Fonte: ADUFS
Fonte: ADUFS
Ao encerrar o 33º Congresso do ANDES-SN na madrugada de domingo (16), Marinalva Oliveira, presidente da entidade, destacou a disposição da categoria docente em fazer de 2014 o ano da educação. “Que 2014 seja mais forte que todos os outros anos. Estaremos ainda mais unidos em defesa do projeto da educação e de sociedade defendido pelo ANDES-SN”.
De 10 a 15 de fevereiro, 450 docentes, representantes de Seções Sindicais de todo o país, estiveram em São Luís (MA) para discutir e deliberar sobre os planos de lutas para 2014 do Sindicato Nacional. Depois de sete dias de intensos debates, caracterizados “pelo espaço democrático de discussão e exposição de diferentes opiniões”, como ressaltou Marinalva, os professores retornam para casa com a tarefa de construir o Encontro Nacional de Educação, previsto para agosto, além de dar seguimento a uma série de outras ações aprovadas durante o encontro, como os planos de lutas dos setores das Instituições Federais (Ifes), Estaduais/Municipais (Iees/Imes) e Particulares de Ensino Superior (Ipes). Leia mais aqui.
Encerramento
Na plenária de Encerramento, Antônio Gonçalves, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Maranhão (Apruma) – Seção Sindical que recebeu o Congresso -, destacou a importância de realizar o evento na UFMA, para que docentes de outras regiões pudessem conhecer a realidade desta universidade. Gonçalves agradeceu a todos que ajudaram a organizar o encontro e também aos estudantes, docentes e técnicos administrativos que conquistaram aquele espaço. “É uma honra muito grande para nós”, reforçou.
Daniel Franco, vice-presidente da Regional Nordeste I do ANDES-SN, ressaltou a qualidade das discussões e deliberações do Congresso. “Tenho a certeza de tivemos um Congresso muito proveitoso, com muitas ações que serão postas em prática ao longo de 2014”, avaliou.
O secretário-geral, Márcio de Oliveira, fez a leitura da Carta de São Luís, documento síntese do 33º Congresso, e apresentou as moções propostas para votação. Os delegados aprovaram 42 manifestações de apoio, repúdio e solidariedade em relação a diversos temas, entre os quais a greve dos servidores da saúde do Rio de Janeiro, dos rodoviários de Porto Alegre e dos funcionários da Comperj, a luta dos povos Tupinambá, Guarani e Kaiowá, a luta dos professores portugueses, a repressão contra o MST, a PEC 555, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 499/13 – conhecida como a Lei do Antiterrorismo -, a criminalização dos movimentos dos trabalhadores e da juventude, e a violência e violação dos direitos dos presos no Maranhão.
Em sua fala final, a presidente do ANDES-SN destacou: “A Carta de São Luís mostra o quanto trabalhamos durante o 33º Congresso. Agora, voltaremos às nossas bases para dar completude à luta. O 33º Congresso destadou o fortalecimento do movimento docente, que reconhece o ANDES-SN como local de luta, onde podem se unir em defesa da classe trabalhadora e do projeto de educação proposto pelo Sindicato Nacional”.
Sandra era militante e dirigente do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE); o assassino é o companheiro da vítima Na madruga desta segunda-feira (17), a dirigente do SIMPERE, sindicato filiado à Central, Sandra Fernandes, foi vítima fatal da violência e do machismo. Seu namorado, Marco Aurélio da Silva, é o assassino que matou a militante e seu filho Cauã, de apenas 10 anos de idade.
A companheira que sempre somou em debates sobre machismo e opressão contra as mulheres, sobretudo na organização do Movimento Mulheres em Luta (MML), infelizmente se tornou mais uma vítima desta violência que mata todos os dias.
O MML expressa sua indignação em nota oficial e a CSP-Conlutas também presta solidariedade a família, aos colegas e aos companheiros de luta de Sandra Fernandes e de seu filho, Cauã, de apenas 10 anos.
Leia abaixo a nota do Movimento Mulheres em Luta:
É com extremo pesar que viemos informar que a companheira Sandra Fernandes foi assassinada, junto com seu filho Cauã, de 10 anos, na madrugada dessa segunda feira, dia 17 de fevereiro. Sandra era professora da rede municipal de Recife.
O namorado de Sandra confessou o crime e já está preso. Mais um triste fato que demonstra as consequências do machismo e da violência na vida das mulheres. Sandra levou nove facadas e Cauã 11.
Sandra militava há 10 anos no PSTU e era dirigente do SIMPERE, Sindicato filiado à CSP Conlutas, que representa sua categoria. Sandra era também militante e construtora do Movimento Mulheres em Luta, e o debate e a luta contra o machismo era parte central de sua história de militância.
Sabemos que a violência machista mata 15 mulheres por dia e que a violência física é a expressão mais bruta e individualizada da ideia de dominação do homem sobre a mulher. Sandra se soma a essa triste estatística, o que não deixar de indignar e entristecer os companheiros e companheiras que militaram ombro a ombro com a companheira.
Soma-se à tristeza da perda, a raiva e a indignação que esses casos geram. Até quando mais mulheres vão morrer em situações bárbaras como essas?
Sandra militava para destruir o capitalismo, o principal responsável por essas barbaridades que todos os dias entristecem e indignam milhares de mulheres, parente, amigos, companheiros, etc.
O capitalismo se apropria da ideologia machista para superexplorar as mulheres trabalhadoras e para sustentar essa ideologia desenvolve outras, vinculadas a essa, como a de que as mulheres são propriedade dos homens e que devem estar sujeitas aos mecanismos da violência física, para que a vontade do homem prevaleça.
A opressão machista sujeita todas as mulheres, inclusive aquelas que lutam contra o machismo. Não é verdade que o fato de ser consciente de sua condição de oprimida tira a possibilidade de viver situações de machismo, porque essa ideologia é a ideologia dominante na sociedade e perpassa a vida das mulheres em todos os seus aspectos.
O assassinato de Sandra nos entristece profundamente e queremos manifestar o carinho sincero com seus companheiros e companheiras de Recife, os que militam no PSTU, os companheiros e companheiras do SIMPERE e as companheiras do MML.
Precisamos transformar a tristeza em raiva contra o machismo e em motor para seguir a luta que Sandra tanto construiu, contra o machismo, a exploração e por uma sociedade realmente sem violência, uma sociedade socialista.
A morte de Sandra não mostra fraqueza dela, nem das mulheres, nem dos seus instrumentos de luta. Mostra força das ideologias que sustentam esse tipo de conduta bárbara, doentia e agressiva de seu então namorado. E precisamos mostrar que a luta de Sandra nunca foi, nem nunca será em vão.
Neste momento de dor, prestamos toda solidariedade à família, parceiros, amigos. Mas também colocamos toda nossa força política a serviço de lutar por um mundo em que não precisemos mais passar pelo sofrimento que estamos passando agora.
Cauã, presente!
Companheira Sandra, presente!
Fonte: CSP – Conlutas
Calendários preveem dia de paralisação nas Federais e de mobilização nacional para as Estaduais
Os delegados do 33ª Congresso do ANDES-SN aprovaram na tarde de sábado (15) os planos de lutas específicos para os três setores do Sindicato Nacional: Federal (Ifes), Estadual/Municipal (Iees/Imes) e Particular (Ipes).
Iees/Imes
O plano de lutas para o setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior apresentado pela diretoria do Sindicato Nacional foi aprovado com modificações. Entre as ações deliberadas estão a luta por uma carreira docente que priorize a Dedicação Exclusiva como regime de trabalho preferencial, pela garantia da autonomia acadêmica e administrativas das universidades e contra a privatização do ensino público, com mobilização permanente. Os delegados deliberaram ainda pela realização do Dina Nacional de Luta em defesa de mais recursos públicos para as Iees/Imes, previsto para 28 de maio deste ano.
Ifes
Para o setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), os delegados aprovaram combinar a luta especifica da categoria com a mobilização conjunta dos demais servidores públicos, chancelando os Eixos da campanha unificada de 2014.
O plano específico do setor destaca, na pauta de reivindicação, a luta pela reestruturação da carreira docente, salário e condições de trabalho, e traz uma agenda de luta que faz um grande chamamento para mobilização da categoria, com protocolo da pauta nas instâncias do governo, duas rodadas de assembleias gerais, um dia nacional de paralisação em 19 de março e reunião nacional do setor das Ifes, pautando a retomada da greve dos docentes, suspensa em 2012, a greve unificada e a definição das estratégias de luta e negociação.
Ipes
O fortalecimento da inserção da base docente do setor das Ipes no processo de organização sindical e defesa de seus direitos compõe o plano de lutas votado pelos delegados para o setor das Particulares. Para isso, o ANDES-SN dará continuidade às ações políticas, jurídicas e administrativas que garantam a mobilização e a construção de representação sindical dos docentes das Ipes. A plenária ainda debateu e aprovou a luta pela imediata expropriação, sem indenização e sem assumir as dívidas, das universidades Gama Filho e UniverCidade.
Os participantes do 33º Congresso, realizado em São Luís (MA), protagonizaram uma ampla discussão que teve início na tarde desta sexta-feira (14) e se estendeu pelo resto do dia, durante a Plenária sobre Questões Organizativas e Financeiras. A qualidade e a intensidade do debate mostraram as opiniões divergentes acerca dos Textos de Resolução (TR) que integram o tema.
Os delegados aprovaram alterações no Estatuto do ANDES-SN, com 187 votos favoráveis, e do Regimento Eleitoral, momento em que foi anunciado o início do prazo de uma hora para a inscrição das chapas. Ao final da tarde, foi apresentada a única chapa concorrente às eleições do Sindicato Nacional para o biênio 2014-2016. Foram apresentados os docentes que estarão à frente dos 11 cargos da diretoria nacional, e os indicados para a Comissão Eleitoral Central – CEC.
Os delegados aprovaram ainda as prestações de contas do 58º Conad, questões relativas ao Fundo Único do Sindicato Nacional, além da manutenção do apoio financeiro à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e à Auditoria Cidadã da Dívida. A intensificação do apoio à luta dos povos indígenas, por meio de apoio político e financeiro e a realização, através do GTPCEGDS, de debate sobre a temática e demandas dos povos indígenas, como também a elaboração de uma proposta de encontro/seminário no segundo semestre de 2014, com a apreciação da planilha financeira no 59º Conad também foram aprovadas, o que resultou de ampla discussão na Plenária.
O formato dos encontros deliberativos do Sindicato Nacional – Congressos e Conad -, no que diz respeito à extensão dos debates, cronograma, entre outras questões, também foi amplamente discutido.
Os delegados aprovaram autorizar o 59º Conad a rever a metodologia adotada para o Congresso do ANDES-SN relacionada ao tema, pauta e cronograma, a fim de ajustar a cadência de trabalho no evento, garantindo condições para apreciação e deliberação das propostas submetidas.
Uma série de ações a serem conduzidas pela Comissão da Verdade do ANDES-SN também foram deliberadas.
No início da manhã deste sábado (15), os delegados do 33º Congresso aprovaram, durante a prorrogação da Plenária do Tema 4, a homologação de duas novas Seções Sindicais – Seção Sindical dos Docentes da Universidade de Taubaté (Sindunitau) e Seção Sindical dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Aduemg), unidade Ibirité (MG).
Também foram aprovados os nomes indicados pelas Seções Sindicais para inclusão nos grupos de Trabalho (GT) do ANDES-SN.
Prorrogação
A Plenária, iniciada às 15h, foi prorrogada e se estendeu até o meio da manhã deste sábado (15). No final da manhã, foram iniciadas as discussões relacionadas à Plenária do Tema 5 – Plano de Lutas – Geral, Educação, Direitos e Organização dos Trabalhadores. O cronograma prevê ainda a realização da Plenária 6 – Plano de Lutas – setores – e da Plenária de Encerramento.
– Confira a quarta edição do Informandes Especial do 33º Congresso do ANDES-SN
Centenas de docentes, participantes do 33º Congresso do ANDES-SN, atenderam ao chamado dos movimentos sociais de São Luís (MA) e integraram, no início da noite desta quinta-feira (13), ato coordenado pela CSP-Conlutas em defesa dos direitos sociais e contra a política de opressão do governo estadual.
Ao longo de todo o percurso, representantes de movimentos sindicais, sociais, estudantil – como CSP-Conlutas, ANDES-SN, Quilombo Raça e Classe, Quilombo Urbano, Quilombo Charco, Associação Quilombo Cruzeiro, Moquibom, Anel, Movimento Mulheres em Luta (MML) – e a classe trabalhadora denunciaram os problemas vividos pela população maranhense, em relação à moradia, transporte, saneamento básico, alagamentos e a falta de acesso à educação e à saúde de qualidade, entre outros.
As lideranças dos movimentos quilombolas também relataram a repressão do governo, as ameaças que sofrem diariamente e as inúmeras tentativas de extinção das comunidades tradicionais. A presença dos docentes participantes do 33º Congresso foi destacada durante as falas, que saudaram os professores.
Durante a manifestação, a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, ressaltou a importância da unidade na luta e destacou a participação do Sindicato Nacional na atividade. “O ANDES-SN está reunido em São Luís com professores de todo o país, que representam instituições de ensino superior dos estados, e vem se somar a esta manifestação vitoriosa do povo maranhense, que reivindica o acesso a direitos sociais para esta população, que tem sido espoliada dos seus direitos”. Marinalva acrescentou ainda que os docentes estavam no ato por solidariedade à luta, e também na defesa da educação, pela aplicação dos 10% do PIB para a educação pública já, contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e por condições dignas de salários.
O presidente da Apruma, Seção Sindical do ANDES-SN, Antônio Gonçalves, ressaltou a presença do Sindicato Nacional na manifestação. “Agradeço ao ANDES-SN por se somar à classe trabalhadora do Maranhão nesta luta e exigir a saída deste governo. Vamos conseguir mudar a realidade do Maranhão em breve, não pelo voto, mas pela disputa e pela conscientização da classe trabalhadora. Estamos aqui para resistir”.
“O Maranhão esteve nas manchetes dos últimos dias por conta dos acontecimentos de Pedrinhas, mas o estado tem muitos outros problemas. Há meio século é dominado por uma oligarquia, responsável pelos problemas enfrentados pela população, mais de 60% passa fome. É o estado com a maior concentração de terras e com os piores indicadores de saúde, além de ter altos índices de analfabetismo. A população tem que lutar para conquistar suas reivindicações”, afirmou o representante da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Saulo Arcangeli.
Percurso
Os manifestantes se concentraram na Praça Deodoro, em frente à Biblioteca Pública, e seguiram pelas ruas do centro histórico até a rampa do Palácio dos Leões, sede do governo do Maranhão. Várias palavras de ordem, como “Quilombo não vive cansado, melhor morrer na luta que viver escravizado”, “Mulheres em luta contra a opressão, abaixo ao machismo e à exploração” e “Da copa eu abro mão, eu quero o Sarney bem longe do Maranhão”, foram ditas ao longo do caminho, que se somaram às falas de representantes de vários segmentos – saúde, educação e movimentos sociais. Um forte esquema policial impediu a subida dos manifestantes à sede do governo do estado, que permaneceram no local por mais de uma hora.
Um veículo da imprensa local, que cobria o ato, denunciou as ameaças sofridas por parte da polícia, que tentou censurar e impedir a cobertura. Expressões da cultura maranhense também estiveram presentes na manifestação, como o Tambor de Crioula. O ato foi finalizado com uma intervenção artística, feita por um docente da delegação da Bahia, participante do 33º Congresso.
A Política Educacional do Sindicato Nacional foi destaque entres as deliberações da plenária do tema 3, que discutiu as políticas sociais do ANDES-SN para o ano de 2014, na tarde desta quarta-feira (12), durante o 33º Congresso da entidade, que acontece na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís.
O primeiro texto de resolução votado prevê, entre outras ações, a articulação com os movimentos classistas populares e sindicais para a construção de uma agenda de lutas e ações que evidencie 2014 como o ano da educação, com encontros preparatórios no primeiro semestre antecedendo o Encontro Nacional de Educação previsto para agosto. Os delegados aprovaram ainda reafirmar os princípios e estabelecer diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação da Sociedade Brasileira, visando à atualização deste instrumento de luta como proposta contrária a que vem sendo empreendida pelos governos.
Ainda em relação às políticas de educação, os docentes deliberaram por intensificar na base a discussão sobre as reformas na educação básica, em especial sobre o PL 6840/2013, reconhecendo a pluralidade de setores que compõem a base do Sindicato Nacional. O ANDES-SN deverá articular através do setorial de educação da CSP-Conlutas com outros sindicatos de profissionais da educação e movimentos sociais e populares espaços de discussão sobre a educação básica, profissional e tecnológica. Além disso, irá também incorporar-se ao debate nacional sobre Universidade Popular na busca de fortalecer os laços do movimento docente com os movimentos sociais.
A plenária de Políticas Sociais aprovou ainda intensificar a luta no combate ao assédio moral e sexual nas Instituições de Ensino Superior, com a realização de um seminário sobre o tema.
Para a vice-presidente da mesa coordenadora da Plenária do Tema 3 e diretora do ANDES-SN, Sônia Lúcia Lima, o 33º Congresso está sendo muito rico “porque está expressando opiniões diferentes da categoria acerca dos diversos temas que o Sindicato trata”. Ela acrescenta que o debate ocorrido nos grupos mistos mostra que houve uma preocupação da base de fazer o debate nas assembleias e de os delegados trazerem os acúmulos discutidos.
“Fizemos um esforço em garantir de forma democrática que essa diversidade de opiniões fosse apresentada e que se chegasse às melhores resoluções que orientem a categoria para sua luta em 2014. Fizemos uma plenária boa e vitoriosa, mas estamos apenas começando”, avaliou.
Confira abaixo os Informandes especiais que já foram distribuídos durante o 33º Congresso aos participantes:
Informandes Especial – 33º Congresso nº 1
Informandes Especial – 33º Congresso nº 2
A falta de compromisso do governo Wagner para com a educação pública parece não ter limites. A informação de que o andamento da minuta ao Projeto de Lei (PL) a ser enviado à Assembleia Legislativa (Alba) prevendo a ampliação do quadro e a desvinculação das vagas às classes havia sido suspenso em função da “solicitação de um reitor” foi negada pelo Fórum de Reitores. A declaração (Leia aqui) do coordenador da Coordenação para o Desenvolvimento do Ensino Superior (Codes), Nildom Pitombo, dada durante reunião com o Fórum das ADs, dia 3 de fevereiro, reforça, mais do que a intenção do governo em ludibriar o Movimento Docente, a ausência de políticas para a Educação Superior.
O desrespeito com acordos firmados com o Movimento Docente (MD) tem sido uma prática bastante comum do governo Wagner. A urgência no envio do PL à Alba, solicitada também pelo Fórum de Reitores, é de conhecimento do governo desde maio do ano passado. Atualmente, as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) são penalizadas com a ausência de concurso público para a admissão de professores efetivos, o que tem provocado sobrecarga de trabalho, turma sem professores e impedimento das promoções garantidas aos docentes. Na Uefs, por exemplo, além das 50 vagas de professor efetivo, represadas de 2012 e 2013, a demanda para este ano é de, aproximadamente, 40 vagas.
A expectativa do Movimento Docente é de que na próxima reunião entre os fóruns das ADs, de Reitores e representantes do governo, dia 18 de fevereiro, às 16h, sejam apresentados os prazos para a realização de concurso, a desvinculação de vagas por classes e a questão orçamentária.
Fonte: ADUFS
A 53ª edição da Revista Universidade e Sociedade, que tem como tema Dimensões da luta: vozes da rua e as reflexões da universidade, foi lançada durante a plenária de abertura do 33º Congresso do ANDES-SN, realizada nesta segunda-feira (10), em São Luís, no Maranhão.
“Em todos os eventos que apresentamos uma nova edição, temos o orgulho de ter a Revista como um filho que tem uma trajetória própria. Trabalhamos durante seis meses em cada edição, e quando ela começa a ser distribuída e vai para as bases, vemos que tem vida própria e imortal, assim como são as palavras”, afirmou o 3º secretário do ANDES-SN, Rondon de Castro, membro da Editoria Executiva da 53ª edição, durante o lançamento. “No jornalismo se diz que a notícia de hoje embrulha o peixe amanhã. Não é o caso da Revista”, complementou.
De acordo com o diretor do ANDES-SN, a edição é composta por artigos que abordam as manifestações que marcaram o ano de 2013. “Temos artigos baseados, principalmente, nas jornadas de junho, em que a população foi às ruas. Vimos a necessidade de a universidade se posicionar para saber o que está acontecendo e fazer uma reflexão sobre este novo fato levando à discussão, porque possivelmente teremos novas jornadas este ano”, ressaltou.
Castro destacou ainda a qualidade dos artigos publicados. “Os artigos enviados para a Revista demonstram a qualidade dos companheiros e professores das universidades, que participam das atividades, para o futuro da nossa sociedade. Estamos trabalhando para a construção de uma universidade melhor e mais adequada para a sociedade”.
Sobre a capa da 53ª edição, ilustrada por um conjunto de corujas, o diretor do ANDES-SN explicou: “optamos pelo simbolismo da coruja, cujos olhos vermelhos demonstram a paixão pela verdade, pelo justo, pelo que é certo. São corujas manifestantes, caminhando pelas ruas. As capas partem do pressuposto de passar a mensagem para todos, de forma pensada e estudada”.
Em 124 páginas, a Revista apresenta oito artigos, além do ensaio fotográfico Vozes das Ruas, que mostram as manifestações e o poder da mobilização em várias partes do país, uma sequência de quadrinhos de Bira Dantas, entre outras publicações.
Campanha de Sindicalização
Durante a abertura, o 1º vice-presidente do ANDES-SN e encarregado de Imprensa do Sindicato Nacional, Luiz Henrique Schuch, fez uma apresentação da última etapa da Campanha de Sindicalização do Sindicato Nacional. Além de apresentar o conjunto de peças que integram esta fase – display, balão e artes para cartaz, banner e adesivos -, foi exibido um vídeo, aplaudido com entusiasmo pelos participantes do 33º Congresso (confira o vídeo).
Os materiais apresentados possuem espaço para a inserção das logomarcas das Seções Sindicais do Sindicato Nacional. possuem espaço para a inserção das logomarcas das Seções Sindicais do Sindicato Nacional.
Abertura
A abertura do 33º Congresso do ANDES-SN reuniu mais de 400 pessoas no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão. Sob o tema central “ANDES-SN na defesa dos direitos dos trabalhadores: organização e integração nas lutas sociais”, a 33ª edição do Congresso reúne docentes – delegados, observadores e convidados – de todo o país, até o próximo sábado (15).
A mesa da plenária de abertura contou com a presença de representantes do Movimento Quilombo Urbano e Moquibom, da CSP-Conlutas, da Fasubra, da Frente Nacional Contra a Privatização
da Saúde, do DCE da UFMA, da Anel, além da presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, do secretário-geral, Márcio Antônio de Oliveira, do tesoureiro do ANDES-SN, Fausto de Camargo, do 2º vice-presidente da Regional Nordeste 2 do ANDES-SN, Daniel de Oliveira Frauco, e do presidente da Apruma, Antônio Gonçalves.
Fonte: ANDES-SN
O primeiro dia do Encontro Interestadual de Agricultores Familiares e Assalariados Rurais do Nordeste acabou ao som de sanfona, triangulo e zabumba. Com muito forró no pé esse povo nordestino recarrega as forças pra continuar amanhã as discussões sobre a organização dos trabalhadores rurais da região. “O primeiro dia foi muito positivo. Discutimos tanto o papel do Governo Dilma e dos governos estaduais que tomam posição pelo agronegócio como as formas que tem os trabalhadores rurais para se organizar e lutar contra o latifúndio e os ataques do governo”, relatou Zé Maria, da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Foram cerca de 200 agricultores familiares e assalariados rurais, de 8 estados e 63 cidades do Nordeste Brasileiro que participaram do primeiro dia do encontro e fizeram do evento um sucesso. “Amanhã, nos grupos de trabalho, vamos nos preparar para que quando cada companheiro voltar para a sua base possa levar consigo a determinação de mudar a realidade desse povo sofrido que planta no nosso Nordeste e muitas ferramentas para usar não no roçado, mas no terreno do enfrentamento e das lutas contra o agronegócio e o governo”, opinou Paulo Gico, Presidente da FAFER/SE e membro da direção da CONAFER e CSP Conlutas. Amanhã o dia começa com os grupos de trabalho que serão divididos por estados. Cada grupo de trabalho vai discutir a situação em que se encontram as suas categorias, as campanhas de lutas que deveremos tocar e as medidas
Fonte: CSP-Conlutas