O Brasil e Ilhéus pararam com a GREVE GERAL. Agora é ocupar Brasília!

A Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, centrais sindicais, entidades e sindicatos de trabalhadores, juventudes organizadas e demais segmentos engajados na mobilização da Greve Geral do dia 28 de Abril, manifestam por essa nota sua postura firme na defesa do direito legítimo de greve dos/das trabalhadores e trabalhadoras.

Cerca de 35 milhões de trabalhadores entraram em greve, com paralisações nos principais centros industriais e em cidades de pequeno e médio porte, como Ilhéus, Itabuna e várias outras de nossa região. As manifestações foram apoiadas por igrejas cristãs, com a participação da Confederação Nacional dos Bispos (CNBB) no debate de 19 de abril, afirmando sua posição de apoio ao enfrentamento do desmonte de direitos trabalhistas e fim da previdência. OAB, TRTs, MPT também aderiram e apoiaram a Greve Geral, além de inúmeras instituições de ensino por todo país, inclusive da rede privada.

Em ilhéus a GREVE GERAL também foi bastante abrangente, paralisando servidores públicos de todas as esferas, rodoviários, portuários, bancários, professores de escolas públicas e privadas, trabalhadores de hotéis, comerciários, feirantes, operários fabris e da construção.

Aproximadamente 2 milhões de pessoas participaram de manifestações em todo o país, sendo 80 mil em Salvador. Ocorreu repressão brutal contra manifestação pacífica no centro do Rio de Janeiro. Em Ilhéus, nas primeiras horas da manhã, um jovem trabalhador foi baleado por um policial militar na entrada do bairro Teotônio Vilela, durante a paralisação da via, sofrendo assédio do seu agressor até mesmo no hospital, sendo conduzido preso à delegacia. Numa tentativa de inversão dos fatos, foi lavrada ocorrência com o mesmo sendo acusado de desobedecer a ordem legal de funcionário público (!).

Situações de abuso e uso de força por membros de forças policiais também foram registradas ao longo do dia, culminando com um delegado da polícia civil  que avançou contra os manifestantes na contramão da via em alta velocidade dirigindo a própria viatura, postou-se na frente das lojas do comércio, empunhando uma escopeta contra trabalhadores, professores e jovens para impedir o protesto contra o fechamento dos estabelecimentos comerciais. Também no Vilela, houve o guinchamento do carro-de-som do diretor do SINPOJUD (Sindicatos dos Servidores do Poder Judiciário) e vereador Makrisi (PT), que participava da greve.

A greve geral foi realizada num momento de desemprego recorde, com números oficiais divulgados em 14 milhões. O desemprego foi a principal ameaça usada pelos patrões para tentar dissuadir os trabalhadores de participar das mobilizações.

No Centro da cidade foi notória a pressão de lojistas e comerciantes para que os trabalhadores desses setores não aderissem à GREVE GERAL. Nota pública de entidades patronais, como CDL, Sindicom e Associação Comercial foi divulgada à imprensa e em carro-de-som anunciando que não haveria greve, como se fosse prerrogativa dos patrões decidirem sobre a greve dos trabalhadores. Importante frisar que a atuação dos manifestantes era principalmente de se postar em grandes grupos em frente às lojas, gritando palavras-de-ordem, principalmente de boicote, ao tempo em que dirigentes do Sindicato dos Comerciários e demais militantes buscavam sensibilizar os lojistas dialogando sobre a necessidade de se garantir o exercício do direito de greve por parte dos trabalhadores. Apesar das manifestações pacíficas dos manifestantes, alguns comerciantes e seguranças privados sacaram armas de fogo em direção aos manifestantes.

Repudiamos os atos de violência, principalmente os praticados pelo grupo da PM da 70.a Cia – PETO e o delegado da polícia civil, pela ação inadequada enquanto agentes de segurança pública.

Temos certeza de que nosso movimento foi vitorioso, aqui em Ilhéus e no Brasil. Pesquisas sobre o impacto nas redes sociais e na opinião pública apontam para um amplo apoio popular à greve e rejeição à destruição de direitos, principalmente por ser direcionada por um governo sem legitimidade e repleto de elementos investigados por corrupção. A luta pela resistência dos direitos sociais, de trabalho, sobre a terra e pelos povos indígenas contra o governo ilegítimo que nasceu do golpe de 2016 alcançou novo patamar, e a força desta tomada de consciência tende a crescer.

Continuaremos mobilizados e unidos na defesa da previdência social e nos direitos dos trabalhadores. Estaremos em sintonia com as centrais sindicais que convocaram uma marcha à Brasília no dia 24 de maio.

Seguimos na luta.

#LUTARNÃOÉCRIME! #NENHUMDIREITOAMENOS! #FORATEMER

Assinam esta nota:

Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo,

CTB,

Sindicato dos Bancários de Ilhéus, Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Sindicato dos Comerciários de Ilhéus, APPI, ADUSC/SS-ANDES, DCE-UESC, SINDICACAU,

PSOL/RAIZ, MLT, JPT, Mandato do Vereador Makrisi (PT), Coletivo Quilombo PCdoB, UJS,

G.E. Mulheres, Trabalho e Reprodução, JSB, ENECOS, UJC, ASMS-BA, Sindiacs, Sindiborracha e Sindicato dos Metalúrgicos.

Fórum das ADs realiza XIII Encontro dos Docentes das UEBA de 26 a 28 de maio

XIII-ENCONTRO-JPEGDe 26 a 28 de maio acontecerá o XIII Encontro dos Docentes das UEBA na cidade de Ilhéus. O tema dessa edição é “Em defesa dos serviços públicos, da universidade e contra a onda conservadora”. Realizado a cada dois anos pelo Fórum das ADs, o encontro é um espaço que visa discutir e ampliar a discussão dos problemas enfrentados pela categoria e, ao mesmo tempo, apontar os rumos para o Movimento Docente.

Além da pauta da educação, o encontro abordará também o atual cenário político diante dos desafios impostos pela política neoliberal dos governos federal, estadual e a disputa dos movimentos sociais com a ofensivaideológicado conservadorismo. A participação dos (as) professores (as) é fundamental. Embora o encontro não tenha caráter deliberativo, é um espaçonecessário para a ampliação do debate. O caráter do encontro é aberto e as inscrições serão feitas presencialmente junto com o credenciamento no primeiro dia de atividade (26).

A programação do XIII Encontro dos Docentes das UEBA prevê uma palestra sobre Conjuntura que contará também com a presença da presidente nacional do ANDES-SN no dia 26 de maio, às 18h, no espaço do CEU da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Nos dias 27 e 28, acontecem as discussões nos grupos de trabalho e plenárias sobre os outros temas no Hotel Praia Sol.

Programação completa

Dia 26 de maio – Sexta-feira

18h – Mesade Abertura

18h30 – MesaTemática 1 “Em defesa do serviço público e da universidade: contra a ofensiva conservadora”. Palestrantes: EblinFarage,Sara Granemann, e ZilmarAlverita.

21:00 – Cultural

Local: UESC

Dia 27 de maio – Sábado

09h às 12h – GT1“Ajuste fiscal, previdência e financiamento das UEBA”

14h às 16:30h – GT2 “Opressões, assédio moral e adoecimento docente”

17h às 19:30 – GT3 “Ofensiva conservadora e a carreira docente”

Dia 28 de maio – Domingo

09h às 13h – PlenáriaFinal

Maiores informações:ADUSC – (73) 3680-5085

Fonte: Fórum das ADs

Fórum das ADs decide intensificar e endurecer as mobilizações no mês de maio

Em reunião o Fórum tirou uma “Semana em Defesa das Estaduais”, rodadas de assembleias e o indicativo para um dia de paralisação

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Diante da conjuntura nacional, estadual e o descaso do governo Rui Costa frente à pauta de reivindicação 2017, o Fórum das ADs (FAD) encaminhou, em reunião realizada na última quinta (4), a ampliação da mobilização durante o mês de maio.Entre as principais iniciativas,foi apontada uma Semana em Defesa das Universidades Estaduais, de 22 a 26 de maio, com um dia de paralisação das atividades acadêmicas nas quatro instituições, que será remetido e definidonas assembleias junto às demais atividades.

O espaço fez uma avaliação da recepção negativa e negligente dos representantes do governo com a comunidade acadêmica no último dia de paralisação estadual e apontou a intensificação da luta como saída. Nesse sentido, o Fórum definiu também a construção de uma carta aberta à comunidade acadêmica alertando professores, estudantes e técnicos sobre os graves problemas que comprometem as condições de trabalho e estudo nas universidades e convocando-os à luta em defesa dos direitos e da educação pública.

“Consideramos que foi muito pífia a última reunião com o governo em virtude de duas questões: primeiro a forma irresponsável do governo a não responder a nenhum dos nossos pontos e segundo a atitude extemporânea das representações governista de encerrar a reunião e se retirar bruscamente da negociação. Nesse sentido, é importante termos uma jornada de lutas das estaduais da Bahia frente aosataques que o governo Rui Costa tem implementado contra as nossas universidades e os professores.”, disse Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs.

O professor ainda chamou a atenção para a possibilidade de mais àfrente, a partir do calendário de mobilizações das centrais em relação à reforma da previdência, é possível que ocorraalguma alteração no calendário do FAD em função da pauta nacional. A proposta do Fórum das ADs é que, nas assembleias, sejam construídos comitês de Greve.

Outro ponto da pauta das assembleias a serem realizadas neste mês é o XIII Encontro dos Docentes das Ueba, que ocorrerá de 26 a 28 deste mês, em Ilhéus. No espaço, será discutido e construído um plano de lutas da categoria para os próximos dois anos.

Além disso, conforme sugerido pelas diretorias das associações docentes, o Fórum das 12 – instância que reúne representações de estudantes, professores e técnicos – sereunirá na próxima sexta-feira (12), às 10h30, na sede da Aduneb, em Salvador para discutir a unidade da luta e os próximos passos. A próxima reunião do Fórum das ADs ficou definida para o dia 6 de junho, na sede da Adufs, em Feira de Santana.

Fonte: Fórm das ADs

Cem anos da Revolução Russa é tema de palestra na UESC

Ciclo de debates FAD_100 anos revolução russaCom tema “O papel da mulher e a transformação da família”, a ADUSC sediará a segunda etapa do ciclo de debates organizado pelo Fórum das ADs em homenagem aos 100 anos da Revolução Russa. O debate acontecerá na próxima quinta-feira (11), às 18:30 horas, no Auditório do pavilhão de Ciências Exatas e Tecnológicas. As debatedoras convidadas são as professoras Maria Orlando Pinassi (UNESP) e Sofia Manzano (UESB).

100 anos de Revolução Russa                                  

Meses após a queda do regime Czarista na Rússia, em fevereiro de 1917, a mobilização popular e os sovietes (conselhos) de operários, soldados e camponeses tomaram todo país, e os bolcheviques liderados por Lenin e Trotsky conquistaram o poder. Essa revolução vitoriosa dá início à construção de uma sociedade socialista.

Dentre as mudanças sociais pelas quais passou a sociedade soviética, nas duas décadas após a revolução, a vida das mulheres teve uma atenção especial. A estrutura familiar, a sexualidade, o casamento e o divórcio são aspectos que contribuem para análise da luta pela emancipação das mulheres como parte da Revolução Russa.

Uma importante contribuição na luta contra o machismo será abordada durante o debate do dia 11 de Maio, e que será aberto à comunidade acadêmica e ao público externo.

PROFESSORES DA UESC APROVAM ADESÃO A GREVE GERAL!

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (28), os docentes da UESC aprovaram por unanimidade adesão ao movimento paredista nacional contra as reformas da previdência e trabalhista, e a política de ajuste fiscal do governo golpista de Temer! Confira abaixo a programação da mobilização na UESC, em Ilhéus e Itabuna:

UESC:
27/04 – Esquenta pré-Greve Geral com mobilização no campus ao longo do dia!

28/04 – Greve Geral

ILHÉUS:

26/04 – quarta-feira, 10h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu); (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, quinta-feira, 10h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu); (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, quinta-feira, 16h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu). (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, 18h, Plenária final das Frentes – auditório do sindicato dos bancários. Acertos finais da preparação da greve geral; (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

28/04 – GREVE GERAL – Paralisação de todas as categorias. Concentração no comércio – 8h, Praça Cairu. (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

ITABUNA:

26/04 – quarta-feira: 8h – panfletagem nas escolas estadual de Itabuna. (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

15h – Panfletagem e agitação no São Caetano! (Organização: Frente Brasil Popular)

18:30h – Panfletagem e agitação na UNIME e da FTC (Organização: Frente Brasil Popular)

27/04 – quinta-feira: 8h – panfletagem no comércio e nos principais pontos de ônibus da cidade. (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

16h – Concentração Jardim do Ó para MOBILIZAÇÃO na Cinquentenário! (Organização: Frente Brasil Popular)

28/04 – GREVE GERAL: 9h – ato público no Jardim do Ó (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

Mais informações da assembleia serão divulgadas em matéria específica.

Assembleia da ADUSC pautará Estatuinte e Greve Geral nesta quarta-feira (26)

A Associação de Docentes da UESC (ADUSC) realizará sua Assembleia na próxima quarta-feira (26), para pautar a Greve Geral convocada pelas Centrais Sindicais para o dia 28 de Abril. Além de definir a posição da categoria sobre o movimento paredista nacional, a Assembleia discutirá a proposta da categoria para a Resolução do processo de Estatuinte da UESC. O documento finalizado na Assembleia será apresentado à reitoria e aos representantes de estudantes e servidores técnicos, em reunião no dia 27.
Os docentes da UESC também vão discutir os próximos passos da luta contra os ataques do governo Rui Costa às Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), aos salários e aos direitos trabalhistas da categoria. A assembleia ocorrerá no CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho), com primeira chama às 8:30 horas. Confira a convocatória aqui.
Greve Geral
 
 18118424_1318490144886644_3490986606257978949_nA Greve Geral, marcada para 28 de Abril, é uma convocação unificada das Centrais Sindicais e deve unificar trabalhadores das diversas áreas e setores (privado e público) e a juventude contra os ataques do Governo ilegítimo e corrupto de Michel Temer. Entre as principais bandeiras do movimento nacional está a luta contra as reformas da previdência e trabalhista.
Sob pressão das mobilizações promovidas pela classe trabalhadora ao longo de março, o relatório da PEC 287/16, da contrarreforma da previdência, apresentado na quarta-feira (19), conta com emendas como a que diminui o tempo de contribuição mínima de 49 para 40 anos para ter acesso a aposentadoria integral. Em contrapartida, uma manobra da base aliada de Temer (PMDB) e do presidente da Câmera Arthur Maia (DEM) foi aprovada a urgência da tramitação da reforma trabalhista.
Segundo o presidente da ADUSC, José Luiz de França, estes ataques são o retrato de um projeto de governo e que não será aceito com passividade. Os recuos na previdência são a prova de que a luta dos trabalhadores não é em vão, e a greve geral demonstra a disposição para avançar.
Estatuinte
Tendo como base o texto apresentado pela reitoria em reunião no dia 6 de fevereiro, a ADUSC promoveu diversas reuniões ampliadas para elaboração da proposta dos docentes. As experiências de outras universidades também foram consultadas e o trabalho final será apreciado pela Assembleia.
A ADUSC chama atenção da categoria para esta luta que representa um momento impar para a democracia na universidade. Neste sentido, deu início a uma campanha de mídia com veiculação de outdoor. Uma nova sessão para o site brevemente será inaugurada e camisas distribuídas durante a assembleia.
Em defesa dos direitos e contra o congelamento dos salários
A centralidade da luta do Movimento Docente (MD) das UEBA continua a ser tratada com descaso pelo governo Rui Costa (PT). Mesmo diante de forte protesto realizado na última terça-feira (18) no Centro Administrativo da Bahia (CAB), os representantes do governo receberam a comunidade acadêmica com grande desrespeito, encerrando a reunião sem disposição para o diálogo (confira matéria do Fórum das ADs).
Foto_1A situação é crítica. O orçamento aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) tem sido repassado com meses de atraso, os salários dos servidores públicos estão congelados, e com a negativa ao direito constitucional de reposição da inflação, e as filas de promoções, progressões e mudanças de regime continuam paralisadas. A resposta do Movimento Docente para este ataque também será discutida com a categoria durante a Assembleia.

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA 

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia ordinária a realizar-se no dia 26.04.2017 (Quarta-feira), às 8:30h em primeira convocação e às 09:00h em segunda, no CEU, no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

 

 

1) Informes;

2) Proposta da ADUSC de Minuta da Resolução de elaboração do novo Estatuto para UESC;

3) Resposta do Governo sobre a pauta de reivindicações dos docentes;

4) Greve geral – 28/04: contra as reformas da previdência e trabalhista

( paralisação das atividades acadêmicas).

5) O que ocorrer.

Campus Soane Nazaré, 20 de Abril de 2017.

José Luiz de frança Filho

Presidente

Repúdio: Governo da Bahia se recusa a negociar com as Universidades Estaduais

Governo Rui Costa trata a comunidade acadêmica com descaso e desrespeito no dia de paralisação estadual (18)

 

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Paralisação estadual e protesto no CAB.

O dia de paralisação estadual (18) foi marcado pelo desrespeito do governo do Estado com o Movimento Docente (MD) e a comunidade acadêmica em luta. A mobilização, construída pelas quatro Universidades Estaduais Baianas (Ueba) e que reuniu centenas de estudantes, professores e técnicos em um ato no CAB, foi recebida em reunião pelo Subsecretário de Educação do Estado, Nildon Pitombo, com intransigência e autoritarismo.

A resposta apresentada pelo governo à pauta de reivindicações, protocolada desde 2016, foi uma sequência de negativas, formalizada em um documento entregue ao Fórum das ADs. A negociação com o movimento não avançou nem através da resposta escrita e nem do diálogo. A postura dos representantes do Estado foi de entregar o documento e não ouvir os representantes do Movimento Docente, estudantes e servidores que estavam na reunião.

Confira a resposta do governo em resposta a pauta de reivindicação docente

Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, o descaso do governo, a incapacidade de negociar e a forma irresponsável como a reunião foi conduzida é repudiada pelo Movimento Docente. “A conduta do subsecretário Nildon Pitombo de entregar um documento que não responde absolutamente nada, se levantar e encerrar a reunião de forma intempestiva é um desrespeito com todos aqueles que vieram do interior e da capital para defender a educação pública e os direitos trabalhistas”, afirma o professor. 

 

Mentira orçamentária

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Reunião com representantes do governo do dia 18 de Abril.

Segundo o Fórum das ADs, para tentar justificar o descaso, o governo argumenta sobre o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Contudo, a alegação governamental não se sustenta e é contraditória com as próprias informações do site “Transparência Bahia”. De acordo com as informações oficiais divulgadas, entre o limite prudencial (46,17%) e o limite máximo (48,70%), há uma folga de 2%, o que é um valor suficiente para fazer a recomposição salarial.

Em reunião realizada em 14 de março com o Fórum das ADs, o superintendente de recursos humanos da SAEB, Adriano Tambone, afirmou que o limite prudencial deste ano foi ultrapassado, contradizendo as próprias informações oficiais divulgadas para a sociedade baiana. Na recente reunião, da última terça-feira (18), os representantes do governo novamente afirmaram isso alegando que as informações divulgadas no portal da transparência do Estado estavam erradas.

Para o MD, existe uma contradição no discurso e, na verdade, não falta recurso financeiro. O que falta é a prioridade do governo, que prefere desviar orçamento público para os cofres dos banqueiros por meio do pagamento da dívida pública. Só no ano de 2016, por exemplo, mais de R$ 1,3 bilhão do orçamento do Estado foi usado para pagamento de juros, encargos e amortizações da dívida pública, de acordo com site Transparência Bahia.

O governo que mais ataca as universidades

A situação nas Universidades Estaduais Baianas é de crise em todas as esferas e categorias, desde o ponto de vista dos inúmeros processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho emperrados, perda salarial docente em 30,5% (levando em consideração a ausência de política de recomposição salarial e corrosão inflacionária) até a crise orçamentária e uma política inadequada e que não garante os recursos necessários para a permanência estudantil. Se por um lado a situação é dramática, por outro o governo assume a postura de simplesmente ignorá-la. Pela tradição do Movimento Docente, a resposta será a radicalização da luta e o enfrentamento. Os representantes do Fórum das ADs também também avaliam a possibilidade de uma greve.

Para organizar os próximos passos da luta, o Fórum das ADs convocou para o dia 12 de maio uma reunião do Fórum das 12 – instância que compõe representações de estudantes, servidores e docentes – no sentido de unificar as categorias e preparar a resistência contra a política do governo do estado. Além disso, as ADs também apontaram para rodadas de assembleias para discutir com a categoria o descaso do governo com a educação e direitos trabalhistas. Para os docentes, o próximo período será de radicalidade e o Movimento Docente das Universidades Estaduais Baianas estará, como sempre esteve, na linha de frente das lutas por nenhum direito a menos e em defesa da educação pública, gratuita, laica, socialmente referenciada e de qualidade.

Confira na íntegra o documento com a pauta de reivindicações protocolada desde dezembro de 2016 na governadoria. (anexar)

Construção da Greve Geral foi tema de evento em praça pública de Itabuna

01 cPromovido pelo Comitê Local em Defesa da Educação Pública, o evento “Itabuna rumo à Greve Geral” aconteceu neste domingo (9), na praça Rio Cachoeira. Os representantes da CUT e da CSP -Conlutas, (Érick Maia e Josias Porto, respectivamente), apresentaram uma análise de conjuntura, apontando os desafios para construção da Greve Geral.  A intervenção cultural ficou por conta do Grupo Dance, dos estudantes do CIOMF (Centro Integrado Oscar Marinho Falcão).

Itabuna rumo à Greve Geral
A Greve Geral, marcada para 28 de Abril, é uma convocação unificada das centrais sindicais e deve unificar trabalhadores das diversas áreas e setores (privado e público) e a juventude em defesa de diretos historicamente conquistados. Para os representantes da CUT e CSP esse é sem dúvida um momento de fortalecer a unidade e as ações de Frente Ampla, que demonstram a insatisfação da classe trabalhadora contra o governo ilegítimo de Temer e suas medidas. Os debatedores também ressaltaram o importante papel cumprido pelas ocupações protagonizadas pela juventude e as novas estratégias de luta propostas por este setor e que teve importante influência na mudança de opinião da popular sobre a política do governo ilegítimo em 2016, nas lutas contra a PEC 55.

Josias Porto, ressaltou os impactos das propostas de Reformas na Previdência e Trabalhista também estão repercutindo na população, e isso foi perceptível nas mobilizações que marcaram o mês de março. Para o representante da CSP-Conlutas, aquelas manifestações foram um ensaio, mas o dia 28 precisa ser maior. Para isso, Porto invocou a responsabilidade dos sindicatos em realizar assembleias para aprovar a adesão das categorias à data com paralisação dos meios de produção e alertou ” Os sindicatos tem a grande responsabilidade de garantir as paralizações, mas a contribuição da juventude, os movimentos populares e outros movimentos sociais, como de mulheres, negras e negros, e LGBTs também são fundamentais para garantir a realização de fato da greve geral”.

Dando continuação ao calendário de mobilização, o comitê realizará uma aula pública na praça do bairro Santo Antônio, nesta terça-feira (11), às 17 horas. A iniciativa é uma parceria com os professores do colégio estadual CIOMF (Centro Integrado Oscar Marinho Falcão).

Saiba mais sobre o Comitê Local em Defesa  da Educação Pública acessando aqui.

Movimentos lançam Frente Baiana Escola Sem Mordaça

frentesemmordaçaNo dia 10 de Abril, próximo, acontecerá em Salvador o lançamento da Frente Baiana Escola Sem Mordaça. A frente tem o objetivo de estimular o debate crítico e a resistência organizada da sociedade aos projetos de lei “Escola Sem Partido” que tentam impor um patrulhamento ideológico às escolas. O lançamento será na Universidade do Estado da Bahia (UNEB – Campus I), às 10h, no Auditório Jurandir Oliveira, Departamento de Educação.
Frente Escola Sem Mordaça
A iniciativa de organizar nacionalmente a luta contra os projetos que reproduzem o texto do programa “Escola Sem Partido” foi impulsionada por um manifesto lançado em 2016, e seguido pelo lançamento da Frente Nacional Escola Sem Mordaça.  As ações da Frente junto ao MEC  e ao Congresso Nacional têm sido fundamentais  contra os projetos conservadores que tentam cercear a atividade pedagógica e impor a mordaça ao ato de lecionar.
Reunindo inúmeras organizações sindicais, movimentos sociais, de juventude e populares, as Frentes Estaduais Escola Sem Mordaça significam mais um passo importante nesta luta.
Saiba mais sobre as Frentes Nacionais e Estaduais no site http://escolasemmordaca.org.br/

*Com informação do ANDES-SN