Movimento Docente afina mobilizações

Na tarde dessa quinta-feira (12), representantes do Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (FAD), se reuniram na UESC, para afinar ações de mobilizações e luta pelos direitos docentes, e o acesso a uma educação pública de qualidade.

Não é de agora que as Universidades Públicas vem sofrendo graves ataques no seu orçamento. Em 2015, com o lema, Pátria Educadora, publicizada como prioridade do Governo atual, esses ataques vêm se agravando. Inúmeros e graves boicotes são notícias todos os dias. Verdadeiras rasteiras no funcionalismo das Universidades e desrespeito com os docentes e discentes das Instituições. E mais do que isso, a situação é um desrespeito com toda à comunidade, que sofre na pele, os reflexos e desdobramentos da educação.

Até agora, totaliza-se um CORTE de R$ 19 milhões do orçamento das Universidades Estaduais em 2014 e 2015. Número grave! As Universidades crescem em alunos, demandas, atividades (ensino, pesquisa e extensão), e ao invés do aumento de investimentos, o Governo anuncia cortes numerosos no orçamento.

A falta de professores em salas de aulas; a ausência de equipamentos para as atividades em laboratórios; pesquisas; saídas de campos; progressão de professores e tantas outras demandas e atividades que uma Universidade de cunho Estadual, atende (ensino, pesquisa e extensão), são apenas uma parte do gigantesco montante, que os ataques às Universidades Estaduais, estão causando.

O Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais da Bahia vem denunciado a bastante tempo sobre essas causas, e convoca insistentemente a categoria docente, discente e técnicos administrativos, a somar nessa luta!

O Fórum das AD’s segue com a sua pauta de reivindicações: Revogação da Lei 7.176/97; Por no mínimo, 7% da RLI para as UEBA; Pela ampliação do quadro de vagas e desvinculação das classes; Pelo respeito aos direitos trabalhistas docentes; Pelo aumento nos incentivos do Estatuto do Magistério Superior; Pelo reajuste linear com reposição integral da inflação.

Não iremos pagar por uma conta que não é nossa!

Nenhum direito a menos!

DENÚNCIA! Reajuste linear já!

Reposição integral e retroativa a janeiro

A política salarial do governo petista na Bahia não tem respeitado a integralidade da reposição inflacionária (vide o caso do reajuste de 2014), muito menos a reposição integral na data-base da categoria. Trata-se de uma política deliberada de achatamento salarial, tendo em vista a aplicação de políticas neoliberais em nosso estado para proteger os interesses do grande capital. São pacotes de benefícios para as empreiteiras e para as empresas que aqui vem se instalar com forte apoio do fundo público. No entanto, nada de novo no front, o “novo” governador petista, deu as costas para as universidades públicas da Bahia: reconhecidamente um patrimônio do povo baiano na luta pelo conhecimento e formação superior.

A Bahia continua com a abusiva política de superávit primário, cuja meta para este ano é de 812 milhões, sabendo que em 2014 o superávit ultrapassou a meta. Tudo isso para remunerar o capital financeiro com o pagamento de juros. Além disso, o gasto com o funcionalismo público na Bahia – em relação ao orçamento do estado – foi, em 2014, o segundo menor do Brasil.

Portanto, não se justifica a política do governador Rui Costa que avançou no corte orçamentário sobre custeio e investimento das universidades estaduais (Uneb, Uesb, Uefs, Uesc). Para além dessa triste realidade, as condições de trabalho dos professores têm se degradado.

A inflação de 2014, calculada pelo INPC, ficou em 6,41%. Portanto, o mínimo que os professores das estaduais baianas exigem é um reajuste linear com base na reposição da inflação. Trata-se do mínimo necessário para repor as perdas do período.

A política de reposição linear tem sido um instrumento paliativo para minorar os danos da inflação. No entanto, consideramos que ela não é suficiente para dar dignidade salarial ao papel que desempenhamos na educação pública da Bahia.

Todavia, o conjunto dos professores conta com essa reposição. Portanto, não abriremos mão dessa luta: reposição integral e de uma única vez, em nossa data base.

Texto do professor Milton Pinheiro, doutor em Ciência Política da Uneb e membro da  Associação Docente de Professores da UNEB

Deliberações do 34º Congresso do ANDES-SN

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Com o tema central, “Manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilizarão da educação” chegou ao final o 34º Congresso do ANDES-SN – Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Realizado em Brasília, entre os dias 23 a 28 de fevereiro, o 34º Congresso do ANDES-SN, articulou movimentos, sindicatos, coletivos e educadores de todo o Brasil, que debateram sobre os ataques à educação pública gratuita e de qualidade e a retirada dos direitos da classe trabalhadora, totalizando 441 participantes.

Foram seis dias de intensos debates e deliberações, onde foram organizadas as Políticas Sociais e o Plano Geral de Lutas para 2015. A ADUSC esteve presente com a maior delegação da sua história no Congresso do ANDES, com seis delegados e um observador. Os diretores Emerson Lucena e Marcelo Lins, e os membros, José Luiz de França, Carlos Vitório de Oliveira, Tiago Nicola Lavoura, Luiz Henrique S. Blume, Paulo Rodrigues dos Santos.

O professor José Luiz de França, um dos delegados representantes da ADUSC, presente no Congresso, relata sua experiência: “foi uma oportunidade muito significativa, com implicações na formação e na qualificação do compromisso com as lutas dos trabalhadores, em especial com as lutas dos professores. Tratou-se de um momento rico onde se discutiu a universidade, a realidade brasileira e mundial. A lição que trago comigo é de que estamos no caminho certo quando nos empenhamos, através da ADUSC, com as lutas por uma UESC comprometida com um fazer engajado politicamente e referenciado socialmente; e de que, para isso, ainda temos um longo caminho a ser percorrido em nossa universidade. A ADUSC sempre foi de luta, mas com o empenho de poucos. Eis a sua fraqueza: somos poucos engajados nas lutas da categoria. Isso porque a nossa prática acadêmica é acompanhada de um grande equivoco: de que a sala de aula e os laboratórios definem, exclusivamente, o ser e o fazer acadêmico do professor. Nesse sentido, quem participa dos Congressos do ANDES-SN não deixa de vislumbrar com bastante clareza a natureza político-transformadora do ser professor, finaliza o professor José Luiz.

Entre as reflexões e discussões, está a aprovação de luta por creches e espaços de convivência infantil em tempo integral, pública e gratuita dentro das instituições de ensino superior e a garantia de espaços de convivência infantil em todas as atividades do ANDES-SN. Outra resolução, aprovada sob aplausos da plenária, foi o posicionamento do Sindicato Nacional pela descriminalização do aborto.

Na discussão sobre políticas educacionais, aprovaram a realização de um Seminário Nacional para aprofundar o debate sobre a precarização pela política de Educação à Distância (EAD) e que o ANDES-SN continue denunciando a crescente mercantilização da educação, intensificação e precarização do trabalho docente e a ressignificação do caráter público da educação. Ambos, presentes no PNE (2014-2024).

Foi deliberada ainda, a realização do IV Seminário Estado e Educação e o fortalecimento, e criação nos estados onde ainda não existam, dos comitês estaduais e/ou regionais para a construção e realização, neste ano, dos encontros preparatórios para o II Encontro Nacional de Educação, previsto para 2016.

Dentre as deliberações sobre políticas sindicais, os delegados aprovaram a realização de um CONAD (Conselho do ANDES) extraordinário para deliberar sobre a atuação do Sindicato Nacional no 2º Congresso da CSP Conlutas, que acontece em junho, na cidade de Sumaré (SP).

A luta contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e contra os fundos de previdência complementares para os servidores federais (Funpresp) e para os servidores estaduais e municipais permanecem como centrais na pauta do plano de lutas geral do ANDES-SN, assim como o combate ao adoecimento docente.

Na temática Classe, Etnia, Gênero e Diversidade Sexual, foram aprovadas as resoluções contra a violência de gênero, étnico-racial e moral.

O Sindicato Nacional ainda incorporou à sua pauta, o combate ao racismo institucional, a intensificação nas ações pela aplicabilidade da legislação que tipifica racismo como crime, a luta pela liberdade religiosa, a atuação em conjunto com outros movimentos sociais e sindicais pela desmilitarização da polícia, contribui ainda para o fortalecimento da luta contra o genocídio da população negra, e ainda incorpora a suas políticas sociais a luta pela descriminalização das drogas.

Durante a plenária do Plano de Lutas dos Setores, foi deliberado o Plano de Lutas do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes). Nas resoluções aprovadas, constam os debates do setor sobre financiamento, federalização, democracia, autonomia, entre outros.

No âmbito geral, foi aprovada a construção e/ou fortalecimento dos fóruns dos três segmentos acadêmicos (docentes, técnico-administrativos e estudantes) para fortalecer as lutas nas instituições estaduais e municipais. No debate, ressaltou-se a importância de fortalecer também a luta dos trabalhadores terceirizados dessas instituições. Além disso, foi aprovada a luta contra o produtivismo acadêmico.

Foi deliberada também a realização do XIII Encontro do Setor das Iees/Imes, com a indicação do tema “expansão, multicampia e precarização” para definição na próxima reunião do setor. O Seminário Nacional sobre Federalização e Financiamento das Iees/Imes também foi aprovado. Ambos os eventos deverão ser realizados no segundo semestre de 2015.

Sobre financiamento, os docentes presentes debateram a necessidade de aumento das verbas para a educação em geral e para as instituições estaduais e municipais de ensino superior, intervindo por mobilizações nos processos de decisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Foi deliberada também a realização de levantamento, nos planos estaduais e municipais, da situação orçamentária das Iees e Imes.

O Plano de Lutas do Setor das Iees/Imes também reafirmou a participação nas jornadas de lutas e comitês locais pelos “10% do PIB para educação pública, já!”, e o combate nos estados e municípios contra a transferência de recursos públicos para a educação privada, além da luta pelo financiamento público da saúde pública e suas consequências para os cursos de saúde e os Hospitais Universitários (HUs).

Quanto à democracia e autonomia, definiu-se a defesa da realização de processos estatuintes democráticos, da eleição direta para os cargos dirigentes das instituições, e da autonomia dentro das instituições e nas suas relações com os respectivos governos.

Para as Instituições Federais foi deliberado uma pauta de ações que compõem o plano de lutas específico do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes). Na pauta de reivindicações aprovada, a defesa do caráter público da educação e a garantia da função social das instituições federais de ensino, a defesa do projeto de carreira única do ANDES-SN para o magistério federal, condições de trabalho e salário e a luta contra a reforma da previdência e pela revogação das medidas provisórias 664 e 665, entre outros pontos. Assembleias de base irão discutir a possibilidade de construção de greve durante o mês de março

O 34º Congresso do ANDES-SN também deliberou o Plano de Lutas do Setor das Instituições Particulares de Ensino Superior (Ipes). Ficou definido que as secretarias regionais do Sindicato Nacional são responsáveis pela organização de reuniões para debater as condições de trabalho docente nessas instituições, o fortalecimento da organização do setor, a criação de arquivo sobre as atividades do setor, a realização de estudo sobre as condições de trabalho docente nas particulares e o acompanhamento de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre o tema.

Por fim, foi aprovada uma resolução que busca fazer levantamento sobre as consequências do produtivismo no trabalho docente. No debate, ressaltou-se a pressão sofrida pelos docentes que não aceitam submeter-se aos critérios produtivistas externos e internos, e que o ANDES-SN deve ter protagonismo nessa luta.

FONTE: ADUSC 

Com informações do ANDES

ADUSC deseja boas vindas e alerta sobre a situação da Universidade

Retornamos às aulas na UESC. Sem dúvida alguma, momento especial para milhares de novos ingressantes nas Universidades Estaduais baianas, e para o conjunto da comunidade acadêmica. A todos desejamos boas vindas nesse início de ano letivo!

A Universidade Estadual de Santa Cruz, assim como as demais Universidades Estaduais vem cumprindo um papel de suma importância para nosso Estado, tanto no que diz respeito à qualificação técnico-científica quanto à formação política e cultural dos que nela ingressam e da comunidade, através do ensino, pesquisa e extensão.

Entretanto, o descaso do governo estadual para com estas instituições, que são patrimônio de toda sociedade baiana, tem sido uma ameaça à nossa sobrevivência.  O Governo Federal apresentou medidas de ajuste fiscal e restrições orçamentárias, e com as medidas provisórias 664 e 665 retirou direitos sociais e intensificou a precarização das condições de trabalho. Seguindo o mesmo modelo, o governo do Estado da Bahia aplicou seu “pacote de maldades”.

No orçamento do Estado para 2015, aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia, há uma catástrofe. Um corte de quase R$ 20 milhões de reais no orçamento destinado à manutenção, investimento e custeio das Universidades Estaduais entre 2013 e 2015. O resultado é a falta de equipamentos, de materiais de trabalho, de professores, de salas de aula. É o sucateamento da Universidade Pública Baiana. De qualidade. E gratuita.

Também na calada da noite os nobres deputados aprovaram o projeto de lei do Governo Rui Costa que solapa gravemente a aposentadoria dos servidores públicos do Estado da Bahia. O pagamento máximo para aposentadoria será em valores atuais de R$ 4.390,42. O servidor vai perder o valor integral da aposentadoria. Quem quiser manter o padrão que tinha na ativa vai ter que pagar uma previdência privada ou aderir à PREVBAHIA.

A respeito da reposição da inflação de 2014 até agora o Governo Rui Costa não deu uma palavra sequer. Seu antecessor e do mesmo partido, Jaques Wagner, ao longo dos dois anos confiscou parte da reposição do salário dos trabalhadores do Estado da Bahia. Não podemos admitir que isto se repita.

Em todo o país assistimos a diversas manifestações de resistência contra esse tipo de medidas. No Paraná, por exemplo, o funcionalismo estadual, através de uma greve de vários setores, conseguiu barrar a tentativa do governo de aprovar cortes no orçamento, e retirar direitos dos servidores públicos.

Colegas informem seus alunos sobre essa situação, e vamos todos à luta por melhores condições de estudo e trabalho. O que está em jogo é a defesa da Universidade pública, gratuita, autônoma, democrática, socialmente referenciada e de qualidade.

Nenhum direito a menos!

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E PELA VALORIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE

ADUSC COVINDA PARA A REUNIÃO DO COMITÊ ESTADUAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

“Vivemos um período de aprofundamento dos ataques à educação pública por parte dos governos municipais, estaduais e federal, mediante cortes de verbas, destruição de conquistas históricas, precarização e intensificação do trabalho docente, terceirização, contratos por tempo determinado e defasagem salarial, avaliações meritocráticas arbitrárias e hierarquizadas, ataques aos aposentados e o aumento do processo de mercantilização da educação em todos os níveis”

No dia 13 de março convidamos todos à participar da Reunião de Lançamento do Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública 10% do PIB já!
Será às 09h30 na sala do DFCH, da Universidade Estadual de Santa Cruz.

Venha participar e fortalecer a Educação do seu Estado!

Mais informações: (73) 3689-1028/ 3680-5085

Clique aqui e entenda mais sobre o Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública 10% já!

ADUSC marca presença no 34º Congresso do ANDES-SN e participa de debate sobre a Educação

Inicia o 34º Congresso do ANDES-SN, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Movimentos, sindicatos, coletivos e educadores de todo o Brasil debatem os ataques à Educação e a retirada dos direitos da classe trabalhadora. Além da socialização de conteúdos e discussões, é também, um espaço para a organização coletiva de um 2015 que promete muita luta e mobilização.

A ADUSC está presente!

O Congresso segue até o dia 28 de fevereiro.

Breve mais informações.

 

Após pressão dos servidores do Paraná, governo retira da pauta votação de pacotaço

O governo do Paraná teve que recuar e retirou da pauta a votação do pacote de medidas que atacam os direitos dos servidores públicos. Com a Assembleia Legislativa ocupada desde terça-feira (10) e mais milhares de servidores do lado de fora do prédio do poder legislativo, os deputados não aguentaram a pressão popular e suspenderam a seção de quinta-feira (12).

As medidas que governador do Paraná de Beto Richa (PSDB) quer empurrar para os servidores mexem com a previdência, com a carreira do funcionalismo, e frontalmente com a autonomia das universidades, entre outros ataques.  Esses projetos põem fim ao quinquênio (adicional por tempo de serviço), às progressões e o plano de desenvolvimento das carreiras dos docentes, com cursos periódicos.

Outras medidas também rechaçadas pelos servidores são o fim do auxílio-transporte em períodos de férias e afastamento, e a fusão dos dois planos da ParanáPrevidência, o fundo privado de aposentadoria aos moldes do Funpresp. Esse último item considerado um dos mais polêmicos, visto que num futuro próximo os servidores correm o risco de não receberem suas aposentadorias.

Na tarde de quinta-feira os parlamentares chegaram à Assembleia Legislativa (Alep) escoltados pela tropa de choque, e só assim conseguiram entrar no interior do local, o que causou indignação nos servidores. Enquanto os parlamentares realizavam uma reunião às escondidas na Alep, os manifestantes entravam em confronto com a polícia, que usou gás de pimenta e bombas. Os trabalhadores conseguiram, após muita tensão, entrar no local em que os parlamentares se reuniram e devido a isso a sessão foi suspensa.

Após o ocorrido, por meio de nota, o governo do Estado anunciou que vai retirar o projeto de votação. De acordo com a nota divulgada pela Casa Civil, a retirada é em virtude das manifestações ocorridas e para assegurar a integridade física e segurança dos parlamentares. Os servidores, entretanto, permanecem no local até que seja assinado um requerimento que garanta que o projeto irá mesmo ser retirado de votação.

Mary Sylvia Miguel Falcão, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, considera a retirada do projeto uma vitória do movimento. “Ontem ficou demonstrado que a pressão e mobilização política desestabilizou o governo estadual e sua base na Assembleia. O governo não esperava tamanha mobilização”, disse. A docente ressalta que é grande a possibilidade do pacote voltar ao legislativo, dessa vez fatiado. “O governo quer fatiar o projeto para desgastar o movimento, mas não conseguirá, os servidores públicos paranaenses estão na luta em unidade”, completa.

Fonte: ANDES /CSP-Conlutas

Imagem de APP-Sindicato

Organização do 8 de março em Itabuna

A poucas semanas do “Dia Internacional das Mulheres” Itabuna não tem o que comemorar. A cidade amarga o título de campeã em violência contra mulher no interior da Bahia, perdendo apenas para capital do estado, Salvador. Uma situação que pode ser ainda pior, se considerarmos a mudança de endereço da Delegacia da Mulher para um local tão escondido e perigoso.

Mas a violência machista não se expressa apenas de forma física ou doméstica. Ela acontece quando somos assediadas moralmente e/ou sexualmente no nosso espaço de trabalho. Quando as profissões em que somos maioria são desvalorizadas, como na educação ou nos serviços domiciliares.

A falta de atendimento ou desrespeito durante o parto também carregam consigo o peso do machismo. De igual modo, a falta de vaga nas creches, ou o fechamento de escolas. Estas ultimas tiram de nós a oportunidade de trabalhar com a tranquilidade de que nossos filhos estão onde deveriam estar. Também arrancam de nossas crianças a possibilidade de um futuro digno.

Estes e outros exemplos de violência física, psicológica e material nos atingem cotidianamente e precisam ser combatidos. É para avançar na luta contra o machismo que o Movimento Mulheres em Luta convida mulheres e homens de Itabuna, organizações de classe, movimentos sociais e populares para organizar um 8 de Março expressivo em nossa cidade.
A reunião será na próxima quarta-feira (25), a partir das 18 horas, no Colégio Estadual Felix Mendonça (Rua da Frente S/N. Bairro Sarinha Alcântara).

Texto e imagem retirados em: https://www.facebook.com/events/506830412788819/?fref=ts

Salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 3.118,62, diz DIEESE

O valor do salário mínimo brasileiro, fixado em R$ 788 desde janeiro deste ano, deveria ser multiplicado por quatro. Só assim seria cumprido o que determina a Constituição de nosso país.

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o valor do “salário mínimo necessário” deveria ser de R$ 3.118,62 em janeiro.

Recentemente, o governo Dilma Rousseff (PT) fez alarde nas redes sociais anunciando que o poder de compra do atual salário mínimo (R$ 788) é o maior desde agosto de 1965. Difícil é imaginar como fizeram para chegar a esta conclusão, ainda mais com a alta da inflação, com preços de alimentos, combustível e energia elétrica disparando.

Salário mínimo necessário
Durante os meses do ano, o DIEESE calcula o chamado “salário mínimo necessário”, levando em conta os gastos de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

A metodologia para fazer este cálculo leva em conta justamente o que está na lei e não é cumprido pelos nossos governantes. A Constituição Federal de 1988, no capítulo dos Direitos Sociais, define que o salário mínimo deve cobrir as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família.

Ao mesmo tempo em que oferecem à população um salário mínimo que contraria a Constituição, os nossos governantes se agraciam com quantias bem mais robustas. Confira só:

Deputados, senadores e ministros do STF: R$ 33,7 mil

Presidente da República, vice, ministros de Estado e o procurador-geral: R$ 30,9 mil

Fonte: vozdoaposentado.org.br

Pátria Educadora?

Mal começou o ano de 2015 e a educação no âmbito federal já sofre cortes orçamentários significativos. Na tentativa de equilibrar-se em pernas de pau o governo Rousseff fez o bloqueio de despesas administrativas de 39 ministérios e secretarias. E a educação teve o maior corte das chamadas despesas de custeio, equivalentes a R$ 7 bilhões anuais, ou 31% do total de cortes.

É cada vez mais claro que o lema “Pátria Educadora”, mote do segundo governo de Dilma Rousseff, não é um compromisso com a melhoria da escola pública e não prioriza investimentos necessários para isto. Ao contrário.

O que o governo busca mesmo é fortalecer a iniciativa privada e garantir o lucro das empresas do setor de educação. De fato, em 2014, os valores destinados ao Prouni via renúncia fiscal cresceram 166%. E os lucros das faculdades privadas são contabilizados na casa dos bilhões de reais anuais.

O orçamento federal proposto pelo governo para 2015 destina R$ 1,3 trilhão para os gastos com a dívida pública, ou 47% da sua receita (tudo que o país arrecadará com tributos, privatizações e emissão de novos títulos e outras rendas). É o equivalente a 13 vezes os recursos previstos para a Educação.

Em 2014 mais de 45% do orçamento federal executado foi destinado ao pagamento da dívida pública. Falamos de R$ 978 bilhões gastos com juros e amortizações da dívida. Ou 12 vezes o que foi destinado à educação, 11 vezes à saúde e mais que o dobro dos gastos com a Previdência Social.