Professores em greve ocupam por tempo indeterminado a Secretaria de Educação e cobram solução do governador Rui Costa

11752643_1026790257355959_5214685022723405869_nProfessores, estudantes e técnicos das Universidades Estaduais da Bahia ocuparam na manhã dessa quarta (15), por tempo indeterminado, a Secretaria de Educação em Salvador. Os docentes estão em greve há 62 dias e reivindicam respeito aos direitos trabalhistas, mais recursos e autonomia para as Instituições. O Movimento responsabiliza o governo pela manutenção de mais de 60 mil estudantes fora de sala de aula e cobra solução breve para os problemas das Universidades.

O protesto foi iniciado no início do dia enquanto representantes do Movimento participavam de mesa de negociação. Com o retorno da reunião e a notícia de que o governo não avançou no atendimento das reivindicações, os manifestantes decidiram ocupar a Secretaria de Educação por tempo indeterminado.

Mobilização

No dia 9 de julho o Movimento interditou trechos da BR-116, BR-101 e BR-415 em Vitória da Conquista, Ilhéus, Eunápolis e Feira de Santana contra o descaso do governo. Ainda na data, representantes sindicais abordaram o governador Rui Costa em cerimônia oficial do programa “Todos pela Alfabetização”. Mesmo sob truculência da segurança, os professores arrancaram uma reunião com o gestor. Contudo, não houve compromisso em resolver os problemas por parte do governador.

Reivindicações

A categoria reivindica que promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho sejam garantidas. O Movimento cobra a ampliação do número de professores e investimento de 7% da receita líquida de impostos (RLI) para o orçamento das Instituições. Além disso, a criação de uma política de permanência estudantil efetiva que assegure aos alunos condições de concluírem seus cursos.

Faltam professores, salas de aula, materiais para laboratórios, combustível e recursos para o pagamento de água, luz e telefone nas Universidades Estaduais. Mesmo com o crescimento total do orçamento, as verbas para manutenção, investimento e custeio foram reduzidas em R$ 19 milhões nos últimos dois anos. Após o corte, o orçamento, que já era insuficiente, comprometeu o funcionamento das Instituições.

A ocupação da Secretaria de Educação é uma denúncia da política do Partido dos Trabalhadores contra a educação pública, as Universidades Estaduais e os direitos trabalhistas.

#ABahiaQuerResposta #OcupaçãoSEC

Fonte e Fotos: Ascom ADUSB

Ato Unificado denuncia descaso com educação pública a população ilheense

11226914_844138612342081_3899820780825265451_nNo dia 7 de Julho último, a ADUSC, o SINASEFE/Ilhéus e o Comando de Mobilização Estudantil da UESC realizaram um Ato Unificado em defesa da Educação Pública, em Ilhéus. A ação integrou a agenda de greve da UESC e do IFBA e denunciou a precarização e o descaso dos governos com os diversos níveis da educação pública.

Professores, estudantes e servidores técnicos se concentraram desde ás 14 horas na Praça Cairú, com falas, palavras de ordem e panfletagem.  Em seguida, caminharam pelo Calçadão de Ilhéus, passando pelo Palácio Paranaguá (sede da prefeitura municipal) e encerrando com breve aula pública na praça do Teatro Municipal.

11694836_844138239008785_9176338011354824256_nO diálogo com ilheenses e turistas sobre a importância de defender a Educação Pública e os direitos dos trabalhadores contra os ataques dos governos foi mantido durante toda a atividade. Com isso, a comunidade acadêmica recebeu diversas manifestações de apoio da população. A imprensa esteve no local para registrar a denúncia da política de sucateamento das Instituições promovida por Rui Costa e Dilma. O ataque à autonomia e democracia impetrado pelo reitor do IFBA Renato Anunciação também foi denunciado.

11225443_844140715675204_7290185713620546081_nPara os professores em greve, o ato público teve um caráter especial, pois representou a unidade na luta entre os setores da educação e uma oportunidade de fortalecer o apoio amplo da sociedade.

Endurecimento da greve

A greve nas Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) completou dois meses nesta segunda-feira (13) e a postura intransigente do governo tem lavado ao endurecimento das mobilizações. Na manhã do dia 9 de Julho, o ADUSC, ADUSB, ADUNEB e ADUFS promoveram uma paralisação simultânea de rodovias. A ação ocorreu na BR 415 (em frente a UESC), BR-101 (em frente ao campus da UNEB em Eunápolis) e na BR-116 (em frente a UEFS e no trecho da Lagoa das Flores em Vitória da Conquista). Saiba mais

No mesmo dia a tarde, o Fórum das ADs realizou intervenção na cerimônia do programa Todos pela Alfabetização (Topa), no auditório da Secretaria da Educação (SEC) em Salvador. Os(As) professores(as) abordaram o governador Rui Costa e reivindicaram mais recursos para as Universidades e respeito aos direitos trabalhistas. Os seguranças do governador utilizaram a força para tentar impedir o contato com o Movimento.

As ações do Movimento repercutiram em avanços na negociação que ocorreu após dialogo com gestor (saiba mais). Para que a negociação continue avançado e os encaminhamentos já conquistados sejam assegurado uma vigília está agendado para esta quarta-feira (15), na SEC. Ação acontece simultânea a mais uma rodada de negociação.

Fórum das ADs se reúne com reitores e volta a cobrar posicionamento público sobre a greve

Após a mesa de negociação no dia 9 de julho, o Fórum das ADs se reuniu com o Fórum de Reitores, ainda na quinta, à noite, na UNEB. Os(As) professores informaram sobre o processo de negociação e voltaram a cobrar posicionamento dos(as) reitores sobre a greve.

Cobrados sobre a questão orçamentária, o Fórum de Reitores informou que, em reunião também realizada em 9 de julho, entre governo e reitores, foi encaminhada a construção de um grupo de trabalho (GT) com representantes governamentais e reitorias para a discussão do orçamento do próximo ano. Em relação ao orçamento 2015, os gestores comunicaram que os recursos contingenciados das verbas do primeiro trimestre foram parcelados pelo governo e desde abril o repasse das cotas mensais foi regularizado. Já a discussão sobre a recomposição das verbas de investimento, manutenção e custeio, segundo os reitores, ainda não avançou.

Ainda sobre orçamento, a reitora da UESC, Adélia Pinheiro, também presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM) informou sobre uma importante reunião desta Associação, que ocorrerá no dia 15 de julho. Tal reunião tratará do corte das verbas federais para a Pós-graduação. O investimento foi reduzido em 70%, os recursos destinados à compra de material foram suspensos, PIBID e PARFOR poderão ser cancelados.

Os(As) docentes chamaram a atenção do Fórum de Reitores sobre a importante tarefa das administrações na alteração do quadro de vagas que garanta as promoções de 2015 e a previsão de fluxo para 2016. O Movimento se mostrou preocupado com a exatidão dos dados a serem repassados ao governo e pontuou que as reitorias serão responsabilizadas caso ocorra qualquer tipo problema.

Reitores silenciados

A greve está completando dois meses e o Fórum de Reitores ainda não se manifestou publicamente sobre a questão. Para o Fórum das ADs um silêncio como esse representa a omissão das administrações no que se refere à crise orçamentária enfrentada pelas Universidades. Na manhã do dia 9 de junho, o governo proibiu os(as) gestores(as), convidados pelas ADs, de participarem da mesa de negociação. Prontamente (as) reitores acataram, em mais uma prova da passividade dos(as) representantes eleitos democraticamente pelas comunidades acadêmicas das quatro Universidades Estaduais.

O Fórum das ADs enviou ao Fórum de Reitores um documento, no dia 29 de junho, no qual cobra resposta dos(as) gestores(as) sobre a acusação do governo de má gestão dos recursos das Instituições e retirada do reitor da UEFS da mesa de negociação do dia 16 de junho. Além disso, os(as) docentes reivindicam que a comunicação institucional das quatro universidades reflita a gravidade do quadro atual. Até agora a carta do Fórum das ADs não foi respondida sob a alegação de falta de agenda dos gestores.

Ao final da reunião entregaram um documento, que também foi protocolado junto ao Governo, no qual o Fórum de Reitores se coloca a “disposição para interlocução, reconhecendo a legitimidade da pauta apresentada pelo Movimento Docente”.

Fonte: ADUSB

Foto: Ascom ADUNEB

Mobilização docente garante avanço da negociação

Apos ação conjunta do Movimento Docente, com paralisação de estradas em Ilhéus, Vitória da Conquista, Eunápolis e Feira de Santana, nesta quinta-feira (09/07) o governo finalmente demonstrou interesse em avançar na negociação. Em reunião com os representantes docentes, o governo retirou da mesa o limite de 20 vagas para remanejamento do quadro docente. Assegurou a implementação de todas as promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho represadas na SAEB/SEC, se comprometeu a discutir o fluxo das promoções.

Na próxima rodada de negociação, agendada para quarta-feira (15) o governo deve apresentar uma proposta de consenso com a minuta substitutiva da Lei 7176/97, elaborada pelo movimento. Apesar do “interesse” em garantir orçamento para cumprir com os direitos trabalhista, insiste em não negociar o financiamento adequado para custeio e investimento das universidades. Para garantir estes avanços a comunidade acadêmica das Ueba realizará um forte Ato Publico em Salvador, na próxima quarta-feira, em paralelos a reunião de negociação.

Avanços

A repercussão do trancamento de rodovias e a posição firme do Forum das ADs foram ferramentas importantes na reunião da ultima quinta-feira (9). De maneira desrespeitosa, já no início da negociação, o governo tentou desprezar o trabalho do movimento docente em torno da minuta substitutiva da Lei 7176/97 e remeter o debate para a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Pressionados pelo movimento, os representantes das Secretarias de Administração (SAEB), Educação (SEC) e Relações Interinstitucionais (SERIN) mantiveram a pauta na mesa de negociação com a perspectiva de compatibilização da minuta do governo com a contraproposta do MD. O documento do executivo deve ser entregue no dia 15 e encaminhado para apreciação nas assembleias da categoria.

O prazo de 90 dias para liberação dos processos de promoção, progressão e ainda mudança no regime de trabalho (DE), parados nas Secretarias de Educação (SEC) e Administração (SAEB), foi outra conquista importante. Para garantir os processos represados na universidade e a projeção de 2015 e 2016 governo e reitores elaborarão um novo quadro com remanejamento das vagas já existentes.

Crise orçamentaria e valorização da carreira

Segundo palavras do próprio governo, há o “interesse” em garantir o orçamento para cumprimento dos direitos trabalhistas. Entretanto, o executivo alega frustração orçamentária para não negociar a suplementação das rubricas de custeio e investimento em 2015. Para o orçamento de 2016 informou da criação de um grupo de trabalho entre reitores, SAEB e SEPLAN (Secretaria de planejamento). Os docentes alertaram a importância da pauta orçamentária para superar a crise enfrentada pela universidades baianas. As exigências de reposição imediata do corte de cerca de 20 milhões, acumulados nos últimos dois anos, e a vinculação de no mínimo 7% da Receita Liquida de Impostos (RLI) para 2016, presentes na contraproposta da categoria, foram ratificadas.

A valorização da carreira docente com ampliação dos percentuais dos interstícios entre classes e do incentivo a pós-graduação é outro ponto negado pelo governo. Desta forma, os docentes reforçaram a importância do debate desenvolvido no GT tripartite (reitores, docentes e governo) em 2014 e mantiveram a pressão para avanço na pauta.

Ao fim da reunião o governo se comprometeu em enviar a ata para apreciação e assinatura das partes. No entanto, a posição encaminhada pelo chefe de gabinete da SEC, Wilton Cunha, ao Fórum das ADs, não consta todas as deliberações da negociação. O coordenador do Fórum, Elson Moura, prontamente respondeu ao gestor exigindo o cumprimento do que foi apresentado na mesa de negociação.

A luta segue

 11694022_1024078294272079_4271799403507766350_nEm reunião realizada na noite de sexta-feira, o comando de greve da ADUSC avaliou a negociação. Considerando a movimentação do governo e os encaminhamentos positivos, ponderou como necessário que a categoria se mantenha mobilizada. Neste sentido, a ADUSC convida a categoria e toda comunidade acadêmica para fortalecer o Grande Ato Conjunto que acontece nesta quarta-feira (15) em Salvador. Os interessados devem entrar em contato com a secretaria da entidade!

Foto Painel: Ascom ADUNEB

Professores em greve fecham rodovias e cobram do governo solução para reivindicações

Os professores das Universidades Estaduais da Bahia promoveram o fechamento de rodovias em Ilhéus, Vitória da Conquista, Eunápolis e Feira de Santana, na manhã desta quinta (9). Em greve há 55 dias, a categoria reivindica o respeito aos direitos trabalhistas e investimento adequado para as Universidades. Os grevistas responsabilizam o governo Rui Costa pela continuidade da paralisação e pela permanência de mais de 60 mil estudantes fora de sala de aula. Na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), a atividade contou com a participação do Movimento Estudantil.

“Trancaço” 

01 O protesto teve início às 7h de forma conjunta por toda Bahia. Além da BR 415, em frente ao campus da UESC, houve paralisação na BR-116, nos trechos da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e de Lagoa das Flores (Vitória da Conquista). A BR-101, em frente ao campus da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), em Eunápolis, também foi interditada.

A justificativa da ação é o descaso do governo, que se nega a discutir a pauta de reivindicações protocolada em dezembro de 2014 integralmente. Também nesta quinta-feira (9), o Movimento se reunirá com representantes governamentais para discussão da contraproposta apresentada pela categoria.

A luta

A greve deflagrada nos dias 12 e 13 de maio pelos professores das quatro Universidades Estaduais (UESB, UNEB, UEFS e UESC) não acontece apenas por motivações salariais. Além do cumprimento de direitos trabalhistas (promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho), o Movimento cobra a ampliação do número de professores e investimento de 7% da receita líquida de impostos (RLI) para o orçamento das Instituições.

As Universidades Baianas passam por uma grave crise orçamentária. Faltam professores, salas de aula, materiais para laboratórios, combustível e recursos para o pagamento de água, luz e telefone, por exemplo. Mesmo com o crescimento total do orçamento, as verbas para manutenção, investimento e custeio foram reduzidas em R$ 19 milhões nos últimos dois anos. Após o corte, o orçamento, que já era insuficiente, comprometeu o funcionamento das Instituições.

O plano de carreira da categoria foi aprovado por lei desde 2002, mas não tem sido respeitado. Em notas oficiais, a Secretaria de Educação afirma que realizou o pagamento de promoções e progressões retidas na Secretaria de Administração na folha de maio. Entretanto, nada foi lançado nos contracheques. Além dos processos citados, centenas de outros ainda aguardam pela liberação do governo.

Fonte: ADUSC, com informações da ADUSB, ADUFS e ADUNEB

Texto: Halanna Andrade, com alterações.

 

Participe do ato público desta quinta (9)

O Movimento Grevista já entregou a contraproposta para o governo e uma rodada da mesa de negociação foi agendada para a quinta (9). A Bahia estará mobilizada para pressionar o governo Rui Costa a cumprir direitos trabalhistas e investir os recursos adequados para as Universidades Estaduais! A concentração para o ato público acontecerá às 6h30, com café da manhã nos portões da UESC

Fórum das ADs consolida contraproposta e organiza intensificação de mobilizações de greve

Na última sexta-feira, (03), o Fórum das ADs se reuniu para avaliar a participação no cortejo do 02 de julho, fazer o fechamento da contraproposta analisada nas assembleias que será apresentada ao governo e definir os próximos passos do movimento paredista que serão intensificados diante da intransigência que o governo tem mantido nas negociações.

Os protestos realizados pelos docentes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) e de outras instituições, com o apoio de estudantes e técnico-administrativos, foi avaliado pelo Fórum como positivo diante da presença de centenas de manifestantes unidos no bloco Em Defesa da Educação Pública: Contra os Cortes no Orçamento e Retirada dos Direitos.

IMG_1563Além disso, a contraproposta elaborada na reunião de 27 de junho em Vitória da Conquista, após ser intensamente discutida nas assembleias, foi finalizado com poucas alterações em relação ao texto inicial. Isso demonstra a unidade do movimento que se fortalece com total apoio da base, na certeza de que os princípios estabelecidos anteriormente estão sendo respeitados e que não se recua sobre nenhum direito já conquistado. A contraproposta foi protocolada nesta segunda (06), na Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), Secretaria Estadual de Educação (Sec), Secretaria de Relações Institucionais (Serin) e Governadoria.

Os esforços do movimento são para que as negociações avancem o mais rápido possível e com a discussão da pauta em sua integralidade, o que só depende do governo do estado, principalmente agora que uma contraproposta foi protocolada. Por isso, o Fórum encaminhou também a exigência de uma reunião entre representantes das Associações Docentes (ADs) e o governo, até quinta-feira (09), data muito anterior a proposta desrespeitosa feita pelo governo de negociar apenas no dia 04 de agosto. A reunião está confirmada para as 16 horas no Centro Administrativo da Bahia.

Um novo calendário de atividades foi aprovado para a intensificação das atividades de mobilização na próxima semana. Confira:

06/07 – Fórum das ADs entrega contraproposta ao governo, às 9h, no CAB;

09/07 – Reunião com o governo e mobilização;

15/07 – Grande Ato Público em Defesa da Educação Pública.

 

Fonte: ADUFS

Docentes da Bahia participam de ato em defesa da Educação Pública

O ato público faz parte do calendário de atividades dos comandos locais de greve das instituições estaduais e federais da Bahia como forma de fortalecer o movimento grevista.

imp-ult-1960629742Na quinta-feira, 2 de Julho, milhares de docentes das instituições estaduais e federais do estado da Bahia em greve, participaram, ao lado de representantes dos movimentos sociais, sindicatos e outras categorias de trabalhadores, de um grande ato “Em defesa da Educação Pública, contra os cortes no Orçamento e retirada de direitos”. O dois de julho é uma data que marca os 192 anos de Independência da Bahia, comemorada anualmente com um grande cortejo cívico na capital, Salvador.

“É uma data de resistência, que é feriado na Bahia, a população baiana se emancipou [em 1823] dos portugueses. É uma data festiva e todo ano o movimento docente participa protestando”, disse Milton Pinheiro, 1° tesoureiro da Regional Nordeste III do ANDES-SN.

O diretor do Sindicato Nacional contou que o ato teve não só uma ampla participação dos docentes e de demais categorias de trabalhadores, que estão na luta por seus direitos, como também recebeu apoio da população, que é contra as medidas que estão sendo adotadas pelos governos nos âmbitos federal, estadual e municipal, que atingem o acesso aos direitos trabalhistas já conquistados, como foi o caso das MPs 664 e 665, e o projeto das terceirizações – PLC 30/2015 (antigo PL 4330/04), ainda para ser votado no Senado Federal.

imp-ult-473280242As diversas entidades presentes na manifestação denunciaram que os governos têm respondido a crise econômica com ajustes fiscais, que atacam os trabalhadores. “Os cortes nos orçamentos dos governos Federal, Estaduais e Municipais atacam centralmente a educação pública, enquanto segue as benesses para a educação privada. Programas como o Pacto pela Educação ou o lema de ‘Pátria Educadora’ parecem uma piada de mau gosto, pois a educação pública não é prioridade dos governos de plantão. Na Bahia, diversos setores da educação estão em greve e, a partir dessa realidade, achamos muito importante a unificação com os demais setores que estão em luta nesse momento”, aponta o manifesto de convocação do ato.

Na Bahia, os docentes das universidades estaduais de Santa Cruz (Uesc), da Bahia (Uneb), de Feira de Santana (Uefs) e do Sudoeste da Bahia (Uesb) estão em greve desde o início de maio, enfrentando a intransigência do governo do estado. Além dos professores das universidades estaduais, os docentes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) também estão paralisados, em adesão à greve dos docentes federais, que teve início em 28 de maio.

Estaduais baianas aprovam continuidade da greve

Entre os dias 30 de junho e 1º de julho, os docentes das estaduais baianas realizaram uma rodada de assembleias para avaliar o andamento das negociações com o governo em relação à pauta de reivindicações da categoria. De acordo com Pinheiro, “todas as assembleias aprovaram a continuidade da greve, que já dura mais de 50 dias, e a contraproposta referente à pauta da greve 2015, sugerida pelo Fórum das ADs – que agrega as seções sindicais do ANDES-SN das quatro universidades (Adusc SSind, Aduneb SSind., Adufs SSind. e Adusb SSind.).

Além da contraproposta, os encaminhamentos deliberados nas assembleias de cada seção sindical serão imp-ult-465740141protocoladas na próxima segunda-feira no governo estadual, juntamente com um pedido de nova reunião para seguir as negociações”. O 1° tesoureiro da Regional Nordeste III do ANDES-SN explica que a contraproposta, que inclui as demandas gerais do movimento docente, engloba diferentes pautas, como “direitos trabalhistas; promoção, progressão e mudança no regime de trabalho; aumento doorçamento das universidades estaduais; a revogação da Lei 7176/97, que retira a autonomia das instituições baianas; e o apoio à proposta dos estudantes da permanência estudantil”.

Um dos objetivos do ato público foi intensificar a denúncia de descaso do governo com as Ueba, e exigir que o governador negocie a contraproposta, realizada pelo movimento docente, agendando o mais rápido possível uma reunião com a categoria.

Fonte: Adusc SSind, Aduneb SSind., Adufs SSind. e Adusb SSind.

Fotos:  Aduneb SSind.

Fonte: ANDES-SN

Professores em greve organizam ato unificado em defesa da educação pública em Ilhéus

cartazNo próximo dia 07 de julho, a ADUSC, o SINASEFE/Ilhéus e o Comando de Mobilização de estudantes da UESC realizarão um Ato Unificado com panfletagem em defesa da Educação Pública, em Ilhéus. A concentração do ato será ás 14 horas, na praça Cairú.

A ação unificada integra a agenda de greve dos professores da UESC e do IFBA (campus Ilhéus), e pretende denunciar o contexto de precarização vivido nos diversos níveis da educação pública. Direitos trabalhistas de professore(a)s e técnico(a)s administrativos, garantidos em lei, assim como a reposição das perdas salariais acumuladas com a inflação são negadas. O(a)s terceirizado(a)s sofrem com salários atrasados, vales não pagos, sem direito às férias e ao 13º salário. Para o(a)s estudantes faltam professores, materiais didáticos, estruturas adequadas e alimentação. Com isso, milhares de filhos de trabalhadores são impedidos de concluírem seus estudos.

O cenário muito semelhante em ambas instituições são exemplos da política sucateamento da educação pública, aplicada pelos governos tanto estadual, quanto federal. Enquanto há cortes na educação pública, benesses ao setor privado são mantidas. Atitudes irresponsáveis que tentam minar a ideia de educação como direito.

Greve nas instituições

Os professores da UESC, e demais universidades estaduais da Bahia (UEFS, UESB e UESB), estão em greve há 55 dias. Eles reivindicam o cumprimento de direitos trabalhistas (promoção, progressão e mudança no regime de trabalho); aumento do orçamento das universidades estaduais, com vinculação de no mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI); a revogação da Lei 7176/97, que retira a autonomia das instituições baianas.

No IFBA além de corte de verbas os professores e técnicos denunciam a postura inflexível e antidemocrática do reitor Renato Anunciação. O reitor censurou o intra-IFBA, mecanismo de comunicação virtual entre os servidores, implantou o Ponto Eletrônico, modificou a jornada de trabalho dos técnicos sem qualquer diálogo com a comunidade acadêmica e suspendeu o CONSUP (Conselho Superior do Instituto). Em greve há 70 dias os professores e técnicos exigem a retomada imediata da mesa de negociação e das reuniões do Conselho.

Para os professores em greve, o ato público tem um caráter especial, pois representa a unidade na luta entre os setores da educação e uma oportunidade de fortalecer o apoio amplo da sociedade.

CONFIRA A AGENDA DA GREVE E PARTICIPE!

06/07- 9h – Reunião do Comando de Greve | 14h – Reunião da ADUSC com a Reitoria

07/07 – 14h – Ato Público em Ilhéus, em conjunto com o SINASEFE (IFBA) – Concentração na Praça Cairú.

08/07 – 15h – Cine-Greve com filme “Pequeno Grão de Areia”, na sala da UNATI

09/07 – 7h – Ato Público no pórtico com Café da Manhã

Docentes aprovam contra proposta e intensificam movimento grevista

Em assembleia nesta quarta-feira, 1º de Julho, os docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz, avaliaram o andamento das negociações com o governo, aprovaram uma contra proposta e exigiram uma nova rodada de negociação para até 9 de Julho. A postura do Movimento Docente (MD) é uma resposta à intransigência do governo que tenta travar o andamento das negociações. Um calendário de atividades com atos de rua em Ilhéus e Itabuna também foi encaminhado, fortalecendo o movimento grevista.

O governo MENTE para as Universidades

A crítica à postura do governo durante o processo de negociação foi unanime nas falas de avaliação. Com um discurso difuso afirma responder as reivindicações docentes, quando na verdade tenta negociar os direitos conquistados com luta pela categoria, protela a discussão quanto à minuta substitutiva da Lei 7.176/97 e se nega a tratar da crise orçamentária. Para superar o impasse criado pelo governo, os docentes discutiram e aprovaram a minuta de contra proposta elaborada pelo Fórum das ADs, com alterações textuais que não implicam no conteúdo.

Na contra proposta a categoria exige um posicionamento sobre a minuta substitutiva do Projeto de Lei 7.176/97; recomposição das verbas de manutenção, custeio e investimento; suplementação da folha de pessoal, em 2015, para garantir o pagamento das promoções, progressões, mudança de regime de trabalho e demais direitos trabalhistas; alteração dos quantitativos de vagas por classe de forma a permitir a promoção na carreira de 100% dos docentes; ampliação e desvinculação do quadro de vagas para 2016; aumento no percentual entre as classes para este ano e dos Incentivos de Pós-graduação com calendário até 2016 e reajuste linear com reposição integral da inflação, pago em uma única parcela e respeitando a data-base.

Fortalecer o movimento grevista

Considerando a opção acertada da categoria pela Greve, na medida em que abriu o canal de diálogo dando inicio a negociação, a assembleia apontou a necessidade de intensificar as mobilizações. Neste sentido, além da participação no bloco em defesa da educação pública, no cortejo do 2 de Julho, foi aprovada também uma agenda de mobilizações com atos de rua em Ilhéus e Itabuna.

CONFIRA ABAIXO O CALENDÁRIO DA GREVE

02/07 – Cortejo no 2 de Julho “Em defesa da Educação Pública, Contra os cortes no orçamento e retirada de direitos”;

03/07 – ADUSC – Reunião do Comando de Greve | Salvador – Reunião do Fórum das ADS;

06/07 – ADUSC – Reunião do Comando de Greve;

07/07 – ILHÉUS – Ato em conjunto com o SINASEFE (Comando de Greve do IFBA) e Comando de Greve Estudantil;

08/07 – ADUSC – CineGREVE com filme “Grão de Areia”;

09/07 – ITABUNA – Ato Conjunto com o Forum de Estudantes das UEBA;