Com o tema “a universidade que temos e a universidade que queremos”, a plenária estudantil realizada no dia 26 de abril reuniu dezenas de estudantes de diversos cursos. Eles discutiram os diversos ataques impostos às universidades, que prejudicam a qualidade da educação e as condições de permanência dos estudantes da UESC. Frente a essa realidade e da necessidade da organização estudantil, independente do governo e da reitoria fundaram o movimento “Estudantes da UESC em Luta”.
Existe um cenário de crescente luta dos estudantes da UESC. Desde o início do semestre já ocorreram protestos nas engenharias elétrica e civil, e da enfermagem. Os problemas são muito semelhante: faltam laboratórios e estrutura didática, disciplinas regulares não são ofertadas, ar condicionado, dentre outros que também atingem outros cursos. A categoria também reclama das condições do Restaurante Universitário (RU) e do novo edital de bolsa permanência. O edital se adequa ao Plano de Permanência Estudantil do governo Rui Costa (PT), cujos critérios dificulta ainda mais o acesso a bolsa.
A plenária discutiu todas essas pautas e apontou a necessidade de unificação estudantil para fortalecer essas frentes de luta. Para tanto, foi criado o movimento “Estudantes da UESC em Luta”, e na sexta-feira (27) realizado um primeiro ato por melhorias no RU. Intitulado como “marcha dos famintos” o ato recolheu assinaturas de apoio, que foram entregues à reitoria durante audiência. Em resposta a marcha a administração da UESC se comprometeu em ativar uma terceira ilha de serviço no restaurante e disponibilizar os documentos referentes ao serviço para estudo do movimento.
Segundo a estudante de enfermagem membro do movimento, Samille Soares, o “estudantes da Uesc em Luta” é resultado da unificação de estudantes e coletivos já atuantes na universidade, e que não se sentem representados pelas últimas gestões do DCE. “Estivemos, junto com a ADUSC e outros servidores baianos, no ato realizado na ALBA, para barrar o pacote de RUIndades e propor emendas ao PPE do governo (veja aqui). Fomos duramente reprimidos pela PM, e onde estava o DCE?” questiona.
O movimentos “Estudantes da Uesc em Luta” é autônomo aos partidos e independente de governos e da reitoria. “Fazem parte desse movimento, estudantes independentes, membros de coletivos e entidades nacionais, e também partidos diversos” afirma Carla Candace, estudante de Comunicação Social. Ela também explica que a pluralidade de entidades é uma prova de que o objetivo do movimento não é favorecer um ou outro grupo político: “Entendemos a importância dessas organizações na luta por direito de estudantes e de trabalhadores, e esse é o nosso objetivo”.