Os docentes da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) decidiram, por ampla maioria, entrar em greve em assembleia realizada nesta quarta-feira (24). A deliberação foi tomada para cobrar do governo do estado o cumprimento do acordo que encerrou a última greve das estaduais cearense – que previa, entre outras coisas, a realização de concursos públicos para professores efetivos.
Os professores da UVA somam-se agora aos docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade Regional do Cariri (Urca), em greve desde os dias 17 e 10, respectivamente. A greve na UVA começa na terça-feira (30), mas já nessa quinta-feira (25) os professores das três universidades realizam um ato público no centro de Fortaleza para exigir do governo o cumprimento do acordo e para expor à sociedade os motivos da paralisação.
Segundo Silvia Monteiro, presidente do Sindicato dos Docentes da UVA (Sindiuva – Seção Sindical do ANDES-SN), 69 disciplinas estão sem professor nesse semestre, número que deve crescer após o fim do contrato de professores substitutos, que encerra em outubro. “O candidato do governador diz que vai levar uma universidade ao Norte, mas e as estaduais? O governo realmente esmaga as estaduais”, afirmou a docente ao Jornal O Povo.
Para Epitácio Macário Moura, um dos coordenadores do Setor das Instituições Estaduais e Municipais do ANDES-SN (Iees/Imes), a unidade dos docentes das três universidades estaduais cearenses é fundamental para dar força às reivindicações do movimento. “Com a unidade podemos enfrentar melhor o sucateamento das universidades, dando a essa batalha um caráter mais amplo, e também podemos apresentar de maneira mais forte e qualificada o debate de projeto de universidade que queremos”, ressaltou o professor.
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*Com informações do Jornal O Povo.
Fonte: ANDES-SN