Eleição do Andes-Sn fortalece Movimento Docente

Mais uma vez, docentes de Universidades federais, estaduais, municipais e privadas irão às urnas para eleger a nova diretoria do Andes Sindicato Nacional. As eleições acontecerão, por votação secreta e direta, nos dias 13 e 14 de maio. No pleito, apenas uma chapa, a Andes-SN de luta e pela base, vai concorrer à direção de um dos mais importantes sindicatos no cenário político nacional. Sua contribuição à luta pela universalização da Educação superior pública e gratuita, autonomia das instituições e valorização do trabalho docente tem sido fundamental.  Além disso, em mais de três décadas de existência, participa ativamente das lutas gerais travadas pela classe trabalhadora, a exemplo da redemocratização do país nos anos 80.

Historicamente, o Andes-SN tem se posicionado de maneira combativa e independente de governos, reitores e partidos, mantendo sua coerência histórica na defesa do projeto da Universidade democrática e socialmente referenciada e de uma sociedade igualitária. Nos últimos anos, tem enfrentado com firmeza a política dos governos federal e estaduais e buscado a construção unificada da luta por uma pauta mais ampla que atenda à maioria trabalhadora. Ultrapassando os limites corporativos, o Andes-SN tem contribuído com a elaboração de análises e planos de lutas que envolvem questões para além da Educação Superior.

A única chapa concorrente ao pleito defende, articulando-se com outras categorias de trabalhadores, a proposta de fazer de 2014 o ano da Educação Pública. Das Universidades estaduais baianas, participam os professores Luiz Henrique Blume, da UESC, e Gean Santana, da UEFS, candidatos aos cargos de 1º Secretário e 1º vice-presidente da Regional Nordeste III, respectivamente, e Alexandre Galvão, postulante à vaga de 3º secretário da diretoria nacional. O programa da chapa “ANDES-SN DE LUTA E PELA BASE” pode ser acessado aqui

Fonte: ADUFS-BA, com edição

Trabalhadores do serviço público preparam marcha a Brasília em 7 de maio

O Fórum Nacional do Funcionalismo Público Federal se reuniu nesta sexta-feira (11) e aprovou os próximos passos da luta da campanha salarial dos servidores. A principal atividade será uma marcha em Brasília no dia 7 de maio, com concentração às 9h na Catedral. No mesmo dia, à tarde, será realizada uma Plenária Nacional dos SPF com local ainda a definir.

Outra importante ação será no dia 12 de março com a participação e preparação das atividades do Dia Nacional de Lutas aprovado no Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação, realizado em São Paulo no dia 22 de março.

Servidores mobilizados

Diversos segmentos do funcionalismo realizaram na semana passada ações e prometem mais mobilização para todo o mês de abril.

Os servidores do judiciário federal de São Paulo realizaram uma paralisação de 24 horas da na quinta-feira (10).  Os judiciários de Alagoas também pararam as atividades neste dia. No Maranhão a categoria fez paralisação de duas horas.

O Andes-SN se reuniu com representações da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) e apresentou os pontos específicos da pauta da categoria.

Está marcada para o dia 21 de abril a greve dos professores e técnicos administrativos organizados pelo Sinasefe.

Fasubra em greve

Os técnicos administrativos da Fasubra já estão em greve há quase um mês e fortalecem a Campanha Salarial. A paralisação cresce a cada dia e conta com adesão de quase 90% dos servidores.  Como parte das atividades que integram o Fórum, a categoria irá levar caravanas a Brasília nos dias 6 e 7 de maio.

A CSP-Conlutas diversas entidades do funcionalismo público federal está dando todo apoio para a greve e aprovou uma moção de solidariedade à luta da categoria. (confira aqui)

Fonte: CSP-Conlutas

Votação do PNE é novamente adiada

imp-ult-624687747A votação do Plano Nacional de Educação (PNE) na comissão especial da Câmara foi novamente adiada, dessa vez para o dia 22 de abril. Para ser aprovado, o texto do relator Angelo Vanhoni (PT-PR) tem que passar por votação, assim como os quase vinte destaques apresentados. Entre as várias polêmicas e contradições do texto, novamente surgem disputas sobre o significado do termo “educação pública” e em relação artigo que versa sobre a importância da educação defender a “superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”.

O texto do PL, que é um plano decenal de normatização todos os níveis da educação brasileira entre os anos de 2011 e 2020, encontra dificuldades para ser aprovado desde o ano de 2010, quando o PNE de 2001-2010 teve fim, sem que a maioria de suas metas fosse cumprida, principalmente no que se refere ao financiamento daeducação pública.

A pressão da bancada evangélica e da bancada que defende os interesses da educação mercantil fez com que o texto em tramitação apresente muitos problemas, principalmente no tocante aos investimentos públicos em instituições privadas de ensino e na tentativa dos evangélicos de barrar qualquer conteúdo anti-machista, racista e homofóbico no plano.

O ANDES-SN defende que os recursos públicos sejam destinados apenas para educação pública, para esta seja gratuita, pública, laica, de qualidade socialmente referenciada para toda a população, em todos os níveis.

Neste sentido, a entidade integra a campanha pela aplicação imediata de 10% do PIB na Educação Pública, que se contrapõe ao PNE em tramitação no Congresso, que propõe desviar o dinheiro público para a rede privada de ensino, que cada vez mais concentra sua prioridade no lucro e na valorização de suas ações na bolsa.

O Sindicato Nacional também participa da construção do Encontro Nacional de Educação, que acontecerá no Rio de Janeiro, entre os dias 8 e 10 de agosto. O Encontro tem caráter de independência das esferas oficiais e neste aspecto faz um contraponto à Conferência Nacional de Educação (Conae), inicialmente prevista para o início deste ano, mas adiada pelo governo.

Fonte: ANDES-SN

A FAVELIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES ESTADUAIS NO BRASIL

Enquanto o governo ostenta um chamado “mega” investimento em instituições federais de ensino superior, contestado pelo ANDES – Sindicato Nacional, as universidades estaduais, em sua grande maioria, amargam o abandono daquele nível da educação que deveria ser, segundo a Constituição Brasileira, de responsabilidade do governo federal.
Com um déficit gigantesco o Brasil tenta se inserir no mundo globalizado, caminhando para ser a quinta economia mundial, amargando indicadores vergonhosos de educação. Realidades absurdas e contrastantes podem ser verificadas neste imenso país, da primeira etapa da educação básica (ed. Infantil à educação superior). Falta de professores, má formação, remuneração e condições de trabalho; número de funcionários e qualificados insuficientes, que lutam e amargam contra a ingerência politica com a “venda/atribuição de cargos” nas mãos de governadores, prefeitos, deputados e vereadores.
O papel e a representação das instituições estaduais estão expressos na quantidade de universidades por estados/região: Sudeste 8 (SP 3, RJ 3, MG 2), Sul 9 (PR 7, RS 1, SC 1), Nordeste 12 (BA 4, CE 3, PE,PB,MA,PI,RN: 1), Centro Oeste 3 e, Norte 5 (AM, PA, RR, AP,TO). Segundo dados do Censo da Educação Superior 2012, o total de alunos matriculados nas IES publicas e privadas era de 7.037.688; entre as públicas, 1.087.413 (57.3%) nas federais e, 625.283 (42.7%) nas estaduais.
Com a política acertada da inclusão de todos os segmentos sociais na educação superior alguns obstáculos precisam ser vencidos, entre eles: superar as deficiências de formação da educação básica, a falta de livros, condições de permanência bolsas, moradias, restaurantes, etc.
Os critérios produtivistas excluem ou impedem o sucesso daqueles que precisam trabalhar (a média de evasão vai de 1,3% a 38,37%); há a violação constante da autonomia universitária apesar da eleição direta não ser o voto universal (segmentos com menor numero de representantes tem o mesmo peso de votos, funcionários, discentes, docentes).
A mercê da indicação/interferência dos governadores, o baixo repasse de recursos orçamentários impede a manutenção e/ou mesmo a sobrevivência e expansão com qualidade das instituições estaduais. Com o discurso da expansão das instituições federais os governos estaduais estão abandonando ou deixando a míngua suas instituições de ensino superior.
Em 2001, havia no Brasil, 3 milhões de estudantes matriculados nas instituições publicas e privadas, em 2010, eram 5,37 milhões, 14,7% nas modalidade à distancia (censo universitário do MEC). O plano Nacional de Educação 2000-2010 tinha como meta atingir 33% da população de jovens entre 17 e 24 anos, atingiu 17,4% (censo da educação superior de 2012). Do total de 7 milhões de alunos matriculados em cursos de graduação 73%, equivalentes a 5.140.312 milhões estavam em instituições privadas.
O exemplo da favelização das universidades estaduais tem seu exemplo maior na Universidade de São Paulo que construiu um campus em cima de um terreno onde funcionava um lixão, gases tóxicos tem impedido por várias vezes seu funcionamento. Em outros estados ou se realiza o pagamento defasado dos salários ou se investe em infraestrutura. Pseudos críticos afirmam que as universidades são improdutivas e que apenas reproduzem conhecimentos.
Na Bahia, como em outros estados a moda agora é a COPA DO MUNDO, reitores fazem propaganda alardeando milhares de metros construídos. O que se constata é a falta de qualidade das construções, desde os projetos arquitetônicos que amargam com problemas de acústica, vazamentos, trincas, exposição demasiada ao sol, rachaduras, impossibilidade de mobilidade para pessoas com deficiência, arborização etc. Os puxadinhos estão por todo lugar, não há um planejamento de longo prazo, uma estética. A ingerência dos órgãos do governo do estado elevam o custo para tempo inimagináveis de construção. Se houvesse o exercício da autonomia universitária os valores seriam infinitamente menores assim como o tempo de conclusão das obras.
Com a falta de recursos suficientes para mobilidade nacional e internacional, para pesquisa, laboratórios, criação e expansão/qualificação de novos cursos, diminuição das reprovações e evasões etc., institucionalizamos a favelização das universidades estaduais no Brasil. Será este o padrão “FIFA” da educação brasileira?
Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva, coordenador do NECA/UESB, membro do Fórum Estadual de Educação da Bahia. Email: reginaldoprof@yahoo.com.br

Jornada Universitária de Luta Pela Terra

Como parte das ações da Jornada Universitária da Luta Pela Terra, o grupo de pesquisas Movimentos Sociais, Diversidade Cultural e Educação do CEPECH/DCIE, em parceria com o Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da UESC, realizará no dia 28 de abril, às 19 horas, no Auditório Jorge Amado, a mesa-redonda “A luta pela terra na regional Sul da Bahia”, com objetivo de discutir a temática da luta pela terra na Regional Sul da Bahia.

Debatedores:
Teia de Agroecologia Povos da Cabruca e da Mata Atlântica – Coordenação do Assentamento Terra Vista – Joelson Ferreira
Movimento Indígena – Prof. Dr. Carlos José (DFCH/UESC)
Escola Família Agrícola – Profª Janira Souza
MST – Geane Núbia

A Jornada Universitária da Luta Pela Terra está sendo realizada no mês de abril por meio de atividades acadêmicas em várias universidades brasileiras, em comemoração ao aniversário do dia internacional de luta pela terra – Dia 17 de abril.

Na oportunidade, os coordenadores do evento lançarão seus livros: “Ocupar, resistir e produzir, também na educação! O MST e a burocracia estatal: negação e consenso”, da professora Arlete Ramos dos Santos (DCIE), e “Analfabetismo entre idosos no semiárido nordestino”, do professor Marcos Augusto de Castro Peres (DFCH).

Fonte: UESC

Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação garante: “Na Copa vai ter Luta”

Mais de 2,5 mil pessoas participaram o evento em São Paulo, neste sábado (22)

A abertura da Copa do Mundo, assim como todo o calendário de jogos, será acompanhada de grandes manifestações populares, em diversas cidades do país. O dia 12 de junho foi escolhido como a data de início da Jornada de Mobilizações “Na Copa vai ter Luta”, organizada pelas mais de cem entidades que se reuniram no Encontro Nacional do Espaço de Unidade de Ação, neste sábado, dia 22, no Sindicato dos Metroviários, em São Paulo.

Após oito horas de discussões, os mais de 2,5 mil representantes dos movimentos sindicais, estudantis, sociais e populares aprovaram o manifesto “Vamos voltar às ruas – Na Copa vai ter luta” (leia aqui) e o calendário de mobilizações.

O manifesto ressalta os recursos destinados pelos governos federal e estaduais às obras da Copa do Mundo, em detrimento de serviços públicos para a população. “A Copa do Mundo é mais uma expressão desta política desigual, que privilegia poderosos e impõe situação de penúria à maioria da população. O governo federal e dos estados estão gastando mais de 34 bilhões de reais com a construção e reforma de estádios, aeroportos outras obras para a Copa, o dinheiro é colocado nas mãos de empreiteiras, enquanto a população pobre é despejada de suas casas para dar lugar a essas obras”, diz um trecho do manifesto.

Como forma de protestar contra essa situação, as entidades participantes pretendem mostrar à sociedade o destino dado ao dinheiro público, com gastos abusivos na construção de estádios e infraestrutura, em que os grandes beneficiados são a Fifa e empreiteiras. “Nós queremos recursos públicos para saúde, educação, moradia, transporte público e reforma agrária!”, afirmam as entidades no documento.

No início da tarde, os 2,5 participantes realizaram uma passeata na Radial Leste, importante via da capital paulista, para dar um alerta à presidente Dilma Rousseff: “Dilma, escuta, na Copa vai ter luta”, alertavam os manifestantes.

O Encontro
A parte da manhã foi dedicada às falas de abertura e saudações das entidades. A mesa foi composta por representantes da CSP-Conlutas, de A CUT Pode Mais, Condsef, Feraesp, Fenasps, Jubileu Sul e delegações das greves do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), Rodoviários de Porto Alegre e Garis do Rio de Janeiro, as quais receberam uma calorosa saudação do plenário. Todas as intervenções reforçaram a importância da unificação da luta em defesa da classe trabalhadora.

Logo após, os participantes se dividiram em 14 grupos temáticos para debater uma série de eixos apontados como centrais na luta como a reforma agrária, a violência e opressão aos trabalhadores, serviço público, transporte, moradia, educação pública e saúde do trabalhador.
Para a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, a realização do encontro possibilitou fortalecer a unidades classista e dos movimentos populares num momento da conjuntura que exige luta permanente.

“Os governos seguem espoliando população em seus direitos mais básicos como saúde, educação, moradia e transporte público e gastando mais de 30 bilhões com a construção de estádios. A classe trabalhadora, a juventude estudantil e os movimentos populares estão indignados com a opção do governo em destinar recursos para as grandes empreiteiras, deixando a população  desprovida de seus direitos básicos”, ressaltou. A diretora do Sindicato Nacional destacou que no encontro ficou evidente a disposição dos vários movimentos em unificar as bandeiras para as mobilizações que ocorrerão nos próximos meses, durante a realização da Copa do Mundo.

Marinalva lembra ainda que no final da próxima semana (29 e 30 de março) o setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) se reúne em Brasília e que as discussões e encaminhamentos deste sábado contribuirão para os debates e para reforçar a luta dos docentes federais. Além disso, a presidente do ANDES-SN destacou a importância do Encontro do Espaço Unidade de Ação na construção do Encontro Nacional de Educação.

“O ANDES, em 33º congresso em fevereiro do ano em curso, aprovou como centralidade da luta a defesa do nosso projeto de educação na construção da unidade classista dos movimentos sindical e popular e solidariedade ao movimento internacional dos trabalhadores. A realização do encontro do Espaço Unidade de Ação também possibilitou a discussão da realização do Encontro Nacional de Educação, envolvendo entidades que ainda não participavam da organização e que, a partir de agora, assumirão esta bandeira em seus estados, para em agosto realizarmos um grande evento que discuta o projeto de educação pública para a classe trabalhadora”, explicou.

Calendário
A organização das manifestações começa efetivamente em abril e maio, com a realização de plenárias nos estados. Entre os dias 1º e 3 de maio, acontecerá o I Encontro de Atingidos por Megaeventos e Megaempreendimentos, em Belo Horizonte (MG). Haverá ainda o Dia Internacional contra as Remoções da Copa, marcado para 15 de maio. Confira abaixo o calendário.

– 22 de março: Encontro Nacional “Na Copa vai ter luta”.
– Abril e Maio: Realização dos encontros plenárias nos estados para organizar o calendário de lutas.
– Abril: Realização de um ato nacional contra a criminalização das lutas, dirigentes e ativistas, da população pobre e de periferia, vinculando ao aniversário dos 50 anos do golpe militar de 1964. Ampliar essa iniciativa para além dos movimentos sociais, procurando outras entidades como a OAB, ABI, Comissão Justiça e Paz, Comissões de Direitos Humanos etc.
– 28 de abril: Dia de luta e denúncia dos acidentes de trabalho.
– Abril e Maio: Jornada de lutas convocada por vários segmentos do movimento popular para defender o direito à cidade (moradia, transporte e mobilidade, saneamento etc.).
– 1º de maio: O Dia Internacional do Trabalhador/a será com a organização e participação em atos classistas.
– 1º a 3 de maio – I Encontro de Atingidos por Megaeventos e Megaempreendimentos (Belo Horizonte – MG).
– 15 de maio: Dia Internacional contra as Remoções da Copa.
– 12 de junho – Abertura da Jornada de Mobilizações “NA COPA VAI TER LUTA”, com grandes mobilizações populares em todas as grandes cidades do país.
– Período dos jogos da Copa: realização de manifestações nos estados conforme definição dos encontros e plenárias estaduais
– 15 e 16 de julho – Mobilizações contra a Cúpula dos BRICS (Fortaleza).
– 1º a 7 de setembro – Semana da Pátria e Grito dos/as Excluídos/as, com o lema: “Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos”.

* Com informações da CSP-Conlutas

Fonte: ANDES-SN

Encontros de Março organizam as lutas dos trabalhadores

Começa nesta sexta-feira (21) uma série de atividades organizadas  pela CSP-Conlutas, dentre outras entidades nacionais, afim de fortalecer as lutas em curso e as que virão, além de preparar um calendário unificado de lutas em bandeiras para  período que se segue.

Para a sexta-feira estão agendadas a VIII Assembleia Nacional da ANEL e a reunião de Coordenação Nacional da Central. No sábado (22) acontece  o encontro  do “Espaço de Unidade de Ação”,  inicialmente pela CSP-Conlutas, A CUT Pode Mais-RS, a Feraesp e o setor majoritário da Condsef, mas que já somam diversas outras entidades (veja aqui a convocatória).  Finalizando as atividades, o domingo (23) será marcado pelo encontro da secretaria de negros e negras da CSP-Conlutas.

Saiba mais sobre as atividade no site da CSP-Conlutas.

 

 

19 de março: Servidores Federais realizam Dia Nacional de Mobilização

 


Por todo o país, as seções sindicais do ANDES-SN realizam rodadas de assembleias gerais para definir as atividades da próxima quarta-feira

Na próxima quarta-feira (19), os professores federais de todo o país se unem às demais categorias do funcionalismo público para marca o Dia Nacional de Mobilização, definido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF). A atividade foi incluída no calendário de mobilização do Setor das Ifes do ANDES-SN, como um dia nacional de paralisação.

Por todo o país, as seções sindicais do ANDES-SN realizam rodadas de assembleias gerais nesta semana para definir as atividades que serão realizadas na quarta-feira (19), Dia Nacional de Paralisação dos docentes das Instituições Federais, em conjunto com outras categorias dos SPF. Em Brasília, um grande ato será realizado na Esplanada dos Ministérios para marcar a data e cobrar do governo federal resposta à pauta unificada dos SPF, já protocolada em janeiro.

“Em todos os estados, os docentes estão organizando diversas atividades como debates, aulas públicas, passeatas, panfletagem para conscientizar a população sobre a pauta conjunta dos SPF e também as reivindicações específicas dos professores das Instituições Federais”, conta Paulo Rizzo, 1º secretário do ANDES-SN.

Segundo o diretor do Sindicato Nacional, em Brasília será realizado um grande ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), com concentração a partir das 9 horas. “Iremos cobrar a negociação efetiva da pauta unificada apresentada ao Governo Federal e resposta à solicitação de audiência com a ministra Miriam Belchior, pois até o momento não recebemos retorno do compromisso firmado na última reunião com representantes do Planejamento”, explica Rizzo.

No início de fevereiro, durante manifestação em frente ao Mpog, dirigentes das entidades que compõem o Fórum dos SPF foram recebidos pelo chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Planejamento, André Bucar, além do secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e sua equipe técnica.

Mendonça e Bucar se comprometeram em apresentar uma resposta oficial, até o início março, à pauta dos SPF, protocolada no dia 24 de janeiro. Os representantes do Planejamento também buscariam articular uma reunião entre as entidades nacionais dos servidores e a ministra Miriam Belchior.
O coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, destaca que entre as bandeiras de luta do funcionalismo público federal, estão a implementação de uma política salarial (que não foi implementada até hoje), com correção de perdas; defesa do serviço público e contra qualquer tipo de reforma que signifique retirada de direitos; mais verbas para a educação e a saúde; luta contra ações de governo que signifiquem privatização no setor púbico, como o Funpresp e a Ebserh.

Barela ponderou que não está descartada a possibilidade de construção de uma grande greve do funcionalismo público. “Os servidores se preparam para um processo importante de luta. Os técnicos administrativos das universidades federais já definiram greve a partir do dia 17, segunda-feira. Há um chamamento do Fórum das Entidades dos SPF para realizarmos um grande ato em Brasília no dia 19 e temos a possibilidade concreta de um processo de construção de uma greve, que pode se unificar no decorrer do mês de abril”, avalia. O dirigente pondera ainda que tal reação de resistência se faz necessária diante do descaso dos governos com as reivindicações da classe trabalhadora.

Agenda
Na tarde do dia 19, após o ato, haverá uma reunião ampliada do Fórum das Entidades para discutir os próximos passos da Campanha Salarial. Será elaborada ainda uma carta-aberta à população com intuito de dialogar sobre a falta de políticas sociais do governo para o serviço público. Desta maneira, pretende-se estreitar as demandas dos servidores públicos com as necessidades mais sentidas do povo trabalhador.

Já na sexta-feira (21), será realizada em São Paulo a reunião ampliada da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas. No dia seguinte (22), acontecerá, também na capital paulista, o Encontro do Espaço Unidade e Ação, sob o lema “Reforçar a unidade para fortalecer a luta. Basta de privilégios para a Fifa, grandes empresas e bancos. Queremos saúde, educação, transporte público, moradia e respeito aos diretos do povo”.

Diversas organizações e movimentos sindicais, populares, culturais, da juventude de luta contra as opressões devem participar do encontro, que tem como objetivo avançar na construção da unidade para fortalecer as lutas que estão em curso e as que virão, bem como para buscar a unificação dos calendários e bandeiras e realizar grandes manifestações durante o período da Copa do Mundo.

Confira os eixos da Campanha Unificada dos SPF
– Definição de data-base (1º de maio);
– Política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;
– Cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolo de intenções firmados;
– Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhadores;
– Retirada por PL’s, MP’s, decretos contrários aos interesses dos servidores públicos;
– Paridade e integralidade entre ativos, aposentados e pensionistas;
– Reajuste dos benefícios;
– Antecipação para 2014 da parcela de reajustes de 2015.

Fonte: ANDES-SN

Barbárie no sul da Bahia: Jagunços incendeiam 28 casas e espancam indígenas

Por Patrícia Bonilha,

de Brasília

 

 

 

Mais um episódio de extrema violência envolvendo a disputa de terras ocupadas pelo povo Tupinambá ocorreu na Bahia. Desta vez, a cena dos crimes foi o município de Itapebi, localizado no extremo sul do estado, há cerca de 600 km da capital Salvador. Na última sexta-feira (7 de março), por volta das 9h, dezoito jagunços – dentre eles dois ex-policiais – fortemente armados circularam a aldeia Encanto da Patioba, renderam três homens, duas mulheres e duas crianças, espancaram dois idosos e um casal, mataram animais domésticos e de criação, roubaram bens, ameaçaram estuprar uma das mulheres e incendiaram todas as 28 casas da aldeia.

 

“Foi um massacre. Queimaram tudo o que estava dentro das casas: roupa, comida, documentos, tudo. E o que não queimaram, eles roubaram: motosserra, rádio, fogão, celular, motor de farinheira (que gera energia) e um ralador. Mataram cachorro a facão. Atiraram nos perus. Acabaram com nossas galinhas, a gente tinha pra mais de 400 galinhas na comunidade toda. Destruíram nosso canavial. Cataram nossas roças, nossas abóboras. Não sobrou nada”, se indigna o cacique Astério Ferreira do Porto, de 63 anos. Mostrando as marcas da violência deixadas em seu próprio corpo, ele relata que foi jogado no chão e algemado pelos jagunços. Em seguida, apanhou muito, e de todo jeito: paulada, chute, pano de facão, “até de chapéu de couro… também xingaram muito a gente. Tudo pra gente entregar onde estavam as outras lideranças que eles estavam procurando”.

 

Ele conta que os jagunços chegaram de uma vez. A maior parte da comunidade conseguiu fugir para o mato porque foram avisados minutos antes que eles estavam “descendo pra aldeia”. “Seu” Astério, “seu” Preto, de 73 anos, Robinho, “dona” Eliete, 45 anos, e uma mulher, mãe de duas crianças (uma de cinco anos e outra de sete meses) não conseguiram correr a tempo.

 

Continuam o relato, afirmando que com armas apontadas para as suas cabeças, os jagunços portavam pistola 765, espingardas 44 e 12, rifle calibre 38, pistola 380, facão na cintura e até dois fuzis “que talvez sejam R15”. “Eram 18 jagunços e não tinha nenhum desarmado”, afirma Astério, ainda sentindo as fortes dores na perna esquerda, no dorso e na região abdominal.

 

Também com vários hematomas no corpo, principalmente nas costas e braços, Eliete de Jesus Queiroz relata que levou um tapa tão forte no ouvido esquerdo que quatro dias depois do atentado ainda sente tonturas e muita dor. “Eles chegaram a ameaçar que iam estuprar nós. Nossa sorte é que, depois que viram as crianças, eles pararam de bater em nós duas. Mas as crianças ficaram traumatizadas e logo depois o menino vomitou bastante”, relata. Seu Preto, considerado um ancião, e Robinho também foram vítimas da violência dos jagunços e pistoleiros.

 

Após usarem 25 litros de gasolina para incendiarem as 28 casas da Patioba, destruindo completamente a aldeia, os jagunços colocaram os indígenas à força dentro de seus carros e os dois ex-policiais os levaram para a delegacia de Itapebi porque – inacreditavelmente – queriam denunciá-los pelo porte de uma espingarda velha usada para caçar tatu, paca, gavião, “mas que nem prestar muito tava prestando mais, porque tava sem espoleta”, conta Astério.

 

Como o delegado não estava, foram levados para o município de Eunápolis. Mas o delegado local não quis recebê-los, pois se tratava de um fato da jurisdição de Itapebi, para onde voltaram e registraram um boletim de ocorrência, onde os indígenas aproveitaram e relataram toda a barbárie a que haviam sido submetidos. No entanto, absolutamente nada aconteceu com os jagunços. Como mencionado nesta matéria, dois deles são ex-policiais. Somente por volta das 19h, os Tupinambá foram liberados – dos jagunços e pela delegacia.

 

A Polícia Federal, de Porto Seguro, e a Fundação Nacional do Índio (Funai) foram informadas sobre as extremas violências e violações a que foram submetidos os Tupinambá, mas até o fechamento desta matéria ainda não tinham ido à aldeia da Patioba, segundo os indígenas.

 

Na segunda-feira (10), Eliete e Astério, após apresentarem denúncia no Ministério Público Federal (MPF), fizeram exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. Na terça, após atendimento médico em hospitais, fizeram a denúncia ao Ministério da Justiça e na manhã desta quarta-feira (12) denunciam a barbárie a que foram submetidos ao Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot. À tarde fazem o mesmo na Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

 

Não se trata de uma mera coincidência

 

Cabe aqui ressaltar que a reunião na PGR havia sido agendada antes deste atentado ter acontecido na aldeia Patioba. Solicitada por organizações indígenas e indigenistas, a proposta é justamente denunciar a crescente violência contra os povos indígenas em várias regiões do Brasil e associá-la a políticos da bancada ruralista que vêm incitando esta violência. Em fevereiro, estas organizações entraram com uma representação na PGR contra os deputados federais Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Alceu Moreira (PMDB-RS) por terem feito afirmações, gravadas em vídeo e veiculadas amplamente nas redes sociais, carregadas de preconceitos e incentivos à violência como solução para os conflitos agrários com os indígenas.

 

Inimigos mais que conhecidos

 

“O que a gente percebe é que falta vontade mesmo do governo e da polícia de fazer justiça. Aqui, não precisa investigar nada. A gente sabe quem foi que fez isso com o nosso povo. Eles não se escondem. O próprio José Gastão falou pra gente a lista das pessoas que eles querem matar”, afirma José Moreira Campos, o Juquira, uma das lideranças indígenas ameaçadas de morte, que não estava na Patioba quando os jagunços chegaram.

 

De acordo com os depoimentos feitos pelos Tupinambá ao MPF e na PGR, os dois ex-policiais, que também são fazendeiros, Gilmar (cujo verdadeiro nome seria Teodomiro) e José Maciel estavam entre os jagunços e, inclusive, foram os que os levaram para as delegacias. Outros responsáveis pela barbárie apontados pelos indígenas aos órgãos federais são o fazendeiro Peba, Juarez da Silva Oliveira, ex vereador e candidato derrotado do PP à prefeitura de Itapebi na última eleição, e o gerente da fazenda Lombardia, José Gastão. Após a invasão e destruição da aldeia, de acordo com os Tupinambá, a grande maioria dos jagunços se encaminhou para a fazenda Condomínio. “Nós vimos eles entrando na fazenda”, afirma Astério.

 

Além de Juquira e Astério, outros cinco Tupinambá da aldeia Patioba estão ameaçados de morte: o cacique Roberto, o vice cacique Carlos, o ex cacique Jovenal, a liderança Adauto e Jefinho, filho de uma liderança. Juquira conta que eles precisam se retirar da aldeia de tempos em tempos e vivem sempre preocupados com a possibilidade de que as promessas de morte sejam cumpridas. “Eles querem nos matar porque sabem que a gente não vai sair da terra que é nossa. Meu bisavô morreu aqui, meu avô morreu aqui, meu tio morreu aqui. Os parentes da Eliete morreram aqui. Só que a gente não tinha documento da terra. Índio não tinha mesmo documento da terra, mas nós não vamos negociar a nossa terra”, garante Astério.

 

A disputa pela terra

 

Segundo Astério, Juquira e Eliete, o governo federal e a Funai têm uma grande responsabilidade sobre as violências e violações contra os Tupinambá porque não fazem nada em relação à área reivindicada pelo povo como tradicional. “A Funai foi lá em 2005, 2006. Mas é só promessa. Daí, os fazendeiros vão se apossando de terra que é terra indígena e do Estado, vão nos ameaçando e nos matando. O ancião Salomão foi assassinado na Aldeia Patioba há cinco anos, e isso fez com que muitos de nós ficassem com medo e desistissem da terra”, rememora Astério.

 

Os três moravam desde 2002 na aldeia Vereme, mas tiveram que deixar a área por conta de uma reintegração de posse realizada em 2012. “Chegaram a usar até os sem terra contra a gente. Mas depois o fazendeiro da São Brás, mesmo dono da fazenda Lombardia, entrou com liminar contra eles também”, conta Juquira.

 

Após as 35 famílias saírem escoltadas da área pela Polícia Militar e pela Funai, parte da aldeia se dispersou. Apenas alguns foram para a aldeia Patioba, localizada há seis km de distância. A família de Astério e mais duas ficaram por seis meses dentro da sede da Funai e, posteriormente, foram encaminhadas pela própria Funai também para Patioba.

 

De acordo com Astério, o dono das fazendas São Brás e Lombardia se considera dono da área de três alqueires que os Tupinambá ocupam – tanto na extinta aldeia Vereme como na recém destruída Encanto da Patioba, que contava com 31 famílias. “Esta terra está, inclusive, penhorada há mais de 30 anos. Acho que pelo Banco do Brasil”, afirma o cacique.

 

Método antigo: a violência

 

O aumento da violência contra os povos indígenas na Bahia é evidente e remete aos tempos da ditadura e ao auge do coronelismo no estado, ocorrido nas décadas de 1970 e 1980.

 

Segundo os Tupinambá de Olivença, que moram na região de Buerarema e Ilhéus, desde o início deste ano, vários indígenas foram mortos. Três jovens morreram depois da implantação de uma base do Exército dentro da área já identificada como território tradicionalmente indígena em fevereiro. “Nós não queremos o Exército em nossa terra. Eles nos tratam como bandidos. O que precisa ser feito é a demarcação de nossa terra para que possamos viver em paz”, afirmou ontem a cacique Valdelice, da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, em reunião no Ministério da Justiça.

 

Na área da aldeia Patioba, o mais recente ataque havia ocorrido apenas há cerca de 15 dias, quando o carro de um dos indígenas deixado no porto em Itapebi foi incendiado.

 

Sem casa, suas roças e animais, móveis, roupas, comida e, muitos sem documento, desde o dia 7 de março, os parentes de “Seu” Astério, “dona” Eliete e Juquira dispersaram-se em Eunápolis. “Somos indígenas, mas agora estamos como indigentes”, concluiu com tristeza o cacique.

 

Apesar de viverem no estado onde os colonizadores portugueses chegaram há 514 anos e terem seu histórico, modo de vida e incontáveis processos de resistência registrados em extensa bibliografia, o povo Tupinambá não tem ainda terras homologadas na Bahia. “Até quando será assim?”, parecia a pergunta nos olhos pequenos e sofridos de “seu” Astério.

 

Áudio

Potyrõ 859: Tensão é permanente em terra indígena invadida no Maranhão; Oiapoque: terra homologada é terra pacífica e produtiva

 

Potyrõ 859: Tensão é permanente em terra indígena invadida no Maranhão; Oiapoque: terra homologada é terra pacífica e produtiva

Fonte: CIMI – Conselho Indigestista Missionário

Fórum das ADs indica encaminhamentos e apoia a luta dos indígenas no Sul da Bahia

Fórum reivindicará os PLs da desvinculação e do quadro de vagas

 

Em reunião, na última sexta-feira (21), na Adusc, o Fórum das ADs avaliou a negociação com o governo sobre a ampliação do quadro e a desvinculação das vagas às classes, além de discutir a questão orçamentária, o GT Carreira e o reajuste linear. Ao final da reunião, as quatro ADs se posicionaram solidariamente à luta dos Tupinambás pela demarcação de suas terras no Sul da Bahia, subscrevendo uma Moção. No texto, consta a denúncia contra o “Estado de Exceção”, decretado pelo governo Dilma, relembrando os atos autoritários, repressores e arbitrários realizados pela Ditadura Militar nos anos 70.

Sobre a posição do governo de mandar para a Assembleia Legislativa apenas o PL da desvinculação, o Fórum das ADs manteve a posição inicial de reivindicar que seja mandado também o PL que amplia o quadro de vagas. No que tange ao orçamento, será feito um acompanhamento diuturno de como a redução das verbas vai afetar as condições de trabalho e estudo e será convocada uma reunião do Fórum das 12 (ADs, DCEs e Sintest). Quanto ao GT Carreira, será necessário aguardar até o dia 13 de março, quando ocorrerá nova reunião para tratar do assunto com o governo e o Fórum de Reitores. Em se tratando do reajuste linear, foi deliberado que o Fórum continuará tentando construir a luta unificada com outros setores do funcionalismo para cobrar ao governo o anúncio do índice, não menos do que os 5,91% e retroativo a janeiro, além da publicação de uma nota paga para denunciar o descaso do governo à sociedade

Fonte: ADUFS