Comissão aprova regulamentação que limita direito de greve no Serviço Público

Foi aprovado na terça-feira (11) pela comissão mista de Consolidação das Leis e Regulamentação da Constituição relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a regulamentação do direito de greve do servidor público. As discussões para a regulamentação da greve dos servidores partiram de projeto apresentado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP), em 2011 (PLS 710).

O parecer aprovado determina em 60% o percentual mínimo de funcionamento dos serviços essenciais durante as paralisações. Entre esses serviços estão às emergências de hospitais, abastecimento de água e energia, coleta de lixo, defesa civil e controle de tráfego aéreo, os relacionados à educação infantil e ao ensino fundamental, a segurança pública entre outros. Já os serviços não essenciais terão 40% do funcionamento preservado.

O texto do relator prevê ainda intervalo mínimo entre o comunicado de greve e a sua deflagração de 15 para dez dias. Jucá também incluiu no texto a proibição da greve nos 60 dias que antecedem as eleições e o parágrafo para suspender o porte de arma dos servidores públicos que aderirem à greve nos serviços e atividades essenciais, durante os atos e manifestações. Com a aprovação, o texto se torna um projeto, que ainda terá de passar pelos plenários da Câmara e do Senado.

Para Amauri Fragoso, tesoureiro do ANDES-SN e encarregado de Relações Sindicais, a proposta apresentada pelo senador Aloysio Nunes contém um discurso atraente para colocar a sociedade contra o direito de greve no serviço público e criminalizar o direito constitucional de manifestação. “Na verdade, a regulamentação visa cercear o direito de greve dos servidores, o que expressa à lógica de que, quando os trabalhadores se mobilizam em luta na defesa de seus direitos, patronato e governo ficam buscando meios para conter as lutas e, em muitos casos, impedi-las. Como se vive hoje uma fase de perdas de direitos dos trabalhadores voltam à tona ideias de cerceamento ao direito de greve e de criminalização dos movimentos sociais”, avalia.

Conforme Fragoso é importante salientar que “esta movimentação sobre a questão, agora após a eleição, dá indicações do recrudescimento das políticas de retirada de direitos para o próximo ano, para isso, se faz necessário restringir os instrumentos de luta dos trabalhadores”.

O diretor do Sindicato Nacional explica que, como todo direito conquistado por uma sociedade, o direito de greve no Brasil nem sempre foi concedido ao servidor público. Na história das constituições brasileiras, ora se proibiu a greve, como ocorreu na Carta de 1937, ora se permitiu seu gozo apenas ao trabalhador da iniciativa privada. Foi somente com o advento da Constituição de 1988, que se deu o direito de greve do servidor público civil.

“Visto que o direito de greve é um direito fundamental, e que a Constituição preconiza o direito à igualdade, o direito de greve não permite distinção entre o trabalhador do setor privado e o do setor público. Desta forma, qualquer tentativa de regulamentação da greve do funcionalismo público deve ser feita à luz da Convenção 151 da OIT [Organização Internacional do Trabalho, da ONU], que estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas – municipal estadual e federal – promulgada pelo Congresso Nacional”, ressaltou o tesoureiro do ANDES-SN.

Fonte: ANDES-SN

48° Encontro da Secretaria Regional Nordeste III será realizado em novembro

Acontece nos dias 7 e 8 de novembro, em Salvador, o 48° Encontro da Secretaria Regional Nordeste III do Andes-SN. Com o tema “Educação pública: confrontos e perspectivas”, o encontro reunirá professore(a)s da Bahia, Sergipe e Alagoas.

Programação:

7 de novembro (6ª feira)

18:30 – 21:00

Painel 1 – Educação pública: confrontos e perspectivas

Debatedora: Profª Deise Mancebo

Mediador: prof. Luiz Blume

8 de novembro (sábado)

09:00 – 12:00

Painel 2 – Modificação no ethos acadêmico: multicampia, precarização e expansão.

Debater(a): profa. Clauda March (ANDES-SN) e prof. João da Costa Chaves (Adunesp)

Mediador: prof. José Milton Pinheiro

12:00 – 14:00

Almoço livre

14:30

Plenária de encerramento

Videoconferência sobre povos indígenas e quilombolas acontece nesta sexta-feira (17)

10593140_701050723358571_7133635155655424604_n

A ADUNEB promove nesta sexta-feira, 17.10, uma videoconferência com o objetivo de discutir as práticas do movimento docente em questões relacionadas aos povos indígenas, quilombolas e movimentos sociais. A atividade, que acontece a partir das 14h, será um debate preparatório para o Seminário Nacional sobre Povos Indígenas e Quilombolas, organizado pelo ANDES-SN e ser realizado, de 14 a 16 de novembro, em Brasília.

Para a discussão foram convidados os conferencistas professor Emerson Lucena, da Universidade Estadual da Santa Cruz, e Juari Pataxó, professor da Escola Indígena, da Uneb. Professor Lucena, que também é presidente da Adusc, representará as Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia e fará exposição sobre o papel do Movimento Docente na luta indígena. Já o professor Juari Pataxó, entre outros assuntos, abordará temas como os avanços obtidos com o advento das cotas nas universidades, a licenciatura indígena na Uneb e como avançar no diálogo entre os movimentos indígena e docente.
A videoconferência acontece a partir da sala de reuniões da reitoria, no campus I, e terá o sinal liberado para todos os 29 departamentos da Uneb. Além disso, em Salvador, também poderá ser transmitida para a biblioteca do campus, Ceped, Proex, Museu, Cepaia e Pusai. Os demais interessados, em todo o estado, também poderão acompanhar as discussões por meio do linkmms://aovivo.uneb.br/aovivo, desde que utilizem o programa Windows Media Player.
Fonte: ADUNEB

Itabuna recebe laçamento de livro sobre conflitos sociais na região cacaueira

10614371_736860313028135_8920941993016178133_n

Ex-escravos brigando com seus antigos senhores pelo pagamento do trabalho no pós-abolição, trabalhadores se organizando em sociedades de classe, prostitutas na maior algazarra em pleno centro urbano, mendigos dizendo não à limpeza social dos poderosos, uma Miss Brasil para servir de exemplo de progresso, trabalhadores rurais migrando para as maiores cidades do sul da Bahia, estes são apenas alguns dos fatos históricos narrados pela obra Entre o fruto e ouro: escritos de história social do Sul da Bahia, que a Editora Mondrongo lança em comemoração aos seus três anos de fundação. O livro é organizado pelos historiadores Philipe Murillo Santana de Carvalho e Erahsto Felício de Sousa e será lançado em Itabuna, na sede da FICC, no próximo dia 17 de outubro, sexta-feira, às 19:30.
Com 368 páginas, a obra reúne os trabalhos de história mais recentes sobre o sul da Bahia – especialmente do eixo Ilhéus-Itabuna – defendidos nas melhores universidades do país. Ao todo, nove historiadores trazem um olhar diferenciado e inédito sobre a região, pois narram as trajetórias de sujeitos históricos marginalizados e ausentes da “memória Grapiúna”. Saltam das páginas homens e mulheres, trabalhadores, negros e pobres, os quais vivenciaram desde o período pós-abolição nas fazendas de cacau até a formação dos maiores bairros periféricos das duas principais cidades da região. Em paralelo, a obra também estabelece um olhar crítico sobre as elites ao mostrar como se determinou modelos de feminilidade e de sexualidade em nome de uma cidade moderna e progressista. Em comum, nossos personagens romperam os limites das desigualdades sociais e do preconceito cultural para fazerem sua própria história numa terra afamada pelos frutos e pelo ouro do cacau.
Entre o fruto e o ouro contém nove capítulos, resultados de dissertações de mestrado e de teses de doutorado escritas a partir de árdua pesquisa nos principais arquivos e centro de documentação da Bahia e de outros estados. Neles, surgem atores individuais e coletivos pouco conhecidos, como a Sociedade Montepio dos Artistas de Itabuna, as “mulheres de vida livre” das ruas Rui Barbosa e Duque de Caxias, o mendigo “Papai Noel”, a Miss Brasil Maria Olívia Rebouças; e os moradores dos bairros Maria Pinheiro em Itabuna e Teotônio Vilela em Ilhéus. A obra traz também fotografias inéditas, reportagens de jornais e de revistas antigas, processos judiciais, cartas e telegramas, utilizados como fontes de investigação dos pesquisadores.Por isso, este livro é destinado àqueles que se interessam por conhecer melhor personagens e fatos históricos do sul da Bahia.
Os organizadores desta coletânea são PhilipeMurillo Santana de Carvalho, 31 anos, mestre em história pela UNEB e doutorando em História Social pela UFBA, professor do Instituto Federal da Bahia – campus Ilhéus; e Erahsto Felício de Sousa, 27 anos, mestre em História Social pela Universidade Federal da Bahia, professor do Instituto Federal da Bahia – campus Valença. Em comum, estes pesquisadores estudaram o século XX do sul da Bahia e agora apresentam trabalhos que mostram que entre o fruto e o ouro, há histórias diferentes para ser conhecida sobre a sociedade e a cultura de Ilhéus e Itabuna.

Serviço:
Entre o fruto e o ouro:
Escritos de história social do Sul da Bahia
Organizadores: Philipe Murillo Santana de Carvalho e Erahsto Felício de Sousa
Formato: 15,5 x 23
368 páginas
R$ 45,00

CSP-Conlutas: No segundo turno das eleições nem Dilma nem Aécio nos representam

A Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas aprovou uma resolução sobre a posição da Central frente ao segundo turno das Eleições Presidenciais: “… nos termos das resoluções votadas em nossas Coordenações Nacionais, (a CSP-Conlutas) não indica o voto nem apoia politicamente nenhum dos dois candidatos à presidência que estão no segundo turno”.

Leia nota completa no Boletim da Secretaria Executiva Nacional.

Governo vence prazo e não dá resposta sobre ampliação de vagas

Dia 30 de setembro. Este foi o prazo prometido pelo coordenador da Codes aos reitores para que a Secretaria de Administração (SAEB) desse uma resposta relativa à nota técnica encaminhada por ele sobre a ampliação do quadro de docentes das universidades estaduais, para atender a uma demanda que existe desde 2012.

Presidente do Fórum de Reitores, José Carlos Barreto. Fonte: Arquivos da internet
Presidente do Fórum de Reitores, José Carlos Barreto. Fonte: Arquivos da internet

Porém, de acordo com o presidente do Fórum dos Reitores, José Carlos Santana, até o final da tarde da sexta-feira (03) nenhum parecer da Saeb havia sido divulgado. “Entrei em contato com o coordenador do Codes, Nildon Pitombo, que me informou que conforme o combinado na reunião do dia 22 de setembro, o documento foi encaminhado para a Secretaria, mas que até agora não recebeu nenhum retorno”. Segundo o reitor da Uefs, o Fórum dos Reitores deve tomar providências ainda durante esta semana para pressionar por uma resposta do governo. “Entraremos em contato para articular uma medida para exigir a divulgação do parecer”, explicou José Carlos.

A atitude de postergar seus posicionamentos em relação às demandas do Movimento Docente é uma característica conhecida do governo Wagner, em suas inúmeras tentativas de enrolar a categoria. Porém, as AD’s se mostram firmes em enfrenta-lo. Para isso, no dia 13 de outubro, às 14h na Adusc, o Fórum das ADs fará uma reunião para avaliar o movimento que culminou na greve de advertência entre 15 a 17 de setembro e definir novas mobilizações. Além dessa pauta, o Fórum deverá discutir a continuidade das ações de cobrança do repasse dos R$ 7 milhões restantes prometidos pelo governo como suplementação do orçamento de 2014.

Fonte: ADUFS

CSP-Conlutas: Secretaria Nacional lança informativo com balanço sobre as eleições

Neste edição pré eleições o 30º Boletim Informativo  da SEN traz como matéria principal o período eleitoral, ressaltando que os três candidatos que lideram as pesquisas são atenderão aos interesses da classe trabalhadora. Destaca também o debate feito com os presidenciáveis de esquerda na última reunião da coordenação realizada pela CSP-Conlutas.

O informativo faz um breve apanhado sobre como estão as campanhas salariais e as lutas travadas pelos trabalhadores nesse mês de setembro.   A homenagem ao companheiro Dirceu Travesso, Didi, que faleceu no dia 16 de setembro também não foi esquecida.

A aproximação da CSP-Conlutas com os trabalhadores do campo, com a indicação de filiação da Feraesp à Central foi outro tema de destaque.

Confira a íntegra do material aqui 

Declaração da CSP-Conlutas sobre o golpe nas eleições do Sincotelba (BA)

Para evitar sua derrota a CHAPA 4/CUT frauda as eleições do SINCOTELBA  

Os trabalhadores dos Correios da Bahia esperavam ansiosos que as eleições do sindicato, marcada para os dias 24 e 25 de setembro, colocasse um basta na atual crise do movimento sindical ecetista no estado. Lamentavelmente, os trabalhadores sofreram mais um golpe, orquestrado pela Chapa 4 (Unidade, Renovação e Luta), a chapa da antiga diretora Simone Lopes, apoiada pela CUT.

Temendo o resultado das urnas, a Chapa 4 se utilizou dos métodos mais asquerosos e antissindicais, fraudando as eleições. No primeiro dia de votação, a Chapa 4 contratou mais de 100 seguranças, ou melhor, capangas (segundo informações, estavam inclusive armados) intimidando a todos para evitar que as urnas saíssem no horário. Isso fez com que algumas urnas só saíssem já próximo das 14h, impedindo que a categoria votasse amplamente.

Além disso, mudaram os roteiros das urnas que conseguiram sair, alterando aquilo que foi pré-definido pela comissão eleitoral; urna que saiu do sindicato para o interior foi seguida por um carro de capangas armados, criando um clima de medo e intimidação sobre os mesários durante todo o processo. Mesmo com todo tipo de manobras no primeiro dia das eleições, a Chapa 4 não conseguiu evitar a votação no dia 24 de setembro (quarta-feira).

Os trabalhadores queriam mudança e muitos encontraram na Chapa 5 (Independência para Lutar) uma alternativa. Diante da possível derrota e do rechaço massivo da categoria à Chapa 4, os golpistas travaram a saída das urnas de Salvador no segundo dia. O objetivo era claro: impedir que se atingisse o quórum para anular a eleição, e evitar uma estrondosa derrota. Para isso, os mesários da Chapa 4 e seus capangas foram orientados a impedir a votação, chegando a rasgar cédulas e roubar urnas no interior. Em Salvador, mesários da Chapa 4 e da Chapa 6 (chapa laranja ligada à CUT/Chapa 4) foram orientados a não assinar as listas e assim impedir que as urnas saíssem, contando para isso com um dirigente da CUT que se intitulava representante das duas chapas e que deu essa orientação.

Essa atitude, típica da burocracia sindical, é um claro desrespeito à vontade da categoria. A cara de pau dos burocratas da Chapa 4/CUT não tem limites. Os mesmo tem se utilizado das redes sociais para acusar as outras chapas de fraudarem o processo eleitoral. Diante de tamanha mentira, nós fazemos um chamado à categoria para evitar esse golpe.

Um breve histórico

O SINCOTELBA vinha sendo dirigido há mais duas décadas pelo PT. A atual direção do sindicato levou a categoria ao fundo do poço. Com uma direção completamente atrelada à empresa e ao governo, transformou o sindicato em um grande balcão de negócios, um verdadeiro trampolim para que os dirigentes assumissem cargos na empresa.

Diante da postura governista e antidemocrática, um setor dos dirigentes rompeu com a atual direção do sindicato. A crise se aprofundou quando a direção ligada à CUT foi destituída na justiça por conta das irregularidades do processo eleitoral anterior. Essa mesma direção traiu a luta da categoria contra o Postal Saúde.

As chapas

Estavam inscritas seis chapas, sendo que duas eram chapas fantasmas (2 e 6, indicadas pela burocracia para ter o controle da comissão eleitoral e aplicar todo tipo de fraudes e golpes).

A Chapa 1 era formada por membros da CTB/FINDECT, conhecidos por sua estreita relação com a empresa e por trair a categoria nas últimas campanhas salariais. Esse setor dirige os sindicatos dos correios de SP e RJ, que atropelaram a vontade da categoria de ir à greve nas últimas assembléias.

A Chapa 3, financiada pelo PSB, da candidata à governadora Lídice da Matta, é dirigida por um burocrata de direita que nunca esteve presente nas lutas da categoria. Além disso, a Chapa 3 se utiliza do dinheiro do GRECOS (Grêmio Recreativo da categoria) para financiar sua campanha.

A Chapa 4, ligada à CUT, é formada pelos antigos diretores destituídos e que querem manter o sindicato atrelado ao PT e ao governo. Esse setor optou por apoiar o governo Lula e Dilma e abandonar as lutas da categoria, como fizeram na campanha salarial desse ano. Com o objetivo de evitar a greve para preservar o governo Dilma, os sindicatos dirigidos pela ARTICULAÇÃO SINDICAL/CUT aceitou a proposta de ACT da empresa, que representa um profundo retrocesso para a categoria.

A Chapa 5 (Independência para Lutar) é formada por ex-diretores que romperam com o sindicato, por um grupo de trabalhadores de Feira de Santana que estiveram na linha de frente da luta contra o Postal Saúde e por membros da CSP-Conlutas, a chapa ainda tem o apoio da Intersindical.

A Chapa 4 continua achando um jeito para fraudar as eleições  

Após o golpe dado pelo grupo ligado a Chapa 4/CUT, um novo edital está sendo costurado na Comissão Eleitoral, com a maioria dos pelegos da Chapa 4 e 6. Estão anunciando novas eleições do SINCOTELBA para os dias 28 e 29 de outubro. Não existe nenhuma garantia de que o processo eleitoral esteja protegido contra uma nova fraude. É necessário que a categoria participe e fiscalize as eleições, e evite que mais um golpe seja orquestrado. A única forma de evitar que a Chapa 4 utilize seus métodos mafiosos contra a categoria é a participação e o acompanhamento das eleições pelo Ministério Público e pela base.

Fora burocratas vendidos do SINCOTELBA!

Basta de golpes e fraudes!

Queremos eleições limpas e democráticas! Que seja garantido à categoria o seu direito de votar!

Por um sindicalismo classista, democrático e combativo, lutamos por um SINCOTELBA independente do governo e da empresa. CSP-Conlutas Correios 26 de setembro de 2014.

Fonte: CSP-Conlutas

XII Encontro das Iees/Imes avança nos debates de financiamento, autonomia e federalização

O XII Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) do ANDES-SN foi realizado em Brasília (DF) entre os dias 26 e 28 de setembro e resultou em profícuos debates e indicativos de ação para a categoria. Entre os temas sobre os quais os professores estaduais e municipais se debruçaram durante os três dias de encontro estão o financiamento das instituições, a autonomia e a possibilidade de federalização.

40 docentes de 25 seções sindicais do ANDES-SN participaram do evento. Como o encontro não é deliberativo, os resultados das discussões são transformados indicativos, que poderão ser incluídos ao Plano de Lutas do Setor das Iees/Imes no próximo Congresso do ANDES-SN, que será realizado no início de 2015, também em Brasília. No entanto, os indicativos podem servir como base para as ações da categoria, que tem se mobilizado em todo o país para reivindicar seus direitos. a ADUSC também foi representada no evento.

Em relação ao debate de financiamento, as discussões do encontro avançaram em torno das lutas pela vinculação e aumento de verbas para as universidades estaduais e municipais, do aprofundamento dos estudos sobre as contas públicas dos estados e municípios para enfrentar governos em mesas de negociação e da necessidade de combater o sistema da dívida pública no país.

Sobre democracia e autonomia os docentes presentes no encontro debateram a importância da luta por estatuintes exclusivas, soberanas e democráticas nas universidades e da defesa da eleição direta para todos os cargos dirigentes das instituições estaduais e municipais. No que diz respeito ao debate sobre a federalização de Iees ou Imes, foi constatada a necessidade de aprofundar as discussões sobre o tema, a partir de estudos, incluindo-se a questão do financiamento federal às Iees e Imes.

Epitácio Macário, 2º vice-presidente do ANDES-SN e um dos coordenadores do Setor das Iees-Imes, afirma que o encontro deixa dois desafios centrais para a categoria, que são acumular conhecimentos sobre os temas debatidos e usá-los para o enfrentamento na luta cotidiana. “Um dos resultados do encontro é percebermos a necessidade de criarmos uma cultura de estudo sobre os dados orçamentários dos estados e municípios. Outro é que precisamos aumentar o debate sobre a federalização das nossas instituições, pois já vem ocorrendo um processo de sobreposição de universidades federais sobre estaduais e municipais a partir da expansão, que faz com que os governos e prefeituras criem justificativas para diminuir o investimento”, conclui Macário.

 Fonte: ANDES-SN

Imagem: Emerson Lucena

Após greve de advertência governo promete ampliação do quadro de vagas

Em reunião com o Fórum dos Reitores, no dia 22 de Setembro ultimo, o governo do Estado da Bahia se comprometeu em ampliação o quadro de vagas docente. A atitude aconteceu após a pressão da comunidade acadêmica e a greve de advertência, ocorrida de 17 a 19 de setembro, nas Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Um dia antes da mobilização, na tentativa de minimizar o impacto das reivindicações na sociedade, o governo também informou a reposição orçamentária de R$ 7,8 milhões dos R$ 14 milhões prometidos, e ainda não cumpridos, para este final de ano.

Segundo o coordenador do Fórum dos Reitores, José Carlos de Santana, na reunião o representante da Secretaria da Educação, Nildon Pitombo, disse que entregou à Secretaria de Administração (Saeb) uma nota técnica (leia aqui o documento) com os números do déficit do quadro de vagas das Ueba. Os dados apresentados foram elaborados a partir das demandas reivindicadas por professores e reitores desde 2012. O estudo prevê a ampliação para os próximos dois anos. Para a Uneb a proposta contempla 420 vagas para 2015; e 95 vagas para 2016. A Saeb informou que responderá a nota técnica ainda nesta semana.
Conquistas
O movimento docente ressalta que os R$ 7,8 milhões de reposição orçamentária e a ampliação do quadro de vagas, caso realmente sejam confirmadas, serão conquistas da comunidade acadêmica duramente arrancadas do governo. Mesmo com o citado repasse de verbas, professores, técnico-administrativos e estudantes continuarão a exigir a segunda parcela da reposição, para que o valor chegue aos R$ 14 milhões prometidos.
Este incremento apenas minimizar a crise financeira das estaduais baianas. Apenas neste ano, Jaques Wagner cortou cerca de R$ 12 milhões de custeio e investimento das Ueba. Para 2015, a estimativa informada na Lei Orçamentária Anual é mais um corte na ordem de R$ 7,2 milhões.  A comunidade acadêmica está atenta, pronta para o tensionamento e exige.
Foto: Ascom ADUNEB