 18 de setembro em São Paulo; leia a resolução da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas

11890947_882352498500413_2716449248450953837_nNem dia 16 nem dia 20, trabalhadores vão as ruas dia 18 de setembro. Contra o governo Dilma, contra o ajuste fiscal e contra oposição de direita que se alia ao governo para atacar nossos direitos.

 A Coordenação Nacional da CSP-Conlutas esteve reunida entre os dia 21 a 23  de Agosto, em São Paulo. Encerrando as atividades no domingo, a manhã (23) foi dedicado a apresentações e votação dos relatórios dos grupos setoriais, resoluções e moções apresentadas pelo plenário.

A principal resolução política aprovada na reunião da Coordenação da CSP-Conlutas é seu posicionamento diante da crise nacional, os ataques do governo Dilma em acordo com a direita aos trabalhadores. Como entende-se que não há diferença entre o governo do PT e a oposição de direita nos ataques que vem sendo impetrados aos trabalhadores recentemente, entre eles, o ajuste fiscal, o PPE (Plano de Proteção ao Emprego), o projeto das terceirizações e as medidas provisórias 664 e 664 que reduziram direitos como seguro desemprego e abono salarial anual, o PIS.

Portanto, no meio dessa crise nacional nem o governo do PT nem a oposição de direita são alternativas para os trabalhadores. É necessário apresentar um terceiro campo que seja das lutas dos trabalhadores em defesa de seus direitos. Assim, foi aprovado uma grande manifestação no dia 18 de setembro, porque não defendemos nem o dia 16 de manifestações da oposição de direita e nem o dia dia 20, manifestação governista. Em seguida, dia 19 haverá uma plenária nacional para discutir a continuidade da mobilização.

Como principais consignas nessa Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras serão levantadas:

– Contra Dilma-PT, Cunha e Temer-PMDB, Aécio/PSDB;

–  Derrotar o ajuste fiscal; Que os ricos paguem pela crise;

– Por uma alternativa classista dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre!

Leia AQUI a resolução política aprovada pela Coordenação Nacional da CSP-Conlutas e mais informações.

Fonte: CSP-Conlutas, com alterações.

 

Reitorias divulgam problemas financeiros por corte orçamentário

1 andesApós diversos cortes orçamentários da educação, que, juntos, somam mais de R$11 bilhões, o Comando Nacional de Greve (CNG) dos docentes federais iniciou a campanha “Abre as Contas Reitor(a)” – com o intuito de que as Instituições Federais de Ensino (IFE) divulguem publicamente como foram afetadas pela situação. Desde então, algumas reitorias têm divulgado o tamanho do impacto causado pelos cortes do governo federal no cotidiano das universidades.

O reitor da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), por exemplo, divulgou recentemente à imprensa que a instituição corre o risco de fechar no segundo semestre por conta dos cortes. Segundo ele, a Ufma perdeu, com os cortes, R$38 milhões de reais. Essa quantia representa 10% das verbas de custeio e 50% do orçamento total da universidade, impossibilitando o prosseguimento de obras, o pagamento de trabalhadores terceirizados e, inclusive, o prosseguimento das atividades acadêmicas. 

A Universidade Federal de Lavras (Ufla) também abriu as contas. De acordo com notícia divulgada no site oficial da instituição, a universidade teve cortes de R$30 milhões, o que impactou diretamente o andamento de obras e a aquisição de novos equipamentos. A Ufla ainda ressalta que a pós-graduação enfrenta uma grave crise. A universidade, que mantém 47 programas de mestrado e doutorado e sete mestrados profissionais, teve cortes de 75% na área. Além disso, apenas 20% dos 25% que deverão ser honrados foram repassados para a instituição, ou seja, apenas 5% do orçamento originalmente previsto.

Na Universidade Federal do Pará (Ufpa), os cortes chegaram a R$50 milhões. A reitoria, no entanto, insiste que eles afetarão apenas atividades-meio e as obras que estão sendo realizadas na universidade. Os docentes em greve, entretanto, discordam da administração da universidade. O corte das bolsas de extensão, que fez com que – inclusive – projetos de extensão fossem fechados, demonstra, na prática, que o corte orçamentário atinge atividades-fim da Ufpa.

A reitoria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi outra que abriu as contas após os cortes. Lá, o corte foi de R$26 milhões – 10% dos cerca de R$60 milhões em custeio e 50% dos cerca de R$ 40 milhões de investimento. Segundo o reitor, caso não haja a reversão dos cortes e suplementação orçamentária, não será possível pagar as contas de outubro, novembro e dezembro. Além dos cortes, há atraso nos repasses. Há uma dívida de R$ 1,6 milhão com a Imprensa oficial, atrasos no repasse a empresas terceirizadas, às empreiteiras, no pagamento de fornecedores de combustível, das contas de água, luz e telefone.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a reitoria manifestou preocupação com a política de Ensino à Distância (EAD), considerada uma das grandes prioridades do governo federal nos últimos anos. Para o segundo semestre deste ano, a UFSM teve que cancelar quatro cursos de Especialização devido à supressão orçamentária. Conforme o vice-coordenador da UAB na instituição, Reisoli Bender Filho, a parte de custeio do EAD está garantida, entretanto, não há garantia alguma de bolsas para professores e tutores.

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), a reitoria não abriu as contas, mas a situação financeira se mostra caótica. Na última quarta-feira (19), parte da universidade ficou sem luz por conta de atraso no pagamento das contas. A UFF deve mais de R$9 milhões em contas de energia elétrica.

Outras universidades já se pronunciaram

Outras instituições, como a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) já haviam divulgado como seriam afetadas com as restrições orçamentárias. Confira as matérias aqui e aqui.

*Com informações de Adufpa-SSind, Sedufsm-SSind, Adufcg-SSind, Ufla e Atual7

 

Fonte: ANDES-SN

 

Servidores estaduais gaúchos iniciam greve geral

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Em uma histórica assembleia geral que unificou mais de 40 categorias do serviço público estadual do Rio Grande do Sul, realizada na tarde desta terça-feira (18) em Porto Alegre (RS), os servidores gaúchos decidiram entrar em greve por três dias. Eles lutam contra o parcelamento de seus salários, medida promovida pelo governador José Ivo Sartori na tentativa de sanar as contas do estado. A assembleia unificada reuniu mais de 30 mil pessoas.

Antes, muitas categorias realizaram assembleias próprias, nas quais também deliberaram pela greve de três dias, que pode se estender caso não haja uma mudança de posição do governo estadual. O Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers – Sindicato), que representa professores e funcionários da educação básica estadual e é o maior sindicato do estado, teve sua assembleia na manhã de terça, reunindo mais de 20 mil pessoas em um ginásio da capital do estado, e também deliberando pela greve.

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, no último mês, o parcelamento do salário dos servidores estaduais e um pacote de ajuste fiscal que inclui a privatização de partes importantes do estado e uma reforma na previdência. Em resposta, os policiais militares convocaram um aquartelamento, e, agora, quase a totalidade dos servidores estaduais gaúchos entraram em greve.

*Com informações de Sul 21 e imagem de Cpers – Sindicato

 

Fonte: ANDES-SN

 

Encerramento do 60º Conad valoriza ações de luta do Sindicato Nacional

imp-ult-1451692181Entre os dias 13 e 16 de agosto, os 170 participantes da 60º edição do Conad estiveram reunidos na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) discutindo a conjuntura política atual, imersa em um cenário de ajuste fiscal, de cortes orçamentários e de retirada de direitos dos trabalhadores, avaliando as ações realizadas pelo Sindicato Nacional, encaminhadas desde o 34º Congresso do ANDES-SN, atualizando os planos de lutas de todos setores e aprovando uma agenda de seminários e debates para o próximo período.

De acordo com o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, “esse Conad teve muitos pontos aprovados por consenso, pois o 34º Congresso do Sindicato Nacional, realizado em janeiro de 2015, aprovou um plano de lutas que deu conta até agora das necessidades do ANDES-SN diante da conjuntura política. Desde o início do ano estamos sendo protagonistas de diversas greves nos estados, realizando uma forte greve nas federais, além de construir ações conjuntas com os servidores públicos federais, ao lado das demais categorias da CSP-Conlutas e do Espaço de Unidade de Ação”.

Os delegados do 60º Conad atualizaram o Plano de Lutas deliberado no 34º Congresso do ANDES-SN que aprovou como centralidade da luta para o ano de 2015, “avançar na organização dos docentes e na unidade com os movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais, para enfrentar a mercantilização da educação, combater as politicas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

A plenária de encerramento aprovou 16 moções, dentre apoio e repúdio, referente a diferentes temas, que permeiam questões como a retirada de direito dos trabalhadores, repressão e criminalização de movimentos sociais, demissão de trabalhadores, intransigência de governos estaduais em greves locais e apoio a processos de luta em curso.

Além disso, o documento que reúne a síntese das deliberações do encontro, a Carta de Vitória, foi apresentado aos participantes, através da leitura realizada pela secretária-geral da entidade, Claudia March. O texto destaca a trajetória ativa do Sindicato Nacional ao longo desse primeiro semestre de 2015, apontando que “o balanço das lutas empreendidas desde então, demonstrou a capacidade crescente de enfrentamento à destruição do caráter público da educação pública e aos ataques aos direitos dos trabalhadores. Em um período em que não houve sequer um dia sem greve nas instituições públicas de ensino a partir da implementação do plano de lutas organizações de base do ANDES-SN – as seções sindicais das estaduais e das federais – avançamos também na construção da unidade com os trabalhadores”.

Rizzo ressalta que “o 60º Conad definiu ações que tem início imediato após o encerramento desse espaço. Nesse momento, em que a greve dos docentes federais está próxima de completar três meses de duração, é dever dos docentes protagonizar a defesa da educação pública. É compromisso reafirmar a unidade de todos os setores do Sindicato Nacional na defesa da educação pública, que está sendo extremamente violentada pelas políticas de ajuste fiscal – que retiram recursos da educação pública e favorecem a lucratividade do capital”.

 

Fonte: ANDES-SN

Projeto de Lei que altera quadro de vagas já está na ALBA

Em conformidade com o Termo de Acordo, conquistado durante o movimento paredista, o governo enviou para a Assembleia Legislativa, nessa terça-feira (11), o projeto de lei que altera o quadro de vagas. A quantidade de vagas por Universidade e a solicitação de votação em regime de urgência, estabelecidas no Acordo, foram respeitadas. O PL 21.420/2015 foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça na quinta-feira (13) e já se encontra na pauta da Assembleia Legislativa até o dia 26 de agosto. As Associações Docentes  tem acompanhado de perto a tramitação do projeto e continuarão vigilante para que a aprovação ocorra como esperado pela categoria.

Veja a publicação no Diário Oficial.
Confira a tramitação do projeto de lei 21.420/2015

Fonte: ADUSB, com edição

Em todo o país, docentes cobram dos reitores transparência nas contas das IFE

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Alguns reitores revelaram que não há recursos para pagar as contas até o final do ano

Atendendo ao chamado do Comando Nacional de Greve dos docentes federais, os comandos locais de greve das mais de 40 instituições, que já aderiram à paralisação, intensificaram as atividades de mobilização nesta primeira semana de agosto (3 a 7), com a ação “ABRE AS CONTAS REITOR (A)!”, que tem como objetivo investigar os impactos, nas Instituições Federais de Ensino (IFE), dos cortes de recursos na Educação Federal promovidos pelo governo federal e dar ampla divulgação para o efeito da política de ajuste fiscal e corte em áreas sociais no desenvolvimento das atividades acadêmicas.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, destacou que esta foi uma semana vitoriosa de intensificação da luta, com atividades tanto em torno da pauta específica dos docentes federais, quanto em unidade com as demais categorias do funcionalismo federal. Rizzo destacou a grande adesão à campanha #DialogaJanine e à marcha do Fórum dos Servidores Públicos Federais realizada em Brasília, nesta quinta (6), que contou com a participação de professores de todo o país. Além disso, ressaltou a relevância das ações realizadas nas universidades, que contribuem para expor a crise vivenciada pela educação federal. “Ocorreram importantes manifestações e concentrações em diversas universidades federais, algumas com caravanas vindas do interior para as sedes das instituições. Em alguns locais, o movimento conseguiu diálogo com os reitores, mas tiveram casos em que não houve nehuma resposta efetiva. Houve situações como na Ufba, que o reitor mostrou a situação crítica das terceirizações, cujos contratos estão sendo renovados com menos funcionários até casos, como da reitora da UFMS, que sequer recebeu a comissão dos três segmentos [docentes, técnicos e estudantes], que foram até a reitoria fazer cobranças. As atividades tiveram boa repercussão e com isso, conseguimos expor para a sociedade a realidade em algumas instituições e a falta de transparência em relação às verbas em outras”, comentou.

Confira algumas das atividades realizadas:

Na Universidade Federal Fluminense (UFF), dezenas de professores e estudantes realizaram uma bicicletada na quarta-feira (5). Eles saíram da Praça da Cantareira, em Niterói (RJ), em direção à reitoria. Os manifestantes denunciaram a expansão precarizada, que amplia o número de vagas, mas não oferece condições de trabalho e de estudo e as medidas de ajuste fiscal do governo, que resultaram em cortes nos recursos da Educação. O protesto criticou ainda a falta de diálogo do reitor da UFF, Sidney Mello, que após quase 70 dias de greve, não recebeu o movimento paredista, e também não respondeu as pautas do movimento.

Em Macapá, a comunidade acadêmica aderiu a campanha “Abre as contas, Reitor(a)” na quinta-feira (6). Desde o início da greve dos docentes e dos técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Unifap), os comandos de greve têm cobrado da administração da universidade a exposição e posicionamento público sobre os impactos dos cortes no orçamento na universidade. Hoje o comando local de greve dos professores e dos técnicos foram recebidos.

Já na Bahia, os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) realizaram na quinta-feira (6), um abraço simbólico à reitoria da instituição. Na Ufba, o reitor já abriu as contas e divulgou, através da pró-reitoria de planejamento, que a instituição tem apenas R$ 27 milhões em caixa, suficiente para manter as contas da universidade por apenas mais três meses. Além disso, a Ufba tem uma dívida de R$ 28 milhões e já suspendeu as atividades de pós-graduação devido à redução em 75% no repasse do Programa de Apoio à Pós Graduação (Proap). No Recôncavo Baiano, os docentes da UFRB também foram às ruas na quinta, denunciar para a população a situação precária da instituição.

Na Universidade Federal do Mato Grasso do Sul (Ufms), docentes, técnicos e estudantes protestaram em frente ao prédio da reitoria na quinta (6) contra a falta de transparência nos contratos da universidade e a falta de informações sobre o corte no Ministério da Educação, que resultou em um corte de R$ 24,9 milhões na instituição. José Carlos da Silva, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Mato Grasso do Sul (Adufms), afirma que a categoria já solicitou, por três vezes, uma audiência com a reitora Célia Maria Silva Corrêa Oliveira, para o detalhamento dos ajustes orçamentários sofridos pela universidade e até o momento não tiveram respostas. “Queremos saber quais cortes foram feitos, em quais setores”, disse. Ele ainda completou: “queremos saber o que será priorizado, quais obras irão parar, o que será afetado nos termos da educação”.

No Amazonas, os professores e técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizaram manifestação na entrada da instituição, com a realização também de uma assembleia geral na quarta-feira (5). Após a atividade, foram até à reitoria entregar uma carta aberta à reitora da instituição, Marcia Perales, solicitando esclarecimentos sobre o impacto real do corte orçamentário na universidade.

No campus de Cajazeiras da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), foi realizada uma audiência, convocada pelo Comando Local de Greve da Associação dos Docentes Universitários de Cajazeiras – Seção Sindical do ANDES-SN (Aduc –SSind.) e Comando de Greve Estudantil (CGE) de Cajazeiras, com o reitor Edmilson Amorim na quinta (6), que contou também com a participação do Comando Local de Greve (CLG) da Associação Docente da Universidade Federal de Campina Grande – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufcg SSind.). A comunidade acadêmica cobrou do reitor informações detalhadas sobre o impacto dos cortes na universidade. O reitor apresentou que o corte atinge 10% dos R$60 milhões em custeio e 50% dos R$ 40 milhões de investimento, totalizando o valor aproximado de R$26 milhões. Segundo o reitor, caso não haja a reversão dos cortes e suplementação orçamentária, não será possível pagar as contas de outubro, novembro e dezembro. O movimento grevista exigiu que o reitor apresente estas informações oficialmente, posicione-se contra os cortes e contra a possível contratação de professores terceirizados via Organizações Sociais (OS). O movimento também cobrou uma resposta às reivindicações da pauta local.

O CLG da Associação Docente da Universidade Federal de Alagoas – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufal – Ssind.) também conseguiu audiência com o reitor Eurico Lôbo, que expôs, de forma geral, percentuais e dados numéricos do orçamento anual para despesas de capital e custeio da instituição. “A audiência nos fez compreender melhor o impacto dos cortes e o posicionamento da reitoria diante da situação”, disse a integrante do CLG/Adufal, Georgia Cêa. Segundo ela, com base nas informações prestadas pelo reitor, o CLG vai elaborar um documento e encaminhar para o CNG.

Conforme as explicações do reitor, o orçamento anual da instituição aprovado pela Lei de Orçamentária Anual (LOA) de 2015 é de R$ 144 milhões, sendo R$ 90 milhões destinados ao custeio (manutenção da universidade como o pagamento de bolsas, contratos de limpeza, vigilância, material permanente, entre outros) e R$ 54 milhões para capital/investimentos.

Segundo o pró-reitor Pedro Valentim, com o decreto de maio deste ano foram cortados 50% dos recursos destinados ao capital, e para custeio, a redução será de 10%. “O aperto teve inicio em 2014, quando deixamos de receber em torno de R$ 20 milhões. Iniciamos o ano de 2015 com dívidas, o que complicou mais a nossa situação porque estamos pagando dívidas do ano passado com recursos do orçamento deste ano”, disse. Contudo, o reitor afirmou que todas as obras que estão em andamento têm orçamento para serem finalizadas, embora também tenha informado que algumas obras que deveriam ter sido entregues, ainda não foram, por conta de recursos que não foram liberados pelo Ministério da Educação (MEC). “Temos previsão de entregar pelo menos 18 obras ainda este ano, mas devido à situação não sabemos se vamos conseguir entregar”, expôs.

Abre as Contas, Reitor(a)!

Paulo Rizzo destaca a importância dos comandos locais de greve dar continuidade às ações para pressionar as reitorias a liberar as informações, que deveriam ser públicas, sobre o impacto dos cortes no funcionamento das universidades. Além de reivindicar que as reitorias repassem os dados posteriormente ao Comando Nacional de Greve, para que esse possa construir um quadro mais detalhado da real situação das IFE no país. “É fundamental continuar com essas manifestações, porque a pior coisa que pode acontecer para a universidade pública é escamotear a realidade que ela está vivendo. Nós estamos passando por uma situação de total precarização das condições de trabalho e ensino, que vem sendo encoberta em muitos lugares, como se isso fosse a solução para a universidade. Temos que fazer com que apareça a real situação das Instituições Federais de Ensino. Sem isso, nós não vamos ser capazes de ter o apoio necessário da sociedade para pressionar o governo a suspender os cortes e fazer os investimentos necessários na Educação Federal”, ressaltou o presidente do ANDES-SN.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufrj – SSind.) realizará neste sábado (8) um piquenique em frente ao Museu Nacional, no bairro de  São Cristovão, no Rio. Haverá uma pequena tenda armada nos jardins em frente ao Museu e a comunidade acadêmica fará panfletagem em defesa da educação pública de qualidade. Na terça-feira (4), os professores da Ufrj, juntos com os da UFF panfletaram na Praça XV, centro do Rio, e dialogaram com a população sobre os graves prejuízos dos cortes anunciados pelo governo federal para a educação pública.

Na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), professores, servidores e estudantes realizaram um ato público na quarta (5) em frente ao campus Central da universidade, em Mossoró (RN) contra os cortes na educação promovidos pelo Governo Federal. O movimento faz referência aos 10 anos da transformação da Escola Superior de Agronomia de Mossoró (ESAM) em Universidade Federal Rural do Semiárido, comemorado no dia 1º de agosto. “Esta atividade nos propõe uma reflexão acerca do modelo de universidade que está sendo implementado no Brasil. Vamos rememorar o aniversário de 10 anos da Ufersa, pensando como os aspectos da precarização tem atingido diariamente o nosso trabalho, refletindo nas diferentes atividades acadêmicas (ensino, pesquisa e extensão, na graduação e pós graduação)”, afirmou o presidente da Associação dos Docentes da Ufersa – Seção Sindical do ANDES-SN (Adufersa-SSind.), Joaquim Pinheiro.

Na Universidade Federal do Pará (Adufpa), professores em greve realizaram a Marcha em defesa da Educação Pública e contra os cortes de mais de 12 bi no orçamento do Ministério da Educação (MEC) em 2015. O protesto também contou com a participação dos técnico-administrativos, de coletivos do Movimento Estudantil, além dos estudantes do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Com cartazes como “Educação é direito e não esmola” e denúncias sobre os efeitos do corte nas verbas da Universidade, as categorias caminharam até a instituição e seguiram para as reuniões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e Conselho Superior Universitário (Consun) para exigir apoio dos conselheiros à abertura imediata de negociação com o Ministro Renato Janine e cobrar da reitoria total transparência sobre o impacto dos cortes na UFPA.

Foto: Apur-SSind., Aduff SSind., Adufersa-SSind. e Adufms

Fonte: ANDES-SN

Após novas discussões, proposta de Minuta de Acordo será encaminhada aos professores nesta terça

Nesta segunda-feira (27), professores(as) em greve há quase 80 dias das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e os representantes do governador Rui Costa tiveram mais uma rodada de negociações. Em pauta, após a reunião da última sexta-feira (24), estava a discussão sobre os ajustes à proposta de minuta de acordo.

Após as discussões e o tensionamento do Movimento Docente (MD) para o cumprimento da pauta, os representantes das secretarias da Educação e Administração se comprometeram em entregar ao MD, até o final da tarde desta terça-feira (28), a proposta de Minuta de Acordo com os ajustes debatidos. Os(As) professores(as) aguardam o envio do documento para a análise do material. Uma reunião ampliada do Comando de Greve da ADUSC para avaliação da proposta e discussão de um novo calendário acadêmico  acontecerá na quarta-feira (29) às 14h, no CEU.

Governo realiza reuniões em prédio privado

Além dos(as) docentes ensinarem aos representantes de Rui Costa a importância de se defender a educação pública, também foram obrigados(as) a ensinar questões relacionadas à ética e ao uso responsável do dinheiro público. Pela segunda vez consecutiva a negociação com os(as) professores(as) das Ueba aconteceu em uma sala de reuniões de um hotel particular, no bairro de Patamares, em Salvador. Questionado sobre o fato o superintendente do setor de recursos humanos da SAEB, Adriano Tambone, informou que devido à ocupação realizada na SEC, as reuniões aconteceriam naquele local. O comentário de Tambone gerou duras críticas do MD. Para os(as) docentes, na tentativa de afastar o Movimento Grevista do prédio da SEC, os gestores passaram a utilizar um espaço privado, pago com recursos públicos. Os(As) professores(as) exigiram que a próxima reunião volte a ocorrer em um prédio público, visto que as atividades em andamento são entre servidores(as) estaduais.

Fonte: Aduneb com edição da ADUSC