FÓRUM DAS ADS REÚNE COM ARQUIDIOCESE DE SALVADOR PARA COBRAR DIÁLOGO COM O GOVERNADOR RUI COSTA

Docentes explicam os problemas das universidades. Foto: Ascom FAD
Docentes explicam os problemas das universidades. Foto: Ascom FAD

O Fórum das Associações Docentes (ADs) participou, na tarde da terça-feira (22), de uma reunião com o Arcebispo Dom Murilo Krieger. Na ocasião, o Fórum reivindicou posicionamento da Igreja Católica sobre o cenário de não garantia dos direitos trabalhistas e crise orçamentária das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Os docentes também solicitaram o intermédio da instituição para abertura de diálogo com o governador Rui Costa. O representante da Arquidiocese de São Salvador da Bahia reconheceu a importância da causa do Movimento Docente (MD) e firmou o compromisso de fazer contato com o Governo do Estado.

Durante o espaço, os professores apresentaram como os cortes orçamentários e perdas salariais impactam no desenvolvimento das universidades e na sociedade baiana de conjunto. Há dois anos o governo não realiza reajuste nos salários dos servidores públicos e as perdas inflacionárias acumuladas são de quase 20% ao longo do período. Somado a isso, entre 2013 e 2016, o ensino superior baiano sofreu mais de R$ 73 milhões de perdas reais nas verbas de custeio, investimento e manutenção.

“As universidades estaduais estão inseridas em várias cidades e cumprem um papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas com estudos para as realidades específicas desses lugares. Cortar o orçamento e piorar as condições de trabalho dos professores impacta diretamente no ensino, pesquisa e extensão. Ou seja, quando o governo ataca as universidades, em última instância, está atacando também a população baiana”, explicou Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs.

Os docentes denunciaram a postura de descaso do governo diante do empenho do Fórum em abrir diálogo e negociação. A pauta 2017 foi protocolada nas instâncias governamentais desde o dia 19 de dezembro de 2016. De dezembro até então, os representantes do governador compareceram às reuniões ocorridas sem respostas concretas e não abriram nenhuma negociação com o movimento.

Mesmo diante da falta de compromisso dos gestores públicos, a categoria segue firme e disposta à luta. A audiência solicitada com a Arquidiocese de São Salvador da Bahia, foi uma das iniciativas para intensificar a luta do MD. Além dessas, outras ações estão apontadas com um calendário de mobilizações para o mês de setembro. (Leia mais)

Atualmente os docentes aprovaram indicativo de greve nas assembleias de duas universidades – Uesb e Uesc. Na Uneb e Uefs assembleias estão previstas para agosto e setembro com essa e outras iniciativas de mobilização na pauta. Entre elas, uma paralisação estadual indicada para o dia 27 de setembro já aprovada em assembleia da Uneb.

O MD exige solução para questões urgentes como, 30% de recomposição salarial, ampliação do quadro de vagas e aumento de 7% da Receita Líquida de Impostos (R.L.I.) para o orçamento das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Confira a pauta completa aqui.

FÓRUM DAS ADS INDICA PARALISAÇÃO ESTADUAL E CALENDÁRIO DE MOBILIZAÇÕES PARA SETEMBRO

As ADs reforçaram a construção do indicativo de greve, previsto na pauta das próximas assembleias da Uneb e Uefs. O indicativo de greve já foi aprovado pelos docentes da Uesc e Uesb. Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, afirmou que até o governo dar respostas efetivas à pauta de reivindicações do Movimento Docente (MD) não haverá recuo. “Estamos a cerca de um semestre tentando negociar com o governo. A única resposta que temos é o descaso”, frisou o professor.

A pauta 2017 foi protocolada nas instâncias governamentais desde o dia 19 de dezembro de 2016. De dezembro até então, os representantes do governador compareceram às reuniões ocorridas sem respostas concretas e não abriram nenhuma negociação com o movimento. O MD exige questões urgentes como, 30% de recomposição salarial, ampliação do quadro de vagas para comprimento de todos os processos de promoções, progressões, mudança de regime de trabalho dos docentes e aumento de 7% da Receita Líquida de Impostos (R.L.I.) para o orçamento das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba).

Confira o documento na íntegra aqui

Calendário de mobilizações

Mesmo diante da falta de compromisso dos gestores públicos, a categoria segue firme e disposta à luta. As ações do calendário de mobilização aprovado apontam no sentido de ampliar as mobilizações e articulações em defesa dos direitos trabalhistas e das Ueba. Foi indicada a realização de atividades públicas nas praças das cidades onde as universidades estão inseridas, com o projeto “Universidade na Praça”. Novas rodadas de assembleias também ocorrerão intensificando as panfletagens e mobilizações.

O Fórum destacou, ainda, a necessidade de radicalizar nas ações de rua de forma combativa e, ao mesmo tempo, que dialogue com os traços culturais do povo baiano. Nesse sentido, foi indicado para a paralisação estadual, um grande dia de mobilização com um almoço coletivo onde será servido um caruru. Iniciativas de mídia também foram indicadas, como “compartilhaço” nas redes sociais e reativação da campanha de mídia nas rádios e outdoors. A próxima reunião do Fórum das ADs será dia 15 de setembro, sexta-feira, às 9h na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Veja a agenda de mobilização do Fórum das ADs.

Anexos:

1 – Pauta de Reivindicações 2017
2 – Calendário Setembro

10 DE AGOSTO – DIA ESTADUAL DE MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DAS UEBA

Na próxima quinta-feira, 10 de agosto, acontecerá o Dia Estadual de Mobilização em defesa das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). A data é parte do calendário de lutas indicado pelo Fórum das ADs, para fortalecer a construção do indicativo de greve docente. Na data, o Movimento Docente realizará panfletagens, visita às salas de aula, roda de conversas, atividades com carro de som, entre outras ações para esclarecer e mobilizar a comunidade acadêmica. Não haverá paralisação.

Na UESC, a comissão de mobilização permanente se reunirá na próxima quarta- feira (09), às 14 horas, na sede da ADUSC, para acertar os detalhes do dia de mobilização. A reunião será aberta a toda categoria.

De acordo com a diretoria da ADUSC,  o Dia Estadual de Mobilização em defesa das UEBA visa pressionar o governo Rui Costa a retomar a negociação com o MD sobre a pauta de reivindicações protocolada desde dezembro de 2016. Os docentes reivindicam o cumprimento dos direitos trabalhistas, a recomposição salarial e financiamento adequado para as universidades.

Indicativo de greve

Após diversas tentativas de diálogo com realização de mobilizações, pressão sobre o Fórum de Reitores e medidas judiciais, o Fórum das ADs avaliou a necessidade de construção do movimento paredista com a aprovação do indicativo de greve. A medida já foi aprovada nas assembleias da ADUSC e da ADUSB, e deve ser votada nas assembleias da ADUNEB e da ADUFS, nas próximas semanas. Esse é o primeiro passo para uma possível greve por tempo indeterminado.

Segundo o presidente da ADUSC, José Luiz de França, a categoria reconhece que as mobilizações realizadas até o momento foram fundamentais para liberação parcial dos pedidos de promoção e progressão – muitos deles travados desde 2015. Entretanto, apenas na UESC, ainda existem 24 promoções pendentes por falta de vagas no quadro. Além disso, Rui Costa tenta usurpar a retroatividade econômica e funcional dos processos liberados, apesar da garantia conquistada no Estatuto do Magistério Superior.

“Estamos nos empenhando para garantir uma educação pública de qualidade, mas além do desrespeito aos direitos historicamente conquistados por docentes e técnicos e os salários corroídos pela inflação, não temos condições material-pessoal suficiente para funcionar . A mudança desastrosa na política de permanência estudantil também é um problema para essa categoria”, afirma França, que ressalta a importância da unidade da comunidade acadêmica, nesta luta.

FÓRUM DAS ADS DENUNCIA CRISE DAS UEBA NOS GABINETES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA BAHIA

 

Professores entregam documento no Protocolo da Presidência da ALBA com a exigência de Audiência Pública sobre crise nas Universidades Estaduais. Foto: ASCOM FAD
Professores entregam documento no Protocolo da Presidência da ALBA com a exigência de Audiência Pública sobre crise nas Universidades Estaduais. Foto: ASCOM FAD

Na última quinta-feira (3), o Fórum das ADs percorreu os gabinetes dos parlamentares e das bancadas dos partidos políticos de maioria e minoria denunciando a crise orçamentária das Universidades Estaduais Baianas (UEBA) com a pauta de reivindicações do Movimento Docente (MD). (Leia a pauta aqui) Além de exigir dos deputados estaduais uma posição sobre a situação das universidades e dos direitos trabalhistas pela recomposição salarial de 30,5%, os professores também solicitaram, no Protocolo da Presidência, uma Audiência Pública na ALBA sobre a crise na educação e o cenário de desmonte do ensino superior baiano.

Os docentes apresentaram um documento reivindicando que o governador Rui Costa (PT) pare com os ataques à educação pública e abra um canal de negociação com o movimento. O Fórum compreende que a tentativa de audiência pública é uma ferramenta importante da democracia para que a sociedade discuta com o poder legislativo suas demandas. Dessa forma, a solicitação dos representantes docentes foi de ampliar o debate sobre a crise orçamentária imposta pelo governo petista e defender as universidades enquanto um patrimônio do povo baiano.

Estudos aprofundados do XIII Encontro dos Docentes das UEBA mostram que, só entre 2013 e 2016, as universidades estaduais sofreram perdas reais de mais de R$ 73 milhões nas verbas de custeio, investimento e manutenção. Os professores alertam que essa crise afeta não apenas os docentes, mas também estudantes, técnicos administrativos e o desenvolvimento do conjunto das universidades. A luta histórica do Fórum é pelo aumento de 7% da Receita Líquida de Impostos (R.L.I.) no orçamento das universidades e pela defesa dos direitos trabalhistas.

SAEB e SEC

Reafirmando a disposição para diálogo sobre a pauta e o compromisso com a luta, o MD protocolou uma nova solicitação de reunião na SEC (Secretaria da Educação) e na SAEB (Secretaria da Administração do Estado da Bahia). Na oportunidade, os representantes das duas secretarias se recusaram a reunir com os docentes, mesmo com o contato prévio do Fórum.

Fórum das ADs protocola novamente pauta de reivindicações na SEC e SAEB. Foto: ASCOM FAD
Fórum das ADs protocola novamente pauta de reivindicações na SEC e SAEB. Foto: ASCOM FAD

As Associações Docentes buscam o diálogo com o governo desde dezembro de 2016. No entanto, há mais de um semestre, a resposta governista segue sendo o descaso. Rui Costa não responde as bandeiras de luta do movimento relativas à crise orçamentária, recomposição salarial de 30,5% e os direitos trabalhistas. Além disso, as recentes promoções e progressões publicadas não dão conta de todas as demandas dos professores. Nenhuma mudança de regime de trabalho foi atendida e ainda existem docentes nas filas de promoções. Para resolver a questão serão necessárias a alteração e a ampliação do quadro de vagas das UEBA.

Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, afirmou que a pressão do movimento paredista seguirá firme. “Mais uma vez comprova-se o desrespeito do Governo do Estado e suas representações com o Movimento Docente da Bahia, o que tenciona o debate para o indicativo de greve”, demarcou Milton. A exigência das Associações Docentes é que a pauta do movimento seja discutida e respondida na SEC e SAEB ainda na primeira quinzena de agosto.

 

Anexos:

1 – Pauta de Reivindicações 2017
2 – Fórum das ADs protocola novamente pauta de reivindicações na SEC e SAEB

FÓRUM DAS ADS AVANÇA NA CONSTRUÇÃO DO INDICATIVO DE GREVE

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Reunião ocorreu no dia 20 de Julho. Fotografia: Ascom FAD

Dando continuidade aos próximos passos do indicativo de greve, ocorreu na última quinta-feira (20) no Campus I da UNEB a reunião ordinária do Fórum das ADs. O espaço discutiu a pauta do Movimento Docente (MD), indicativo de greve e um calendário de mobilização para o próximo período. Atualmente o indicativo de greve foi aprovado na assembleia de duas universidades estaduais baianas: UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) no dia 19 de julho e na UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) no dia 17 de julho. Ainda ocorrerá no mês de agosto e setembro assembleias com esse mesmo ponto de pauta na UNEB (Universidade do Estado da Bahia) e na UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana).

Mobilização

As Associações Docentes (ADs) demarcaram o endurecimento da luta através de um calendário de mobilizações. As ações propostas se deram no sentido de fortalecer a construção do movimento paredista e, ao mesmo tempo, ampliar as ações do MD para alertar a sociedade sobre a grave crise das universidades estaduais e os ataques aos direitos trabalhistas. Nesse sentido, foi encaminhando a realização de audiências públicas a ser convocadas pelo movimento docente nas câmaras municipais e na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), para tratar desses temas e mostrar o descaso do governo Rui Costa (PT) diante dessas questões. Além disso, foi indicado para o dia 10 de agosto um Dia Estadual de Mobilização Unificado com panfletagem, carro de som e atividades internas nas UEBA, sem paralisações.

Falsa solução

Como resposta à luta e pressão do movimento docente, foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) as progressões e promoções dos professores das universidades estaduais, que estavam travadas pelo governo Rui Costa desde o final do ano de 2015. Contudo, em reunião o Fórum avaliou que os números divulgados não são suficientes para atender a todos os processos de promoção, progressão, mudança de regime de trabalho e solucionar, de fato, a situação funcional dos professores.

Atualmente, ainda existem nas quatro universidades estaduais docentes na fila de promoção e progressão e processos de mudança de regime de trabalho que não foram atendidos. Para resolver a questão serão necessárias a alteração e a ampliação do quadro de vagas das UEBA. Seguem pendentes também processos que dizem respeito à insalubridade dos docentes.

Avançar na mobilização para garantir direitos e arrancar uma política de recomposição salarial

Na avaliação do Fórum, a mobilização precisa continuar forte, rumo ao movimento paredista na defesa da educação e dos direitos trabalhistas. Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, garantir promoção, progressão, mudança de regime e condições mínimas de trabalho é obrigação do governo em respeito ao Estatuto do Magistério Superior.

O Fórum reivindica também recomposição salarial de 30,5%, pauta que ainda não foi respondida pelo governador, apesar de todas as tentativas de diálogo do movimento docente. Do mesmo modo que Rui Costa também não respondeu à questão da insuficiência de recursos para custeio e investimento das universidades. O FAD reafirma a reivindicação é de 7% da Receita Líquida de Impostos (R.L.I.) para as UEBA.

Nesse sentido, foi apontado como fundamental o fortalecimento da unidade da comunidade acadêmica através de uma reunião do “Fórum das 12” – instância que reúne estudantes, técnicos e docentes das universidades estaduais baianas – para o dia 11 de agosto às 14h na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). A próxima reunião do Fórum das ADs foi marcada para às 9h no mesmo dia e local.

As Universidades Estaduais estão inseridas numa realidade de ataques por parte do governo petista e não podem se calar diante da recusa do governo em repassar os recursos necessários para o funcionamento adequado das instituições do não atendimento aos direitos trabalhistas. Portanto, o Fórum das ADs convoca toda comunidade acadêmica a participar das atividades propostas e fortalecendo, com isso, a luta pela educação pública de qualidade.

Confira a pauta de reivindicações do Movimento Docente.

Anexos:

1 – Pauta de Reivindicações 2017

Promoções e progressões são publicadas após pressão do Movimento Docente

A categoria exige retroatividade financeira e deve intensificar mobilização em defesa dos direitos e dos salários

Ato no dia 18 de Abril lançou a campanha de mídia denunciando "O Governo que MAIS ATACA as Universidades"
Ato no dia 18 de Abril lançou a campanha de mídia denunciando “O Governo que MAIS ATACA as Universidades”

 

Processos de promoção e progressão dos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), travados pelo governo Rui Costa desde 2015, começaram a ser publicados no Diário Oficial do Estado (DOE), na última terça-feira (11). A ação é uma resposta paliativa do governo à  pressão do movimento docente pelo cumprimento dos direitos trabalhistas. Na UESC, foram implementados 93 processos de progressão e 61 promoções. Entretanto, além de 24 processos de promoção não efetivados por ausência de vaga no quadro docente, a retroatividade financeira não está garantida integralmente.

A Assessoria Jurí­dica da ADUSC está analisando o procedimento mais adequado para garantia da retroatividade integral e a mobilização docente deve ser intensificada. Assembleias docentes devem pautar o indicativo de greve na UESC, UEFS, UESB e UNEB, entre os dias 17 e 21 de Julho, conforme indicação do Fórum das ADs.

Para diretoria da ADUSC, a liberação parcial dos processos de promoção e progressão é uma conquista importante do movimento docente. O acompanhamento cotidiano das filas de processos, as medidas judiciais conjuntas, a pressão sobre o Fórum de Reitores e sobre o governo são parte dessa luta, e que deve se intensificar.

“A gravidade dos ataques do governo e a ausência de diálogo com o Movimento Docente impõe o endurecimento por parte da categoria”, afirma o presidente da ADUSC, José Luiz de França. O presidente também lembra que o Estatuto do Magistério Superior garante retroatividade a partir da data da realização da banca, e que o movimento não vai abrir mão desse direito. As mudanças de regime de trabalho, a recomposição salarial, a ampliação orçamentária das universidades também são pontos da pauta de reivindicação 2017, para os quais, o movimento docente exige negociação já.

 

NOTA PÚBLICA DO FÓRUM DAS ADS SOBRE DIREITOS TRABALHISTA

O Fórum das ADs (FAD) informa que, diante da pressão do movimento docente, o governo recuou na sua postura de intransigência e comprometeu-se a abrir o diálogo para discutir direitos trabalhistas: promoção, progressão e mudança de regime de trabalho, a partir do mês de julho. A informação foi comunicada à  coordenação do Fórum das ADs por telefone (pelo Sr. Adriano Tambone, superintende de recursos humanos do governo), além de divulgada pelo governo através de blogs e mí­dias sociais na última semana.

Numa tentativa de deslegitimar a luta do Movimento Docente, o governo utilizou-se também do Fórum de Reitores para divulgar a informação, através de nota divulgada no último dia 29 de junho nos portais das reitorias. O Fórum das ADs repudia a ação do governo e lamenta que o Fórum dos Reitores se preste a esse papel.

As informações divulgadas até o momento são incertas, não dando conta de números, prazos e condições para o atendimento dos pedidos de promoção e progressão. Tão pouco tratam de toda a pauta do Movimento Docente. Desta forma, a coordenação do Fórum das ADs, mais uma vez, fez contato com o governo do Estado, cobrando uma reunião e a apresentação de uma proposta por escrito ao Movimento Docente. Por telefone, o Sr. Adriano Tambone, afirmou que, na primeira quinzena de julho, a partir dos levantamentos quantitativos dos processos, será negociado com o Movimento Docente as promoções, progressões e mudança de regime de trabalho. No aspecto da recomposição salarial, o subsecretário indicou, ainda, que se trata de um tema a ser pautado em outro momento, por ser uma questão de maior dificuldade em virtude da postura do Governo do Estado.

Assim, é necessário manter o indicativo de radicalização para pressionar o governo a apresentar uma proposta que atenda é  pauta do Movimento Docente. As Associações Docentes, como representações legítimas da categoria, reafirmam o seu compromisso com a luta em defesa do cumprimento dos direitos trabalhistas e no combate intransigente aos ataques do governo Rui Costa é  educação pública.

Leia a nota no site: http://www.forumdasadsba.org/pagina/noticias_interno/21

Alerta aos servidores públicos: a adesão ao Prevbahia acaba com o direito à  aposentadoria integral

reforma da previdencia 

O Fórum das ADs (FAD) alerta todos os docentes e servidores públicos da Bahia vinculados ao Fundo de Custeio da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Funprev) e Fundo Previdenciário dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Baprev) a não migrarem para o Regime de Previdência Complementar (RPC), pois essa ação implicará na perda do direito à aposentadoria integral desses trabalhadores.

Aprovado em janeiro de 2015, o PrevBahia acaba com a aposentadoria integral e estabelece um teto do INSS de, no máximo, R$ 5.531,31. Todos os trabalhadores que ingressaram no funcionalismo público depois de 29 de julho de 2016 (data da regulamentação) não poderão ter aposentadoria com valor acima do limite estabelecido. Além disso, esse regime previdenciário aposta em planos de investimento que, na prática, não garantem retorno, por se tratar de uma previdência complementar submetida à instabilidade do mercado financeiro.

Em nota publicada no último dia 5 de Julho de 2017 no Portal do Servidor, e nos veículos de imprensa, o governo convoca capciosamente os servidores a migrar para o Prevbahia. Contudo, as Associações Docentes chamam atenção para a propaganda enganosa sobre a medida e alertam que o regime, na verdade, prejudica a aposentadoria do servidor público.

Baprev, Funprev e PrevBahia

Atualmente os servidores públicos da Bahia estão divididos entre vinculação ao Funprev, Baprev e PrevBahia. A diferença entre os trás regimes de previdência consiste na porcentagem de contribuição e cada um contempla servidores ingressos num perí­odo especí­fico. O PrevBahia difere totalmente dos outros. Ele é um fundo previdenciário de caráter privado, não solidário que administra planos previdenciários complementares facultativos.

Vinicius Correia Santos, professor de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), explica que a consequência lógica dos servidores do Funprev e Baprev, que tem direito a uma aposentadoria integral, caso migrem para o PrevBahia, é de perder esse direito e ter uma aposentadoria limitada de R$ 5.531,31. “Com esse modelo de previdência complementar privada o governo não tem responsabilidade nenhuma, ou seja, ele garante apenas o teto do INSS e, se esse investimento der errado, o servidor perde todo o dinheiro investido, que fica a mercê da ciranda do mercado financeiro”, afirma o professor.

Em defesa da Previdência Pública: Não ao PrevBahia!

O Fórum das ADs recomenda aos docentes que não contratem o PREVBAHIA pela instabilidade que ele representa. A não participação também significa um ato polí­tico contra o ataque do governo Rui Costa é previdência pública baiana. Desde 2015 o Fórum, através das ADs, denuncia do Prevbahia com a realização de seminários, notas públicas e panfletagens.

Recentemente, o FAD publicou uma Cartilha Estadual contra a Reforma da Previdência que explica os prejuí­zos causados pelo PrevBahia denunciando o plano privado de aposentadoria complementar que tenta ser imposto pelo governo Rui Costa e como ele impactará a vida dos docentes. Para o FAD, é preciso defender a previdência pública, tanto a ní­vel estadual quanto federal. O Prevbahia é um retrocesso e fere os direitos conquistados pela classe trabalhadora.

Acesse a cartilha do Fórum das ADs “Não ao Prevbahia” aqui.

 

Fórum das ADs pressiona o governo para resolver os 1.042 processos de docentes travados nas Universidades Estaduais

Representantes docentes protocolam novamente a pauta na SAEB
Representantes docentes protocolam novamente a pauta na SAEB

O Fórum das ADs (FAD) esteve, mais uma vez, na Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB) na tarde do dia 3 de Julho para tratar dos direitos trabalhistas, no que diz respeito às promoções, progressões, mudança de regime de trabalho e recomposição salarial. Apesar da solicitação prévia de reunião com o superintendente de Recursos Humanos, Adriano Tambone, o encontro não ocorreu sob a justificativa de que o titular da SRH se encontrar de férias.

Mesmo com a negativa do governo em reunir, o Fórum reafirmou as bandeiras da luta do movimento docente e protocolou, novamente, na SAEB com a pauta de reivindicações 2017 junto com o alerta de indicativo de greve já apontado pelo Fórum. Por telefone, o superintendente retornou ao FAD que a previsão do governo é de receber e negociar com os docentes na primeira quinzena do mês de Julho. Acesse o documento entregue aqui.

Enfrentamento e greve a caminho

No mesmo dia, os professores também entraram em contato com a coordenação do Fórum de Reitores para apurar informações sobre a reunião ocorrida entre reitores e o governo, no sentido de reafirmar a pauta docente e cobrar dos reitores apoio no problema dos processos docentes emperrados e da recomposição salarial.

“É importante salientar que os reitores não tinham conhecimento que o governo os chamaria para discutir direitos trabalhistas. Isso foi fruto da luta das Associações Docentes e foi informado pelo próprio FAD na reunião anterior que tivemos entre Fórum das ADs e de Reitores no dia 8 de Junho. Estamos desde dezembro de 2016 pautando essa luta”, destaca Milton Pinheiro, Coordenador do FAD.

Reunião do Fórum das ADs com coordenação do Fórum de reitores no dia 3 de julho
Reunião do Fórum das ADs com coordenação do Fórum de reitores no dia 3 de julho


Na ocasião, o coordenador do Fórum de Reitores, informou que as universidades estaduais fazem, nesse momento, um levantamento de dados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho para enviar à SAEB. O reitor da Uneb afirmou que esse trabalho é feito para atualizar o quantitativo de promoções e progressões. Contudo, o FAD exigiu que a questão da mudança de regime de trabalho seja prioridade nesse levantamento, já que o coordenador do Fórum dos Reitores informou que o governo não entrou no mérito desse direito trabalhista. Foi destacado também pelo Fórum a exigência pelo remanejamento e/ou alteração do quadro de vagas.

A postura do FAD é de responder à altura o descompromisso do governo. A pauta do indicativo de greve já está em curso e assembleias docentes marcadas para primeira quinzena de julho. Para o Fórum, a realidade de os professores serem privados dos direitos básicos, como promoção na carreira não pode ser tolerada. Os professores afirmam que, até o governo dar respostas concretas e efetivas sobre os direitos trabalhistas, não haverá recuo.

Alerta: Fórum das ADs aponta avaliação de indicativo de greve para assembleias

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Em reunião realizada no dia 19 de Junho, na cidade de Vitória da Conquista, as representações docentes discutiram os próximos passos para o Movimento Docente (MD) diante do cenário de precarização nas condições de trabalho, ataque aos direitos trabalhistas e crise orçamentária. O espaço encaminhou avaliação de indicativo de greve nas respectivas assembleias da categoria. De acordo os professores, frente às ofensivas do governador Rui Costa, a hora de fazer o enfrentamento com o Governo do Estado em defesa da carreira docente e das universidades estaduais baianas é agora e não dá para esperar.

Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, é caótica a atual condição dos docentes. “Vivemos um cenário de corrosão salarial e não efetivação dos direitos trabalhistas. Atualmente existe um total de 1.042 processos travados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho nas Universidades Estaduais. Esse é um número absurdo e um ataque não só aos professores, mas também ao desenvolvimento da pesquisa, ensino e extensão das universidades estaduais. É preciso pressionar o governo de forma mais radical por meio de uma greve, pois a postura que os gestores públicos tem tido até agora é de descaso”, afirma o professor.

Perdas salariais

A ausência de uma polí­tica de recomposição da inflação nos dois últimos anos resulta, hoje, em uma desvalorização de 30,5% do salário docente. Apenas em 2016, um docente Auxiliar A, deixou de receber R$ 7.962,79. Um Assistente A teve como perda R$ 10.776,57. Em um professor Adjunto A o impacto no bolso foi de R$ 14.224,59. No Titular A, o prejuízo acumulado pela inflação foi de R$ 16.857,28. Já o Pleno deixou de receber 21.849,54. Os cálculos são da Adufs, baseado em dados do DIEESE.
Quadro de vagas

A partir das informações dos setores de pessoal das próprias universidades, a realidade é de que os professores estão sendo privados da promoção na carreira. Na UNEB, o número de processos travados é de 489, seguido da UESB com 254, UEFS com 174 e UESC com 125. Esses processos giram em torno de promoções, progressões e mudança de regime de trabalho. A não efetivação do aumento do quadro de vagas docentes fere diretamente o Estatuto do Magistério, que regulamenta a carreira docente. Na versão do governo, a justificativa para a não efetivação desses direitos é o limite de gasto prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Mentira Orçamentária

Para tentar justificar o descaso, o governo argumenta sobre o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Contudo, a alegação governamental não se sustenta e é contraditória com as próprias informações do site “Transparência Bahia”. Recentemente o governo divulgou os números referentes à  despesa lí­quida com pessoal do primeiro quadrimestre de 2017, que demonstrou uma margem na Lei de Responsabilidade Fiscal com folga no limite prudencial das contas do Estado. (Acesse o relatório atualizado aqui)

Ou seja, de acordo as informações oficiais divulgadas, o estado da Bahia tem dinheiro para garantir os direitos trabalhistas e a educação pública. “Dinheiro tem. O que falta na verdade é vontade política do governador Rui Costa”, afirmam os docentes.

Só a greve e a luta garantem!

A situação nas Universidades Estaduais Baianas é de crise em todas as esferas e categorias. Além dos ataques aos direitos trabalhistas docentes existe também uma crise orçamentária que atravessam as universidades estaduais, apenas 5% da Receita Lí­quida de Impostos (R.L.I.) não atendem ao custeio de investimento necessário. Os estudantes também passam por problemas na assistência e permanência estudantil.

Se por um lado a situação é dramática, por outro o governo assume a postura de simplesmente ignorá-la. Pela tradição do Movimento Docente, a resposta será a radicalidade e o enfrentamento. Os representantes do Fórum das ADs apontam para o próximo perí­odo a preparação da greve e rodadas de assembleias que pautem isso na primeira quinzena do mês de Julho.

Conheça o histórico

19/12/2016 Pauta de reivindicações 2017 protocolada na Governadoria e secretarias de Administração (Saeb), Educação (SEC) e Relações Institucionais (Serin). Nesse dia a pauta também foi entregue diretamente ao superintendente de recursos humanos da Saeb, Adriano Tambone.

14/03/2017  Após diversas tentativas do FAD e negativas do governo, ocorreu nesse dia a primeira reunião do Fórum das ADs com Superintendente de Recursos Humanos da Saeb, Adriano Trombone e o Subsecretário de Educação do Estado, Nildon Pitombo para cobraça por respostas à pauta de reinvindicações do Movimento Docente de 2017.

18/04/2017  Com a ausência de respostas reunião com representantes da SAEB e SEC, o Fórum das ADs realizou uma paralisação estadual com um grande ato no CAB que foi recebido pelo governo com descaso e desrespeito. Governo da Bahia se recusou a negociar com as Universidades Estaduais.

12/05/2017  Reunião do Fórum das 12, instância que reúne estudantes, técnicos e professores pautando a crise que vivem as categorias da comunidade acadêmica discutiu a necessidade da unificação da comunidade acadêmica das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) diante da crise que atinge toda a comunidade acadêmica.

22/05/2017  Reunião das Assessorias Jurí­dicas das Associações Docentes que apontou judicializar imediatamente o Governo do Estado para que os professores tenham suas promoções garantidas. Nessa reunião foi avaliada a possibilidade de entrada com um mandato de segurança contra o governo do estado para cobrar juridicamente que os direitos sejam garantidos. Nessa reunião também foi discutido os equí­vocos da Operação DE

08/06/2017  Fórum das ADs se reúne com Fórum de Reitores para exigir medidas polí­ticas na defesa dos direitos trabalhistas com um posicionamento público das reitorias sobre o caso. O FAD também exigiu ampla divulgação sobre os números de promoções, dentro do quadro de vagas, e o número do conjunto de progressões nos respectivos portais das universidades e no Diário Oficial.