Audiências nas Câmaras de Vereadores de Ilhéus e Itabuna debaterão a PEC 55 e as Ocupações Estudantis

audiencia-ocupacoesA realização da audiência pública é uma deliberação do Comando de Mobilização de Docentes da UESC, para dar conhecimento à população sobre os riscos da PEC 55 (antiga PEC 241), e discutir o movimento de ocupação promovido pela categoria estudantil em todo país. Em Itabuna, a Audiência Pública acontecerá na próxima quarta-feira (7), logo após sessão ordinária da Câmara de Vereadores, às 15 horas. Em Ilhéus, a Audiência acontecerá na quinta-feira (08), também às 15 horas.

O movimento de ocupação crescente nas escolas, institutos federais e universidades representam o maior foco de resistência ao crescimento do conservadorismo e a destruição de direitos sociais. Entre os principais pontos de reivindicação estão o combate a PEC 55 e a MP 746 (Reforma do Ensino Médio).

A PEC 55 é uma emenda constitucional proposta pelo ilegítimo governo TEMER e estabelece, para os próximos 20 anos, um teto de investimento limitado às despesas do ano anterior, corrigido pela inflação. Mesmo que o orçamento do Estado cresça, não haverá aumento de investimento nos serviços essenciais à população.

Por outro lado, a PEC garante recursos para “empresas estatais não dependentes” (Projeto de Lei do Senado 204/16). A ação faz parte de um esquema fraudulento que pretende transferir recursos públicos para o setor privado. Temer quer fazer um ajuste fiscal, cortando investimentos em saúde, educação, aposentadorias e outros serviços básicos, para continuar engordando os bolsos de banqueiros e grandes empresários.

É contra esses ataques que lutam os jovens através das ocupações em todo País. A disposição e a criatividade da juventude emergiram para reanimar e dar esperança àqueles setores que, apesar de denunciar o desmonte do Estado, esbarrava na apatia, manipulada pelo discurso da mídia empresarial. Os e as estudantes estão na luta, mostrando conhecimento sobre seus direitos e resistência aos ataques. Na região, estão ocupadas a UESC, a UFSB, o Instituto Federal de Ilhéus e o Centro Estadual Educação Profissional (CEEP) de Itabuna.

Neste sentido, a realização das Audiências Públicas visa trazer para realidade local as consequências destes ataques e também os caminhos para resistência. Participarão da mesa inicial da Audiência em Itabuna Philipe Santana (Professor do IFBA), além de Paulo Rodrigues (Professor da UESC) e um representante do Ocupa UESC, que também participarão da audiência em Ilhéus juto com Sérgio Ricardo (Economista e professor da UESC).  Após as falas iniciais a palavra será franqueada aos presentes.

 

Fonte: ADUSC

ADUSC faz campanha em apoio ao movimento #OcupaUESC

APOIONa ultima sexta-feira (02), a comunidade acadêmica foi surpreendida com o pedido de reintegração de posse solicitado pela reitora Adélia Pinheiro, contra a ocupação estudantil na UESC. Caso o julgamento seja favorável, a reintegração poderá ser imediata. Para a diretoria da ADUSC e o Comando de Mobilização Docente eleito em assembleia, no dia 24 de Novembro, a ação é equivocada, antidemocrática e criminaliza o movimento tão necessário diante dos graves ataques impostos pelo governo ilegítimo de Temer.

Confira a nota de repúdio da ADUSC

Em resposta a atitude da reitoria e reafirmando a posição da assembleia do dia 09 de Novembro, os representantes docentes convocam a categoria para uma campanha em apoio ao movimento. Alguns professores (as) estão se revezando, vindo dormir na ocupação. Vamos fortalecer essa participação docente, dormindo com os estudantes na universidade e enviando fotos com plaquinhas de apoio à ocupação para o Facebook da ADUSC.

#ContraPECdoFIMdoMUNDO!

#OcupaUESC!

#OcupaTUDO!

Nota da ADUSC sobre arrombamento e tentativa de furto na UESC

Neste domingo (27), a notícia da tentativa de furto na UESC foi explorada de forma sensacionalista por parte da mídia empresarial e de contrários à ocupação da UESC, na tentativa de criminalizar o movimento. A diretoria da ADUC repudia tal postura e endossa a nota do movimento, que alerta “que o caso em questão se tratou de um fato isolado, unilateral e individual e que não coaduna com os valores defendidos pela ocupação”. Leia a nota.

A ocorrência de furtos e arrombamentos na UESC não é um privilégio ao período de ocupação, e a disposição do movimento em solucionar o problema dá conta de seu desacordo com tal prática. Portanto, se utilizar desse fato para criminalizar e questionar a legitimidade do movimento é rebaixar o debate político, de forma irresponsável e oportunista, sobre a questão do método de ocupação.

É inegável a relevância do movimento de ocupações promovido pela juventude de todo país, no enfrentamento aos ataques impostos à educação pública no atual cenário. Além de lançar um farol sobre a PEC 55 e a política de ajustes do ilegítimo governo Temer e demonstrar a disposição para a luta, as ocupações têm apontado o modelo de educação que atende aos interesses populares. Também proporciona formação e organização para os integrantes e apoiadores das ocupações.

É também legítima a preocupação quanto à abordagem da Polícia Militar. O Brasil possui a polícia que mais mata e mais morre no mundo. Uma polícia permeada por ideologias discriminatórias, acentuadas por discursos como o do Dep. Federal Jair Bolsonaro, que reforça preconceitos inclusive sobre os movimentos organizados pela classe trabalhadora. Isso se expressou na utilização da violência física contra acusado e contra o representante do movimento, mesmo sem resistência à apreensão.

A diretoria da ADUSC repudia tal abordagem, e se soma à preocupação em garantir que o infrator seja “responsável por seus  atos com a garantia de respeito ao devido processo legal”, e disponibiliza sua assessoria jurídica para tanto.

Por fim, o movimento Ocupa UESC completou, no dia 24 de novembro, último, um mês de ocupação com a realização de uma vitoriosa assembleia. Após avaliação das ações do movimento, 179 estudantes votaram favoráveis à continuidade da ocupação. Isto demonstra o reconhecimento das ações do movimento, bem como sua força para lutar, resistir e barrar a PEC 55, a MP 746 e a política de ajuste do ilegítimo governo Temer. A ADUSC reforça seu apoio aprovado em assembleia da categoria no dia 9 de novembro e reafirma seu compromisso com esta luta.

 

Professores da UESC não aprovam greve, mas mantêm mobilização

10A Assembleia geral da ADUSC, realizada nesta quinta-feira (24), não aprovou adesão à greve nacional das universidades municipais, estaduais e federais, conforme indicação do ANDES-SN. Conforme deliberação da Assembleia, o Movimento Docente (MD) seguirá mobilizado, impulsionando o calendário nacional de lutas. Além da paralisação nesta sexta-feira (25), os docentes participarão da Marcha à Brasília, no dia 29 de Novembro.

Para impulsionar às atividades de mobilização a Assembleia definiu um comando de permanente que se unirá a diretoria da ADUSC para discutir estratégias de mobilização da categoria. O comando se reunirá nesta sexta-feira (25), às 9 horas, na sede do sindicato, e está aberto à participação de outros interessados.

15205762_10211621508717456_1571613605_oOs docentes também deliberaram por fortalecer o ato público que acontece nesta exta-feira (25), a partir das 15 horas, com saída do Jradim do “Ó”, em Itabuna e pela realização de uma nova Assembleia após o retorno da Caravana à Brasília, no dia 29.  As/os docentes interessadas/os em integrar a caravana da Bahia, que irá de ônibus à Brasília, devem enviar nome completo e RG à ADUSC, pelo e-mail contatoadusc@gmail.com. Os dados devem ser enviados até às 18h, do dia 26 de novembro. A Caravana sairá dia 28, no período da manhã, de local ainda a ser divulgado.

Rumo à Greve Geral: atos acontecerão nesta sexta feira (25)

15205762_10211621508717456_1571613605_oNesta sexta-feira (25), sindicatos, estudantes e movimentos sociais de Itabuna voltarão às ruas contra a PEC 55 (PEC 241), reforma do ensino médio e demais ataques do governo Temer à classe trabalhadora. A atividade é um chamado nacional das centrais sindicais rumo à greve geral no Brasil.  Em Itabuna, o ato terá como linha de frente a referência ao “dia internacional de luta pelo fim da violência contra mulher”. A decisão foi aprovada durante reunião ampliada do Comitê em Defesa da Educação Pública de Itabuna, realizada na segunda-feira (21), na ocupação do CEEP.   A concentração do ato está marcada para as 15 horas no Jardim do “Ó”.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam há alguns anos o aumento dos casos de violência sexual, física e assassinatos de mulheres no país. O de 2015 constatou que houve 45.460 casos de estupro, o que corresponde a 125 vítimas por dia. Esses números, entretanto, estão longe de serem os reais, posto que no Brasil apenas 10% das vítimas de estupro notificam a violência.

Assim como em outros países, esses números são reflexos do aprofundamento da crise econômica e da total precarização das condições de vida da classe trabalhadora. Por isso, combater à violência machista para também por combater a política do governo Temer de transferir para as costas dos trabalhadores, em especial das mulheres o preço da crise.

Neste sentido, a reunião ampliada do Comitê Local em Defesa da Educação Pública, definiu a adesão do “Dia internacional de luta pelo fim da violência contra a mulher”, como tema central do ato desta sexta-feira (25). A luta das mulheres também estará presente nos atos que ocorrerão em todo país nesta data. A reunião também encaminhou por uma coluna das ocupações, com faixa unificada entre o IFBA, UESC, CEEP e UFSB, para dar visibilidade e combater a criminalização do movimento dos estudantes. Os professores da UESC já aprovaram paralisação para a data.

Professores e servidores técnicos das universidades e institutos federais, do ensino básico, servidores da saúde, terceirizados, estudantes, trabalhadores do comércio, bancários são algumas das categorias mobilizadas para a atividade. Faça parte da resistência! Convoque seu sindicato, colegas de trabalho, amigos, família e participe do ato público da sexta-feira (11). Fortaleça as ocupações das escolas e universidades. Vamos parar o Brasil e barrar o ataque aos nossos direitos!

Assembleia da ADUSC pautará adesão à greve nacional das universidades nesta quinta-feira (25)

AssembleiaA assembleia da Associação de docentes da UESC (ADUSC) discutirá a adesão ao movimento nacional de greve nas universidades nesta quinta-feira (25), a partir das 8:30 horas no Centro de Estudos Universitários (CEU). O movimento paredista deve fortalecer a luta para barrar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 55 e a Medida Provisória (MP) 746. Esta é uma indicação da reunião realizada, em Brasília, nos dia 19 e 20 de novembro, entre as representações docentes das Instituições Municipais, Estaduais e Federais de Ensino Superior (IMES/IEES/IFES) filiadas ao ANDES-SN. Até a data, 25 seções sindicais havia aprovado a greve e mais de 15 aprovaram a indicação ao movimento paredista.

A iniciativa de uma greve unificada entre os setores da educação superior, representados pelo ANDES-SN, não acontece desde a reforma da previdência, em 2003. O movimento se soma à luta crescente no setor da educação, amplamente visibilizada a partir das ocupações de escolas, institutos federais e universidades. Acompanhando a iniciativa dos estudantes, professores e servidores técnicos de diversas instituições de ensino básico, técnico e superior também já deflagraram greve. Nesse sentido, além do grande desafio de enfrentar o desmonte do Estado, o movimento paredista pretende conscientizar a sociedade de que esta é uma luta de toda a população.

Na reunião realizada em Brasília, os docentes também indicaram que o movimento paredista seja construído na perspectiva de ocupações dos espaços públicos. Oficinas, aulas públicas, debates e demais ações nas ruas e praças, em amplo diálogo com estudantes, servidores técnicos, movimentos sociais como um todo, devem fazer parte das atividades de greve.

“Além de continuar pautando junto às centrais sindicais e os movimentos sociais a necessidade de construção da greve geral para barrar a PEC 55/2016 e as reformas da previdência e trabalhista, os docentes apontaram uma série de ações em relação à PEC, como fazer um levantamento dos estudos já realizados pelas IES sobre os impactos da PEC 55 nas Universidades e instar as reitorias que não realizaram tal estudo, que o façam com a maior brevidade, democratizando o debate sobre os orçamentos locais; ampliar a pressão sobre os senadores e senadoras nos estados e no Senado federal, para votarem contra a PEC 55, por meio do envio de e-mails, publicações nas redes sociais e atividades no Congresso Nacional com visitas em conjunto com as demais entidades que estão mobilizadas; panfletagem junto aos senadores no Senado Federal na segunda-feira (28), entre outras. Além disso, irão intensificar a divulgação das ações de combate à criminalização dos movimentos de resistência”, informa matéria no site do ANDES-SN. Confira aqui o relatório da reunião.

*Com informação do ANDES-SN

Fonte: ADUSC

 

 

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA

AssembleiaNo uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Extraordinária a realizar-se no dia 24.11.2016 (quinta-feira), às 08:30h em primeira convocação e às 09:00h, em segunda, no espaço CEU.

1) Informes gerais e conjuntura

2)  Deflagração da Greve Geral do ANDES-SN, por tempo indeterminado, contra a PEC 55/16 e a MP 746/16.

3)  Encaminhamentos

Campus Soane Nazaré, 21 de novembro de 2016.

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José Luiz de frança Filho

Presidente

 

Ocupação da UESC receberá Cid Benjamin para lançamento do livro “Reflexões Rebeldes”

reflexoesNa próxima terça-feira (22), a programação da ocupação na UESC será marcada pelo lançamento do livro “Reflexões Rebeldes” e o debate com o autor Cid Benjamim. O evento é organizado pelo Centro Acadêmico de Direito João Mangabeira (CAJAM) com o apoio do movimento #OcupaUESC, da ADUSC, e dos Centros Acadêmicos de Economia, Letras e História. Para o debate, que ocorrerá a partir das 19 horas, no CEU, o autor propõe refletir sobre “as relações entre 1964, 1988 e 2016 – Quais os novos caminhos possíveis?”.

Cid Benjamin é jornalista, foi dirigente estudantil nas jornadas de 68 e participou da luta armada contra a ditadura. Após o período de exílio, militou no PT e no PSol, e é considerado um intelectual crítico e independente. Na publicação “Reflexões Rebeldes”, Benjamin traz uma coletânea de artigos sobre a conjuntura política, os dilemas da esquerda e os retrocessos impostos pelo neoliberalismo.

– Os artigos são voltados para o debate na sociedade e não para quem já tenha posições próximas às minhas. Não estigmatizam quem não pensa como eu. Ao contrário, buscam dialogar com essas pessoas, muitas vezes a partir de suas próprias convicções, buscando trazê-las para uma reflexão mais aberta. Aliás, o debate na sociedade me atrai mais do que a luta interna na esquerda, ainda que esta seja também necessária – escreve o jornalista, na apresentação do livro.

Assembleia da ADUSC aprova indicativo de greve

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Foto: Ascom ADUSC

Diante do grave cenário de ataques aos direitos sociais os/as professores/as da UESC aprovaram, em Assembleia, no dia 9 de novembro, o indicativo de greve. A Assembleia também aprovou o apoio à ocupação estudantil da UESC e adesão ao calendário nacional de lutas, com paralisação nos dias 11 e 25 de novembro. As medidas fazem parte da mobilização do ANDES-SN por uma greve nacional das Universidades, que impulsione os demais setores da classe trabalhadora rumo à greve geral. A luta é pela derrubada da PEC 55 (antiga 241), defesa dos direitos trabalhistas e sociais, e contra a MP 746, que trata da reforma do ensino médio.

Indicativo de Greve

Atendendo ao chamado do ANDES-SN, seções sindicais em todo país estão realizando rodadas de assembleias, para discutir e encaminhar sobre o indicativo de greve da categoria docente. A ação pretende fortalecer a articulação com outros setores da Educação, contra a PEC 55 (PEC 241, na Câmara) e contra a MP 746/2016. Além do crescimento das ocupações, já estão em greve servidores técnicos e docentes dos institutos federais (pelo SINASEFE) e servidores técnicos das universidades federais (pela FASUBRA). Os/as docentes de vinte e cinco universidades também já deflagraram greve (saiba mais).

No dia 19 de novembro, representantes docentes das Instituições Federais, Estaduais e Municipais de Ensino Superior (IFES/IEES/IMES), do ANDES-SN, se reunirão para avaliar os resultados da rodada de Assembleias e apontar novos encaminhamentos. As indicações da reunião serão levadas para apreciação das categorias em nova rodada de Assembleias.

Calendário nacional de lutas

As paralisações das atividades acadêmicas nos dias 11 e 25 de novembro fazem parte do calendário nacional unificado pelas Centrais Sindicais, pela construção da Greve Geral. No dia 11, os docentes da UESC participaram dos atos de rua que ocorreram em Ilhéus e Itabuna, fortalecendo a unidade com diversas categorias. Em Ilhéus, o ato teve início às nove horas, saindo da lateral do Estádio Mario Viana, em direção à Praça da Prefeitura. Já em Itabuna, o ato ocorreu à tarde, saindo às 16 horas do Jardim do “Ó”.

O dia 25 de novembro será o ponto alto da Jornada de Lutas rumo à Greve Geral, e contará com a participação de todas as Centrais Sindicais do país e suas entidades de base. Uma grande marcha à Brasília está agendada para o dia 29, data em que a PEC 55 estará em votação no Senado. A diretoria da ADUSC reforça o chamado à categoria para este importante calendário de lutas. “O momento é grave e exige de todos e todas o envolvimento e o compromisso com a luta. As paralisações e greves são ferramentas necessárias, para que nossas atividades não sejam permanentemente paralisadas pelo congelamento imposto pela sede de lucro de banqueiros e grande empresários. Não vamos pagar com nosso suor e sangue por essa crise que não é nossa!”, ressalta o presidente da ADUSC, José Luiz de França.

*Com informações do ANDES-SN e CSP-Conlutas

Fonte: ADUSC

Ocupação segue na UESC e recebe apoio da comunidade acadêmica

 

Debate sobre a PEC 55 é marcado pela presença de estudantes do Ensino Médio. Foto: Ocupa UESC
Debate sobre a PEC 55 é marcado pela presença de estudantes do Ensino Médio. Foto: Ocupa UESC

Aprovada em assembleia estudantil no dia 24 de outubro, a ocupação da UESC se soma ao movimento nacional da juventude em resistência ao crescimento do conservadorismo e a destruição de direitos sociais. O movimento tem recebido apoio da comunidade acadêmica e externa, através de doações materiais e mantimentos, e de contribuições à programação. A Assembleia de docentes da UESC, realizada no dia 09 de novembro, também aprovou apoio à ocupação, que luta contra a PEC 55 (antiga 241), a contrarreforma do ensino médio, e também reivindica orçamento adequado para as universidades baianas e uma política efetiva de permanência estudantil.

Cine-Debate Ocupa a praça do Salobrinho. Foto: Ocupa UESC
Cine-Debate Ocupa a praça do Salobrinho. Foto: Ocupa UESC

O movimento de ocupação crescente nas escolas, institutos federais e universidades representam o maior foco de resistência ao cenário de ataques impostos à classe trabalhadora. Na UESC, as atividades de ensino ganharam nova metodologia, com apoio de docentes, artistas regionais, movimentos sociais e os próprio ocupantes que realizam palestras, oficinas, rodas de conversas e programações culturais. As atividades de pesquisa e extensão acontecem mediante solicitação e aprovação de uma comissão de ética da ocupação.

Reforçando seu caráter truculento e antidemocrático, o governo ilegítimo de Temer tenta convencer a opinião pública, criminalizando o movimento com difamações e inverdades. Mesmo com a posição favorável à realização do ENEM, por parte dos movimento de ocupação, o MEC ameaçou cancelamento da prova e impôs adiamento nas instituições ocupadas sem o menor diálogo com os estudantes. Posteriormente, foi o próprio presidente ilegítimo que, de forma deselegante, tentou ironizar o movimento em rede nacional, sem de fato debater o teor da política prevista na PEC 55.

Foto: Ocupa UESC
Foto: Ocupa UESC

Para diretoria da ADUSC, a intolerância política e o conservadorismo crescente são elementos preocupantes, que tentam distrair a população dos verdadeiros riscos impostos ao país. O Brasil caminha para um cenário de graves retrocessos. Sob a justificativa da crise econômica, banqueiros e grandes empresários se somam ao Congresso corrupto e ao governo ilegítimo para defender seus lucros e privilégios através da retida de direitos do povo trabalhador. Utilizam da mídia empresarial para convencer a população de que é preciso congelar o orçamento de serviços essenciais, como saúde e educação, para salvar o Estado. Enquanto isso, aprova a sonegação de impostos, ampliam seus privilégios e destinam cerca de 50% do orçamento da união para o pagamento de uma dívida que deveria ser auditada, conforme previsto na constituição.

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Performance “Missívas” com Daniela Galdino, poeta, atriz e docente da UNEB. Foto: Ocupa UESC

É contra esses ataques que lutam os jovens através das ocupações em todo país. A disposição e a criatividade da juventude emergiram para reanimar e dar esperança àqueles setores que, apesar de denunciar o desmonte do Estado, esbarrava na apatia, manipulada pelo discurso hegemônico. Os e as estudantes estão na luta, mostrando conhecimento sobre seus direitos e resistência aos ataques. Por isso, a ADUSC reforça a posição da Assembleia em apoio às ocupações e convida os(as) associados(as) e a população à visitar as ocupações em apoio à  luta.

Fonte: ADUSC