Contra os ataques aos direitos das mulheres!

Dia-8-de-marçoA partir de agora, as mulheres que tiverem a tragédia de terem seus companheiros mortos e não completaram ainda dois anos de casamento ou união estável, deixarão de ter o direito à pensão por morte. Também só poderão receber 50% do benefício, e a depender de sua idade, podem recebê-lo somente por três anos.

As mulheres representam 86,8% dos beneficiados pela pensão por morte e consequentemente serão as mais prejudicadas com a restrição agora imposta.

Também serão as mulheres as mais prejudicadas com a restrição do auxílio-reclusão, que terão as mesmas regras da pensão por morte. Mulheres dos presos e suas famílias, que já carregam o sofrimento familiar de ter um companheiro preso, com tudo o que isto acarreta – como ter que viajar longas distâncias para fazer visita e passar humilhações nas portas dos presídios -, agora ficarão sem ou terão reduzidos o valor do benefício, que normalmente passa a ser a única fonte de renda dessas famílias.

Por estarem empregadas majoritariamente nos setores do mercado de trabalho com alta rotatividade, como o setor do comércio e o de serviços, as mulheres hoje representam 35% dos trabalhadores que dão entrada no seguro desemprego. Geralmente estão empregadas em empresas terceirizadas em serviços de limpeza, cozinha, telemarketing, ou seja, trabalhos com baixa remuneração e alta exploração. Pois a partir hoje, uma mulher que conseguiu permanecer em uma empresa de limpeza por um ano recebendo um salário mínimo, e foi demitida, não poderá mais ter acesso ao seguro desemprego.

Direitos como o auxílio-doença também ficarão mais difíceis de serem concedidos para as mulheres, uma vez que as perícias não serão mais realizadas pelos peritos do INSS, mas pelos médicos das empresas. Muitas doenças que atingem as mulheres como LER-DORT (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), depressão e fibromialgia, consideradas “doenças invisíveis”, serão mais difíceis de serem diagnosticadas pelos peritos a serviço dos patrões.

Há ainda direitos como o PIS, que também pela alta rotatividade a que as mulheres estão expostas, ficarão mais restritos, pois serão necessários no mínimo seis meses de contribuição e não mais um mês como era até agora.

Por trás dos números da quantidade de trabalhadoras que serão atingidas com as Medidas Provisórias, é importante imaginarmos os exemplos concretos de mulheres, em sua maioria negras, já empobrecidas pelo sistema extremamente explorador e desigual, que ficarão mais vulneráveis a todas as injustiças a que são submetidas pela exploração e opressão da sociedade capitalista. Mulheres que já tem um histórico de desemprego crônico, porque são as primeiras a serem demitidas quando as empresas fazem seus ajustes.

Pois são estas mulheres que o governo Dilma resolveu penalizar, para sinalizar, ao capital e ao mercado financeiro, que está disposto a cortar na carne de quem for, para ajustar a economia aos ditames neoliberais. A pretensa economia que o governo vai fazer com a aplicação das Medidas, em torno de R$18 bilhões, correspondem a cinco dias de pagamento da dívida pública neste ano de 2015. Ou seja, para continuar e aprofundar a sangria de recursos que vão para os bancos e os agiotas internacionais, o governo Dilma vai cortar na carne dos trabalhadores, e em particular, das mulheres trabalhadoras.

Neste mês de março, em que celebraremos o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, deveremos lutar com todas as forças para derrubarmos as Medidas Provisórias e não deixarmos que as MPs sejam aprovadas no Congresso Nacional. Aliás, uma Câmara dos deputados presidida pelo ultraconservador Eduardo Cunha, mas que já avisou que quer o máximo de urgência na aprovação do ajuste fiscal do governo Dilma.

Para aplicar as MPs 664 e 665, governo e oposição, PT, PMDB e PSDB estão juntos, pois as diferenças que existem entre eles acabam quando se tratam dos compromissos com os grandes bancos, latifundiários do agronegócio, empreiteiras e grandes empresários. Apesar de Dilma ser mulher, ela está mostrando que governa para os ricos e não para as mulheres trabalhadoras.

Por isso, nós, trabalhadoras, temos que participar da construção de um campo de classe, um campo dos trabalhadores sem patrões como alternativa de poder em nosso país, pois nem a direita reacionária e nem o governo Dilma nos representam. Neste dia 6 de março, o Movimento Mulheres em Luta estará participando das paralisações e do dia de luta chamado pela CSP-Conlutas, assim como em todas as atividades do 8 de março, estaremos levando a luta contra as Medidas que estão retirando os direitos das mulheres.

Por Silvia Ferraro, da Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta –

IMPORTANTE: Recadastramento Obrigatório dos Servidores Ativos

avisoPrezado Servidor,

O Governo do Estado da Bahia, através do Decreto n.º 15.960, de 20/02/2015, estabeleceu o recadastramento (obrigatório) dos servidores públicos ativos dos órgãos da Administração direta, autárquica e fundacional, e dos empregados públicos ativos das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Poder Executivo Estadual.

O recadastramento é bienal e obrigatório, com a finalidade de atualizar os dados cadastrais e validar o Quadro de Pessoal dos órgãos e entidades da Administração Pública do Poder Executivo Estadual.

Conforme orientações da Secretaria de Administração da Bahia – SAEB, o período do recadastramento será de 23/02 a 13/04/2015.

TODOS OS SERVIDORES (Efetivos, REDA e Comissionados) devem se recadastrar, sob pena de suspensão de pagamento de salário.

Para recadastrar-se, deve acessar o aplicativo do recadastramento, disponível no site do Portal do Servidor, através de matrícula e senha (a mesma utilizada para acesso ao contracheque).

O manual de usabilidade do aplicativo tem orientações para acesso e preenchimento do formulário de recadastramento.

Ao final do recadastramento será exibido um comprovante, que deverá ser impresso para futuras comprovações.

Qualquer dúvida, entrar em contato com o Setor de Pessoal, (73) 3680-5062/5241 ou sepes@uesc.br.

Se você ainda não possui senha de acesso ao contracheque, favor adotar os seguintes passos:

  1. Acessar o site da UESC;
  2. Clicar em Servidores – Contracheque;
  3. Clicar em esqueci minha senha (o portal do servidor encaminhará, automaticamente, uma senha de acesso ao contracheque para o seu e-mail cadastrado no Sistema Integrado de Recursos Humanos -SIRH); Obs.: caso ainda não possua e-mail cadastrado no SIRH, gentileza fazê-lo no Setor de Pessoal.
  4. De posse da senha, acessar o aplicativo para recadastramento.

Fonte: site UESC

Após pressão dos servidores do Paraná, governo retira da pauta votação de pacotaço

O governo do Paraná teve que recuar e retirou da pauta a votação do pacote de medidas que atacam os direitos dos servidores públicos. Com a Assembleia Legislativa ocupada desde terça-feira (10) e mais milhares de servidores do lado de fora do prédio do poder legislativo, os deputados não aguentaram a pressão popular e suspenderam a seção de quinta-feira (12).

As medidas que governador do Paraná de Beto Richa (PSDB) quer empurrar para os servidores mexem com a previdência, com a carreira do funcionalismo, e frontalmente com a autonomia das universidades, entre outros ataques.  Esses projetos põem fim ao quinquênio (adicional por tempo de serviço), às progressões e o plano de desenvolvimento das carreiras dos docentes, com cursos periódicos.

Outras medidas também rechaçadas pelos servidores são o fim do auxílio-transporte em períodos de férias e afastamento, e a fusão dos dois planos da ParanáPrevidência, o fundo privado de aposentadoria aos moldes do Funpresp. Esse último item considerado um dos mais polêmicos, visto que num futuro próximo os servidores correm o risco de não receberem suas aposentadorias.

Na tarde de quinta-feira os parlamentares chegaram à Assembleia Legislativa (Alep) escoltados pela tropa de choque, e só assim conseguiram entrar no interior do local, o que causou indignação nos servidores. Enquanto os parlamentares realizavam uma reunião às escondidas na Alep, os manifestantes entravam em confronto com a polícia, que usou gás de pimenta e bombas. Os trabalhadores conseguiram, após muita tensão, entrar no local em que os parlamentares se reuniram e devido a isso a sessão foi suspensa.

Após o ocorrido, por meio de nota, o governo do Estado anunciou que vai retirar o projeto de votação. De acordo com a nota divulgada pela Casa Civil, a retirada é em virtude das manifestações ocorridas e para assegurar a integridade física e segurança dos parlamentares. Os servidores, entretanto, permanecem no local até que seja assinado um requerimento que garanta que o projeto irá mesmo ser retirado de votação.

Mary Sylvia Miguel Falcão, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, considera a retirada do projeto uma vitória do movimento. “Ontem ficou demonstrado que a pressão e mobilização política desestabilizou o governo estadual e sua base na Assembleia. O governo não esperava tamanha mobilização”, disse. A docente ressalta que é grande a possibilidade do pacote voltar ao legislativo, dessa vez fatiado. “O governo quer fatiar o projeto para desgastar o movimento, mas não conseguirá, os servidores públicos paranaenses estão na luta em unidade”, completa.

Fonte: ANDES /CSP-Conlutas

Imagem de APP-Sindicato

Organização do 8 de março em Itabuna

A poucas semanas do “Dia Internacional das Mulheres” Itabuna não tem o que comemorar. A cidade amarga o título de campeã em violência contra mulher no interior da Bahia, perdendo apenas para capital do estado, Salvador. Uma situação que pode ser ainda pior, se considerarmos a mudança de endereço da Delegacia da Mulher para um local tão escondido e perigoso.

Mas a violência machista não se expressa apenas de forma física ou doméstica. Ela acontece quando somos assediadas moralmente e/ou sexualmente no nosso espaço de trabalho. Quando as profissões em que somos maioria são desvalorizadas, como na educação ou nos serviços domiciliares.

A falta de atendimento ou desrespeito durante o parto também carregam consigo o peso do machismo. De igual modo, a falta de vaga nas creches, ou o fechamento de escolas. Estas ultimas tiram de nós a oportunidade de trabalhar com a tranquilidade de que nossos filhos estão onde deveriam estar. Também arrancam de nossas crianças a possibilidade de um futuro digno.

Estes e outros exemplos de violência física, psicológica e material nos atingem cotidianamente e precisam ser combatidos. É para avançar na luta contra o machismo que o Movimento Mulheres em Luta convida mulheres e homens de Itabuna, organizações de classe, movimentos sociais e populares para organizar um 8 de Março expressivo em nossa cidade.
A reunião será na próxima quarta-feira (25), a partir das 18 horas, no Colégio Estadual Felix Mendonça (Rua da Frente S/N. Bairro Sarinha Alcântara).

Texto e imagem retirados em: https://www.facebook.com/events/506830412788819/?fref=ts

Salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 3.118,62, diz DIEESE

O valor do salário mínimo brasileiro, fixado em R$ 788 desde janeiro deste ano, deveria ser multiplicado por quatro. Só assim seria cumprido o que determina a Constituição de nosso país.

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do “salário mínimo necessário” deveria ser de R$ 3.118,62 em janeiro.

Recentemente, o governo Dilma Rousseff (PT) fez alarde nas redes sociais anunciando que o poder de compra do atual salário mínimo (R$ 788) é o maior desde agosto de 1965. Difícil é imaginar como fizeram para chegar a esta conclusão, ainda mais com a alta da inflação, com preços de alimentos, combustível e energia elétrica disparando.

Salário mínimo necessário
Durante os meses do ano, o DIEESE calcula o chamado “salário mínimo necessário”, levando em conta os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

A metodologia para fazer este cálculo leva em conta justamente o que está na lei e não é cumprido pelos nossos governantes. A Constituição Federal de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, define que o salário mínimo deve cobrir as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família.

Ao mesmo tempo em que oferecem à população um salário mínimo que contraria a Constituição, os nossos governantes se agraciam com quantias bem mais robustas. Confira só:

Deputados, senadores e ministros do STF: R$ 33,7 mil

Presidente da República, vice, ministros de Estado e o procurador-geral: R$ 30,9 mil

Fonte: vozdoaposentado.org.br

“Estamos sendo atacados e precisamos agir de maneira unificada”

Unir toda a classe trabalhadora de nosso país em defesa de nossos direitos!”

Para defender nosso seguro desemprego, nosso PIS, nossos benefícios previdenciários e garantir emprego e direitos, que estão sendo atacados por Dilma, é preciso organizar um Dia Nacional de Paralisação dos Trabalhadores da Indústria da Construção.

Não dá pra aceitar calado o ataque do governo aos nossos direitos. A gente já ganha pouco, somos superexplorados nas obras do PAC e na construção de prédios nos grandes centos urbanos, somos uma das categorias em que mais morrem operários em acidentes de trabalho, temos de trabalhar com a Força Nacional de Segurança empunhando armas em nosso local de trabalho, quase não temos nenhum direito, inclusive humano, e agora vem a Dilma e tira nosso seguro-desemprego, nosso PIS e nossos benefícios previdenciários. Assim não dá!

Sabemos que além de nós, da indústria da construção, vários outros companheiros e companheiras de outras categorias estão sendo atacados e que precisaremos nos unir e lutar juntos. Porém, pensamos que nós temos de fazer já a nossa parte. Vamos parar tudo! Ainda que seja por um dia: Um Dia Nacional de Paralisação.

Juntamente com os ataques das MP’s 664 e 665, milhares de companheiros nossos estão sofrendo, sendo demitidos pelas empresas corruptas das obras da Petrobrás, como no caso do COMPERJ e SUAPE, sem receber nada de direitos trabalhistas e o governo não faz nada. Basta!

É hora de construir um Dia Nacional de Paralisação do nosso setor e para isso ser organizado, com a força necessária, temos de juntar todo mundo; Temos de juntar todas as centrais sindicais, federações, confederações, sindicatos, delegados sindicais, cipeiros, todos! Hoje somos mais de três milhões de operários, temos força, estamos sendo atacados e precisamos agir de maneira unificada.

É necessário que os dirigentes dessas organizações coloquem a defesa de nossos direitos acima de qualquer interesse ou relação política com o governo; É hora de lutar! Quem está nos atacando é o atual governo (PT) e todos nós sabemos que, nessa hora, a tal oposição (PSDB) não fala nada porque, na verdade, a Dilma está aplicando o projeto neoliberal que eles sempre defenderam; Tudo isso pra atender os interesses dos bancos!

Vamos juntos; O caminho é a mobilização! Não podemos cair na armadilha de “negociar” ou “emendar” essas medidas, pois qualquer negociação vai significar reduzir nossos poucos direitos. Temos de exigir a imediata retirada dessas medidas provisórias; Nós não podemos pagar pela crise que eles criaram e, de outra parte, se foi o patrão que roubou, não pode ser o trabalhador que pague o preço sendo demitido e ficando sem receber nada.

Por um Dia Nacional de Paralisação dos trabalhadores da Construção;

Dilma, tire as mãos do nosso PIS, do nosso seguro-desemprego e de nossos benéficos previdenciários;

Unir toda a classe trabalhadora de nosso país em defesa de nossos direitos!

TEXTO: Atnágoras Lopes – CSP-Conlutas e Sind. dos Trabalhadores na Ind. da Construção Civil de Belém

Anel exige solução do MEC para corte no orçamento das universidades

A Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Anel) fez uma vigília neste domingo (1°) em frente ao Ministério da Educação (MEC) depois de realizar uma manifestação em frente ao Congresso Nacional em defesa do Passe-Livre e contra as Medidas Provisórias 664 e 665, editadas pelo governo federal recentemente, que retiram direitos históricos dos trabalhadores. Os estudantes exigiam uma audiência com o ministro da Educação, Cid Gomes, para discutir a crise orçamentária nas universidades federais decorrente do corte na Educação no valor de R$ 7 bilhões para 2015.

Na segunda-feira (2), pela manhã, Marinalva Oliveira, 1ª vice-presidente do ANDES-SN, e Maria Lúcia Fattorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, estiveram presentes no acampamento em frente ao MEC para apoiar as reivindicações dos estudantes e realizaram uma aula pública sobre os ataques à educação pública, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, seguindo a cartilha do Banco Mundial, até os governos do PT, através do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Elas falaram também sobre a mercantilização da educação, através do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa Universidade para Todos (Prouni).

Com a pressão do movimento, no mesmo dia, Dilvo Ristoff, Secretário da Educação Superior (Sesu/MEC) recebeu os estudantes em frente ao ministério para uma reunião. A Anel cobrou transparência sobre a situação orçamentária da Educação Federal, e relatou a crise que se alastra nas universidades federais. “Em um primeiro momento, o Dilvo não quis assumir que existia uma crise na Educação, mas depois reconheceu a situação em que vivem as universidades. Ele disse que até meio do ano tudo estaria resolvido”, contou Lucas Brito de Lima, integrante da executiva da Anel.

Os estudantes argumentaram que seria difícil, pelo atual cenário econômico do país, resolver a crise nas universidades em tão pouco tempo, e que nove universidades já estão sentindo os efeitos do corte orçamentário, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade Federal Fluminense (UFF). Entre as reivindicações do movimento estão a de que nenhum trabalhador terceirizado sofra com atraso salarial e demissão, o compromisso do governo em não atrasar as bolsas de assistência estudantil, condições de estrutura na rede federal pública universitária, e o investimento imediato de 10% do PIB para a Educação Pública. Ainda em reunião, os estudantes criticaram a contradição do lema do governo de colocar a educação no centro da gestão, “Brasil, Pátria Educadora”.

Antes do término da reunião, Dilvo Ristoff se retirou e nenhum encaminhamento foi realizado. Na ocasião, os estudantes entregaram uma carta ao secretário da Sesu (confira aqui), informou Lima.

Fonte: ANDES-SN  – com informações da Anel e Agência Brasil

Foto: Anel

No dia Nacional de Lutas convocado pelas centrais sindicais, trabalhadores exigem “Dilma, tire a mão dos nossos direitos”

Trabalhadores e trabalhadoras de todo país se mobilizaram nesta quarta-feira (28) – no Dia Nacional em defesa dos direitos e empregos, convocado pelas centrais sindicais A CSP-Conlutas integrou as manifestações, com atos previstos para ocorrer em 18 estados para que Dilma Rousseff revogue as medidas provisórias 664 e 665, que reduzem os direitos da população e garantem benefícios aos patrões. Confira a cobertura dos atos via informes que enviados até o momento. Em estados como Ceará, Minas Gerais e São Paulo a Central também esteve presente em atos unitários. Envie informes da sua região para que possamos repercutir em nosso site.

 Em Minas Gerais, centrais distribuem manifesto unitário e sindicatos de metalúrgicos de várias empresas da região fazem protesto com panfletagem 

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 Em Belo Horizonte, o ato unitário por emprego, direitos e contra o aumento da passagem contou com representantes das principais centrais sindicais com atuação no estado. A manifestação começou às 16h com a distribuição do manifesto assinado pela CSP-Conlutas, CUT, CTB, UGT e NCSC (VEJA AQUI). Além da panfletagem, representantes de diversos sindicatos criticaram a política do governo de editar Medidas Provisórias que retiram direitos dos trabalhadores (como as recentes MPs 664 e 665), contra as demissões, principalmente no setor industrial, e os cortes que afetam a saúde e a Educação. Os dirigentes sindicais ressaltaram, ainda, a importância da unidade dos diversos setores para o enfrentamento com os governos e patrões e citaram o exemplo da juventude que está nas ruas contra o aumento das passagens do transporte coletivo como algo a ser seguido.

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Em São João del-Rei, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, o Sindicato da Construção Civil, o Sindicato dos Servidores Municipais e os sindicatos de cidades vizinhas, entre os quais o Metabase de Congonhas, AMAS Del Rei, também deram o seu recado as autoridades. O ato passou pelo Ministério do Trabalho, local onde foi feito uma ocupação simbólica; em seguida, seguiu para a Santa Casa de Misericórdia, onde os manifestantes sentaram na rua em protesto contra o estado de abandono que se encontra a saúde. Foi realizado também protestos em frente à Previdência Social, onde foi protocolado um documento. A manifestação foi encerrada na prefeitura e na Câmara de Vereadores pois ambas as instituições se mantêm em silêncio em relação às crescentes demissões.

Em Itajubá, metalúrgicos da Helibras votam propostas para lutar contra demissões na empresa. A direção do sindicato dos metalúrgicos esteve hoje pela manhã na portaria das principais fábricas da cidade. Na Mahle Alstom e Helibras o sindicato denunciou os ataques do governo Dilma aos direitos e a política de aumentar os impostos e combustíveis que pioram a vida dos trabalhadores.

 A direção do sindicato realizou uma grande assembléia com os trabalhadores da Helibras e denunciou que a empresa, ao longo dos últimos cinco anos, teve um aumento no investimentos de capital público que ajudou a bancar parte importante da expansão da Eurocopter no Brasil e que agora quer demitir.

A Central defendeu que este dinheiro tem que ser usado agora para assegurar os empregos dos trabalhadores. Na assembléia, os trabalhadores votaram na proposta da direção do sindicato que visa responder ao plano da empresa de demitir trabalhadores.

 Em São Paulo, CSP-Conlutas reafirma: “Em direito não se mexe”

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Em São Paulo, cerca de 3 mil trabalhadores participaram do ato marcado para as 10h, com concentração no Vão do Masp. A CSP-Conlutas esteve presente na manifestação com sua combativa, independente dos patrões e do governo.

 A importância que a classe trabalhadora teve para mudar os rumos do país foi resgatada na fala do dirigente da CSP-Conlutas, Herbert Claros, também vice-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que destacou que tal garra ressurgia naquele momento. “A classe trabalhadora vem às ruas, porque não vai aceitar retirada de direitos, não vai aceitar medidas que atacam a previdência. Quem tem que pagar pela crise não somos nós, quem tem que pagar pela crise são os patrões, a burguesia e os bancos que ganham com a exploração dos trabalhadores”, destacou o dirigente. Herbert continuou sua fala apontando que o desafio das centrais e sindicatos presentes no ato era continuar as mobilizações. “Se necessário, vamos parar todo o Brasil para pressionar o governo a atender a exigência dos trabalhadores. Não há recuo. Nós queremos a revogação e imediata dessas medidas provisórias”, finalizou.

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Os trabalhadores que vieram em caravana de São José dos Campos para participar da manifestação na capital paulista traziam nas mãos pirulitos com a exigência: “Dilma, tire a mão dos nossos direitos. Revogação das medidas provisórias 664 e 665”. Compuseram a caravana trabalhadores organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, os aposentados organizados pela Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba (ADMAP), Movimento Mulheres em Luta, entre outros. Os estudantes da  Assembleia Nacional de Estudantes Livre também levaram seu apoio, além do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Sindicato dos Judiciários Federais de São Paulo (Sintrajud), Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que está em luta pela reintegração dos demitidos e que engrossaram a manifestação.

Em Belém, paralisações e ato unitário marcam dia de luta

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Cerca de 500 pessoas participaram hoje pela manhã na capital paraense, do Dia Nacional de Lutas por emprego e direitos.  A CSP-Conlutas PA junto às demais centrais CUT, CTB, Força Sindical, UGT e NCST organizaram a passeata que saiu da Escadinha do Porto de Belém, pouco mais das dez horas da manha.

Operários da Construção Civil de Belém, professores, bancários, funcionários públicos dos governos Federal e Estadual, trabalhadores terceirizados do setor de Telecomunicações e outros, se mobilizaram desde cedo na escadinha do Porto, para participarem da passeata que percorreu duas avenidas principais da capital paraense, Presidente Vargas e Nazaré, até o CIG, o Centro Integrado do Governo. Estudantes da Anel bem como setores do Luta Popular e dos movimentos de Combate às Opressões, como o Movimento Mulheres em Luta e Quilombo Raça e Classe também participaram do ato.

Sete obras da Construção Civil da região metropolitana da cidade foram paralisadas por 2 horas, em protesto às MPs. Segundo Zé Gotinha, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém, filiado à CSP Conlutas, os operários estavam revoltados com esse ataque de Dilma aos direitos dos trabalhadores. “O sentimento geral é de indignação. Muito trabalhador gritava no canteiro que temos que ir pra rua e que o governo do PT está pisando na bola, com os trabalhadores”, afirmou Zé Gotinha.

Abel Ribeiro, professor, dirigente da CSP Conlutas PA e que constrói a Oposição Luta Educador falou da importância da unidade entre as centrais sindicais contra os ataques do Governo Dilma. Ele também falou mais especificamente sobre a situação dos trabalhadores no Pará, e dos ataques que os mesmos sofrem do governo de Simão Jatene (PSDB) que não reajustou o salário do funcionalismo público estadual e nem pagará o piso para os professores. Ele saudou a unidade entre as centrais sindicais como um fator importante, para enfrentar os governos e patrões.

 O ato em Belém teve duas paradas importantes. A primeira foi em frente a uma agência da Caixa Econômica Federal, onde trabalhadores estavam concentrados com uma faixa onde se lia: “Caixa, 100% pública”. A empresa vem passando por uma ameaça de privatização orquestrada pelo Governo do PT e os trabalhadores estão denunciando esta situação. A outra parada foi em frente ao prédio desativado do INSS, onde trabalhadores aposentados denunciaram a situação humilhante que o Governo Dilma os impõe e exigiram o fim do fator Previdenciário.

Fonte: CSP-Conlutas – Com informações de Diego David direto de Minas Gerais, Bianca Pedrina, de São Paulo e Wellingta Macêdo, direto de Belém

Por falta de orçamento, universidades substituem salas e laboratórios por contêineres

imp-ult-1336866755O uso de salas de aulas e laboratórios “de lata” se tornou uma preocupação concreta das comunidades acadêmicas da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além dos óbvios problemas de estrutura trazidos para o desenvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão em contêineres, a utilização dessas armações provisórias coloca sempre presente o debate da precarização do trabalho docente.

Na UFRB, a instalação de contêineres é recente, tendo sido feita no último sábado (24), para suprir a demanda de salas de aula. A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (Apur – Seção Sindical do ANDES-SN) divulgou a ação da universidade, qualificando-a como preocupante. A utilização de estruturas provisórias deixa claros os problemas orçamentários enfrentados pelas universidades federais.

Já na Unifesp, especificamente no campus de Diadema, o problema data de 2012. Naquele ano a universidade gastou mais de um milhão de reais para comprar 11 contêineres. Somente no final de 2014 as ligações elétricas necessárias para o funcionamento deles foram realizadas, e, nesse momento, apenas três estão em funcionamento.  Na Unifesp os contêineres ficam espalhados no pátio do campus e funcionam como laboratórios. A falta de estrutura física para realização de pesquisa na universidade gera outro problema: não há sequer espaço para guardar os equipamentos necessários para os laboratórios, que são deixados, encaixotados, nos corredores da unidade.

Giovanni Frizzo, 1º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul e um dos coordenadores do Grupo de Trabalho de Políticas Educacionais (GTPE) do ANDES-SN, critica o uso de contêineres para substituir salas de aula e laboratórios. “É mais um sintoma da precarização das condições de trabalho e estudo nas universidades, algo que o ANDES-SN vem denunciando há anos. Essa questão foi uma de nossas principais pautas na greve das universidades federais em 2012, mas foi ignorada pelo governo”, afirma o docente.

O diretor do Sindicato Nacional ressalta que, com o corte orçamentário de R$7 bilhões na educação, situações como a de uso de contêineres na UFRB e na Unifesp podem se espalhar pelas universidades no país. “Com esses cortes é possível que a estratégia de uso de contêineres se espalhe, e não apenas como uma medida paliativa”, diz Frizzo. Além de UFRB e Unifesp, outras universidades, como a Universidade Federal Fluminense (UFF), também têm recorrido às “salas de lata” como alternativa à falta de estrutura e orçamento necessários para a manutenção das atividades acadêmicas.

Clique para acessar o dossiê do ANDES-SN sobre a precarização das condições de trabalho nas universidades: parte I e parte II.

*Com informações de Apur-SSind e O Estado de São Paulo e imagem de Apur-SSind

Reunião Ministerial confirma política de arrocho e retirada dos direitos dos trabalhadores

A primeira reunião do gabinete do governo Dilma Roussef, ocorrida nesta terça-feira, dia 27, deu mais uma sinalização aos grandes empresários de que a política de arrocho fiscal e monetário e de retirada dos direitos trabalhistas e previdenciários veio para ficar.

 A presidente teria pedido austeridade nos gastos e ações para combater a corrupção no governo e reafirmou o corte bilionário do orçamento, que pode chegar a 70 bilhões de reais para cumprir a meta de superávit primário (economia do governo para pagar a dívida e juros aos banqueiros).

 Outro anúncio feito na reunião é a continuidade e ampliação da política de privatização. Dilma destacou que o governo ampliará as concessões e autorizações ao setor privado de rodovias, portos e aeroportos, além de realizar concessões em outras áreas, como hidrovias e dragagem de portos.

 Para completar, a presidente ainda deu uma sinalização às empreiteiras envolvidas em corrupção na Petrobras de que a mamata vai continuar, ao afirmar que essas empresas são essenciais para o Brasil e não devem ser destruídas.

 “Punir, ser capaz de combater a corrupção, não pode significar a destruição de empresas privadas. As empresas têm de ser preservadas. As pessoas culpadas é que têm de ser punidas”, essa foi a declaração literal da presidente aos ministros.

 Por incrível que pareça, no momento em que a população sofre com uma das maiores crises de energia da história, esse tema não foi destaque na reunião, demonstrando a insensibilidade desse governo com a população pobre.

 Para Sebastião Carlos, o Cacau, membro da Secretaria Executiva Nacional da Central, a reunião foi frustrante, e confirmou o rumo adotado pelo governo, que só tomou medidas de proteção aos empresários até agora.

 “O jogo de cena do governo com as centrais, admitindo a possibilidade de mudança nas MPs 664 e 665 fica bem claro com essa reunião. Essa negociação é enrolação pura. O que vale é o que foi dito na reunião com os ministros”.

 Sobre a crise energética “a presidente se limitou a constatar que há um aumento das tarifas e não apresentou nenhuma medida concreta nesse momento de aflição da população, que está sendo penalizada pela irresponsabilidade dos governantes e sofrendo as conseqüências das políticas de sucateamento e privatização dos serviços públicos de água e energia”, completou o dirigente.

 Fonte: CSP-Conlutas