Universidades estaduais da Bahia: o silêncio dos inocentes

Milton Pinheiro*

Li o artigo do deputado Emiliano José, publicado neste jornal, em 16/06, sobre a presença das universidades federais na Bahia, como promotoras de um conjunto de ações jamais vistas entre nós. Tal ação, partindo da Ufba e agora das novas universidades, para ele, será um marco no desenvolvimento da educação, passando a ideia de que tudo isso ocorria pela primeira vez.

Compreendo que, pelo teor do texto, e pela louvação ao governo da república, o autor está se referindo ao ensino federal. No entanto, gostaria de fazer um registro histórico: o ensino superior estadual é responsável, apesar do pífio investimento do governo do estado da Bahia, por uma longa jornada de integração regional e desenvolvimento local, atendendo com seus cursos e projetos especiais a todas as regiões administrativas da Bahia. Embora seja evidente que temos feito isso com grandes dificuldades em virtude da histórica falta de prioridade dos governos.

As universidades estaduais da Bahia encontram-se em todas as regiões em que o deputado insiste em não ver ou calar-se sobre suas ações. A quem interessa o silêncio sobre as políticas públicas desenvolvidas por elas, através do enorme esforço de sua comunidade? Por que silenciar diante da saga social, pedagógica e científica desenvolvida pelas universidades estaduais? Que, com tão parco orçamento, tem aprofundado e desenvolvido o conhecimento para colocá-lo a serviço da população da Bahia?

Vale lembrar, também, que o texto silencia sobre o papel das estaduais no gigantesco processo de formação de professores para a rede básica. Além disso, talvez, para alguns, não seja importante o desenvolvimento de tecnologias e estratégias de alfabetização que há dezenas de anos as estaduais desenvolvem para erradicar o analfabetismo e o seu papel na pesquisa agroalimentar, socioeconômica, pedagógica e na área das ciências humanas.

Todavia, um detalhe faz-se importante para refletir sobre o texto: numa parte da região onde se instalou a Univasf, já existem dois campi da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Juazeiro e Senhor do Bonfim. Quando da instalação da UFRB no recôncavo, já existia o campus da Uneb em Santo Antônio de Jesus com amplo atendimento por demanda de ensino superior. A Uefs, em Feira de Santana, com sua presença longeva, irradia conhecimento e pesquisa para grande extensão da Bahia.

Na área da Universidade do Sul da Bahia, já existe a Uesc que tem respondido às questões da lavoura do cacau e os campi da Uneb, em Teixeira de Freitas e Eunápolis. No oeste baiano é tradicional a presença da Uneb (Barreiras) na região que deverá ter a Ufob. No sudoeste da Bahia, onde se levanta a proposta de implantar uma federal, existe a Uesb com uma forte presença de pesquisa na área da zootecnia e outras áreas do conhecimento.

E agora a campanha pela Universidade Federal do Nordeste da Bahia, numa região onde a Uneb tem trabalhado de forma perene com a sua histórica presença nas cidades de Alagoinhas, Serrinha, Conceição do Coité, Euclides da Cunha e Paulo Afonso, região que contou, assim como outras, com a presença do inovador programa especial, Rede Uneb-2000.

Certamente a memória e história da saga de Canudos e de Antonio Conselheiro, não será descoberta agora, ela é produto de uma vasta pesquisa histórica que a Uneb e seu parque de Canudos desenvolvem há muito tempo, resgatando o papel seminal daquele processo histórico brasileiro. É justa a preocupação com o ensino superior federal na Bahia, melhor ainda se ela viesse acompanhada de condições de funcionamento.

No entanto, entrar no mérito dessa questão silenciando sobre o papel das estaduais, ou colocando as federais em detrimento delas, é no mínimo retirar do livro da história o papel da comunidade acadêmica que construiu essa jornada de luta social. É, ainda, uma política danosa do ponto de vista do planejamento público integrado. A não ser que a política do governo estadual, aliado do deputado, seja de substituir o papel histórico das estaduais e isso, talvez, esteja sendo confirmado no silêncio dos inocentes.

Milton Pinheiro é diretor da Associação de Docentes da UNEB (ADUNEB) e do ANDES-SN

Fonte: Portal ATARDE

28 de Maio: Universidades Baianas marcam Dia Nacional de Lutas com ato em Salvador

albaA manifestação de docentes, servidores técnicos e estudantes, realizada em 28 de Maio ultimo, fortaleceu a unidade entre as categorias e garantiu avanços na luta por investimento adequado para as Universidades Estaduais da Bahia (UEBA).  As caravanas vindas de Barreiras, Alagoinhas, Jacobina, Teixeira de Freitas, Eunápolis, Feira de Santana, Ilhéus, Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga se encontraram ainda cedo com os manifestantes de Salvador, em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), onde falas de denúncia se revezaram com intervenções artísticas durante toda manhã.

Ainda pela manhã, uma comissão com representantes das três categorias foi formada para conversar com o presidente da ALBA e o com o deputado líder do governo. Em relato sobre a reunião aos demais, os membros da comissão demonstraram indignação com a postura dos parlamentares que reafirmaram o discurso falacioso de “dificuldades no caixa do governo”.

comissãoJá pela tarde, os manifestantes seguiram em caminhada para a Secretaria de Educação, munidos com faixas, cartazes, bandeiras e carro de som, onde exigiram uma resposta efetiva do governo e, mais uma vez, apenas a comissão foi recebida por Nildon Pitombo, coordenador da CODES (Coordenação para o Desenvolvimento do Ensino Superior). Após abordagem da comissão sobre a política de precarização das condições de estudo e trabalho nas universidades, o representante do governo informou que algumas demandas já passam por análise do governo. Estas informações serão oficialmente contestadas no dia 17 de Junho, quando representantes dos três seguimentos voltam a se reunir com a CODES.

Na próxima segunda-feira (09), o Fórum das Doze, que reúne representações de docentes, servidores técnicos e estudantes irá se reunir na UESC, para avaliar a mobilização e pautar os próximos encaminhamentos do movimento unificado.

PL da desvinculação e incremento de verbas

29.cdesOs representantes docentes voltaram a se reunir com a CODES na ultima sexta-feira (30), quando foram informados do interesse da Secretaria de Administração (SAEB) em alterar a minuta do Projeto de Lei de Desvinculação, a fim de limitar o número de progressões e promoções por ano. No entanto, o Movimento Docente (MD) reafirmou que não aceitará nenhum tipo de limitação ou critério que altere a tramitação conforme consta no Estatuto do Magistério Superior e exigiu celeridade por parte do governo na tramitação da Lei.

Sobre incremento para pessoal, anunciado em maio pelo governo, após denuncia do MD sobre os desrespeitos aos direitos do docente, a CODES informou que deve ser liberado ainda esta semana. A UESC vai receber cerca de 1,42 milhões que, segundo o vice-reitor, Evandro Freire, presente na reunião, será utilizado para garantir a contratação dos 17 docentes já aprovados em concurso. Ainda em reunião com a CODES, Freire afirmou que UESC não tem pendências com promoção e progressão de carreira. Contudo, segundo o professor Emerson Lucena, presidente da ADUSC, não é bem esta a realidade vivenciada na UESC, o que tem indignado o Movimento Docente, uma vez que o direito líquido e certo de progressão na carreira vem sendo solapado por este governo que continuamente demonstra seu desrespeito com a categoria.

Uma nova reunião está agendada para o dia 5 de Junho, quando ocorrerá a instalação do GT Carreira.

*com informações da ADUFS-BA e ADUSB.

*fotos da Ascom ADUNEB

 

28 de Maio: Universidades baianas participam do Dia Nacional de Luta das Estaduais

Na próxima quarta-feira, 28 de maio, as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) de todo país estarão mobilizadas para denunciar a precarização imposta por diversos governos à Educação Pública Superior. Nas Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) a data será marcada por paralisações das atividades acadêmicas e ato conjunto entre docentes, servidores técnicos e estudantes na Assembleia Legislativa, em Salvador.

Dia Nacional de Luta das IEES

O anúncio foi publicado no jornal A Tarde desta segunda-feira (26).
O anúncio foi publicado no jornal A Tarde desta segunda-feira (26).

Com pequenas distinções, as dificuldades enfrentadas nas universidades públicas de norte a sul do país são basicamente as mesmas: falta de investimento, desrespeito à Autonomia Universitária, condições inadequadas para trabalho e estudo, implantação de novos cursos sem estrutura adequada para garantir a qualidade no ensino, pesquisa e extensão e ausência de uma política efetiva de permanência estudantil.

Nestas condições, o Dia Nacional de Luta das IEES organizado pelo ANDES-SN deixa claro que a precarização das universidades faz parte de um projeto maior de sucateamento do serviço público e que precisa ser combatido (saiba mais). Na Bahia, se não bastasse à escassez histórica de investimento, este ano o governo Wagner reduziu em 12 milhões a rubrica para investimento e manutenção em relação 2013.

Reunido no dia 16 de maio ultimo, o Fórum das ADs discutiu estratégias para intensificar a luta, como o fortalecimento da campanha de mídia, e a organização de um ato unificado, em Salvador. A ADUSC participará com uma delegação uesquiana. O(a)s interessado(a)s em participar da mobilização ainda podem entrar em contato com a secretaria da ADUSC.

Incremento da folha de pessoal e PL da desvinculação

Após intensa pressão do Movimento Docente e cobrança do Fórum de Reitores o governo se comprometeu em incrementar os recursos da folha de pessoal para garantia de contratação e nomeação dos concursos em andamento, promoção e progressão docente. No entanto, o PL de desvinculação continua parado na SAEB e as respostas para ampliação dos quadros de vaga continuam negativos.

Nestas condições a mobilização docente se torna cada vez mais necessária, para pressionar o governo a efetivar suas promessas e exigir a instalação do GT carreira.

28 de Maio: Universidades Estaduais paralisam as atividades e participam do ato público em Salvador

Conforme deliberado em assembleia docente realizada no dia 14 abril, ultimo, as atividades acadêmicas na UESC serão paralisadas na próxima quarta-feira (28), para denunciar mais uma vez a precarização das Universidades Estaduais Baianas (UEBA) imposta pela falta de investimento adequado. Na data, que marca o Dia Nacional de Luta em defesa das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES), organizado pelo ANDES-SN, docentes, servidores técnicos e estudantes participarão de um ato na Assembléia Legislativa, para pressionar o governo a investir 7% da receita líquida de impostos (RLI) nas UEBA.
 
Docente, esta luta é SUA LUTA! Por melhores condições de trabalho, infraestrutura e materiais adequados, respeito a promoções e progressões, fim da sobrecarga de trabalho, dentre outras pautas! Por isso, a diretoria da ADUSC convida todos e todas a participarem do ato público em Salvador. Os interessados deverão comparecer à sede da associação para preencher a lista com seus dados pessoais, visando viabilizar transporte, alimentação e demais providências.

 

29 de Abril: Paralisação cobra investimento adequado para as Universidades Estaduais da Bahia

Docentes, servidores técnico-administrativos das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) e os estudantes da UEFS, aderiram oficialmente à paralisação realizada no ultimo dia 29 de Abril, ultimo. Na UESC, para denunciar a crise financeira imposta pelo governo (veja aqui) e cobrar investimento adequado para as UEBA, a atividade contou com café da manhã e debates durante todo o dia.

Apesar do crescimento na arrecadação da RLI, o repasse para as UEBA praticamente estagnou
Apesar do crescimento na arrecadação da RLI, o repasse para as UEBA praticamente estagnou

Ainda pela manhã, os docentes Sérgio Ricardo e Sócrates Moquete (ambos do DCEC) apresentaram dados sobre o orçamento do Estado para nortear a discussão. A pesquisa é resultado do Grupo de Trabalho (GT) sobre orçamento, encaminhado na ultima assembleia, e deve contribuir para construção de uma cartilha informativa sobre a campanha em defesa de 7% da RLI pra as Universidades Estaduais

Durante a tarde, o debate foi conduzido pelo docente Luiz Blume (DFCH), que apresentou

Os atrasos nos processos de progressão e promoção são exemplo de desrespeito ao Estatuto
Os atrasos nos processos de progressão e promoção são exemplo de desrespeito ao Estatuto

informações sobre o desenvolvimento das discussões do GT carreira do Fórum das ADs. Blume apresentou os diversos ataques do governo ao Estatuto de Magistério Superior, como a demora dos processos de progressão do docente. Segundo o Estatuto, o processo se encerraria na universidade, sem dependência de dotação orçamentária para mudança de nível.

Para o professor José Luiz França (DFCH), os debates foram importantes porque possibilitaram a categoria se aprofundar em temas fundamentais de sua luta. Além das atividades de paralisação, que tiveram grande repercussão na imprensa, o Fórum das ADs também publicou em toda Bahia 30 placas de outdoor e já se preparam para a próxima paralisação no dia 28 de Maio, próximo.

CONFIRA A REPERCUSSÃO NA IMPRENSA:

http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/professores-e-estudantes-da-uefs-aderem-a-paralisacao-de-24h-1587746

http://www.jornalfolhadoestado.com/noticias/24994/corte-no-orcamento-pode-inviabilizar-aulas-

http://www.jornalgrandebahia.com.br/2014/04/professores-das-universidades-estaduais-da-bahia-paralisam-as-atividades-2.html

http://www.cbnfoz.com.br/editorial/brasil/bahia/29042014-131842-universidades-estaduais-paralisam-atividades-por-maior-repasse-de-verba

http://globotv.globo.com/rede-bahia/bahia-meio-dia-salvador/v/professores-das-universidades-estaduais-paralisam-atividades-nesta-terca/3312245/

http://videos.r7.com/universidades-estaduais-param-por-mais-investimentos/idmedia/536115150cf217d63dcab7a1.html

http://www.bocaonews.com.br/noticias/principal/educacao/85260,professores-das-universidades-estaduais-da-bahia-prometem-paralisar-atividades.html

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/04/universidades-estaduais-paralisam-atividades-por-maior-repasse-de-verba.html

http://noticias.r7.com/bahia/professores-de-universidades-estaduais-paralisam-atividades-29042014

http://www.metro1.com.br/professores-de-universidades-estaduais-paralisam-atividades-nesta-terca-feira-2-46252,noticia.html

http://www.tribunadabahia.com.br/2014/04/23/universidades-estaduais-marcam-greve-na-bahia-contra-reducao-de-verbas

http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/universidades-estaduais-da-bahia-paralisam-atividades-nesta-terca-feira-29/?cHash=1910db95d0bae2cbe7f436ba72b3a922

http://www.folhadabahia.com.br/modulos/noticias/ler.php?id=896

Fórum das ADs indica paralisação para Abril e Maio

Em reunião extraordinária, realizada na ultima sexta-feira (28) na sede da ADUSC, o Fórum das ADs avaliou com preocupação a negativa do governo em ampliar o quadro de vagas docente e garantir orçamento para realização de novos concursos. Soma-se a isto, os crescentes impactos do estrangulamento orçamentário, que tem ampliado a indignação da comunidade acadêmica. Em resposta a esta situação, os representantes docentes discutiram estratégias para mobilização e denuncia, incluindo as sugestões de paralisação para os dias 29 de Abril e 28 de maio, que devem ser avaliadas nas próximas assembleias da categoria.

Para demonstrar a gravidade da situação, que se intensificou com a falta de recursos para investimento e custeio, reduzidos em quase 12 milhões em relação a 2013, serão confeccionadas camisas, spot em rádio, cartazes e outdoor. A mobilização vai exigir ao governo a suplementação orçamentária para as universidades, evitando prejuízos as atividades acadêmicas em 2014 e retomar a campanha por no mínimo 7% da RLI, já! A pauta também será defendida em audiência pública, marcada para o dia 08 pela comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviços Públicos da ALBA, com o tema “O Novo Contexto das Universidades Estaduais em face à expansão das Universidades Federais” (veja aqui).

IMG_1231Na UESC, a mobilização é crescente nos diversos setores. Na manhã desta quinta-feira (03), os estudantes que na ultima sexta-feira (28) conquistaram um acordo histórico sobre a qualidade dos serviços e ampliação do subsídio no Restaurante Universitário (R.U.) (leia aqui), voltaram a se mobilizar contra os problemas de infraestrutura da UESC. A mobilização realizada por estudantes de História, Comunicação Social, Pedagogia, Ciências Socais, Engenharia Química e Engenharia de Produção, exigia soluções para o fedor causado por fezes de morcego nas salas, o calor devido à falta de ar condicionados, parca iluminação e sinalização, passarelas cobertas para pedestres, dentre outros (veja aqui).

01Os servidores técnicos-administrativos têm realizado constantes ações pela regulamentação da carreira da categoria, inclusão dos auxiliares e dos técnico-administrativos no Plano, aumento do vale-refeição, conversão da licença-prêmio em pecúnia e andamento dos processos de insalubridade e dos enquadramentos. As últimas paralisações pautaram ainda o reajuste linear proposto pelo governo, que além de ser abaixo da inflação será dividido em duas vezes, sendo a segunda parte não retroativa a janeiro, corroendo ainda mais os baixos salários pagos ao funcionalismo do Estado.

Afim de unificar a luta entre as categorias, uma nova reunião do Fórum das Doze (com representantes docentes, estudantis e de servidores técnicos-administrativos), está agendada para o dia 23 de Abril, em Vitória da Conquista.

Reajuste Linear

Aprovado de maneira sorrateira na ultima terça-feira (1º), o reajuste do governo, que será dividido em duas partes, uma de 2% a ser paga a partir do mês de abril e retroativa a janeiro, e a segunda de 3,84% a ser paga apenas em Julho, mas sem retroatividade causou indignação ao funcionalismo público baiano. Representações de diversas categorias estiveram reunidas em Salvador, em 2 de Abril, discutiram a construção de uma Greve Geral a ser votada nas assembleias até o dia 16, próximo. O encaminhamento também estará e pauta na próxima assembleia da ADUSC, a ser convocada.

 

Na imprensa: Docentes cobram publicamente o pagamento do Reajuste Linear

Diante do silêncio do Governo Wagner sobre o pagamento da reposição inflacionária, o Movimento Docente das Universidades Estaduais da Baianas (UEBA) publicaram neste domingo (9), no Jornal A Tarde, uma nota pública. Em nota reafirmam o desrespeito do governo a um direito constitucional e cobram seu posicionamento. Leia nota completa aqui.

Fórum das ADs indica encaminhamentos e apoia a luta dos indígenas no Sul da Bahia

Fórum reivindicará os PLs da desvinculação e do quadro de vagas

 

Em reunião, na última sexta-feira (21), na Adusc, o Fórum das ADs avaliou a negociação com o governo sobre a ampliação do quadro e a desvinculação das vagas às classes, além de discutir a questão orçamentária, o GT Carreira e o reajuste linear. Ao final da reunião, as quatro ADs se posicionaram solidariamente à luta dos Tupinambás pela demarcação de suas terras no Sul da Bahia, subscrevendo uma Moção. No texto, consta a denúncia contra o “Estado de Exceção”, decretado pelo governo Dilma, relembrando os atos autoritários, repressores e arbitrários realizados pela Ditadura Militar nos anos 70.

Sobre a posição do governo de mandar para a Assembleia Legislativa apenas o PL da desvinculação, o Fórum das ADs manteve a posição inicial de reivindicar que seja mandado também o PL que amplia o quadro de vagas. No que tange ao orçamento, será feito um acompanhamento diuturno de como a redução das verbas vai afetar as condições de trabalho e estudo e será convocada uma reunião do Fórum das 12 (ADs, DCEs e Sintest). Quanto ao GT Carreira, será necessário aguardar até o dia 13 de março, quando ocorrerá nova reunião para tratar do assunto com o governo e o Fórum de Reitores. Em se tratando do reajuste linear, foi deliberado que o Fórum continuará tentando construir a luta unificada com outros setores do funcionalismo para cobrar ao governo o anúncio do índice, não menos do que os 5,91% e retroativo a janeiro, além da publicação de uma nota paga para denunciar o descaso do governo à sociedade

Fonte: ADUFS

Universidades estaduais da Bahia protestam na Lavagem do Bonfim

Na tradicional Lavagem das Escadarias do Senhor do Bonfim, realizada no dia 16 de Janeiro, mais uma vez o bloco formado pelas Associações Docentes (ADs) das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), ocupou as ruas da Cidade Baixa. Nessa oportunidade, os professores, em defesa da Educação Pública Superior de Qualidade, denunciaram a crise financeira que atravessam as universidades Estadual da Bahia (Uneb), Estadual de Feira de Santana (Uefs), Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Estadual de Santa Cruz (Uesc).  

11Durante o cortejo, os docenets reivindicaram que o governo estadual repasse 7% da Receita Líquida de Impostos às universidades estaduais. Neste ano, o protesto dos docentes teve o reforço da presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira, da CSP-Conlutas Bahia, do Sindicato dos Técnico-Administrativos (Sintest), de vários segmentos do Movimento Estudantil, além de simpatizantes à causa da educação, que aderiram ao bloco no decorrer do cortejo.

 Com muita alegria e disposição, acompanhados por uma fanfarra, faixas, placas e um balão, o grito do bloco dos professores ecoou pelas ruas de Salvador e era aplaudido por onde passava. Durante o ato, o Movimento Docente das Ueba também denunciou a proposta orçamentária do governo para 2014, que prevê cortes de aproximadamente 12 milhões à Educação Pública Superior.

 “A atividade realizada pelos docentes das Estaduais baianas é uma forma de denunciar para a sociedade o estrangulamento financeiro e a precarização do trabalho enfrentado pelos companheiros no estado”, comentou Marinalva Oliveira.

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 A presidente do ANDES-SN destacou o tema “Fé Na Luta” escolhido pelas seções sindicais para o bloco do movimento docente. “O governo da Bahia reduziu os já parcos orçamentos das universidades estaduais para 2014, em comparação com o ano passado, o que deve aprofundar o quadro de precarização que vivenciado pela categoria Só com luta conseguiremos reverter este processo”, ressaltou.

05O descaso do governo estadual com a Educação leva as universidades ao sucateamento e à precarização do trabalho docente. Em 2013, o desrespeito do governo Jaques Wagner com as Universidades Estaduais da Bahia fez com que, entre outros problemas, a Uesc atrasasse o pagamento de bolsas e serviços terceirizados, como limpeza e vigilância; e interrompesse os processos de promoção, progressão e alteração de regime de trabalho.

 O contingenciamento orçamentário imposto pelo estado prejudica o ensino, a pesquisa e a extensão. Faltam materiais didáticos, de pesquisa, equipamentos laboratoriais e até materiais de limpeza. Para os professores que compõem o movimento docente neste ano, a possibilidade de uma greve unificada entre docentes, técnico-administrativos e estudantes não está descartada.

 *Fotos: Karen Oliveira

 

Fonte: Aduneb – Seção Sindical, com edição. 

 

Governo baiano silencia sobre reajuste linear dos servidores estaduais

O silêncio do governador da Bahia, Jaques Wagner, sobre o reajuste linear tem preocupado os servidores estaduais. Novamente, o governo inicia o ano sem dialogar com as categorias, o que reforça a política de descaso com o funcionalismo e com o serviço público. Somente na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), 1005 docentes aguardam o encaminhamento, à Assembleia Legislativa (Alba), de um projeto de lei que corresponda, no mínimo, à reposição das perdas inflacionárias do ano passado, no valor de 5,91%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). A reivindicação é de que o pagamento seja retroativo a 1º de janeiro.

O governo comemora a expansão da produção industrial baiana, em 4,4%, e o crescimento do setor de serviços, em 6,6%, ambos na comparação entre novembro de 2012 e 2013, mas, ao mesmo tempo, utiliza o discurso da “crise orçamentária” para justificar o arrocho salarial sobre os servidores e a falta de verbas para investir na Educação Pública. O salário inicial do professor auxiliar das universidades estaduais baianas com carga horária de 20 horas, atualmente, é de R$ 1.430,89, e exemplifica como os valores já estão rebaixados e necessitam, urgentemente, de reajustes .

O Movimento Docente reivindica, pelo menos, a reposição da inflação registrada no período, pois, desta forma, não acontece a redução do poder de compra dos professores, já bastante comprometido com perdas salariais anteriores.

A deliberação dos docentes aprovada em assembleia é denunciar o governo e, ao mesmo tempo, construir a luta unificada com outros segmentos do funcionalismo público. Para o Fórum das ADs – entidade que reúne as quatro Associações Docentes Aduneb, Adufs, Adusb e Adusc, Seções Sindicais do ANDES-SN -, é inaceitável que o governo baiano trate com tanto descompromisso aqueles que garantem a execução das políticas públicas, tão importantes para o cidadão que paga seus impostos e tem direito à educação pública de qualidade.

Histórico

No dia 29 de abril de 2013, o governador enviou à Alba um projeto de lei com reajuste salarial de 2,5%, valor irrisório e inferior à inflação de 2012, de 5,84%. Após intensos protestos, o governador fechou um acordo com algumas entidades representativas dos servidores estaduais que impôs perdas ao funcionalismo e significou uma expressiva defasagem nos salários, já que o valor foi dividido em duas parcelas, sendo 2% até junho, retroativo a janeiro, e mais 3,84% a partir de julho.

Somente o Fórum das ADs entendeu a negociação como um engodo e recusou-se a assinar o Acordo. Durante todo o processo de negociação com os diversos sindicatos, a categoria docente participou das reuniões e mobilizações na tentativa da construção de uma luta unificada, sem sucesso.

* Com edição do ANDES-SN

* Foto: Karen Oliveira

Fonte: Adufs – Seção Sindical