Reunião para discussão de alterações na carreira será no fim do mês

402-3Segundo acordo firmado entre o governo e o Movimento Docente, reunidos no dia 30 de setembro, a composição e as atribuições do Grupo de Trabalho (GT) para discutir as alterações na Carreira Docente será discutida no dia 24 ou 28 deste mês. Novamente foi prometida uma modificação no Estatuto do Magistério Superior que desvincule o número de vagas do quadro às classes. Sobre a ampliação do quadro, entretanto, nenhuma novidade, pois não se sabe ao certo quando e nem como ocorrerá. Do mesmo modo, não há perspectiva de concurso público.

Em função da alegação do governo de dificuldades orçamentárias, os docentes vêm sofrendo com atrasos nos processos de promoção e progressão da carreira e de mudança no regime de trabalho. A péssima novidade, segundo o chefe da Coordenação para o Desenvolvimento do Ensino Superior (Codes), Nildon Pitombo, é que existe ainda o risco de o governo não pagar a retroatividade referente a tais processos, conforme prevê o Estatuto do Magistério Superior.

O GT Carreira do Fórum das ADs, composto por dois representantes de cada Associação Docente, se reuniu dia 26 de setembro, na Uefs, iniciando a discussão da metodologia de debates com a categoria e dos aspectos que já foram apontados como objeto de alteração do Estatuto nos Encontros dos Docentes das Ueba. A próxima reunião acontecerá no dia 21 de outubro, na Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus.

GT do Fórum das ADs iniciou a discussão
da metodologia de trabalho dia 26 de setembro

Fonte: ADUFS-BA, Com edição.

Fotos: Murilo Bereta

Professores da Uefs, Uesc e Uesb aprovam paralisação para 9 de outubro

Seguindo a indicação do Fórum das ADs, os professores da UESC aprovaram a paralisação das atividades acadêmicas para esta quarta-feira (9), em assembleia realizada no dia 3 de outubro. A mesma decisão foi tomada nas assembleias da categoria na Uefs e Uesb. Na Uneb, por causa da eleição direta para reitor neste mesmo dia, não haverá a paralisação. O objetivo da ação é expor à sociedade a grave situação orçamentária em que se encontram as universidades estaduais, penalizadas ainda mais com os feitos do Decreto 14.710/13.

A expectativa é que as entidades representativas dos estudantes (DCE) e dos técnico-administrativos participem efetivamente do Dia Estadual de Luta, conforme indicou o Fórum das 12, já que há uma defesa unificada em torno da reivindicação de 7% da Receita Líquida de Impostos para as Ueba já em 2014, sendo que daí em diante esse percentual não poderá ser menor e deverá ser revisto a cada dois anos. Esta é uma bandeira que busca garantir a consolidação e a expansão das atividades acadêmicas com qualidade e compromisso social. Na UESC, em assembleia da AFUSC realizada nesta segunda-feira (7), os técnicos-administrativos também aprovaram paralisação para o dia 9.

Pelo relato das assembleias docentes da ADUFS e ADUSB, assim como na assembleia da ADUSC, as falas apontaram para uma enorme preocupação com as condições de desenvolvimento do trabalho docente, pois soma-se a falta de estrutura e materiais didáticos, o desrespeito aos direitos trabalhistas.

Para prosseguir com a campanha de denúncia do Decreto e contra a diminuição de verbas para o próximo ano, pretendida pelo governo petista, a categoria também aprovou a ida à Assembleia Legislativa, dia 10 de outubro, em busca de apoio para uma emenda parlamentar à LOA que proponha os 7% da RLI já. Neste dia, espera-se o agendamento de uma audiência com as Secretarias da Educação, Fazenda e Administração, conforme solicitação protocolada dia 30 de setembro.

Além disso, foram aprovadas uma paralisação em novembro e outra em dezembro, com datas a serem definidas no Fórum das ADs e no Fórum das 12. Outdoors, adesivos e camisas reforçam a campanha de denúncia.

Fonte: ADUFS-BA, com edição.

Assembleia Docente da UESC aprova paralisação

Assembleia aconteceu nesta quinta-feira (3) e aprovou, além da paralisação em defesa de no mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as UEBA, no dia 9 de Outubro , atividades de mobilização e panfletagem nas próximas segunda e terça-feira. O regimento da eleição para nova gestão da ADUSC também foi aprovado, e as inscrições para novas chapas vai de 4 a 11 de Outubro.

Universidades Estaduais devem paralisar as atividades no dia 9 de Outubro

Entendendo a importância da luta unificada neste momento em que a crise orçamentária imposta pelo Governo Wagner ás Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) se agrava, o Fórum das Doze (ADs, DCEs e AFUSC/SINTEST) aprovou a indicação de paralisação para a data, que marca o Dia Estadual de Luta por 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as universidades. A proposta de paralisação, que deve ser aprovada nas assembleias das respectivas categorias, foi encaminhada em reunião realizada na ultima quinta-feira (26), após representantes docentes, estudantis e de servidores técnicos avaliarem os impactos da escassez de recursos sobre as categorias acadêmicas, bem como sobre o funcionamento das atividades nas UEBA. A Assembleia Docente acontecerá na próxima quinta-feira (03), ás 14h30, no CEU (térreo do Pav. Adonias Filho).

Crise nas UEBA

O cenário de precarização das UEBA vem se ampliando ano a ano, pois os números absolutos que apontam o aumento no montante destinado as universidades não representam a demanda gerada com a criação de novos cursos (graduação e pós-graduação), nem do crescimento na produção e difusão dos projetos de pesquisa e extensão realizados nas instituições. Soma-se a isto, a arbitrariedade do Governo, que apesar de aprovar o orçamento anual das universidades, não está fazendo o repasse devidamente, atrasando constantemente o pagamento de bolsitas, terceirizados e fornecedores. Em reunião realizada com diretore(a)s de departamento e a Assessoria de Planejamento da UESC, no dia 16 de Setembro ultimo, a Reitora Adélia Pinheiro informou que até aquela data as dividas da universidade já chegavam a 7 milhões.

A escassez orçamentária e a falta de autonomia também impõe uma estagnação nas políticas de permanência estudantil, o estrangulamento no quadro de vagas docentes e de funcionários, a falta de estrutura física, de materiais didáticos, além de outros graves problemas que comprometem direitos trabalhistas e o funcionamento pleno das universidades. O Fórum das Doze também está preocupado com a previsão orçamentária para 2014, pois a Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser votada até o final do ano propõe um investimento menor que o atual para manutenção, ações do Plano Plurianual e finalísticas de custeio.

Para combater mais este ataque as universidades públicas, docentes, estudantes e funcionários farão, durante toda esta semana, uma forte campanha de conscientização da comunidade acadêmica, que deve culminar com a aprovação da proposta de paralisação, nas assembleias das categorias. Segundo o presidente da ADUSC, Carlos Vitório, “o agravamento da crise orçamentária na universidade já é sentido pela comunidade acadêmica nos mais diversos setores. A semana de mobilização tem o objetivo de reacender o espírito de luta em defesa da educação pública, expresso na jornada de manifestações de Junho e nos dias nacionais de paralisação, 11 de Julho e 30 de Agosto últimos”.

Decreto 14.710/2013

As categorias também esclareceram sobre o papel deste, batizado por “Decreto tesoura”. Para o Fórum das ADs, na prática, o decreto intensifica a já existente perda de autonomia e o sucateamento dos serviços públicos, ferindo, inclusive, direitos trabalhistas. O discurso de “frustração da receita”, ou de arrecadação inferior ao esperado, utilizado para impor a “economia de palitos”, na verdade é reflexo da política econômica, que prioriza o superávit primário, a desoneração dos impostos para empresários, além de estimular a privatização de setores como educação, saúde e segurança.

Neste sentido, o Fórum das ADs já cobrou da Secretaria de Educação (SEC), Secretaria da Fazenda (SEFAZ) e do Governo do Estado, um documento excepicionalizando as UEBA, do decreto. A exigência foi reinterada através de um documento subscrito pelos reitores, que também reafirma a reivindicação de no mínimo 7% da RLI para as UEBA, e exige o fim dos atrasos no pagamento das faturas liquidadas com amparo orçamentário das universidades. O Fórum das Doze também solicitou uma reunião com os representantes do executivo, para tratar das reivindicações.

Fórum das Doze discute orçamento das UEBA nesta quinta-feira

Se a escassez dos recursos destinados as Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) já é preocupante, a situação pode se agravar com a proposta de orçamento do Governo Wagner que diminui ainda mais as verbas para custeio e investimento das universidades em 2014.  Indignado com a situação, o Fórum das 12 (composto por representantes docentes, estudantis e de funcionários administrativos) volta a se reunir nesta quinta-feira (26). Na reunião, agendada para 9 horas na sede da ADUFS, em Feira de Santana, as três categorias vão discutir o Dia Estadual de Luta, marcado para 9 de Outubro, nas quatro universidades.

O Dia Estadual de Luta tem como objetivo envolver toda a comunidade universitária na reivindicação de no mínimo 7% da Receita Liquida de Impostos (RLI), que também faz parte da pauta docente protocolada em 2012. Desrespeitando a reivindicação, que também é defendida pelo Fórum de Reitores, o Governo pretende destinar apenas 4,92% da RLI para as UEBA em 2014. O percentual é 0,06% menor que o deste ano, e demonstra claramente o desmonte imposto pelo governo Wagner a Educação Pública Superior da Bahia.

Para fortalecer a luta por maior investimento nas UEBA, o Fórum das ADs prepara um dossiê contendo informações relativas ao quadro de pessoal insuficiente (docentes e técnico-administrativos), a falta de uma política de permanência estudantil, infraestrutura inadequada (salas de aulas, laboratórios, espaços para desenvolvimento das atividades acadêmicas, creches, unidades de saúde), dificuldades para execução de pesquisa e extensão, dentre outros aspectos que denunciam os impactos da falta de investimento adequado para as universidades.

Nesta perspectiva, a ADUSC solicitou (veja aqui) aos departamentos e demais setores responsáveis que enviem, até a próxima quarta-feira, o relatório contendo suas demandas específicas. Estas e outras ferramentas de mobilização serão discutidas pelo Fórum das ADs, também na quinta-feira, durante a tarde. Na oportunidade também será pautada a reunião do GT Carreira com a CODES, agendada para segunda-feira (30), e as ações contra o Decreto 14.710/2013.

ADUSC promove debate sobre a “Crise nas UEBA”

As Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) vivem mais um momento de crise, mesmo com o PIB baiano crescendo mais que o nacional. Nem mesmo os baixos recursos destinados às universidades estão sendo repassados pelo governo, que mantém em atraso os pagamentos de prestadores de serviços, terceirizados, bolsistas, detre outros. Para debater o assunto com a comunidade acadêmica, a ADUSC convidou, a diretora da ADUFS-BA, Maslowa Freitas, que apresentou as discussões acumuladas no âmbito do Fórum das ADs, no debate sobre a “Crise nas UEBA”, realizado no dia 5 se Setembro.

Criação, consolidação e investimento

A crise que acompanha de forma cíclica as UEBA, se intensificando em alguns períodos, perpassa por dois aspectos históricos. O primeiro diz respeito à importância dada às universidades pelos diferentes governos ao longo dos anos. Por um lado, nenhum deles teve como opção política o investimento adequado na educação superior, ao contrário, tratam as universidades com descaso, precarização e secundarização dentre suas prioridades.

Neste sentido, foram, e ainda são, os interesses politiqueiros, externos e internos, que determinaram as prioridades desde a criação de novos cursos, das estruturas para ensino, pesquisa e extensão, das políticas de permanência, e até mesmo, das liberações docentes para qualificação.

Essa expansão irresponsável, por muitas vezes não leva em consideração as demandas sociais e as condições de consolidação. Na UEFS, ressalta Freitas, esta prática não teve espaço nos últimos anos. Desde 2006, por exemplo, apenas 4 cursos de graduação foram criados, de forma gradual e amplamente discutida com a comunidade. Apenas agora, foi implantado o primeiro curso EAD.

Um segundo aspecto se refere à falta de autonomia financeira. Ainda hoje, os reitores encaminham a demanda orçamentária das universidades e o governo, desrespeitosamente, corta de onde acha que pode, aprovando-o em lei, conforme ele acha que as universidades merecem.

Sobre o assunto, o Movimento Docente (MD), tanto nos encontros de docentes das UEBA, quanto no setor das estaduais do ANDES-SN, discute as hipóteses de orçamento pleno (o total solicitado pelas reitorias), ou de subvinculação a arrecadação do estado, através do PIB, do ICMS ou da Receita Líquida de Impostos (RLI). Independente da escolha, para além da vontade política do governo, a solução vai depender do peso político empenhado pelos diversos setores da academia.

Protagonismo dos movimentos

diretora da ADUFS-BA, destaca protagonismo do MDA diretora da ADUFS-BA reafirmou o papel que os movimentos docentes, estudantis e de funcionários vêm cumprindo em defesa das universidades baianas. Dentre os momentos mais recentes, Freitas destacou a greve de 2005, deflagrada pelas três categorias por conta do orçamento. “A manchete do nosso jornal que antecedeu a greve de 2005 era: Não temos nem papel higiênico”, lembra Maslowa, ressaltando o nível de precarização das condições de trabalho e estudo naquele período.

Além da unidade entre as categorias das quatro universidades, a greve garantiu o repasse do orçamento em atraso naquele ano, e o aumento de 3,6% para 3,97% da RLI, destinados para 2006. Ao impacto da greve, somou-se ás vésperas de eleição e a forte campanha salarial do MD iniciada em 2006, garantido para 2007 um orçamento de 4,33% da RLI.

Decreto 14.710/13

O Decreto publicado no diário oficial no dia 14 de agosto, apenas oficializa uma contraditória, mas dita “crise financeira” do Governo, que já é sentida pelas universidades anteriormente ao decreto. Freitas destacou que o orçamento das universidades está aprovado em lei, no entanto, sendo responsabilidade da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) o pagamento das contas, o governo atrasa os repasses ou mesmo se utiliza do decreto para negar os pedidos da universidade.

Neste sentido, o Movimento Docente já exigiu ao Governador Jaques Wagner e ao Secretario de Educação, Osvaldo Barreto, um posicionamento, por escrito, de que as universidades ficarão isentas do decreto. Além disso, em reunião com o Fórum das ADs, os reitores se comprometeram em não se utilizar do decreto para negar as solicitações internas, encaminhando para a SEFAZ e a Casa Civil a decisão final.

Reivindicação atual

Até 2010, a reivindicação orçamentária do MD era de 5% da RLI, construída com base nos orçamentos elaborados pelas9 de Outubro, Dia Estadual de Luta reitorias, (considerado pelas categorias docente, estudantil e de funcionários como rebaixados), que desde 2003 demandavam cerca de 4% da RLI. No entanto, desde 2011, o percentual foi atualizado, mais uma vez, a partir das demandas levantadas pelos(a) reitores(a), que atualmente subscrevem com docentes, estudantes e funcionários a reivindicação de 7% da RLI, com revisão a cada 2 anos, nunca sendo menor ao ano anterior.

Insensível à demanda das universidades, o Governo Wagner pretende destinar para o orçamento de 2014 apenas 4,92% da RLI. Apesar do crescimento em valores em relação a 2013, o percentual destinado a custeio e investimento será menor que o atual. É como se o governador acreditasse que uma pessoa na infância tenha os mesmos gastos que na idade adulta.

Mantendo seu caráter de luta em defesa das universidades o MD divulgará, em breve, um dossiê que comprova o sucateamento das UEBA através da falta de investimento adequado. Também esta programado para o dia 9 de Outubro, um dia Estadual de Luta, quando, além do MD, estudantes e funcionários devem mobilizar suas categorias em defesa de 7% da RLI para as UEBA, já!

Adusc promove debate sobre crise nas UEBA

A política do governo estadual tem provocado consequências drásticas para as Ueba, que, com o orçamento estrangulado, ficam sem condições de atender ao ensino, pesquisa e extensão. O Movimento Docente (MD) tem lutado constantemente contra essa situação, a exemplo da greve de 2005, deflagrada por conta do caos que se instalou nas Ueba por falta de recursos.

Este ano, as universidades baianas vivenciam mais um momento crítico. Apesar de a propaganda petista alardear o aumento de recursos destinados as UEBA nos últimos anos, não os compara com o crescimento efetivo das atividades (ensino de graduação e pós-graduação, produção de conhecimento e extensão), que foram amplamente superior. À pão e água, é impossível garantir condições para desenvolvê-las com a qualidade que a comunidade universitária e a sociedade necessitam.

Nestas condições, docentes veem negados direitos como promoção e qualificação, além de não receber as gratificações por execução de funções como coordenação de colegiado, dentre outros. Outro grave problema é o atraso frequente no agamento de terceirizado(a)s, bolsistas e estagiário(a)s, setores com direitos precarizados, mas de importância fundamental para o funcionamento da universidade.

A falta de professore(a)s na graduação, de materiais para os laboratórios, o déficit de funcionários, a dificuldade na compra de passagens, a ausência de gabinetes para atendimento de estudantes e diversos outros graves problemas são exemplos da política de precarização e abandono da Educação Pública Superior.

Quanto a permanência estudantil, a falta de restaurantes universitários (RU), bolsas auxílio e residências atingem milhares de estudantes das quatro universidades. Quando tais espaços existem, muitos apresentam precárias condições que ameaçam inclusive a saúde de estudantes.

Para agravar ainda mais a situação o Decreto 14.710 publicado no dia 16 de agosto, ultimo, corta gastos no estado e assombra as universidades. Não há consenso no Fórum de Reitores mas, segundo alguns gestores ele já está sendo aplicado aos pedidos da universidade.Considerando que o orçamento para as UEBA já foi aprovado pelo governo, inclusive com valor inferior a solicitação dos gestores, o Fórum das ADs já exigiu do governo uma posição oficial excepcionalisando as universidades, como em anos anteriores.

Para ampliar a discussão sobre o orçamento das UEBA, a crise na Educação Superior Baiana e os impactos do decreto nas universidades, a ADUSC convida toda a comunidade acadêmica a participar de um amplo debate, que acontece nesta Quinta-
feira (5), ás 15 horas no auditório do curso de direito. Na oportunidade, a diretora da ADUFS, Maslowa Freitas vai introduzir as discussões, com os elementos acumulados dentro do Fórum das AD´s.

O debate pretende dar continuidade a jornada de mobilizações em defesa de melhores condições de trabalho, e de maior investimento e qualidade nos serviços públicos, que marcaram o país nos últimos meses. Na ultima sexta-feira, 30 de Agosto, o MD da UESC paralisou as atividades acadêmicas para fortalecer a unidade com os trabalhadores e exigir dos Governos reposta as pautas defendidas pelo povo durante as mobilizações.

Na data, que marcou o “Dia Nacional de Paralisações” convocado pelas Centrais Sindicais, vias e rodovias foram paralisadas e, por todo país, movi-mentos sindicais, estudantis e populares foram as ruas defender as pautas unificadas:

– redução do preço e melhor a qualidade dos
transportes coletivos;

– mais investimentos na saúde e na educação
pública;

– fim do fator previdenciário e aumento das
aposentadorias;

– redução da jornada de trabalho;

– Salário igual para trabalho igual, combatendo a
discriminação da mulher no trabalho;

– fim dos leilões das reservas de petróleo;

– contra o PL 4330, da terceirização;

 – Reforma Agrária.

Campanha orçamentária contará com dossiê de denuncia

Na quinta-feira (22), o Fórum das ADs deu continuidade as discussões sobre a crise orçamentária das UEBA, elaborando estratégias que fortaleçam a campanha por 7% da RLI, com revisão a cada dois anos e orçamento sempre maior que o ano anterior.

Nesta perspectiva, os representantes docentes elencaram elementos que devem compor um dossiê de denuncia a sociedade, sobre as precárias condições impostas às universidades estaduais baianas, como consequência da falta de investimento adequado a educação superior.

No documento estarão descritos os déficits nos quadros de vaga docente e de funcionários, as precariedades das políticas de permanência estudantil, as deficiências estruturais (salas, laboratórios, bibliotecas, creches, unidades de saúde, espaços de convivência), além dos impactos diretos em pesquisa e extensão.

Alguns destes pontos já foram levantados pelos representantes docentes, como a falta de salas de aula e de gabinetes para orientação e atendimento aos estudantes, falta de materiais para práticas nos laboratórios, além dos constantes atrasos no pagamento das bolsas.

Para o dia 22 de Agosto, também estava prevista uma reunião entre o Fórum das ADs e o Fórum de Reitores, com pauta sobre orçamento de quadro de vagas. No entanto, a reunião foi adiada as vésperas (veja aqui) pelo atual presidente da entidade. O Fórum das ADs considerou a atitude desrespeitosa, e espera que não volte a se repetir nesta terça-feira (27), data sugerida pelos próprios gestores.

Fórum das Doze discute a crise orçamentária das UEBA

Representantes docentes, discentes e de funcionários das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) se reuniram no dia 21 de Agosto para fortalecer a campanha unificada por maior orçamento para as UEBA. Na reunião, o Fórum das Doze discutiu a situação de estrangulamento orçamentário vivido nas universidades baianas, e a cosequente precarização da educação publica superior no estado. O decreto 14.710/13, que contingencia o orçamento de diversos setores da administração estadual também foi pauta da reunião.

Para o Fórum das Doze, os atrasos frequentes nos pagamentos dos terceirizados, bolsistas e fornecedores, as filas para promoções e progressões docentes, a falta de instalações físicas, de equipamentos e materiais didáticos, e a escassez de verbas destinadas à política de permanência são exemplos mais explícitos da falta de recursos. Soma-se a isto o crescimento efetivo das atividades (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão), que não foi acompanhado por maiores investimentos, por parte do Governo Wagner.

Sobre o decreto 14.710/13, o Fórum das ADs afirmou ser inadmissível que seja usado contra as UEBA, pois seus recursos para 2013 já foram aprovados e tornados em lei. No entanto, esclareceu a manobra truculenta e autoritária do governo, de atraso no repasse das verbas, que não chegam a 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI), cerceando ainda mais a autonomia das universidades. O assunto será tratado num documento a ser protocolado na CODES, pelo Fórum das Dozes, exigindo uma declaração de que as UEBA estão excepcionalizadas do contingenciamento.

O Fórum das Doze também encaminhou, para o dia 9 de Outubro, um “Dia Estadual de Luta”. Na data as três categorias das quatro universidades farão atividades de mobilização em defesa de “7% da RLI para o orçamento das UEBA, já!”. Além disso, um documento de denuncia da crise orçamentárias nas UEBA também será produzido e divulgado.

Para esta terça-feira (27), está agendada a participação das ADs na audiência pública com o tema “A situação dos servidores técnicos, plano de carreira e histórico de lutas”, ás 11hs na Assembleia Legislativa, a fim de fortalecer a mobilização da categoria. A partir das 15hs a reunião entre o Fórum das ADs e o Fórum de Reitores, na sede da ADUNEB, para tratar de orçamento e da carreira docente. O Fórum das doze volta a se reunir no dia 26 de Setembro, na sede da ADUFS em Feira de Santana.

Forum das ADs se reúne com CODES para debater quadro docente, orçamento e GT carreira

O Fórum das ADs e o ANDES-SN reuniram-se com o chefe da Coordenação para o Desenvolvimento da Educação Superior (CODES), na última segunda-feira (29). A reunião foi agendada na quinta-feira (25), e também é resultado das negociações com o governo, concluídas em junho deste ano. No entanto, há uma hora e meia do horário marcado a CODES informou o cancelamento do encontro. Em resposta, os docentes, que já se encontravam em Salvador, se fizeram presentes no local e horário agendados, e conseguiram garantir a reunião.

Na oportunidade foram pautadas a situação do quadro docente e orçamento das UEBA, e a criação do grupo de trabalho para discutir possíveis alterações no Estatuto do Magistério Superior (GT carreira), para o qual, uma primeira reunião ficou agendada para o dia 30 de Setembro, ás 14 h.

Quanto ao quadro docente, as ADs lembraram que a situação atual do quadro de vagas é prejudicial tanto para expansão das UEBA, quanto na garantia do direito do docente em progredir na carreira, chegando, em alguns casos, a esperar até um ano. Evasivo, o coordenador da CODES, Nildon Pitombo, informou que “o Estado está buscando recursos para destravar a pauta de promoção e progressão da carreira docente”, mas o valor do investimento ainda não foi definido.

Ainda sobre o assunto, Pitombo informou que a CODES está realizando um estudo para solucionar os problemas de insuficiência de docentes nas UEBA por quatro anos, e que deve ser entregue em setembro deste ano.

Na reunião, os docentes também questionaram a escassez e os atrasos na liberação de recursos financeiros do estado às UEBA. Na UESC, assim como na UESB e UNEB,o pagamento de fornecedores, bolsitas e terceirizados estão sofrendo com atraso constantemente. Neste sentido, o Fórum das ADs reiterou a reivindicação por orçamento mínimo de 7% da RLI, com revisão percentual a cada dois anos e valor sempre superior ao ano anterior, e alertaram ao governo da campanha que será intensificada agora no segundo semestre.