XII Encontro das Estaduais e Municipais inicia com debate sobre Federalização e financiamento

O XII Encontro do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) do ANDES-SN, com o tema “Autonomia e Financiamento”, teve início na noite da ultima sexta-feira (26), com uma mesa de abertura, seguida de uma mesa de debates. Antes, na manhã e tarde da sexta-feira, teve lugar um seminário sobre financiamento (leia mais aqui). O Encontro do Setor das Iees/Imes ocorre em Brasília, e termina na manhã de domingo (28).

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, abriu o encontro saudando a luta dos docentes das instituições estaduais e municipais, citando exemplos de mobilizações que têm dado protagonismo aos docentes desse setor. Rizzo lembrou a greve das universidades cearenses, em curso para cobrar do governo o cumprimento do acordo que previa a realização de concursos públicos. Citou também a greve das universidades paulistas, que durou quatro meses e, depois de muita mobilização, conseguiu assegurar o reajuste antes negado pelas reitorias e pelo governo.

O presidente do Sindicato Nacional ressaltou que está em curso no Setor da Educação Superiora reforma gerencial, que impacta tanto as instituições federais quanto as estaduais e municipais, cujas expressões mais contundentes são o projeto de autonomia das universidades, como a privatização dos Hospitais Universitários Federais por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e também a ideia de criar uma Organização Social (OS) para contratar professores via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O debate
Em seguida, foi composta a primeira mesa de debates do encontro. Com o tema “Federalização, financiamento federal e Iees/Imes”, o debate teve presença de Luiz Fernando Reis, da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Adunioeste – Seção Sindical do ANDES-SN). Epitácio Macário, um dos coordenadores do setor.

Macário expôs aos presentes uma introdução ao debate sobre carga tributária no país. Segundo o estudo citado, 49% de todos os tributos pagos pelos brasileiros são recolhidos na venda de bens e serviços, ou seja, oneram a todos, independentemente da renda, de maneira igual. Macário ressaltou que as lutas por investimentos públicos, portanto, tem muito a ver com a luta por justiça social, e por isso deve ser priorizada.

Em seguida, Macário iniciou uma apresentação sobre o financiamento das três universidades estaduais do Ceará. A partir da contradição entre o discurso do governo estadual – que dizia que o investimento em educação superior estadual aumentava – e a realidade vivida pela comunidade acadêmica, o ANDES-SN analisou dados do investimento em educação nas Iees cearenses. Os resultados da pesquisa foram reveladores. O aumento no investimento quantitativo foi comprovado, mas os valores relativos mostraram diferenças em relação ao discurso do governador.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o investimento do governo do Ceará nas universidades pouco mudou nos últimos anos, segundo os dados apresentados por Epitácio Macário. O investimento em relação ao ICMS também se manteve estável. No entanto, a pesquisa revelou que, de 2007 a 2012, o gasto com terceirizações na Universidade Estadual do Ceará (Uece) foi de, em média, 500 mil reais anuais, para 9 milhões de reais anuais.

Outro resultado alarmante colhido pela pesquisa foi comprovar a inconstitucionalidade do investimento em educação superior no Ceará. Segundo a Constituição Estadual, dos 25% de recursos necessariamente repassados à educação, 5% devem ser repassados às três universidades. Entretanto, a pesquisa demonstrou que o investimento médio é de 2%. Epitácio Macário concluiu afirmando que o balanço da realização da pesquisa é muito positivo, pois os dados serviram como munição para as mesas de negociação com o governo estadual.

Já Luiz Fernando Reis, da Adunioeste, apresentou resultados de uma pesquisa que compara os investimentos do governo do Paraná com educação superior estadual e com a dívida pública. Para o docente, o pressuposto para a análise é de que a destinação de recursos para a dívida pública inviabiliza o investimento em áreas sociais previsto na Constituição Federal. Segundo os estudos do professor, na última década o Paraná teve uma diminuição do investimento na dívida pública.

Esses números são acompanhados de um aumento no investimento na educação pública, tanto básica quanto superior. Porém, os resultados da pesquisa demonstram que a dívida pública do Paraná segue muito alta. Também demonstram que, nos últimos 11 anos, mesmo com a inversão relativa do investimento entre a dívida e a educação, a média de dinheiro investido nesse período evidencia que o governo do Paraná pagou mais à dívida do que investiu em uma de suas sete universidades estaduais.

Após a exposição de Luiz Fernando, teve início o debate entre os professores presentes no encontro. Entre os temas levantados nas intervenções, foram recorrentes os debates sobre a dificuldade em lidar com o debate de dados com os governos, sobre a diferença da defesa da vinculação orçamentária nos estados, sobre a autonomia política e financeira das instituições estaduais e municipais e sobre as formas de lutas dos docentes nos diferentes estados e municípios.

O XII Encontro do Setor das Iees/Imes do ANDES-SN continua até domingo (28).

Fonte: ANDES-SN

Manifestação coordenada exige “Despejo Zero” em Minas Gerais

Minas Gerais foi tomada por manifestações de movimentos populares em luta por moradia.

A ação é coordenada e compõe o dia chamado pelos organizadores de “Despejo Zero em Minas”. De acordo com Lacerda Santos, do Luta Popular, o ato é unificado e saiu de vários pontos estratégicos da região, com a exigência de mais investimento em moradia.   Famílias da Ocupação William Rosa, organizadas pelo Luta Popular, na manhã desta quarta-feira (24) realizam o travamento da Avenida Severino Ballesteros Rodrigues, em Contagem.

O protesto também denúncia as centenas de mandados de reintegração de posse de terrenos ocupados, desses, sete podem ser realizados a qualquer momento.

As famílias da Ocupação Guarani Kaiowá interditaram os dois sentidos da Rua Pará de Minas, na Praça São Vicente, e exibiam uma faixa: “Ocupações unidas, despejo zero”; em outro ponto da cidade, a Avenida Presidente Antônio Carlos, em frente ao campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha, esteve tomada pelos manifestantes da Ocupação São Lucas. Também houve manifestações na Estação Diamante, no Barreiro.

Um manifesto assinado por organizações de luta por moradia em Minas Gerais enfatiza que os sem-teto são aceitarão despejos forçados. Caso o estado haja com truculência “o povo pobre das ocupações responderemos com TRANCAMENTOS PERIÓDICOS da cidade como forma de pressionar os governos a respeitarem o povo que constrói cotidianamente as cidades, mas que contraditoriamente não tem acesso a ela, sendo alijados de direitos essenciais como à moradia digna”.

A nota é assinada pelas comunidades Rosa Leão, Esperança, Vitória, Dandara, Novo São Lucas, Nelson Mandela I (Aglomerado da Serra), Eliana Silva e Nelson Mandela II (Barreiro), Guarani Kaiowá e Willian Rosa (Contagem), Dom Tomás Balduíno I (Ribeirão das Neves), Dom Tomás Balduíno II (Betim) e Bairro Nossa Senhora de Fátima

Após a ação, será realizada uma reunião com as lideranças das 12 ocupações, às 16h, para avaliar as próximas ações e passos da luta.

Fonte: CSP-Conlutas

Entidades divulgam nota oficial sobre proposta de reforma do Estatuto da UFPB

As entidades representativas da comunidade acadêmica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Adufpb – Seção Sindical do ANDES-SN, o Sintespb (Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba) e o DCE (Diretório Central dos Estudantes) divulgaram uma nota oficial sobre a proposta da Reitoria da UFPB de realizar uma reforma no Estatuto da universidade.

As entidades questionam a falta de participação representativa dos docentes, dos técnicos-administrativos e dos estudantes nas discussões iniciadas pela administração geral e na composição da Comissão de Trabalho em um tema de grande relevância dos procedimentos administrativos e acadêmicos na instituição. “Não compõe a referida comissão nenhum membro das três unidades representativas da comunidade universitária, Adufpb, Sintespb e DCE.”

De acordo com a nota, a Comissão ignora a existência de uma proposta anterior de Estatuinte, construída em 2005, que prevê um processo democrático e paritário, com eleições diretas nos Centros e demais unidades da UFPB para a escolha dos delegados, bem como o critério de deliberação nos trabalhos seria de proporcionalidade igualitária entre docentes, técnico-administrativos e estudantes. Conforme o texto, desde os anos 80, período do fim da Ditadura, se falava em convocação de uma Estatuinte paritária.

Por fim, as entidades convocam a comunidade universitária a participar da campanha de convocação de uma Estatuinte Democrática. Além disso, as entidades informam que irão apresentar ao Consuni (Conselho Universitário) uma proposta de metodologia, temário e cronograma de uma Estatuinte Democrática.

“A UFPB precisa de um novo Estatuto que consiga estabelecer um pacto de governabilidade e referende as conquistas de um longo processo de democratização, que vem dos fins da Ditadura até os dias de hoje.”

Confira a primeira parte da nota aqui e a segunda aqui

*Com informações da Adufpb SSind.

 

 

Fonte: ANDES-SN

Com adesão da UVA, Ceará tem greve geral de docentes das universidades estaduais

Os docentes da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) decidiram, por ampla maioria, entrar em greve em assembleia realizada nesta quarta-feira (24). A deliberação foi tomada para cobrar do governo do estado o cumprimento do acordo que encerrou a última greve das estaduais cearense – que previa, entre outras coisas, a realização de concursos públicos para professores efetivos.

Os professores da UVA somam-se agora aos docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade Regional do Cariri (Urca), em greve desde os dias 17 e 10, respectivamente. A greve na UVA começa na terça-feira (30), mas já nessa quinta-feira (25) os professores das três universidades realizam um ato público no centro de Fortaleza para exigir do governo o cumprimento do acordo e para expor à sociedade os motivos da paralisação.

Segundo Silvia Monteiro, presidente do Sindicato dos Docentes da UVA (Sindiuva – Seção Sindical do ANDES-SN), 69 disciplinas estão sem professor nesse semestre, número que deve crescer após o fim do contrato de professores substitutos, que encerra em outubro. “O candidato do governador diz que vai levar uma universidade ao Norte, mas e as estaduais? O governo realmente esmaga as estaduais”, afirmou a docente ao Jornal O Povo.

Para Epitácio Macário Moura, um dos coordenadores do Setor das Instituições Estaduais e Municipais do ANDES-SN (Iees/Imes), a unidade dos docentes das três universidades estaduais cearenses é fundamental para dar força às reivindicações do movimento. “Com a unidade podemos enfrentar melhor o sucateamento das universidades, dando a essa batalha um caráter mais amplo, e também podemos apresentar de maneira mais forte e qualificada o debate de projeto de universidade que queremos”, ressaltou o professor.

 

Saiba mais sobre a greve nas universidades estaduais cearenses:

Estaduais do Ceará se mobilizam para cobrar acordo não cumprido por governador

Docentes da Universidade Regional do Cariri (CE) entram em greve

Adesão dos professores da Uece à greve amplia mobilização no Ceará

*Com informações do Jornal O Povo.

 

Fonte: ANDES-SN

Governo pretende terceirizar contratação de professores federais via Organização Social

O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, declarou recentemente, em um debate sobre educação superior, que a Capes, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério da Educação (MEC) pretendem criar uma Organização Social (OS) para contratar docentes para as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) por meio da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Valendo-se da argumentação falaciosa de que o Regime Jurídico Único (RJU) contrata professores “por 30 anos e não manda ninguém embora”, e de que a OS garantiria e facilitaria a contratação de grandes pesquisadores estrangeiros, a Capes propõe, na verdade, a terceirização do trabalho dos professores das Ifes.

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, critica as declarações do representante da Capes.“Essa proposta agride o processo democrático de seleção de professores por meio de concursos públicos. Também agride a autonomia universitária, pois tira das mãos da universidade o controle do processo de seleção de seus docentes”, ressalta.

Respondendo à afirmação de Jorge Guimarães de que os concursos públicos para professores são “um jogo de cartas marcadas”, Paulo Rizzo defende novamente a autonomia universitária. “Na verdade eles querem, via OS, fazer um jogo de cartas marcadas. Ao invés do concurso com regras claras, definidas por cada instituição, com pontos e bancas definidos pelos colegiados de departamento, com direito de recursos aos candidatos, querem a escolha pela gerência de uma OS. Quem disse que a gerência não será corporativista? Quem escolherá os melhores quadros?”, questiona o presidente do ANDES-SN.

Proposta de Terceirização
A proposta de terceirização veio à tona em um evento recente que contou com a participação de Jorge Guimarães e do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, o Simpósio Internacional sobre Excelência no Ensino Superior promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro. Na segunda-feira (22), Guimarães afirmou que Capes, MEC e MCTI estão planejando a criação de uma OS para gerir a contratação de docentes. Segundo o presidente da Capes, os dois ministérios já, inclusive, aprovaram a criação da OS.

“O ministro [da Educação, José Henrique] Paim e o ministro [da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio] Campolina estão nos autorizando a fazer uma organização social para contratar, saindo do modelo clássico que demora e que nem sempre acerta muito”, disse Guimarães, segundo matéria publicada pela Agência Brasil. A medida, segundo ele, teve bons resultados no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), que é uma OS, e recebe recursos reajustados anualmente para pagar profissionais vindos de fora.

Para Guimarães, a proposta de terceirização pode atrair docentes estrangeiros às universidades brasileiras – o que internacionalizaria as instituições. Guimarães também afirma que os exemplos de autarquias que abriram mão da contratação de servidores por meio do RJU são positivos, já que o sistema de contratação vigente “não está funcionando”.

Paulo Rizzo aponta que o presidente da Capes parece “esquecer” que a contratação de professores estrangeiros já é, além de constitucional, fato comum e corriqueiro nas universidades federais, tornando desnecessária a criação de uma OS para esse fim. “Na verdade, temos que oferecer uma carreira e uma política salarial atrativas para contratar os docentes, sejam brasileiros ou estrangeiros, por meio do Regime Jurídico Único”, reforça.

*Com informações de Agência Brasil, Jornal da Ciência-SBPC e O Globo.

* Foto: EBC.

 

Fonte: ANDES-SN

Ataque aos direitos: CNI quer flexibilização das leis trabalhistas

“Flexibilização eliminará várias conquistas históricas dos trabalhadores”, diz advogado trabalhista.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) enviou um documento aos candidatos à Presidência da República defendendo a flexibilização dos direitos trabalhistas.

A entidade quer a aprovação de dois projetos de leis que tramitam na Câmara dos Deputados. Um deles amplia o prazo de vigência de acordos coletivos. O outro permite que acordos se sobreponham às leis trabalhistas.

Principal representante das indústrias no país, a CNI argumenta que “a legislação trabalhista é da década de 40, então já ultrapassada, não atende aos avanços tecnológicos e às novas formas de trabalho”, disse a gerente-executiva de Relações de trabalho da CNI, Sylvia Lorena, ao jornal Valor Econômico.

O PL 4.193/2012 altera a Consolidação das Leis do Trabalho determinando que os acordos coletivos prevaleçam sobre as leis trabalhistas, ficando garantido unicamente o que está previsto na Constituição ou nas normas de saúde e segurança do trabalhador. O outro PL defendido pela CNI é o 6.411/2013, que prevê que negociações valeriam por quatro anos, e não mais por dois.

“A postura da CNI não surpreende”, critica o advogado César Lignelli, que trabalha para o Sintrajud e outros sindicatos. “Caso esses projetos sejam aprovados, serão eliminadas várias conquistas históricas dos trabalhadores”, explica.

Fonte: Sintrajud-SP

Abertas as inscrições para a revista “Universidade e Sociedade” do ANDES-SN

“Educação pública: confrontos e perspectivas” será o tema central do número 55 da Revista Universidade e Sociedade, que será lançada em fevereiro de 2015, durante o 34º Congresso do Sindicato Nacional em Brasília (DF). O prazo final para envio dos artigos será o dia 30 de outubro.

A escolha do tema central foi baseada nas deliberações do 59º Conad, realizado no final de agosto em Aracaju (SE). Durante o Conad, os docentes aprovaram ações de ampla denúncia da tentativa de ressignificação do conceito de “educação pública” – já que o Plano Nacional de Educação (PNE) visa à utilização de dinheiro público para educação privada, favorecendo as empresas do setor.

Confira aqui a circular sobre a edição 55 da revista Universidade e Sociedade. O email da revista é revista.andes@andes.org.br, e o endereço de referência da editoria executiva é Setor Comercial Sul (SCS), Quadra 2, Edifício Cedro II, 5 º andar, Bloco “C”, Brasília (DF).

Leia aqui a edição 54 da revista Universidade e Sociedade.

Fonte: ANDES-SN

Greve das universidades estaduais paulistas termina vitoriosa

imp-ult-518622278Os docentes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) voltaram à atividade na manhã desta segunda-feira (22) após uma grande greve, que trouxe vitórias importantes à categoria. Os professores de USP e Unesp se somaram aos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que, por conta das conquistas do movimento, já haviam suspendido a greve.

Depois de muita luta e negociação, os professores das três universidades estaduais paulistas conquistaram um reajuste de 5,2% pago em duas parcelas, além de um abono de 28,6% referente aos meses sem reajuste após a data-base. Essas conquistas garantiram que os docentes não tivessem perdas salariais no ano de 2014. No entanto, a disputa de projeto de universidade pública continua, apesar da vitória parcial do movimento dos docentes, técnico-administrativos e estudantes.

César Minto, diretor da Adusp SSind. e representante do Fórum das Seis – frente que agrega os sindicatos de docentes e técnico-administrativos das três universidades-, afirma que a comunidade acadêmica deve ficar atenta à tentativa de implantação de outro projeto de universidade pública por parte do governo estadual e das reitorias, em especial a da USP. Como tarefa para a categoria para o próximo período, Cesar Minto também aponta a necessidade de seguir a luta por mais recursos para USP, Unicamp e Unesp.

Minto ainda lamenta a quantidade de dias em que as universidades ficaram paradas por conta da greve. “Se não fosse a intransigência dos reitores em não negociar o reajuste na data-base e em não acreditar ser necessário buscar mais recursos para as universidades, não seria preciso fazer uma greve que, na USP, por exemplo, durou 118 dias”, afirmou o professor.

*Com informações de Adusp – Seção Sindical do ANDES-SN e imagem de Sintusp.

 

 

Fonte: ANDES-SN

 

Entidades divulgam vídeo do Encontro Nacional de Educação e chamam Dia de Mobilização para outubro

As entidades que compõem o Comitê Executivo Nacional da Campanha pelos “10% do PIB para a Educação Pública, Já!” divulgaram nesta sexta-feira (19) o vídeo que traz um resumo emocionante do Encontro Nacional Educação (ENE), realizado no início de agosto, no Rio de Janeiro e que reuniu mais de 2 mil representantes de diversos movimentos sindicais, sociais e populares de todo o Brasil, que militam em defesa da educação pública.Assista aqui.

Entre os encaminhamentos aprovados no ENE está a realização, nos estados, de um dia de Luta em Defesa da Educação Pública, na segunda quinzena de outubro. Em reunião no dia 13 de setembro, os representantes do Comitê Executivo Nacional deliberam pela produção de um cartaz para ampla divulgação do ato, que será organizado localmente pelos comitês estaduais e regionais (confira aqui).

O ENE apontou ainda pela realização do II Encontro Nacional de Educação em 2016, precedido de encontros estaduais preparatórios; a manutenção e ampliação do Comitê Nacional em defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública, Já!; e organização de agenda de atividades e ações como referência para orientação e realização de tarefas que façam avançar a luta.

Para fortalecer a mobilização, será elaborada uma cartilha com as principais bandeiras da luta em defesa da educação pública, com base nos sete eixos que nortearam os debates do ENE, que servirá de instrumento de formação.

O Comitê Executivo destacou uma comissão responsável pela elaboração do material. A sistematização dos Anais do Encontro Nacional também já foi encaminhada e será apresentada na próxima reunião, agendada para 8 de novembro.

 

Fonte: ANDES-SN

Adesão dos professores da Uece à greve amplia mobilização no Ceará

Docentes da Urca já estão em greve. UVA tem assembleia dia 24.

imp-ult-1304450838Nesta quarta-feira (17), na Universidade Estadual do Ceará (Uece), 121 professores se reuniram em assembleia geral para discutir como reagir à negativa do governo estadual em cumprir a pauta acordada com o movimento grevista em janeiro. O resultado da assembleia foi a deflagração de nova greve. Assim, os docentes da Uece somam-se aos da Universidade Regional do Cariri (Urca) – em greve desde segunda-feira (15) – e esperam o resultado da assembleia docente da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA) marcada para o dia 24.

Entre outras pautas, a quebra de acordo mais importante por parte do governo foi a não realização de concurso público para repor as quase 300 vagas em carência na Uece, das quais se tinha acordado repor emergencialmente 163. Hoje, a Uece, com cerca de 800 docentes efetivos, tem por volta de 300 professores a menos do que no ano de 1998, mesmo período em que a instituição cresceu em número de alunos, cursos de graduação e de pós-graduação.

A assembleia assistiu a um vídeo com Cid Gomes, gravado durante seminários realizados em fevereiro 2014, que reuniu governo e universidades, no qual o governador declara: “não tenho nenhum problema em lançar Edital para concurso de professores da Uece até 30 de Julho”.

Depois de ouvir os informes vindos das reuniões setoriais realizadas nos Centros e Faculdades, da mobilização na UVA e da greve já em curso na Urca, os docentes realizaram um intenso debate sobre o que fazer diante da quebra da palavra do governador e do impasse a que chegaram as tentativas de negociação. No debate, os docentes decidiram incorporar à pauta, além do cumprimento do acordo firmado em janeiro, a reivindicação de contratação dos professores já concursados, mas não nomeados.

Em seguida, a Assembleia Geral decidiu retomar a greve suspensa em janeiro, por 71 votos a favor, 28 contra e 7 abstenções. A deflagração da greve será desenvolvida por dois dias de mobilização e sensibilização para que todos adiram à greve, começando por um arrastão imediato no campus do Itaperi. Uma nova assembleia para avaliar o movimento e discutir sua continuidade será realizada na próxima segunda-feira, dia 22, 9h, mais uma vez no Auditório Central do Campus do Itaperi.

Elda Maciel, presidente do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que a retomada da greve foi necessária para que os docentes da Uece pudessem lutar por seus direitos. Ela também ressalta como serão as atividades de mobilização do movimento. “Queremos fazer dessa greve uma greve de ocupação cultural da universidade, com muitas atividades para debater com a comunidade acadêmica e com a sociedade os motivos que nos levam a paralisar as atividades”, disse Elda.

*Com edição de ANDES-SN

 

Fonte: Sinduece-SSind