Comissão eleitoral homologa chapas para a eleição da diretoria do ANDES-SN

A Comissão Eleitoral Central (CEC) homologou, na tarde desta quinta-feira (1), as duas chapas inscritas para o processo eleitoral que elegerá a diretoria do ANDES-SN, que estará a frente do Sindicato Nacional no biênio 2018/2020.  Os membros da CEC estiveram reunidos nessa quarta (28) e quinta (1) e, após análise minuciosa da documentação apresentada pelas chapas inscritas, constataram que ambas cumpriram as exigências estatutárias e regimentais.

A comissão também divulgou, através da circular 01/CEC/2018, as nominatas da Chapa 1 – ANDES Autônomo e de Luta e da Chapa 2 – Renova ANDES. Confira aqui.

 

Confira as circulares:

Circular nº 001/CEC/18 

Circular Nº 002/CEC/18 –  a data do início da computação dos votos pela CEC (Art. 40 do mesmo regimento) para o dia 14 de maio de 2018 e o prazo de recurso à Comissão Eleitoral Local (CEL), previsto no Art. 49, para o dia 14 de maio de 2018, mantendo-se inalterados os horários referidos nos artigos mencionados.

Circular 19/18 – Encaminha os seguintes documentos:

 

  • 1. Ato Nº 001 da Diretoria do ANDES-SN, gestão 2018-2020, instituindo a Comissão Eleitoral Central – 2018.
  • 2. Regimento Eleitoral das eleições para a Diretoria do ANDES-SN, gestão 2018/2020.

PROMOÇÕES, PROGRESSÕES E MUDANÇAS DE REGIME DE TRABALHO NÃO ESTÃO GARANTIDAS PARA DOCENTES DAS UEBA

O ataque aos direitos trabalhistas da categoria docente não para, inclusive quando se trata das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho. Mais de 888 professores (as) da Uneb, Uesc, Uesb e Uefs estão na fila de espera. São 459 promoções, 227 progressões e 202 mudanças de regime. Esses foram os dados disponibilizados pelas reitorias das universidades, entre outubro de 2017 e janeiro de 2018.

A falta de compromisso do governo Rui Costa com os direitos trabalhistas impede o andamento dos processos. Além de não dar resposta sobre os números de processos travados, o Governo do Estado ainda omite a verdadeira realidade dos professores que estão na fila, como fez da matéria publicada no Portal do Servidor, ainda no início deste ano, sobre o assunto (leia mais).

Para Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, o governador Rui Costa presta um desserviço para a população baiana, a educação e aos professores. “Além de negar direitos historicamente conquistados, é revoltante que o governo divulgue dados manipulados para a sociedade. Ainda existem muitos professores na fila e isso precisa ser resolvido”, destacou Barroso.

Situação crítica

A falta de vontade política do governador Rui Costa para negociar implica no descumprimento dos direitos e na precarização das condições de trabalho. Entre os números, existem casos de mudança de regime de trabalho que já perduram há mais de três anos. Os problemas com a tramitação dos processos também ocorrem nas promoções. Além daquelas não realizadas devido à falta de vagas, docentes com vagas confirmadas têm seus direitos negados com o falso discurso da inexistência de previsão orçamentária. Os números oficiais mostram que recursos não faltam ao governo (leia mais).

Para as diretorias das ADs, o que os docentes exigem é apenas o básico, ou seja, respeito aos direitos trabalhistas assegurados no Estatuto do Magistério Superior da Bahia (LEI nº 8.352 / 2002). Ainda segundo os diretores do sindicato, o que se nota em todas as universidades é uma indignação geral com o constante desrespeito do Governo do Estado com os professores.

A luta pela garantia das promoções, progressões e mudança de regime foi um dos motivos da vitoriosa greve de 2015, de 86 dias. O ano letivo mal começou e a categoria já acumula um descontentamento com a questão semelhante ao ocorrido em de 2015. Atualmente, todas as Ueba estão com indicativo de greve aprovado. A pauta de reivindicações 2018 tem como um dos seus principais pontos justamente a luta pela garantia dos direitos citados.

Confira o documento na íntegra aqui

Leia mais sobre as perdas de direitos dos docentes

Aberto prazo para envio de artigos para as edições da Universidade e Sociedade

Pela primeira vez, a revista Universidade e Sociedade do ANDES-SN terá número Especial

imp-ult-361804012A diretoria do ANDES-SN divulgou, na quarta-feira (21), o prazo para envio de artigos para as edições de nº 62 e a Especial da Revista Universidade e Sociedade (U&S). Os interessados têm até 19 de março de 2018 para encaminhar os textos para as publicações que têm como motes “A Barricada fecha a rua, mas abre o caminho: 50 anos do Maio de 68 e atualidade das lutas sociais” e “130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil: Resistência do Povo Negro e a Luta por Reparações”, respectivamente. As edições serão lançadas durante o 63º Conad do Sindicato Nacional, em junho de 2018.

Além dos artigos temáticos, também serão aceitos artigos sobre questões da educação superior brasileira tais como: estrutura das universidades, sistemas de ensino, relação entre universidade e sociedade, política universitária, política educacional, condições de trabalho, questões de cultura, artes, ciência e tecnologia, apresentação de experiências de organização sindical de outros países, além de resenhas críticas de livros.

Erlando da Silva Rêses, 2º vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN e da comissão editorial da revista, explica que o tema escolhido para a 62º edição “A Barricada fecha a rua, mas abre o caminho: 50 anos do Maio de 68 e atualidade das lutas sociais” é pertinente à situação atual do país, com ataques às políticas sociais essenciais a população, como a Educação e Saúde, e aos direitos dos trabalhadores, além do recrudescimento do conservadorismo.

“Maio de 68 foi um período de grandes manifestações, greves, ocupações de fábricas e universidades e ganhou proporções significativas no campo revolucionário. Aqui no Brasil, esse período teve um significado político muito importante, também, pois vivíamos um período de ditadura empresarial-militar. 50 anos depois, vivemos uma situação de ataques similares e precisamos reagir com Greve Geral, ocupações, manifestações, o que o ANDES-SN tem pautado na sua unidade de ação, e se articulando com outras entidades sindicais, políticas para, de fato, combater esses ataques”, disse.

Já a escolha da temática “130 anos da Abolição da Escravidão no Brasil: Resistência do Povo Negro e a Luta por Reparações” para a edição especial da Revista U&S teve como objetivo dar visibilidade as reais condições que vivem a população negra no país, ainda mais, com a política de retirada de direitos.

“Nessa conjuntura de acirramento, a população negra tem sido mais atacada e violentada nas zonas periféricas da cidade, nos centros urbanos, e nas áreas rurais com os direitos dos quilombolas sendo atacados, por exemplo. A abolição da escravidão se constrói todos os dias. Por isso, pautamos o tema, pois é necessária a luta do Sindicato Nacional em defesa dessa parcela da população que não têm direitos. Inclusive, as cotas – que foi uma demanda antiga do povo negro -, estão ameaçadas”, ressaltou Lila Luz, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste I do ANDES-SN e também da comissão editorial da revista.

Envio de textos
Os artigos deverão ser encaminhados para o endereço eletrônico andesregsp@uol.com.br, até o dia 19 de março de 2018, obedecendo à normatização determinada pelo conselho editorial (Circular nº 34/18). A Universidade e Sociedade é uma publicação semestral, editada pelo ANDES-SN, cujo intuito é fomentar as pesquisas, debates e experiências no âmbito da pesquisa acadêmica bem como oriundas das experiências sindicais e sociais acerca de temas de relevância para as lutas empreendidas pelos docentes em busca de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, em âmbito nacional.

10 de maio de 1968
O 10 de maio de 1968 foi antecedido por uma série de greves estudantis em universidades e escolas de ensino secundário em Paris, na França. Os estudantes exigiam reformas no setor educacional. No dia 10 de maio, ocorreu a Noite das Barricadas, em que 20 mil estudantes enfrentaram a polícia nas universidades e ruas da cidade parisiense. Dias depois, a mobilização estudantil atinge o seu auge se unindo aos operários e promovendo uma das maiores Greve Gerais de trabalhadores da Europa. No Brasil, além da ascensão dos movimentos de massa, com destaque para a passeata dos 100 mil, contra a ditadura empresarial-militar e o imperialismo, houve também a edição do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), considerado o um golpe dentro do golpe, e o Decreto 477 – o qual punia professores, estudantes e funcionários de universidades com a acusação de subversão ao regime – para conter as lutas da comunidade acadêmica e de toda a classe trabalhadora brasileira. Também foi aprovada uma reforma universitária pautada pelos interesses dos EUA, via convênio MEC/USAID, altamente danosa para a o desenvolvimento de uma verdadeira vida acadêmica livre.

130 anos de abolição
No dia 13 de maio de 1888, a escravidão foi abolida legalmente no Brasil com a assinatura da Lei Áurea. Uma conquista do movimento negro, que lutou contra o sistema escravagista e fez parte da resistência, a exemplo dos quilombos. Apesar do marco histórico, 130 anos depois, a população negra até hoje enfrenta, cotidianamente, as consequências dos quatro séculos de escravidão, com desigualdade social, a exploração, criminalização e o racismo.

Confira aqui a edição 61 da Revista Universidade e Sociedade

Imagem de Goksin Sipahioglu (Maio de 68)

 

Fonte: ANDES-SN

Fórum das ADs publica nota sobre veto do reitor da Uesb à decisão do Consu

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O Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Fórum das ADs), vem a público repudiar o ato do reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Prof. Paulo Roberto Pinto Santos, de vetar decisão do Conselho Superior da Universidade (Consu), veto este publicado no Diário Oficial da Bahia no dia 22 de fevereiro de 2018, por meio da Portaria 0258/2018. Com o veto, o reitor anula decisão democrática do Consu que, reunido em 21 de fevereiro de 2018, decidiu suspender o processo seletivo REDA do Edital UESB 1/2018. O Consu entendeu que, pelos princípios da legalidade e da moralidade, a seleção não poderia prosseguir sem aplicação de provas. É fato que as normas legais brasileiras preservam entulhos autoritários, remanescentes de uma época, que acreditávamos superada, em que os princípios democráticos eram desconsiderados. Assim, ainda que o Estatuto da UESB, elaborado enquanto vigorava a Lei 7.176/1997, revogada pela força do movimento paredista de 2015, preserve o dispositivo antidemocrático do veto, entendemos e defendemos que a democracia só se consolida a partir da sua defesa nos diversos espaços sociais. Desta forma, o Fórum das ADs solidariza-se com a comunidade universitária da UESB ao tempo que reafirma a defesa intransigente da autonomia universitária e da democracia interna nas IES. Este veto a uma decisão do Conselho Superior, fato inédito em uma Universidade Estadual Baiana, constitui um grave ataque à tais princípios. Seguiremos na luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada! Por uma Universidade plenamente democrática, sempre!

Bahia, 26 de fevereiro de 2018

Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia

ARROCHO TAMANHO G: COM INFLAÇÃO DE 2017 PERDAS SALARIAIS CHEGAM EM 21,1%

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA do ano de 2017. De acordo com o instituto, o IPCA de dezembro fechou em 0,44%, um valor superior aos índices de novembro (0,28%). O aumento do índice significa, na prática, aumento da inflação, dos valores de produtos e serviços que tiveram reajustes de preço para cima, ou seja, ficaram mais caros. Isso, somado ao cenário de defasagem salarial dos servidores públicos da Bahia, impacta em grandes proporções a realidade desses trabalhadores.

Servidores públicos à mingua

Com base nos cálculos do Fórum das ADs, a variação do IPCA de dezembro está acima da média de 2017, que é de 0,24%. Isso, combinado com a política de arrocho salarial do governo Rui Costa, reflete em grandes perdas no poder de compra dos servidores. O Fórum calculou que a não reposição da inflação nos últimos três anos (2015, 2016 e 2017) implica numa perda salarial de pelo menos 21,1%. Pensando em termos de renda anual (a usada como base para cálculo do imposto de renda anual), isso equivale a uma perda acumulada de pelo menos três meses de salário desde 2015, para a categoria docente.

No total, são atingidos pelas perdas quase 300 mil servidores públicos ativos. O arrocho salarial tem reflexos mesmo nas categorias que tiveram alterações nas suas remunerações em 2017, os professores do ensino básico, policiais militares e civis. Sérgio Barroso, coordenador do Fórum das ADs, explica que alguns desses reajustes divulgados pelo Governo do Estado no último ano não podem ser considerados aumento salarial e todos estão abaixo das perdas inflacionárias (21,1%).

“Aumento salarial é aquilo que incide no salário base, beneficiando assim toda a categoria, incluindo aposentados. No caso do magistério da educação básica, o governo não aumentou o salário base. Fez umas mudanças no plano de carreira que, na prática, aumentam a remuneração total da pessoa que tiver alguma promoção na carreira, mas não aumentou o salário base. Assim, quem não tem promoção, não tem aumento. Nessas condições, os aposentados também ficam sem aumento”, explica Barroso. No caso dos policiais militares e civis, houve aumento no salário base, porém ainda insuficiente para repor integralmente as perdas de 21,1%.

Tem dinheiro, mas falta prioridade

As contas do Estado operam de forma equilibrada. A Bahia cresce quase dez vezes mais que o Brasil, segundo o próprio governo. A análise do PIB do segundo trimestre de 2017 comprova que a elevação foi de 1,9%, enquanto no mesmo período o país teve um aumento de apenas 0,2%.

Ainda segundo informações do próprio governo, em relação aos gastos com pessoal, foram destinados 41,79% da Receita Corrente Líquida no segundo quadrimestre de 2017 (veja aqui). O valor está muito abaixo dos 46,17% do limite prudencial imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Mesmo com essa margem orçamentária, o governo se nega a abrir negociação e dialogar com as Associações Docentes e o funcionalismo público baiano.

Atualmente, docentes das quatro universidades estaduais estão com indicativo de greve aprovado. A pauta de reivindicações 2018 tem como uma das suas principais bandeiras de luta a exigência pelo reajuste salarial, defesa dos direitos trabalhistas e das universidades estaduais. Para o Fórum das ADs, é possível conquistar o reajuste salarial, portanto o movimento seguirá pressionando o governo até abertura de negociações e respostas efetivas para os direitos trabalhistas e a defesa da educação pública.
Leia a pauta das reivindicações 2018 na íntegra.

Fonte: IBGE, Portal do Servidor, Transparência Bahia e Varela Notícias.

29 de janeiro é Dia da Visibilidade Trans

imp-ult-411372545Esta segunda-feira, 29 de janeiro, é marcada pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data simbólica foi criada em 2004 e é destinada a lembrar a luta de pessoas travestis e transexuais pelo respeito à identidade gênero, orientação sexual, e direitos básicos que são diariamente negados dentro da sociedade.

Durante o 37º Congresso do ANDES-SN, realizado em Salvador (BA) entre os dias 22 e 27 de janeiro, os docentes aprofundaram o debate sobre os temas relacionados à identidade de gênero e ao direito ao nome social para pessoas trans. Os delegados aprovaram a incorporação da luta pela tramitação e implementação do Projeto de Lei (PL) 5002/13 (Lei João Nery) às pautas do Sindicato Nacional.

O PL garante o direito do reconhecimento à identidade de gênero de todas as pessoas trans no Brasil, sem necessidade de autorização judicial, laudos médicos nem psicológicos, cirurgias ou hormonioterapias. Assegura o acesso à saúde no processo de transexualização, despatologiza as transindentidades para a assistência à saúde e preserva o direito à família frente às mudanças registrais.

Violência

Os números relacionados à violência contra pessoas trans ainda são alarmantes. Quando se trata do Brasil, a coisa piora: ocupamos a triste posição de país que mais mata pessoas transexuais e transgêneros, no mundo.

O ranking foi elaborado por uma organização civil europeia, chamada Transgender Europe. Segundo o relatório da ONG, em números absolutos, foram assassinados no Brasil, entre 2008 e 2016, 868 pessoas trans, aquelas que não identificam o próprio gênero com o sexo biológico. O número é o triplo que o do México e quase seis vezes maior que o apresentado pelos Estados Unidos.

A entidade registrou, somente no ano passado, quase 180 pessoas assassinadas por serem transexuais. Segundo a presidente da Rede Trans, Tatiane Araújo, o que sustenta a violência e o ódio contra essas pessoas é uma série de fatores que envolvem a exclusão social em vários âmbitos, inclusive no familiar.

Somado aos números de violência, as pessoas trans ainda ocupam, majoritariamente, espaços marginalizados na sociedade, sobretudo no mercado de trabalho. Com isso, tendem a se manter em profissões sem regulamentação, sem segurança e vulnerabilizadas, como a prostituição. Tatiane Araújo conta que cerca de 90% das pessoas trans brasileiras atuam como profissionais do sexo, porque muitas vezes não conseguem oportunidade em outro tipo de trabalho.

Forte motivo para a pouca participação de pessoas trans em funções de visibilidade é a evasão escolar. A menos 82% dos estudantes trans, principalmente adolescentes, abandonam os estudos, por preconceito no ambiente escolar e também familiar, segundo a Rede Trans. Este dado pode explicar o caminho difícil e curto dessas pessoas, que têm expectativa de vida de apenas 35 anos, abaixo da expectativa geral de todos os países, segundo dados da Agência Americana de Inteligência (CIA) e metade da expectativa de vida do Brasil, que é 75 anos.

Com informações de Agência Brasil.

 

Fonte: ANDES-SN

37° Congresso do ANDES-SN expressa mobilização docente e aponta desafios para 2018

imp-ult-1485843911Após seis dias de intensos debates, que resultaram nas deliberações que irão orientar as lutas da categoria docente no próximo período, a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, declarou encerrado o 37° Congresso do Sindicato Nacional.

A Plenária de encerramento aconteceu já na madrugada de domingo (28), com a aprovação mais de 30 moções e a leitura da Carta de Salvador.

O evento foi realizado de 22 a 27 de janeiro, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador. Considerado o maior da história do Sindicato Nacional, contou com a presença de 581 participantes, sendo 413 delegados, 122 observadores, de 82 seções sindicais, 10 convidados e 36 diretores.

Em sua fala de encerramento, Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, ressaltou que 2017 foi um ano com muitas lutas, tanto no conjunto da classe trabalhadora, quanto internas no sindicato. “Esse Congresso, na nossa avaliação, é fruto de um ano intenso de mobilização. Há muito esse sindicato não tinha a presença de mais de 80 seções sindicais em um congresso nacional. Isso, certamente, é expressão da mobilização, do trabalho que esse sindicato desenvolveu em 2017”, afirmou.

Eblin ressaltou que a grande tarefa para 2018 é retomar o patamar de mobilização do primeiro semestre de 2017, articulando, a partir das bases, pressionando as centrais sindicais, com o desafio de construir uma verdadeira unidade de ação nas ruas, para combater as contrarreformas. “Temos o desafio, já para fevereiro, de barrar a contrarreforma da Previdência e, para isso, é necessário que construamos, nas nossas bases, a greve geral, a mobilização da nossa categoria. Que as nossas universidades parem para dizer não à contrarreforma da Previdência”, conclamou.

“Certamente, esse é um ano em que o ANDES-SN vai ser desafiado a dizer qual projeto de educação ele quer continuar a construir. Por isso, todos os nossos docentes estão convocados a reafirmar um sindicato que é classista, que é de luta, e que é autônomo. Que tenhamos um ótimo 2018, com muitas lutas”, completou, declarando encerrado o 37º Congresso do ANDES-SN.

 

Fonte: ANDES-SN

 

Eleição do ANDES-SN para o próximo biênio terá duas chapas

imp-ult-2053374997A inscrição de duas chapas para participar do processo eleitoral da nova diretoria do ANDES-SN, para gestão do biênio 2018/2020, foi confirmada no início da noite de sábado (27), no 37º Congresso do Sindicato Nacional. Após as inscrições feitas, as chapas foram apresentadas na plenária do tema 4, sobre questões organizativas e financeiras e defenderam as suas posições.

A chapa 1 “ANDES Autônomo e de Luta”, a primeira a se inscrever na Secretaria do Congresso, tem como candidatos a presidente, Antônio Gonçalves Filho, Apruma Seção Sindical; a secretária-geral, Eblin Farage, Aduff SSind. e atual presidente do ANDES-SN; e a tesoureira, Raquel Dias Araújo, Sinduece SSind. “Este momento é bastante significativo para o nosso sindicato, porque fortalece a nossa democracia interna e a nossa chapa vem dentro de um contexto de muitas lutas e a forma que nos organizamos pela base e com autonomia caracterizam a nossa chapa”, disse Antônio.

imp-ult-1400349684Logo depois, a chapa 2 “Renova ANDES” apresentou inscrição. Celi Taffarel, da Ufba; Maria de Lourdes Nunes, Adufpi SSind.; e Everaldo Andrade, Adusp SSind., são os candidatos aos cargos de presidente, secretária-geral e tesoureiro, respectivamente. Por motivos problemas de saúde na família, Celi teve que se ausentar do Congresso e não pode participar, presencialmente, da inscrição. “A nossa chapa representa uma trajetória de construção da unidade de vários grupos e de docentes de várias universidades, que vem desenvolvendo um esforço para recuperar uma série de bandeiras que estava sendo esquecida pelas últimas gestões do ANDES-SN”, afirmou Everaldo Andraimp-ult-850892039de.

As chapas terão até o dia 27 de fevereiro para apresentar os demais nomes que compõem a candidatura. A comissão eleitoral terá 7 dias corridos para homologar as inscrições.  As eleições devem ocorrer, por votação direta e secreta em todo o Brasil, nos dias 9 e 10 de maio de 2018.

Comissão Eleitoral
Durante a plenária do Tema 4, foi constituída também a comissão eleitoral que organizará o processo de escolha da próxima diretoria do Sindicato Nacional. Pela atual diretoria, foram indicados o secretário-geral, Alexandre Galvão (titular), Olgaíses Maués e Luis Acosta (suplentes). A plenária elegeu os demais membros: Paulo Rizzo (UFSC), Luciano Coutinho (UFRJ), Rubens Rodrigues (UFJF), José Carneiro (UFPA), Glaucia Russo (UERN) e Américo Kerr (USP).

ANDES-SN lança documentários sobre militância docente LGBT e étnico-racial

Durante o 37º Congresso do ANDES-SN, foram lançados os documentários “Narrativas Docentes: memória e resistência negra” e “Narrativas Docentes: memória e resistência LGBT”. As produções em audiovisual abordam as experiências de docentes militantes nestas temáticas, registrando suas trajetórias, resistências e lutas no combate às opressões vivenciadas dentro e fora das instituições de ensino às quais estão vinculados.

Os documentários são uma resolução do 36º Congresso do ANDES-SN. Conforme explica Caiuá Al-Alam, um dos coordenadores do Grupo de Políticas de Classe para Questões Étnico-Raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS), as produções buscam visibilizar as trajetórias da militância LGBT e de negros e negras.

“Estes lugares de fala possuem diferentes visões sobre a universidade e enfrentaram diferentes lutas nesse período todo. Para nós, é muito importante porque com os documentários damos dois saltos: monumentalizamos essas pautas que são fundamentais para a luta classista e ao mesmo tempo registramos esses companheiros e companheiras que construíram o sindicato”, avalia.

Outro ponto destacado por Caroline Lima, também coordenadora do GTPCEGDS, é a atualidade dos temas tratados nos documentários e a intersecção das pautas das opressões com as questões de classe. “Nós temos docentes que entraram há menos de 10 anos na universidade e sofrem opressões e preconceitos muito parecidos como aqueles que entraram há 30 anos, o que coloca para a gente que a pauta de combate à lesbofobia, homofobia, ao machismo e ao racismo é uma pauta atual e classista, porque não temos como fazer uma disputa para vencer o Capital sem antes também fazermos uma disputa e uma luta contra as opressões”, explica.

Os professores também pontuam que, além das produções avançarem na discussão sobre as questões de gênero, diversidade sexual e étnico-racial, também são uma ferramenta importante para o registro da história do ANDES-SN.

Fortalecendo o debate
No ano de 2017, o ANDES-SN realizou o primeiro Seminário Integrado do GTPCEGDS. Com a participação e dezenas de docentes, o evento, realizado em agosto em Pelotas (RS), possibilitou o aprofundamento do debate sobre as opressões. As entrevistas apresentadas no documentário foram realizadas durante o Seminário. Para Quelli Rocha, diretora da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat Seção Sindical do ANDES-SN) e uma das entrevistadas para o “Narrativas Docentes: memória resistência LGBT”, a produção demarca um processo de resistência, em uma conjuntura extremamente perversa. “Toda política pública no Brasil se dá à base de resistência e organização da classe trabalhadora”, afirma. A professora também pontua que o documentário marca a memória de parte da categoria que constitui o sindicato, e que é parte da classe trabalhadora, a qual tem orientação sexual, identidade de gênero e tem raça.

Francisco Vitória, diretor da Associação dos Docentes da UFPel (ADUFPel-SSind), entrevistado para o “Narrativas Docentes: memória e resistência negra” explica a importância de fortalecer os debates e visibilizar a trajetória de resistência destes militantes. “Nós temos uma mesma condição profissional, mas não temos uma mesma história. Mesmo dentro dos nossos locais de trabalho a gente ainda sofre discriminação, somos colocados de lado. Trazendo essa informação para dentro do conjunto movimento, pode ser que as pessoas parem para conversar mais sobre isso. Assim, os debates passam a sair do superficial”, ressalta.

Os documentários lançados no 37º Congresso do ANDES-SN estão disponíveis tanto no site quanto no canal de Youtube do Sindicato Nacional, e também em sua página no Facebook.

Ficha técnica

“Narrativas Docentes: memória e resistência negra” – https://youtu.be/bR8mXCuFeR8

Direção: Rafael Balbueno

Roteiro: Adriana Hessel Dalagassa, Caiuá Cardoso Al-Alam, Cláudia Alves Durans, Caroline de Araújo Lima, Jacqueline Rodrigues Lima, João Francisco R. Kastner Negrão, Lila Cristina Xavier Luz, Rafael Balbueno.

Realização: ANDES-SN

Produção: GTPCEGDS

Apoio: Sedufsm SSind

“Narrativas Docentes: memória e resistência LGBT”- https://youtu.be/m69O_gMDbCg

Direção: Rafael Balbueno

Roteiro: Adriana Hessel Dalagassa, Caiuá Cardoso Al-Alam, Cláudia Alves Durans, Caroline de Araújo Lima, Jacqueline Rodrigues Lima, João Francisco R. Kastner Negrão, Lila Cristina Xavier Luz Rafael Balbueno.

Realização: ANDES-SN

Produção: GTPCEGDS

Apoio: Sedufsm SSind.

Matéria de Liana Coll – Adufpel SSind.

 

Fonte: ANDES-SN

Participantes do 37º Congresso do ANDES-SN fazem manifestação em Salvador (BA)

Na noite dessa terça-feira (23), segundo dia do 37º Congresso do ANDES-SN, os docentes realizaram um ato público em defesa da Educação Pública, contra o genocídio do povo negro e contra a Reforma da Previdência. A manifestação percorreu a avenida de acesso à Universidade Estadual da Bahia (Uneb), localizada no bairro Cabula, em Salvador (BA), onde acontece o congresso.

Os delegados e observadores levaram faixas e cartazes com pautas das lutas docentes. Durante a manifestação, representantes das seções sindicais do ANDES-SN se alternavam em falas no microfone, contando da realidade de ataques aos trabalhadores em seus estados e demonstrando solidariedade à população negra soteropolitana, vítima da violência policial, e cobravam justiça aos mortos na Chacina do Cabula, que completa três anos no próximo mês. O ato foi organizado pelo Fórum das Associações Docentes (ADs), que reúne as quatro seções sindicais do ANDES-SN nas universidades estaduais da Bahia – Uneb, Uefs, Uesc e Uesb.

Chacina do Cabula
Em fevereiro de 2015, doze jovens negros, entre 16 e 27 anos, do bairro onde se localiza a Uneb, foram exterminados pela polícia com cerca de cem tiros, a maioria disparada de cima para baixo, em alvos já rendidos e sem possibilidade de reação, de acordo com relatório do Ministério Público Federal. Com surpreendente celeridade, os dez policiais envolvidos na chacina foram julgados e absolvidos pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Por receio de falta de isenção do estado da Bahia no julgamento do recurso e por força da pressão dos movimentos sociais locais, o Ministério Público Federal solicitou que o caso seja julgado pela Justiça Federal. No momento, o processo espera por decisão do Superior Tribunal de Justiça.
O bairro onde se localiza a Uneb apresenta o contraste social presente nas grandes capitais brasileiras. Enquanto parte da área é alvo da especulação imobiliária, outra é ocupada por comunidades como a Engomadeira, situada atrás da Universidade, onde a população pobre sofre com a falta de infraestrutura e constante repressão policial.

Avaliação
Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, ressalta a importância da realização do ato e do diálogo com a comunidade local. “Para nós, é muito importante, quando realizamos um evento em uma universidade pública, criarmos uma forma de nos comunicar com a comunidade do entorno, explicar porque nós estamos aqui. Como defendemos a educação pública, é fundamental interagirmos com a população local e convoca-la a participar da luta em defesa da universidade pública. Sempre que possível, é muito oportuno para nós poder fazer essa interação, pois é uma maneira de mostrarmos a nossa disposição de luta, de ir para a rua e de dialogar com a sociedade”, explica Eblin.

De acordo com Sérgio Barroso, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb SSind.) e atual coordenador do Fórum das ADs, o ato permitiu dar visibilidade para as pautas das universidades estaduais da Bahia, para a pauta da defesa da educação pública e também para a luta contra a Reforma da Previdência . “É nas ruas que iremos barrar a Reforma da Previdência”, frisou. Ele destacou também a relevância de dialogar tanto com a população local quanto com os participantes do 37º Congresso sobre o extermínio da população negra. “O ato permitiu também dar visibilidade para a realidade do genocídio da população negra, que vem acontecendo, principalmente aqui na Bahia, e também em todo o país. Por isso, que esse ato é muito importante, para dar visibilidade para essas pautas”, concluiu.

ANDES-SN lança publicações durante abertura do 37º Congresso Nacional

Tem início o 37° Congresso do ANDES-SN em Salvador (BA) 

Docentes debatem conjuntura e aprovam centralidade da luta para 2018

Fonte: ANDES-SN